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O INCENTIVO À LEITURA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL UNIÃO LIBERTADORA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM PA

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PEDAGOGIA
PAULO HINRIQUE LIMA BATISTA
TÍTULO: O INCENTIVO À LEITURA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL UNIÃO LIBERTADORA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA 
SANTARÉM
2015
 PAULO HINRIQUE LIMA BATISTA
TÍTULO: O INCENTIVO À LEITURA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL UNIÃO LIBERTADORA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Paulista - UNIP como parte dos requisitos para a conclusão do curso
Orientadora Especialista: Adenilce Freire Bispo Rego
SANTARÉM
2015
 PAULO HINRIQUE LIMA BATISTA
TÍTULO: O INCENTIVO À LEITURA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL UNIÃO LIBERTADORA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PA
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, apresentado à Universidade Paulista/UNIP, como requisito para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.
APROVADO EM: ____/____/______.
Comissão Examinadora
___________________________________________________
Orientadora
	
___________________________________________________
2° Membro
___________________________________________________
3° Membro
AGRADECIMENTO
Primeiramente a Deus que sempre esteve presente em minha vida, sou eternamente grato. As Minhas mães Aury Duarte e Aurilene Lima, por tudo de bom que me proporcionaram ao meu primo Márcio silva que foi meu co- orientador e meus amigos que sempre esteve comigo me apoiando e me dando força. E a minha orientadora Adenilce freire pela oportunidade de fazer parte da minha vida acadêmica. E aos professores que contribuíram para o desenvolvimento desse trabalho para o meu crescimento intelectual.
 
 EPÍGRAFE
“Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de interação no mundo”.
Paulo Freire
RESUMO
O trabalho com a leitura deve ser uma prática constante, tanto no ambiente escolar como fora dele. Por isso, a leitura, como atividade lúdica, propiciadora de conhecimentos, pode ser um excelente instrumento de conscientização didática e pedagogicamente falando na formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, como preconizam os PCNS. Na formação do leitor, é preciso ter claro que ler não é apenas um processo de decodificação de letras e palavras, não é somente converter letras em som, ler é um processo de atribuição de sentido ao texto, é a construção do sentido, do significado do texto pelo leitor. Assim, esse trabalho objetivou-se investigaras diversas práticas do uso da leitura na aplicação de diversas metodologias pelos profissionais da educação dentro da sala de aula. O cenário da pesquisa foi a Escola Municipal de Ensino fundamental União Libertadora, no Município de Santarém-PA. Na coleta de dados utilizaram-se questionários semiestruturados, em que se obteve informações para analisar a reflexão dos educandos em relação à prática escolar. Enfim, é o no momento do trabalho com o incentivo a leitura que é inserido os alicerces para a construção do conhecimento do aluno, preparando-o para as práticas sociais de uso da língua, seja ela falada ou escrita.
Palavra-Chave: Lúdico, Leitura, Conhecimento.
ABSTRACT
Working with the reading should be a constant practice, both at school and outside. Therefore, reading as leisure activity, pledge of knowledge, can be an excellent teaching awareness tool and pedagogically speaking at training competent readers and consequently the formation of writers, because the possibility of producing effective texts has its origin in reading practice, as recommended by the PCNS. In the reader's training, it must be clear that reading is not just a process of decoding letters and words, is not only convert letters into sound, reading is a process of assigning meaning to the text, is the construction of meaning, the meaning text by the reader. Thus, this study aimed to various investigaras the use of reading practices in the application of different methodologies by the teachers in the classroom. The research scenario was the Municipal School of Elementary school Liberating Union, in the municipality of Santarém-PA. In data collection were used in semi-structured questionnaires, in which it obtained information to analyze the reflection of the students regarding the school practice. Anyway, I am currently working with the encouragement of reading that is inserted into the foundation for the construction of knowledge of the student, preparing it for the social practices of language use, whether spoken or written.
Keyword: Playful, Reading
INTRODUÇÃO
A leitura é uma das habilidades mais importantes e fundamentais que podem ser desenvolvidas pelo ser humano, sem contar que é um instrumento eficiente para a expressão e fixação de conteúdos e dos conhecimentos reais que ele está inserido e chegar a importantes conclusões sobre o seu mundo e os aspectos que o compõem.
Infelizmente, a educação brasileira no decorrer da trajetória educacional do país, não vinha alcançando avanços significativos, sem conseguir romper os laços de um ensino tradicionalista, trabalhando com textos literários e não literários com técnicas resultantes de uma mecanização e de receitas prontas.
Neste modo, a preocupação com a educação é algo novo e ainda se mostra em processo de transição, a educação vem se desenvolvendo ao longo das décadas, no qual se tem notado um avanço em relação á importância de uma educação qualificada, ou seja, o espaço educacional não se detém apenas em ensinar de forma tradicional, mas ampliar seus objetivos no sentido da formação de hábitos saudáveis e prazerosos, trabalhando de maneira significativa. 
Diante disso, escolheu-se pesquisar sobre “O incentivo à leitura no Ensino Fundamental por acreditar que a educação ainda não utiliza essas práticas de formas adequadas”. O resultado é visível, crianças desinteressadas em leituras, sem interesse no aprendizado, vendo as matérias como mero cumprimento e obrigação sem que haja prazer algum. Mas pode haver mudanças estratégicas através, do que propomos, de um ensino que proporcione prazer aos alunos em sala de aula.
A leitura deve ser uma ação de o aluno refletir, levando hipótese e se interessando sobre o objeto de conhecimento. Certos “tabus” instituídos pelo poder dominante do professor, que define leituras como próprias e impróprias, devem ser extintas em sala de aula. E para que sejam extintas é preciso lembrar que a leitura na escola não serve somente para aprender a ler, e sim, para treinar a pronúncia dos alunos na língua materna e para ensinar gramática, sanar os problemas de escritas, considerados mais importantes.
Alunos e professores estão acostumados a usarem a leitura para vários fins, menos para o que realmente ela serve: formar leitores pensantes e críticos que saibam resolver problemas. Não basta copiar o que o autor disse, tem que formular suas próprias ideias para defender ou criticar o autor, ou aplicar o novo conhecimento ao seu cotidiano.
O aluno somente terá habilidade de leitura se tiver o hábito de ler. Mas como fazer com que os alunos tenham gosto pela leitura? Neste sentido, os especialistas procuram desenvolver mecanismos a respeito do processo de alfabetização, mas ainda não se tem uma fórmula pronta e acabada que sirva de fonte de trabalho para transformar esse quadro brasileiro. 
No entanto, não se pode colocar essa responsabilidade de incentivo à leitura somente a cargo dos professores, os pais possuem um papel muito importante nesse processo, como aumentar a autoestima da criança elogiando todos os progressos, visita as bibliotecas etc.
Mas todo esse processo não deve ser forçado, deve haver um interesse por parte da criança, para que esse processo seja prazeroso e não obrigatório.Com base nessa problemática, esse trabalho se propôs investigar a importância da leitura e suas reais condições dentro da escola, buscando subsídios teóricos para a fundamentação de uma pesquisa de campo.
Desta forma, o objetivo do estudo foi investigar a aplicação das metodologias utilizadas pelos profissionais da educação dentro da sala de aula, criando uma relação de prazer à leitura.
São muitos os estudiosos que abordam o assunto de incentivo à leitura, foram consultados autores que relatam a importância do uso dos jogos em atividades didáticas como Teodoro (2002), que atribuem a essas metodologias a importância do fator emocional. 
A opção pelo estudo tem por finalidade o enriquecimento de práticas do Ensino Fundamental (do 5º ano), desenvolvendo no aluno a capacidade de ler, escrever, interpretar, tendo em vista implicações gramaticais e ortográficas. Além de sensibilizar e atender às necessidades de muitos educadores e professores que se interessam pelo assunto e acreditam ser pertinente estarem aplicando os jogos em suas aulas, a fim de aliar o prazer e a descontração aos conteúdos teóricos que se deseja transmitir.
Visando um melhor aproveitamento, este trabalho divide-se em três capítulos, sendo que no Primeiro Capítulo buscou-se o embasamento teórico dos autores já mencionados, visando fundamentar a temática abordada; No segundo Capítulo, as estratégias e o processo ensino aprendizagem e no terceiro capítulo a pesquisa de campo aplicada na Escola Municipal União libertadora, no município de Santarém com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental e às propostas de intervenção, fornecendo sugestões de várias possibilidades de trabalho para melhoria do ensino.
1 O LÚDICO COMO INCENTIVO À LEITURA
1.1 A SITUAÇÃO DA LEITURA NO BRASIL
Em todo ensino público no Brasil, consideramos que as escolas estão voltadas ao ensino de qualidade, concedamos que o fato de uma escola ser de boa qualidade em que os alunos aprendem coisas essenciais para a vida como ler, escrever, resolver problemas, conviver com os colegas, respeitar regras trabalhando em grupo, que possibilitam a convivência entre professores, alunos e funcionários que estejam em harmonia com a comunidade escolar procurando interferir de forma eficaz, compartilhando com os problemas, solidarizando-se com o corpo docente de apoio e administrativo da escola.
A organização da escola é indispensável para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, implica um compromisso dos membros da equipe escolar como clientelas que frequenta a escola.
É preciso que todos funcionem como uma orquestra: afinamos em torno de uma partitura e regidos pela batuta de um maestro que aponta como cada um entrar para obter um resultado harmônico. Esse maestro é o gestor, e a partitura, o projeto pedagógico da escola, um arranjo sobre medida para os alunos e que é referência para todos (VIEIRA, 2002:88).
Para compor essa harmonia deve existir na escola um ambiente alegre que venha promover a interação e o respeito para mudar o comportamento e a postura dos mesmos, sem tratamento diferenciado. E para que isso aconteça, é preciso que as regras sejam reconhecidas pelos que trabalham na escola, assim por meio do diálogo, respeitando o direito da criança e do adolescente, seguindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Enfim, as ideias para que possam ser solucionados no ambiente educativo, que a escola possa trabalhar dando mais atenção, para que a mesma seja vista de boa qualidade pelos que dela necessitam, é preciso trabalhar com mais harmonia de forma participativa, obedecendo as regras existentes na escola.
Percebe-se nos dias atuais a funcionalidade da educação no contexto social. Esta conquista é resultado de grandes lutas do passado por filósofos e educadores que eram contra a grande discriminação infantil, em que as crianças eram submetidas a castigo e trabalhos árduos. No período do século XVI e XVII, houve investimentos com relação ao ensino escolar para a fase infantil, pois a criança era vista como adulto em miniatura de pouca sobrevivência.
A partir da década de 60 e meados dos anos 70 deu-se um período de mudanças, visto que fora uma época marcada pela evasão e repetências, devidas este fator foi criado à educação compensatória para atender crianças de 04 a 06 anos, com objetivo de suprir as carências educacionais. Porém, pela falta de controle do estado, as instituições não apresentavam um caráter formal e por vezes eram mantidas por ações, dessa maneira, o setor educacional ficou fragmentado por não ser comandado por um órgão somente. Tais problemas prevalecem até a década de 80 com a instituição da constituição de 1988 que determina a gratuidade da educação em todos os níveis, além de reafirmar que a creche e a pré-escola são direitos de todas as crianças de 0 a 6 anos (SOARES, 2002).
Refere-se também a essas mudanças a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, que estabelece de forma incisa no (título V capítulo VI; seção II, artigo 29) que diz “a educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.
Neste modo, a preocupação com a educação infantil é algo novo e ainda se mostra insuficiente, apenas do cenário em que a educação vem se desenvolvendo ao longo das décadas tem-se notado um avanço em relação á importância de uma educação qualificada, ou seja, o espaço educacional não se detém apenas em ensinar de forma tradicional, mas ampliar seus objetivos no sentido da formação de hábitos, trabalhando de maneira lúdica e significativa. Partindo desses princípios, a educação é essencial para formar cidadãos críticos e aptos a atuar numa sociedade democrática e não excludente.
Se o professor puder diferenciar a ideologia repressora de uma reflexão libertadora, não há porque temer o novo e repetir indefinidamente os velhos (ainda que bons) autores. Não obrigar o aluno a ler um livro sozinho, vale o incentivo para manter a concentração e o ritmo. Considera-se, portanto, que não basta ensinar a ler, mas é necessário criar o hábito a leitura. Promovem-se para isso, no meio escolar e depois no meio habitual, ações de sensibilização para a leitura que deve começar no período escolar e assim como a própria aprendizagem da leitura, inserir-se na realidade circundante. As novas técnicas de ensino tornam a aprendizagem menos penosa e cansativa, deixando tempo e energia disponíveis para atividades de extensão cultural.
1.2 CONSTRUINDO LEITORES NA SOCIEDADE, NA ESCOLA E EM CASA
O amor pelos livros não é coisa que aparece de repente. É preciso ajudar a criança a descobrir o que a leitura pode oferecer. Se a leitura for estimulada por pais e educadores, acaba em prazer. Sempre que possível, os professores devem incentivar os alunos a ler, oportunizando a eles a curiosidade e, principalmente, o encanto. A partir disso, o docente mostra que, além de ser atrativa, a leitura também pode oferecer informações notícias, pesquisas, buscas, divertimento e muito mais. 
Segundo THEODORO, (1981:23):
A atividade de leitura se faz presente em todos os níveis educacionais da sociedade letrada. Tal presença, sem dúvida marcante e abrangente começa no período de alfabetização, quando a criança passa a compreender o significado potencial de mensagens, registrada através da escrita. 
As crianças lêem quando os textos apresentam alguns significados para elas, para ler é preciso gostar de ler. A leitura jamais deve ser pressionada, isso em todos os ângulos, tanto na escola quanto em casa, muitos pais e professores dão livros como forma de castigo. Esta não é uma atitude correta, pois as crianças perdem o gosto por ler e não fazem leitura por prazer, ou seja, espontaneamente. A leitura como obrigação gera desmotivação, os alunos não aprendem, e não a fazem com gosto.
Para formar leitores, deve-se ter paixão pela leitura, concordamos com o autor BELLENGER(2004, p. 14), quando afirma que a leitura se baseia no desejo e no prazer.
[...] “em que se baseia a leitura”? No desejo. Esta é uma opção. Ninguém gosta de fazer aquilo que é difícil demais, nem aquilo do qual não consegue extrair o sentido. Essa é uma caracterização da tarefa de ler em sala de aula: para uma grande maioria dos alunos ela é difícil demais, justamente porque ela não faz sentido. 
 
Através da leitura temos acesso à cidadania, a melhor posição no mercado de trabalho, a orientação para um atendimento da vida em sociedade, lê-se para entender o mundo, para se viver melhor. Ler é uma forma de aprender a pensar, tanto quanto é uma prazerosa maneira de desvendar o mundo e a si mesmo. Para formar leitores os professores precisam ter gosto pela leitura e transmiti-la de forma natural. Afirma THEODORO, (1993:6) em seu contexto que :
A qualificação e a capacitação contínua dos leitores ao longo das séries escolares colocam-se como uma garantia de acesso ao saber sistemático, aos conteúdos do conhecimento que a escola tem de tornar disponíveis aos estudantes. Dessa forma, gostaria muito que os leitores, muito provavelmente professores de 1º e 2º grau ou de ensino superior, compreendessem profundamente as implicações dessa crença para o desenvolvimento da educação brasileira e se transformassem, eles próprios, em leitores muito mais assíduos. 
A escola, a família e a sociedade precisam oferecer um aprendizado voltado para a leitura, essa é a atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação dos alunos, cabe a ela ensinar o aluno a ler e a entender não só as palavras, mas o significado da mesma. Para MARCUSCHI (2005:38) “A alfabetização não é apenas a simples habilidade de ler e escrever, mas uma habilidade que recebe irrestrita aprovação social institucionalmente incentivada, com o status de virtude de caráter normativo e prescritivo”
Temos enfatizado a importância de se ler, mas não apenas uma leitura pedagógica e sim uma leitura produtiva, pois toda leitura tem um motivo. A escola deveria ensinar a pluralidade de ler, isto é, realizar uma mesma leitura, mas de forma diferentes tornando-a atraente para o aluno. Os pais e professores são exemplo de cultura, e de conhecimentos. Se eles têm o habito de ler diariamente, consequentemente, as crianças também se tornarão leitores assíduos, tornando-se futuramente cidadãos atuantes na sociedade.
A leitura não pode ser uma atividade deixada para o segundo plano, tanto na escola como na vida. Há um enorme descaso pela leitura, ler deveria ser a maior bobagem ligada pela escola aos alunos. 
[...] a escola é, hoje e desde há muito tempo, a principal instituição responsável pela preparação de pessoas para o adentramento e a participação no mundo da escrita...mais especificamente, a leitura, enquanto um modo peculiar de interação entre os homens e as gerações, coloca-se no centro dos espaços discursivos escolares, independentemente da disciplina ou área de conteúdo (THEODORO, 1995:16 ).
Na prática escolar se dá mais ênfase a escrita do que a leitura. A escola pode e deve trabalhar a leitura desde as séries iniciais, etapa básica, por isso imprescindível para despertar o hábito da leitura. A valorização da alfabetização, desde cedo, só iria desenvolver na criança o gosto pela leitura, à família deve ajudar nessa preparação no que tange a participação efetiva na vida de seus filhos, é importante aprender a ler, porque a condição de leitor é requisito indispensável á ascensão a novos graus do ensino.
Criança e pais vêem a aprendizagem da leitura como um instrumento para obtenção de melhores condições de vida, a leitura é avaliada em função de interesse utilitário, mas certamente ensinar a ler significa formar leitores competentes, capazes de ler e entender o mundo a sua volta.
Para isso, a escola deve preparar o leitor ter uma visão ampla de mundo, variando os textos e suas interpretações, assim ele irá atribuir diferentes sentidos sendo capaz de compreender a sociedade que é cada vez mais competitiva e exigente. 
A falta do hábito da leitura não deve ser apenas atribuída à escola, pois depende da classe em que esse aluno está inserido. Segundo OSAKABE (1982:13):
Em nossa sociedade capitalista, reforça-se essa diferenciação do valor da leitura para dominantes e dominados, pois ela confere á escrita “um papel descritivo” que pereniza os privilegiados para os dominados, o valor de ler-escrever é um valor de produtividade e não um valor que afirma o sujeito e lhe franqueia a diversidade de conhecimento.
O acesso ao mundo da escrita para as camadas populares não vai, em geral, além daquele primeiro e fundamental passo, que é a alfabetização. Daí em diante dificulta-se o acesso á leitura, tendo que procurar bibliotecas públicas com pouco e desatualizado acervo bibliográfico, a as privadas, ricas e atualizadas, mas que servem a classe dominante, assim a leitura como objetivo cultural é direito exclusivo dessa classe.
Portanto, formar um leitor supõe criar não pessoas aptas a uma habilidade mecânica de decodificar um universo fechado, mas sim criar o acesso ao conhecimento diferenciado, aquele que permite ao leitor reconhecer sua identidade, seu lugar social, assimilar e questionar o mundo em que vive ou sobrevive.
1.3 ASPECTOS QUE DIFICULTAM A LEITURA
Vale ressaltar que o exercício da leitura deve ser lúdico e conduzir ao prazer e nunca se converter em espaço para imitação mecânica. É importante lembrar que a possibilidade de pensar sobre a sociedade é um alvo de interpretação crítica. Quem não gosta de ler pode aprender a gostar quando descobrir o universo do texto como distinto das matérias de aprendizagem curricular. 
Se devermos ter uma linha de aproveitamento do aluno, certamente não serão provas e averiguações que poderão assegurar a eficácia do trabalho, a escola deve proporcionar motivação para a leitura, pois há uma avaliação a essa explicação que é a visão errônea pela má escolha dos textos, as opções de livros apresentados à criança sem linguagem clara e nada poética, 
Com isso a leitura será um bem cultural da humanidade e deve estar disponível a qualquer cidadão, levando ao prazer da leitura no texto literário e promovendo à motivação as crianças e adolescentes para que aprendam a ler e possibilitando uma comunidade de leitores, para isso, faz-se necessário que a escola busque métodos que permitam usufruir dessa troca de conhecimentos, atribuindo valores positivos à inteligência e ao saber de todos que integram nesse espaço no processo reflexivo crítico do desenvolvimento na sociedade a que se pertençam, enfim, como expressar à escrita e a interpretação pensando na educação como espaço de humanização como argumentação que deverá objetivar ativamente uma reflexão sobre o poder que a linguagem pode exercer sobre as pessoas (JESUALDO, 1980).
A abordagem ressalta que os textos literários proporcionam interpretação de acordo com a sensibilidade e visão do leitor e não deve ser colocado em termos de nomenclatura, mas em termos de compreensão das relações a literatura que poderá ser apreciada e incorporada à vida das pessoas se os livros na idade escolar ultrapassarem as características de leitura e se tornarem agradáveis e sugestivas.
Ressalta-se que o hábito da leitura é poderoso e coadjuvante no aprendizado e na interação com textos mais complexos, nesse sentido ganha mais interação entre as pessoas que leem regulamente e acabem por fixar na memória a forma ortográfica com que as palavras são escritas, além de vivenciarem, sem que se deem conta das formas inusitadas sempre renovadas do uso da língua. 
Não estamos querendo dizer que quem lê certamente escreve com desenvoltura, mas podemos apostar que bons leitores terão, sem dúvida, maior facilidade para criarem seus próprios textos (SOARES, 1997).
Convém lembrar que o indivíduo na realidade inter-relacionam com os textos tornando possível a educação e a perfeição, é o próprio homem que sentiu a necessidade de transmitir ideais e acontecimentoscomo um forte elo entre a literatura e a oralidade.
O objetivo da literatura infantil é claramente o envolvimento do homem sob todos os seus aspectos, com que o leitor una o entendimento e a instrução ao prazer da literatura, como interpretação de um texto que depende do conhecimento prévio do leitor acionado durante a leitura de um texto, portanto, a literatura nada mais é do que uma fonte saudável de alimentação à imaginação infantil.
 A criança pode desenvolver a sua capacidade de emoção, admiração, compreensão do ser humano e do mundo, porém, a escola avalia que a poesia é difícil por não ser narrada, cansa e dispersa a atenção da criança, pode se explicar essa visão no tratamento equivocado em classe, por isso, é imprescindível expor a criança a um material poético diversificado e questionar os conteúdos de ensino segundo sua relevância para eliminar a compreensão da realidade do educando, exigindo muita clareza ao dominá-lo como reflexão constante de sua prática consciente da necessidade do saber interpretar, números e letras, a indicação de textos livres para toda a turma, são bastante comuns, além de reconhecermos a necessidade de mudanças na escola (ZILBERMAM, 2005).
A literatura infantil praticamente não existia entre nós. Antes de Monteiro Lobato havia tão somente o conto como fundo folclórico. Nossos escritores extraíam dos vetustos formulários o tema e a moralidade dos engenhosos narradores que deslumbraram e intermetem as crianças das antigas gerações. (COELHO, 1991:23). 
Ressalta-se que a leitura não é apenas a literatura de ficção, por outro lado desenvolve o conceito de leitura passando a integrar no modo de ler de preferências pessoas, atividades que multipliquem teorias atualizadas e adequadas, resgatando e aperfeiçoando sua história de leitura constante nos contos da literatura e efetivação como bom profissional, nunca é tarde para retornar um comportamento saudável para inteligência e a cultura. Um país se faz com homens e livros, pois expressa o que há de melhor no pensamento humano. Portanto, se o homem pretende evoluir em sua intelectualidade, obviamente a práxis de uma ação empírica torna-o sujeito de sua própria história, principalmente levando essa expressão para o mundo literário infantil.
É importante salientar que a educação inicia desde a infância e deve ser incentivada para a toda a vida, dando a possibilidade do indivíduo exercer com mais desenvoltura sua cidadania. 
É dessa forma que se trabalha à literatura, iniciando com livros que mexem com a imaginação, como os contos de fadas, entre outros, proporcionando às crianças pequenas, viagens pelo mundo cheio de fantasias, cada conto, cada história traz uma mensagem que vai acompanhar a criança em suas primeiras leituras ajudando a compreender a história contada, ouvindo com atenção, evidenciando ritmo e expressão oral em reconto de lendas identificando os elementos principais (FRANCO, 2010).
Considera-se, portanto, que não basta ensinar a ler, mas é necessário criar o hábito da leitura, promovendo ações de sensibilidade e de animação dentro da escola, tornando assim os textos literários independentes do compromisso escolar.
Recurso de sedução do leitor, o estabelecimento da cumplicidade corre por diferentes caminhos, desvelando, algumas vezes, sua natureza instrumental: veja-se quando o narrador chama a atenção para as virtudes do interlocutor, cujas inteligência e sensibilidade seguidamente celebra,o que transforma o leitor em pessoa arguta e capaz tanto de acompanhar os passos da intriga como a refletir sobre ela (LAJOLO & ZILBERMAN, 1996:23) 
O importante é realizar uma boa seleção dos textos que permitem levar ao aluno razões a questionar o que produz, com capacidade de compreensão plenamente durante toda trajetória escolar, por exemplo, sala de leitura, como forma de incentivo com diversos tipos de textos literários.
É preciso enfatiza essa tarefa de sensibilização para a leitura, que deve começar no período escolar para que se apropriem como consistência na realidade, sendo que as novas técnicas de ensino tornam a aprendizagem menos penosa e cansativa, deixando o tempo e as energias disponíveis para atividades de extensão cultural.
1.4 O LÚDICO E A LEITURA
“Lúdico” tem sua origem na palavra “ludus”, que quer dizer jogo, a palavra evoluiu levando em consideração as pesquisas em psicomotricidade, de modo que deixou de ser considerado apenas sentido de jogo. O lúdico faz parte da atividade humana e caracteriza-se por ter espontâneo, funcional e satisfatório (COELHO, 1991).
Na atividade lúdica não importa somente o resultado, mas a ação, movimento vivenciado. O jogo ajuda a construir novas descobertas, desenvolver e enriquece a personalidade e simboliza um instrumento pedagógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem, proporcionando ao educando um ambiente mais prazeroso e motivador. É papel da escola formar pessoas críticas e criativas, que incentivem a criança se tornar um leitor assíduo (TEODORO,1995: 88 ).
Assim, além de auxiliar no processo de aquisição de conhecimento, o professor deve transmiti-la de forma que não se torne cansativa, e sim o emprego de atividades lúdicas que se define a toda a qualquer tipo de atividade alegre e descontraída, desde que possibilite a expressão do agir e interagir. Queremos destacar também, que embora alguns pesquisadores tenham centralizado a ação do lúdico na aprendizagem infantil, o adulto também pode ser beneficiado com atividades lúdicos, tornando o processo de ensino aprendizagem mais motivador, descontraído e prazeroso, aliviando certas tensões que são carregadas pelo ser humano devido ao constante estresse do dia-a-dia.
Nessa perspectiva, vemos que a ludicidade é uma atividade que tem sido utilizada como recurso pedagógico. Dessa forma, várias são as razões que levam os educadores a empregarem às atividades lúdicas no incentivo a leitura. As bibliotecas são uma boa forma de incentivo, algumas escolas as têm e guardam os livros como se fossem pedras preciosas, trancadas.
É importante que a criança tenha acesso a bons livros, e que saiba usá-los. Em nossa sociedade a realidade é cruel, não se tem acesso à leitura, e cabe a escola cumprir esse papel, e aos professores incentivar seus alunos à ludicidade. Para isso, o educador deve ter estratégia para instigar e envolver o educando no maravilhoso mundo da leitura, criando-lhe o hábito constante e em diferentes lugares como, por exemplo, no bosque, na praça, na biblioteca ou em outros ambientes para se desvincular a leitura da visão de simples recurso de correção ortográfica, de postura e introdutora de conteúdos.
Os livros não são devidamente utilizados na vida das pessoas e se transformam em objetos sem qualquer importância. O que importa não é a quantidade de leitura realizada, mas sim a sua qualidade. Segundo TEODORO, (2002:10):
Há muito tempo venho afirmando que o conhecimento chega às escolas através do material impresso. Não nego a importância e a validade de outros veículos (televisão, rádio, cinema etc.) para a circulação de dados culturais, porém as próprias condições de nossas escolas fazem com que os livros (ou similares) continuem a ser instrumento mais utilizado em sala de aula. Daí a necessidade de uma visão mais coerente sobre o ato de ler por parte daqueles envolvidos com a educação do povo, ai a necessidade da formação de leitores que saibam trabalhar criticamente o material escrito.
Desta forma, não se pode negar a importância dos livros na construção do conhecimento, é importante que no final da leitura, o leitor saiba do que o texto fala qual o assunto principal, como ele foi construído e principalmente, explique e discuta dando sua opinião.
A compreensão da leitura é um processo que se caracteriza pela utilização de estratégias para se realizar a interação texto e leitor. Ler um texto representa um esforço na busca de seu sentido, de suas intenções. Para que essa tarefa seja prazerosa e eficaz é fundamental prepará-ladesde o início. O professor precisa antes mesmo de abrir um livro, fazer um levantamento prévio do conhecimento que os alunos já têm em relação ao tema a ser trabalhado, interagindo com o tema da aula (MACHADO, 1999:67).
A leitura de diversos textos, como notícias, propagandas, panfletos, histórias em quadrinhos, mapas históricos e geográficos possibilitam ao aluno obter informações de mundo e assim desenvolver a sua competência de leitor. Para isso, é preciso que o aluno compreenda e compare não só as interpretações que o texto possibilita, mas também os recursos expressivos utilizados pelo autor e a organização dos diferentes tipos de textos. 
A presença dos livros de literatura, dos jornais, das revistas e outros devem ser garantidos na sala de aula, a fim de possibilitar o trabalho coma diversidade de textos, nesse sentido, as expectativas, os conhecimentos e as experiências anteriores sobre a leitura e a escrita referem-se na maneira pela qual o indivíduo interage com os diferentes tipos de textos. Formar bons leitores significa encantar as crianças, enfeitiçá-las com o poder que vem dos livros.
Assim, o que queremos é mostrar que podemos despertar nas crianças o hábito da leitura de forma prazerosa onde ela irá associar o ato de ler a algo agradável, tornando o ensino aprendizagem mais produtivo rendoso. As escolas devem investir em aulas mais dinâmicas, individuais e em grupos proporcionando a interação da criança ao universo do mundo mágico da leitura.
Obviamente, uma atividade lúdica, nunca deve ser aplicada sem que se tenha um benefício educativo, ou seja, nem todo jogo pode ser visto como material pedagógico, até por que se propõe desenvolver o jogo pedagógico como a intenção explícita de provocar o hábito da leitura, estimulando a construção de novos conhecimentos. As atividades lúdicas integram as várias dimensões da personalidade: afetiva, motora e cognitiva, e à medida que gera envolvimento emocional, apela para esfera afetiva. Assim sendo, vê-se que a atividade lúdica se assemelha as habilidades necessárias para se fazer uma boa leitura, estimulando a criança no hábito gostoso de ler.
Para garantir seus objetivos de incentivar o hábito da leitura usando as formas lúdicas o professor deve ter em mente os objetivos que pretende atingir com as atividades, ele deve inventar ou reelaborar jogos, músicas, teatro, etc., respeitando o nível em que cada aluno se encontra. Desta forma, a educação só terá a ganhar introduzindo a ludicidade na transmissão do conhecimento.
1.5 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR LEITOR
No Brasil, as preocupações sobre a ciência da leitura vão assim ao sabor de solavancos e supetões, o que mais se ouve falar é que brasileiro não lê, que as bibliotecas se tornam espaços inúteis por falta de leitores. As autoridades parecem desenhar as críticas fazendo vista grossa, e fica tudo no mesmo jeito. E muitos professores estão inseridos dentro de uma problemática relacionada com o ensino da leitura, gerando a desqualificação na formação desses profissionais. Em sala de aula, diante de seus alunos o professor tem de improvisar aulas, fabricando métodos escabrosos a fim de desempenhar o seu papel de orientados de leitura (OLIVEIRA, 2000).
Verifica-se que o descaso na área de investigação sobre o ato de ler do aluno-leitor brasileiro corporifica-se ainda mais, resvalando até mesmo na ideia de indiferença quando se analisa o preparo do professor, naqueles aspectos que se referem ao ensino da leitura. O problema do despreparo do professor propõe-se como um paradoxo: são poucas as faculdades ou universidades brasileiras que oferecem curso na área de psicologia ou metodologia da leitura. O que se questiona é quanto aos diferentes métodos de alfabetização em que são treinados os futuros professores das séries iniciais, eles ensinarão o aluno a ler ou a decodificar códigos? Sem dúvida que a educação é muito significativa à formação do leitor. 
Afirma PAULO FREIRE citado por THEODORO (1964:28):
Não resta dúvida que o analfabetismo é uma sólida peneira para o desenvolvimento da leitura no contexto brasileiro. Todos devem conhecer o vendaval de cifras estatísticas que quase sempre confunde e não deixa ver os contornos dessa vergonha nacional. Entretanto, é nesta contradição que emerge a importância da alfabetização como condição necessária a formação do leitor crítico. 
Sem a possibilidade de compreender o material impresso, é impossível o indivíduo situar-se dentro do contexto através da escrita, e essa responsabilidade fica a cargo do professor, que também deve ser professor-leitor e incentivador.
Todo professor, na real ocupação do termo, é necessariamente um professor de leitura e deveria incluir de forma concreta na orientação da leitura, com os alunos, as diferentes faixas etárias, regiões, níveis socioeconômicos, e etc. Parece que boa parte dos professores veem se apercebendo dos determinantes sociais relacionados às contínuas pressões vividas na escola, procurando compreender suas raízes históricas no sentido de enfrentá-los e superá-los.
Tais aspectos, quando não percebidos podem gerar consequências nefastas no ensino-aprendizagem, contribuindo ainda mais para a reprodução da ignorância e da injustiça no contexto da sociedade brasileira. Alguns aspectos da vida do professor de leitura influenciam diretamente (daí um velho dilema, ”ler ou sobreviver, eis a questão”) em sua formação no dia de hoje. Dentre esses aspectos podemos citar: baixos salários, fazendo o professor escolher o que pode fazer com o que ganha; formação acadêmica marcada apenas pelo diploma; múltiplas funções que elevam o professor diante das carências de infraestrutura administrativa, aos cargos de secretária, faxineira, merendeira, etc., sem deixar espaço para a prática da leitura; o currículo visto criticamente, pois muitas escolas não apresentam projetos políticos de cunho coletivo, que sirva de orientação na dinamização do conteúdo junto ao alunado. Não é a toa que a maioria dos professores só lê livros didáticos.
Olhando todos esses aspectos que envolvem a formação do profissional incentivador de leitura, vimos que a vida do professor foi e sempre será de trabalho e sacrifício, com salários baixos, mas com muito amor e carinho. Se a vida de professor é difícil, a vida de professor de leitura é mais difícil ainda. Crê-se que a reaproximação dos professores das práticas de leituras, somente será uma realidade no momento em que se iniciar e levarem a diante um processo de modificação existencial na vida de cada um desses profissionais (THEODORO (1995:21).
Assim, o professor precisa se adequar às transformações tecnológicas, adquirindo novas competências e habilidades para que possa não só ensinar como também aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser, é esse profissional que busca parcerias, que procura atualizar-se e vai à busca de novos conhecimentos que a educação precisa e necessita para transformar a visão que temos a respeito de ensino no Brasil.
2 COMO FACILITAR A LEITURA
Em um país onde a maioria da população lê e escreve muito mal, no qual o número de analfabetos é grande e a leitura é exercida de forma funcional, no qual o indivíduo pode não dominar o código da escrita e da leitura, mas pode conseguir sobressair em determinadas situações cujo uso dos mesmos é exigido. Porém, existem textos que os leitores têm muita dificuldade em interpretá-los, decifrar e desvendar o verdadeiro sentido, o que o autor pretende realmente informar. Colabora ainda mais para tal condição a complexidade da gramática da língua portuguesa, a qual é repleta de regras e elementos gramaticais que podem tornar o escrito ambíguo, isto é, com sentidos múltiplos (OLIVEIRA, 2000).
Então, torna-se necessário, falar em estratégias que favoreçam uma leitura proveitosa e compreendida. É do interesse de muitos saber que procedimentos se devem adotar para tirar o maior rendimento possível da leitura de um texto. Mas não se pode responder a essa pergunta sem antes destacarque não existe para ela solução mágica, o que não quer dizer que não exista solução alguma. Genericamente, pode-se afirmar que uma leitura proveitosa pressupõe além do conhecimento linguístico propriamente dito, um repertório de informações exteriores ao texto, o que se costuma chamar de conhecimento de mundo. Assim as escritoras afirmam abaixo:
A compreensão de textos é um processo complexo em que interagem diversos fatores como conhecimentos linguísticos, conhecimento prévio a respeito do assunto do texto, conhecimento geral a respeito do mundo, motivação e interesse na leitura entre outros. (FULGÊNCIO & LIBERATO. 1998: 13).
Compreende-se leitura como um processo entre o texto e o leitor, o qual é o ativo e não se esgota meramente no sentido literal, isto é, restrito da palavra. Nesse ângulo, o ato de ler passa a ser visto como um ato social entre leitor e autor, que participam de um trabalho interativo, ou seja, ambos buscam uma interação em que um escreve a fim de ser entendido, pelo outro. E esse diálogo dependerá tanto da habilidade do escritor na produção do texto quanto da capacidade do leitor em lê-lo. A leitura compreensiva somente acontecerá através de um processo complexo, o qual implica diversos fatores como: conhecimentos linguísticos, entendimento antecipado do assunto abordado no texto, interesse pelo tema a ser lido, bagagem cultural de mundo, entre outros (FERREIRO, 1986).
Disso resulta, que ler não consiste apenas na decodificação dos signos gráficos, primeiro requisito para o ato, mas na captação de tudo aquilo que a autor introduziu e insinuou no texto e do maior entendimento da realidade circundante da parte do leitor. A leitura de um texto, para ser compreendida não pode ser feita simplesmente através de um mero ato visual, ou seja, passar os olhos sobre as letras, para isso, é necessário conhecer a língua empregada na escrita do enunciado. Caso seja uma língua desconhecida pelo leitor, a leitura estará dificultada de suceder. É um grande impedimento para qualquer leitor ler um texto cuja língua usada no ato de escrevê-lo seja estranha, não fazendo parte de seu conhecimento linguístico. O autor abaixo destaca o processo de como facilitar a Leitura:
A leitura não é uma atividade meramente visual. O acesso é informação visual – isto é, a informação percebida, captada pelos olhos (abreviamento IV) – é obviamente necessário mas não suficiente... podemos, por exemplo estar enxergando perfeitamente um texto, e, ainda assim, não conseguimos lê-lo por estar escrito em uma língua que não conhecemos. Esse conhecimento da língua é imprescindível e já devemos possuí-lo antes, de nos empenharmos na leitura do texto (FULGÊNCIO & LIBERATO, 1998: 13;14).
Além da importância de conhecer a língua usada na escrita de um texto, outro termo essencial para o desenvolvimento da leitura é a interação a respeito do assunto do texto, isto é, estar bem informado sobre o conteúdo do escrito é imprescindível na efetuação do ato de ler. Faz-se necessário, que o leitor saiba a língua impressa no enunciado, mas não é o bastante, servindo pouco caso quem lê domine o idioma utilizado e mesmo assim, desconhecer o assunto abordado no texto. 
Conhecer o assunto é indispensável para que a leitura possa fluir e tornar-se produtiva. O leitor precisa estar interado e bem informado sobre diversos temas e questões, e isso implica crescimento de mundo e da realidade circundante (FULGÊNCIO & LIBERATO, 1998: 14).
Confirma-se, no trecho acima, que dominar a língua, o assunto do texto e ter conhecimento da realidade de mundo é imprescindível no exercer da leitura. Muitas vezes, quando um texto apresenta ambigüidade, é o entendimento de mundo que o leitor tem dos fatos o que lhe permite uma interpretação adequada do que se lê. Um bom exemplo são as seguintes sentenças: “A Casa de Bia foi assaltada. Ela está pensando em comprar um pasto alemão”. 
As sentenças estão ligadas por muitas informações que não aparecem de forma explicita, ou seja, clara: como a de quem tem sua casa assaltada e que chama por mais segurança e na segunda sentença não informa que pastor alemão é um tipo de cachorro bastante utilizado no encargo de vigiar casas. 
É por isso, que o leitor deve manter-se bem informado, a fim de possibilitar a junção das sentenças de forma a construir relacionamento entre elas, cujo resultado traduza-se em um sentido lógico, coerente. 
Fica evidenciado que a interação das frases de maneira clara não depende unicamente da compreensão daquilo que está expresso explicitamente, necessita também de certos conhecimentos implícitos, os quais estabelecem os elos para a ligação lógica das frases. Portanto, o leitor precisa acrescentar aprendizados extras aquele que vem sendo transmitido literalmente. Entende-se leitura como o resultado da função entre bagagem cultural, isto é, o que se sabe e o absorvido do texto. Segundo Fulgêncio e Liberato (1998: 14), “... podemos afirmar que a leitura é o resultado da interação entre o que o leitor já sabe e o que ele retira do texto”.
Entende-se com isto, que uma das implicações que muito colaboraram no dificultamento do aprendizado da leitura na criança é a pouca ou ausência de informação, conhecimento de mundo e da realidade que é bem menor em relação ao adulto, além das constantes dúvidas sobre como ler. 
Torna-se preciso estabelecer estratégias adequadas à leitura de forma que a criança adquira gradativamente esse aprendizado sendo aproveitado a bagagem cultural trazida por ela antes de ter-se introduzido no universo da escrita e da leitura.
Um outro fator complementar para o alcance do verdadeiro sentido da leitura de um texto ou frase, que não é unicamente compreender cada frase separadamente, faz-se necessário haver a identificação do tópico principal, isto é, o assunto predominante no texto, o tema abordado no escrito, a fim de facilitar o entendimento, pois essa descoberta a respeito do que exatamente está se referindo ao enunciado, é imprescindível na norteação de quem lê, facilitando assim o rumo a ser tomado pelo leitor e consequentemente, a sua interpretação do lido. 
A identificação do tópico de um texto é indispensável para sua compreensão. O tópico parece condicionar a interpretação de cada unidade de um texto. Por exemplo, em um texto sobre “economia” a palavra banco tenderá a ser interpretada como “instituição financeira” e não como “certa peça do mobiliário”, a menos que haja indicação explícita do contrário. Isso acontece porque o tópico do texto (economia), ao estabelecer um quadro de referência, contribui para que o leitor crie certas expectativas que guiam a sua interpretação, ajudando-o inclusive a dissolver possíveis ambigüidades (FULGÊNCIO & LIBERATO, 1998: 37).
Evidencia-se neste trecho, a questão da ambiguidade palavras no escrito, isto é, expressões que possibilitam mais de uma interpretação, quer pela sua disposição no texto, quer pelo seu próprio sentido dúbio. Na língua portuguesa, muitas vezes um termo é empregado e pode mudar de significação de acordo com o contexto em que for agrupado, ou seja, uma palavra altera o sentido conforme representar melhor determinada ideia ou lógica, a que se ajustar ao que o autor pretende exprimir. 
É preciso também distinguir as questões secundárias da principal, quer dizer, aquela em torno da qual gira o texto. E para tal é necessário que o leitor adquira um repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos. Sabendo-se, que a língua portuguesa é repleta de regras gramaticais e a população ainda encontra-se muito distante do bom uso da língua padrão e a dificuldade em lidar com a língua padrão é um obstáculo para exercer a leitura, mas que o leitor não deve desistir de buscar o sentido da leitura e para a leitura, porque só se aprende a ler e a gostar de ler lendo.
2.1. O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E A LEITURA
O processo de ensino e a aprendizagem são tão antigos quanto à própria humanidade; no decorrer de nossa história de vida, o ensinar e aprender foram adquirindocada vez maior importância, lembrando que cada indivíduo inicia sua aprendizagem com um repertório de conhecimento prévio e representação que interferem no modo como se relaciona com as novas informações (CUNHA, 1984).
Segundo SAVIANE, (1991, p. 144):
Os procedimentos de ensino devem contribuir para que o aluno mobilize seus esquemas operatórios de pensamento e participe ativamente das experiências de aprendizagem observando hipóteses, classificando, ordenando, analisando, sintetizando, etc.
 
Com base neste pressuposto, entende-se que no processo ensino-aprendizagem quem aprende deve ter uma elaboração pessoal, que já vem marcada pelas experiências anteriores de quem aprende, assim o aluno é o sujeito ativo e singular do processo ensino-aprendizagem.
Neste processo o professor é peça fundamental, importante, pois desempenha uma função primordial para a organização das atividades de aprendizagem e leitura, além de ministrar e ensinar conteúdos; deve possuir uma capacidade para saber o que o aluno sente e que precisa a cada momento. Cabe ao professor ajudar, auxiliar na superação dos obstáculos e dificuldades na leitura.
Ensinar e aprender requer um posicionamento claro e consciente sobre o que e como ensinar, porque o aluno não avança só, é preciso a cooperação entre o docente e discente.
Nesta óptica de FREIRE, (1997, p. 56):
Não há como repetir que ensinar não é pura transferência mecânica do perfil do conteúdo que o professor faz ao aluno, passivo e dócil. Como não há também como repetir que, partir do saber que os educandos tenham não significa pôr-se a caminho, ir-se, deslocar-se de um ponto a outro e não ficar, permanecer.
Cabe ao educador promover a autonomia do aluno, na busca do conhecimento tendo subsídios na prática da leitura, no ato de ler, dando oportunidade e possibilitando o aprender não só por si, mas estar presente quando necessário. Todos são integrantes do processo ensino-aprendizagem, porque o aprendizado acontece por meio da interação social, o homem, não caminha só, pois a aprendizagem ocorre de diversas formas, maneiras e em diversos locais; no espaço da sala, nos encontros, na troca de experiência, discussões e interações, e o mesmo ocorre com a leitura, ela se dá de várias formas e em diversos locais, lugares diferentes, com visões também diferentes (PIAGET, 1986).
Nos dias atuais, muito tem se falado sobre a leitura e o processo ensino-aprendizagem. Na prática educacional atual, a leitura e a aprendizagem ganharam um espaço muito amplo e relevante; o espaço do ponto de vista reflexivo, porque a leitura assume um papel de suma relevância na vida do indivíduo, é um recurso de sobrevivência, muito importante para chegar às conquistas, potencialidades, obstáculos e limitações.
Portanto, é preciso reafirmar que o ensino e incentivo a leitura precisa ser o centro do trabalho pedagógico e adquirir a importância que realmente tem no processo ensino-aprendizagem.
DALACORTE E MELLO (2000, p. 18), destaca que:
(...) O processo de ensino-aprendizagem que se apóia na abordagem comunicativa reconhece a natureza social e dialógica da linguagem e tem como principal objetivo criar condições favoráveis para que os aprendizes possam usar a língua de maneira significativa na interação com os outros falantes. Para que isso ocorra, pressupõe-se que a língua-alvo seja usada em atividades sócio-interativas (tarefas, dramatizações, trabalhos em pares, grupos, etc.), que desenvolvam não só a competência lingüística do aprendiz, mas todas as demais competências necessárias para a comunicação entre as pessoas.
 
Neste prisma, o processo ensino-aprendizagem deve estar a serviço da leitura e a mesma a serviço do presente processo, deve ter início desde o primeiro dia de aula. Isso permite dizer que o ler deve ser para si mesmo, ou seja, com validade interior, não só para o professor, para a nota. Ler é para a vida, não simplesmente para a escola.
Sendo assim, o ler, a leitura e para dar bem-estar à totalidade do indivíduo, propiciando-lhe acréscimos significativos interiormente.
VYGOTSKY, (1992, p. 45), diz que “quando um homem introduz uma modificação no ambiente através do seu próprio comportamento, essa modificação vai influenciar seu comportamento futuro”.
Evidentemente a escola, o professor, não pode confundir leitura com estudo de matéria ou conteúdos específicos. Servir-se do texto com o propósito de estudar aspectos gramaticais, exercitar a memória, ilustrar datas comemorativas, cívicas e outras, retirar conceitos científicos, moralizar entre outros; é proceder a mutilação da riqueza do ato de ler , da leitura e ambiguidade da estrutura literária. É perder de vista a complexidade e a prosperidade da leitura para a transformação do ser.
Restringir a prática da leitura a estudo de vida de autores, aspectos da literatura, é desviar do contato essencial que é a leitura, é a própria obra. Não absorvendo a mesma como um processo de quebra contra alienação, e mais além não a vêem integrada ao desenvolvimento de conteúdo com o objetivo primacial e permanente de formar posturas críticas e mentes bem informadas (RESENDE, 1999).
Nesse sentido, os docentes precisam atuar no processo ensino-aprendizagem adotando uma metodologia que consiga nortear as ações abrangendo as necessidades para que realmente possa haver a aprendizagem e não alienação, configurando sua postura e metodologia em processos sociais mais amplos, responsáveis por reforçar, questionar valores, tradições, padrões de poder presentes no contexto social.
Para PERRENOUD, (1983, p. 31):
Ensinar é uma prática extremamente complexa, que depende de uma boa combinação de conteúdos e táticas, e principalmente da resposta da turma. A reflexão ajuda o professor a compreender cada vez melhor o que está em jogo e a ter controle sobre ele.
A par disso, a função do educador é sem dúvida proporcionar acesso a leitura, o conhecimento, ensinar os caminhos que possam conduzir a busca do mesmo. Portanto, é necessário que diante do processo ensino-aprendizagem o professor tenha consciência do seu papel, sendo capaz de introduzir as necessárias modificações neste percurso, principalmente comportamentais para alcançar o objetivo principal do processo educativo.
Neste panorama, não deve esquecer jamais que o mesmo tem o poder de transformar atitudes, valores; lembrando que para muitos é um modelo a ser seguido, isso reflete a ele maior responsabilidade no atuar com consciência. Uma vez que as relações interpessoais entre aluno-professor-escola e sociedade são fundamentais para que haja garantia de sucesso no ato de ler é óbvio interligado ao processo ensino-aprendizagem.
2.2. ESTRATÉGIA DE LEITURA 
Abordar metodologias de facilitação da leitura em uma sociedade onde a grande massa da população não domina o exercício da leitura torna-se uma tarefa complexa. Mas, primeiramente, é preciso desfazer a idéia contida pela maioria das pessoas de que a língua tem como função primordial tornar possível o ato de comunicar, e que o mesmo está suscetível de ser decodificado automaticamente, ou seja, compreendido o sentido no momento em que é expresso ou escrito. O entendimento instantâneo do enunciado ou crença de que o único objetivo da fala é comunicar, não passa de um mito, o qual precisa ser derrubado. Muito pelo contrário, a linguagem não tem como principal meta transmitir informações, mas em muitas vezes seu verdadeiro papel tem sido o de acobertar ou encobrir os conteúdos vinculados por ela de maneira que impede a captação dos sentidos expressos, cujo contido só pode ser desvendado através de métodos de interpretação. Propõe-se então, meios no intuito de colaborar no entendimento. Segundo a autora abaixo em Estratégia de Leitura discorre:
... com o objetivo de desmistificar as concepções de que a linguagem serve meramente a comunicação, e os atos comunicativos são simétricos, isto é, possíveis de decodificação imediato, que produzimos um estudo das condições em que a fala não se destina a transmissão de informações,mas ao contrário, pretende encobrir os conteúdos que vincula de tal forma que os sentidos expressos pela linguagem não possam ser apreendidos sem mecanismos definidos de interpretações (ZANDWAIS, 1990: 9).
Percebe-se, por meio deste, que a língua nem sempre é empregada de forma a se deixar compreender claramente a informação transmitida por ela. No presente contexto, cada vez mais textos são grafados com uma linguagem de significados não literal, isto é, palavras que possuem um sentido inexato, e está mesmo ambíguo, isso acontece devido a exigência da realidade, que cobra um alto preço pelo ato de falar além da conta e, para fugir da responsabilidade, muitos escritores e discursores costumam proteger em seus escritos e discursos uma linguagem provida de duplos sentidos sendo possível ser interpretado somente por meio de análise ou estudos daquilo que realmente fora pretendido ser expresso pelo escritor/discursor. Diante do trecho abaixo:
Portanto, a perda de transparência de sentidos na linguagem acaba sendo não somente um meio, através do qual os sujeitos se resguardam de possibilidades de se expor inteiramente aos seus interlocutores, mas também uma decorrência do fato de que é “mito julgar que o homem é senhor de sua palavra”, em todas as circunstâncias (ZANDWAIS, 1990: 12).
Confirma-se a existência de textos carregados de sentidos não literários. Isso acontece não só na linguagem escrita, também na oralidade. E as causas de seu constante emprego é a cobrança da realidade circundante, onde as pessoas nem sempre devem expressar tudo o que pensam e acreditam, pois correm o sério risco de sofrer penalidades: punições, rejeição ou julgamento por parte dos demais membros da sociedade. Há certos juízos de valores, opiniões sobre os outros que não podem ser ditos de forma clara, inteligível, sob a pena de estar ocasionando ofensa, rejeição, humilhação e estar estabelecendo confrontos ideológicos diretos, podendo até mesmo perder a confiança do ouvinte e ou/leitor no diálogo ou na leitura. Usa-se então, uma linguagem ambígua, objetivando não serem responsabilizados por aquilo que falam, afinal, o que não foi expresso claramente deixa de ser contestado, polemizados e principalmente responsabilizado.
Assim, quando se diz de forma implícita aquilo que se pensa, acredita ou deseja, garante-se, pelo menos, maior inserção de responsabilidade sobre os conteúdos das falas proferidas, pois afinal, somente aquilo que é dito, pode ser contradito. (ZANDWAIS, 1990: 12).
Esta linguagem implícita, quer dizer aquilo que está envolvido, mas não expresso claramente, é comumente aplicada por individuo da sociedade cujo poder é detido nas mãos como os representantes políticos, que durante seus discursos a empregam com o propósito de não provocar enfrentamentos de idéias e polemicas através do dito. E o que não foi expresso explicitamente deixa de ser questionado, cobrado, contestado. Somente através de muita reflexão e raciocínio será possível chegar a uma conclusão a cerca do que não estava explicito na argumentação do escritor/discursante. E isso é uma barreira para o entendimento da comunicação pretendida tanto pelo leitor e/ouvinte quanto do discursante/escritor. Transforma-se também num ato de poder, o qual só é possuído por quem tiver a capacidade de raciocinar a cerca do dito/lido e ter habilidade em interpretá-lo, de cifrar o significado desejado pelo autor do discurso ou livro (ZANDWAIS, 1990: 13).
Comprova-se com tudo isso, que se por um lado a língua é usada para promover a comunicação, o diálogo entre pessoas, pelo outro, ela pode se transformar em um obstáculo na efetuação do ato de comunicar, pelo fato de o falante aplicar termos ambíguos, os quais ocultam e acobertam o significado pretendido, aquilo que se deseja verdadeiramente dizer, informar. Derrubando por terra a teoria de que a linguagem tem como função principal possibilitar o diálogo humano. Há um grande número de palavras na língua portuguesa que transmitem sentidos e significados implícitos, independente do contexto em que forem agrupadas. Para isso, é importante supor de antemão a respeito do que foi escrito, sugerir o que o autor está pretendendo informar, contribuir bastante a leitura de textos em que aparecem termos subentendidos, como em: “José parou de bater em sua mulher”. Através da análise do verbo parar, pressupõe-se que se ele parou de bater é porque certamente antes ele batia na mulher dele. Usando a pressuposição, é possível encontrar diversas informações a cerca do escrito (ZANDWAIS, 1990).
Caso o leitor não consiga captar ou aprender no texto os pressupostos, isto é, as ideias não expressas de maneira explícita, que decorrem logicamente do sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase, o leitor pode acabar sendo manipulado pelo escritor, quer dizer, se o leitor não tiver a capacidade de identificar, desvendar aquilo que o autor pretende expor no texto, possui grandes chances de tornar-se uma marionete nas mãos do autor, que segue os comandos do escritor/discursor. Contudo, ao descobrir o pressuposto no escrito, o leitor poderá discordar, contestar o dito e assim responsabilizar o autor do enunciado e provocar um confronto de ideias, formas de pensar. Observe as frases abaixo: “André tornou-se um antitabagista convicto”. 
A informação explícita é que hoje André é um antitabagista convicto. Do sentido do verbo tornar-se, que significa “vir a ser”, decorre, no entanto, logicamente a informação implícita de que anteriormente André não era um antitabagista convicto. Se André fosse antes um antitabagista convicto não se poderia usar o verbo tornar-se. E na frase: “Pedro é o último convidado a chegar a festa”. Onde a informação explícita é que Pedro chegue depois de todos os outros convidados. Se ele foi o último a chegar, está logicamente implícito que todos chegaram antes dele. As informações explícitas podem ser fundamentadas pelo leitor/ouvinte que pode ou não concordar com elas. Os pressupostos, porém, deve ser verdadeiros ou, pelo menos, admitidos como tal, porque é a partir deles que são constituídas as afirmações explícitas. Isso significa que, se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento.
 Assim, por exemplo, se Maria participa de todas as festas, não tem o menor sentido dizer: “todas vieram; até Maria”. Até, no caso, contém o pressuposto de que é inesperada ou inusitada a presença de Maria.
Na leitura, é muito importante detectar pressupostos, pois eles são um recurso argumentativo que visa a levar o leitor ou ouvinte a aceitar certas ideias, isto é, ao introduzir um conteúdo sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em cúmplice, pois a ideia implícita não é posta em discussão, é apresentado como se fosse aceita por todos, e os argumentos explícitos só contribuem para confirmá-la. O pressuposto aprisiona o ouvinte aos sistemas de pensamento montado pelo falante. O leitor que descobre esse pressuposto torna-se capaz de discordar ou não do dito, questionar e confrontar a sua ideia com a do autor, deixando de ser dominado pelo pensamento do autor (ZANDWAIS, 1990: 9).
Percebe através deste, a importância da pressuposição de algo que não encontra-se claro no texto discurso a qual tem o poder de controlar e direcionar a coerência do discurso ou leitura/discurso, quer dizer, por meio de pressuposto a informação de um texto, possibilita-se a direção correta a ser seguida pelas pessoas do diálogo, de forma a contribuir para uma interação lógica entre leitor e autor. A capacidade de quem lê em compreender e decifrar os termos que aparecem implícitos nos textos torna a leitura/discurso lógico e coerente.
Além dos termos pressupostos de um texto, existem aqueles termos subentendidos, os quais possuem uma grande diferença e muitas vezes são confundidos pelo leitor. Subentendidos são insinuações, não marcadas linguisticamente, contidas numa frase ou num conjunto de frases. Suponha-se que uma pessoa estivesse em visita a casa de outra num dia bastante frio e queuma janela, por onde entravam rajadas de ventos, estivesse aberta. Caso o visitante diga: “que frio terrível!”, poderia estar insinuando “Feche a janela”. 
No caso do pressuposto, é uma informação estabelecida como indiscutível tanto para o falante quanto para o ouvinte, já que decorre necessariamente de algum elemento linguístico empregado na frase. Ele pode ser negado, mas o falante coloca-lo de maneira implícita para que não o seja. E o subentendido é de responsabilidade de quem ouve ou lê. 
O falante pode esconder-se através do sentido literal das palavras e negar que tenha dito o que o ouvinte/leitor depreendeu de suas falas/escritas. Assim, se o proprietário da casa disse que é uma coisa muito pouco higiênica fechar todas as janelas, o visitante pode concordar com o dono da casa e que apenas o frio estava intenso. O subentendido é usado muitas vezes para o falante se proteger, isto é, transmitir a informação desejada sem se comprometer. O subentendido dá entender, diz sem dizer, simplesmente sugere, mas não faz.
Nota-se então, que o ato de ler não é uma tarefa tão simples como aparenta, por tratar-se de uma ação que implica diversos fatores para se concretizar de modo proveitoso para o leitor: conhecimento linguístico, noção de mundo e da realidade que o cerca, ler nas entrelinhas, descobrir o sentido não literal do texto e da palavra, identificar os pressupostos e as informações implícitas no texto, desvendar os termos subentendidos, e levar em conta as relações de uma frase com as outras que compõem, o texto a fim de não correr o risco de atribuir à leitura um sentido contrário aquele proposto pelo escritor. 
Então, o leitor deve buscar ler, praticar o ato da leitura é a solução para aprender a ler, porque lendo se conhece a si, e ao mundo. E a verdadeira leitura é aquela na qual o leitor descobre-se no texto, vencendo todos os obstáculos referentes ao entendimento da leitura e toda a complexidade existente em um texto.
3. CENÁRIO DA PESQUISA: O INCENTIVO A LEITURA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL UNIÃO LIBERTADORA, DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM - PA.
Este estudo objetivou os procedimentos metodológicos realizado neste trabalho, enfatizou a contextualização da escola pesquisa, e ainda tabulou e analisou a Prática da leitura no 5º Ano do Ensino Fundamental. É importante conhecer e estudar o cotidiano dessas classes de ensino fundamental, onde é de grande relevância observar bem o incentivo, pois ele é essencial para o aprendizado das crianças.
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia utilizada no presente estudo está alicerçada na modalidade de pesquisa quantitativa e qualitativa descritiva. Segundo SILVA (2004:20), tem de haver uma relação dinâmica entre o mundo real e o mundo da subjetividade do sujeito, o autor ainda afirma que o ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados, onde o pesquisador é a ferramenta principal da pesquisa.
Utilizou-se como instrumento de coleta de dados para a pesquisa de campo o roteiro semi estruturado com itens para um Gestor, duas professoras e 20 vinte alunos na faixa etária de dez a quatorze anos na turma do 5º ano do ensino Fundamental. E para a pesquisa bibliográfica livros, artigos científicos, monografias e algumas revisões de artigo. A pesquisa bibliográfica foi um dos métodos da presente monografia. No trabalho foi expresso conhecimentos do tema escolhido, sinteticamente levando em consideração os objetivos do trabalho.
Sobre a pesquisa bibliográfica Cervo & Bervian (2007, p.60) relatam:
Qualquer espécie de pesquisa, em qualquer área, supõe e exige uma pesquisa bibliográfica prévia, quer para o levantamento do estado da arte do tema, quer para a fundamentação teórica ou ainda para justificar os limites e a contribuição da própria pesquisa.
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA PESQUISADA
A escola Municipal de ensino Fundamental União Libertadora fica localizada na Rua Angelin, n°69 no bairro santarenzinho.
No ano de 1983, um grupo de moradores, preocupados com desenvolvimento do bairro e a educação de seus filhos, assim como as demais crianças que ali chegavam, acharam por bem demarcar e reservar uma área de terra medindo 25 metros de frente por 85 metros de fundo, para que se construísse nesse local uma escola.
Em 1984, no referido local, foi construído pela comunidade um barracão pequeno de madeira, coberto de palha, que funcionou como sala de aula de anexo da escola Municipal de Ensino Fundamental Eiláh Gentil, sobre a responsabilidade da professora Maria de da luz Brito Cardoso.
Em 1985, um grupo de moradores inconformados com a direção da Escola Municipal de ensino Fundamental Eiláh Gentil, por querer retirar a professora e os dois alunos do referido local; pediram a mesma que reunisse todos os moradores para formar uma comissão para ir até a Secretaria Municipal de educação. No dia 05 de fevereiro de 1985, esta comissão juntamente com a professora dirigiu-se para Secretaria de Educação para solicitar a autorização e a permanência da Escola no referido local, recebendo assim o total apoio do atual secretário municipal de Educação Sr. David pereira.
A partir desse momento a escola passou a desenvolver seus trabalhos em suas próprias dependências e recebeu o nome de Escola Municipal União Libertadora, nome este escolhido pela própria comunidade.
Em 1986, foi construído o primeiro pavilhão com três salas de aula, uma secretaria e uma cozinha, sendo de madeira.
Em 1987, foi construído o segundo pavilhão, sendo também de madeira com mais duas salas de aula.
Em 2002, iniciou-se a construção da escola com modelo de escola do governo do mutirão, e no dia 18 de fevereiro de 2003, foi reinaugurada com sete sala de aula, uma secretaria, uma diretoria, uma sala de leitura, um refeitório, uma cozinha, um deposito de merenda e dois banheiros, sendo um masculino e um feminino.
A escola visa compreender que a educação precisa esta comprometida com a formação e informação deve direcionar suas proposta pedagógica para qualidade do ensino, tem como missão “a formação moral, intelectual e espiritual do educando, a a partir do processo de ensino aprendizagem, baseando em sua realidade a fim de que o mesmo possa, através do conhecimento adquirido cotidianamente e do saber apresentado pela escola, compreender sua importância, enquanto sujeito histórico, na construção de uma sociedade mas justa e igualitária.”
O tipo de proposta pedagógica que a escola adota esta baseada na linha pedagógica progressiva critico- social dos conteúdos por acreditar que processo educativo precisa prepara o educando para a participação ativamente da democratização da sociedade, o que existe da escola repensar sua pratica educativa.
Assim a Escola Municipal de Ensino Fundamental “União Libertadora”, objetiva oferecer uma educação de qualidade, priorizando o desenvolvimento das competências e habilidades de seus educandos, através de um processo educativo participativo. 
3.3 ESRUTURA ORGANIZACIONAL 
A pesquisa foi realizada na turma de 5° ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental União Libertadora, na Zona urbana do município de Santarém. 
A escola atualmente tem como diretora a professora Glaicileni Reis Silva, contém 31 funcionários e atende desde 1° ano ao 5°ano, incluindo a educação de Jovens e Adultos ( EJA). A escola esta localizada na periferia de Santarém, no bairro santarenzinho, rua treze de maio, n° 69. Fundada no dia 15 de fevereiro de 1983.
3.4 SUJEITOS DA PESQUISA
3.4.1 Gestor
Tendo em vista que o gestor é sabedor das dificuldades encontradas em sala de aula pelos educadores em relação ao desenvolvimento dos educandos sobre o ato da leitura, fez-se necessário a aplicação de um questionário onde se pode avaliar o processo educativo e suas habilidades em propor soluções para os eventuais problemas encontrados.
3.4.2 Professores
O professor tem papel relevante mediante os alunos, por isso entrevistou-se dois educadores do 5º ano do Ensino Fundamental, questionando-se sobre a importânciada leitura em sala de aula e as dificuldades enfrentadas para despertar no aluno o hábito da prática de leitura.
3.4.3 Alunos
Os alunos são parte fundamental para o desenvolvimento deste trabalho, por esse motivo entrevistou-se 20 anos alunos do Ensino Fundamental, no intuito de compreender a visão que o educando tem em relação à prática educativa, em si tratando de leitura, se esta apresenta alguma importância em sua vida, se esse desinteresse se dá pela atuação dos professores em sala de aula.
4 RESULTADOS DA PESQUISA
Este estudo teve como base uma pesquisa bibliográfica e de campo, visando alcançar os objetivos que foram propostos. Inicialmente foi feita uma revisão bibliográfica para descrever teorias que abordassem O incentivo à Leitura no Ensino Fundamental: Um olhar sobre a Escola União Libertadora. A revisão bibliográfica foi feita mediante uma leitura sistemática, com fichamento de cada obra, de modo a ressaltar os pontos pertinentes ao assunto em estudo abordados pelos autores. 
A pesquisa de campo foi realizada na Escola União Libertadora, no município de Santarém. Foram entrevistados 01 (um) gestor, 2 (dois) professores e 20 (vinte) alunos, os quais foram convidados a responder um questionário com perguntas abertas e fechadas para que os resultados fossem obtidos com êxito. 
4.1 Análise do Gestor 
Vendo a importância do processo de incentivo ao hábito leitura no desenvolvimento e evolução dos alunos, elaborou-se uma entrevista com o atual gestor da Escola União Libertadora com o intuito de compreender a fundo sua concepção acerca a importância do incentivo a leitura no Ensino Fundamental. Diante disso, o primeiro questionamento para a gestor foi em questão da importância em se trabalhar projetos de leitura na escola. A resposta se deu da seguinte maneira:
A importância se dá pelas diferentes metodologias utilizadas pelo professor em sala de aula, os projetos complementam, dando mais suporte ao aprendizado de nossos alunos melhorando seu vocabulário e o intelecto do mesmo.
Nesse sentido, vê-se que o professor não deve se prender apenas nas atividades focadas em sala de aula, trabalhar com projetos, de forma coletiva, desenvolve o aluno a se socializar e a se integrar no processo ensino aprendizagem.
Outro questionamento feito ao gestor foi em relação às dificuldades apresentadas pelos alunos em relação à leitura compressiva, o que a escola está fazendo para amenizá-los? Obteve-se a seguinte resposta:
Primeiramente faz-se necessário a interação entre a família e a escola para conhecer as reais dificuldades dos alunos. Em seguida, realizam-se práticas de leituras através de oficinas e jogos. Além disso, vários professores estudam no PNAIC, um programa do Governo Federal, e o que aprendem em relação à leitura, estes estão realizando e com sucesso, é perceptível no dia-a-dia na sala de aula. 
Desta forma, percebe-se que os professores recebem apoio na questão de construir o hábito da leitura nos alunos, nessa perspectiva, o educador deve trabalhar de forma dinâmica e diversificada para envolver os educandos visando desenvolver a leitura, tendo uma visão prazerosa a esse respeito.Percebe-se que o incentivo existe, mas as dificuldades apresentadas pelos alunos à leitura compreensiva continuam a persistir, por esse motivo, perguntou-se ainda para o gestor, quais as dificuldades que o professor encontra para trabalhar a leitura na turma do 5º ano? Em resposta disse que: 
Em minha opinião, a dificuldade encontra pelos professores, é sem dúvida a vontade do aluno em dedicar-se a leitura, até porque está presente na nossa cultura o não hábito à leitura, e isso sem dúvida dificulta muito. Outra grave dificuldade é o próprio professor, pois a maioria não é praticante da leitura. Temos ainda, a falta de metodologias que possam instigar o aluno a praticar mais esse hábito.
Levando em consideração o relato do gestor, observa-se que as dificuldades são diversas, principalmente no espaço da leitura que apresenta problemas e contradições que precisam ser melhoradas. O enfrentamento desses problemas implica numa superação em conjunto, a escola deve trabalhar juntamente com os alunos e a família fornecendo subsídios em prol da transformação e melhoramento do educando.
Não se pode esquecer que para o professor orientar a leitura, ele deve ser leitor, muitos leem menos que os alunos, criando uma barreira entre o ser e o ensinar. Infelizmente, as dificuldades são muitas e as soluções poucas. Dando continuidade as perguntas, questionou-se: Se o gestor preocupa-se em desenvolver projetos que incentivem a leitura na escola. 
Obteve-se uma resposta positiva, pois a mesma mostra-se empenhada em melhorar o aprendizado dos alunos através da preparação contínua dos professores.
E por último perguntou-se se há na escola um acompanhamento técnico para auxiliar os professores em relação à leitura, a resposta se procedeu dessa forma: 
Sim. A escola é acompanhada pelos coordenadores pedagógicos, o qual contribui satisfatoriamente para o desenvolvimento educacional na unidade de ensino. 
4.2 Concepção dos Professores 
O professor é considerado uma fonte importante no desenvolvimento do aluno, levando muitas informações que irão proporcionar subsídios na construção do conhecimento, dando pressupostos para os alunos desenvolverem as competências e habilidades para agir verbalmente na sociedade.
A importância do professor-mediador em seu convívio social é fornecer informações, para que os educandos estejam sempre à frente de seus trabalhos, tendo um orientador que irá servir de ponte para as descobertas encontradas na trajetória escolar, de modo que estes estejam aptos a exercerem seu papel perante a sociedade.
Considerando que o professor é fundamental para o desenvolvimento escolar, procurou-se entrevistar cinco na faixa etária de vinte e cinco a quarenta anos, onde os quais responderam o seguinte questionamento: 
	
Professor
	
1. Qual a importância da leitura em sala de aula?
	01
	A importância maior é o esclarecimento do objetivo proposto a partir da construção da linguagem como elemento de processo dinâmico desenvolvido na sala de aula. 
	02
	É o elemento fundamental, pois garante o entendimento e interpretação das atividades.
Tabela 1: A importância da leitura na sala de aula
Fonte: Dados da Pesquisa, 2015
Observou-se nas repostas acima, que na opinião dos professores a leitura é um elemento fundamental para o desenvolvimento intelectual do aluno, ampliando os conhecimentos contribuindo na prática escolar e proporcionando uma reflexão a cerca da realidade. Perguntou-se também aos professores:
	
Professor
	2. Quais as dificuldades que você encontra para incentivar o hábito da leitura?
	01
	A grande dificuldade é a falta de livros adequados para que possamos desenvolver o hábito da leitura. E a falta de participação dos pais na sala de aula, no desenvolvimento das atividades de seus filhos.
	02
	Refere-se principalmente a falta de hábito da leitura por parte dos alunos, muitos encontram dificuldades em interpretar textos, além disso, falta mais incentiva nas escolas em virtude da falta de livros paradidáticos e bibliotecas mais ampliadas e atualizadas.
Tabela 2: Dificuldades para incentivar o hábito pela leitura 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2015
Em conformidade as respostas dadas, vemos que os professores apontam como principal barreira para o incentivo da leitura, livros adequados e a falta de investimento de acervos, ampliação e atualização nas bibliotecas escolares como também a falta de participação e incentivo dos pais na sala de aula no desenvolvimento das atividades de seus filhos. Continuando a pesquisa com os professores perguntou-se:
	
Professor
	3 Você utiliza atividades lúdicas para incentivar o hábito da leitura e quais eram esses métodos.
	01
	Sim leituras continuadas com musicas, cotação de historinhas. 
	02
	Sim, tento usar tudo que posso para dinamizar minhas aulas, palestras,

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