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Apostila Microeconomia

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01/08/2017
1
I.Introdução
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Os 10 Princípios da Economia
2. Análise Positiva x Análise Normativa
3. Objeto da Ciência Econômica: a lei da Escassez
4. Microeconomia e Macroeconomia
5. Problemas econômicos básicos
6. O Fluxo Circular da Renda
7. Curva de Possibilidades de Produção
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Em Economia, tradeoff é uma expressão que define uma 
situação de escolha conflitante, isto é, quando uma 
ação econômica que visa à resolução de determinado 
problema acarreta, inevitavelmente, outro.
Para conseguirmos algo que queremos, geralmente 
precisamos abrir mão de outra coisa de que gostamos: a 
tomada de decisões exige escolher um objetivo em 
detrimento de outro.
01/08/2017
2
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Portanto, quando as pessoas estão agrupadas em 
sociedade, deparam-se com tipos diferentes de 
tradeoffs.
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
EFICIÊNCIA
(máximo possível a partir dos 
recursos disponíveis)
vs.
EQUIDADE
(distribuição justa)
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Exemplo 1:
Como alocar o tempo entre 2 e 3:45 da tarde: 
estudar economia ou tirar uma soneca?
Exemplo 2 :
Como alocar o tempo durante o verão? Cigarra: 
cantando; formiga: estocando comida para o 
inverno
01/08/2017
3
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Exemplo 3:
Eficiência versus equidade: redistribuir renda 
(repartir o bolo em pedaços mais iguais) pode 
reduzir a eficiência (o tamanho do bolo): a 
recompensa por trabalhar duro se reduz, as 
pessoas se esforçam menos e produzem menos 
bens.
1. Os 10 princípios da Economia
2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você 
desiste para obtê-la
Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de 
decisões exige comparar os custos e benefícios de 
possibilidade alternativas de ação. Em muitos casos, 
contudo, o custo de uma ação não é tão claro quanto 
pode parecer à primeira vista.
O custo de oportunidade de um item é aquilo de que você 
abre mão para o obter. Ao tomarem qualquer decisão, 
os tomadores de decisões precisam estar cientes dos 
custos de oportunidade que acompanham cada ação 
possível.
1. Os 10 princípios da Economia
2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você 
desiste para obtê-la
Exemplo:
Entrar na universidade. 
Benefícios: melhores oportunidades de emprego 
no futuro;
Custos: salário que se deixa de ganhar em um 
possível emprego no presente.
01/08/2017
4
1. Os 10 princípios da Economia
3. As pessoas racionais pensam na margem
Os economistas usam o termo mudanças marginais para 
descrever pequenos ajustes incrementais a um plano de 
ação existente. Lembre-se de que “margem” pressupõe 
a existência de extremos, portanto, mudanças 
marginais são ajustes ao redor dos “extremos” daquilo 
que você está fazendo.
Um tomador de decisões racional executa uma ação se, e 
somente se, o benefício marginal da ação ultrapassa o 
custo marginal.
1. Os 10 princípios da Economia
3. As pessoas racionais pensam na margem
Exemplo 1:
Fazer um curso de especialização de um ano 
("margem"), após a sua formatura.
1. Os 10 princípios da Economia
3. As pessoas racionais pensam na margem
Exemplo 2:
Standby passenger.
 Um vôo em um avião de 200 assentos custa para uma
empresa aérea US$ 100,000. O custo médio de cada
passageiro é 100,000/200 = US$ 500. Pode-se pensar que a
empresa nunca venderá um bilhete de passagem por menos
de 500. Mas numa situação em que o avião está para decolar
com alguns assentos vazios, a empresa pode vender um
bilhete para o passageiro que se encontra esperando no
saguão do aeroporto querendo pagar, digamos, $ 300.
Embora o custo médio de um passageiro seja 500, o
custo marginal seria apenas mais um almoço servido. A
empresa pode aumentar seus lucros pensando na margem.
01/08/2017
5
1. Os 10 princípios da Economia
4. As pessoas reagem a incentivos
Como as pessoas tomam decisões por meio da 
comparação entre custos e benefícios, seu 
comportamento pode mudar quando os custos ou 
benefícios mudam. Em outras palavras, as pessoas 
reagem a incentivos.
Os formuladores de políticas públicas nunca devem se 
esquecer dos incentivos, já que muitas políticas alteram 
os custos e benefícios para as pessoas e, portanto, 
alteram seu comportamento.
1. Os 10 princípios da Economia
4. As pessoas reagem a incentivos
Exemplo 1:
Quando o preço da maçã sobe, as pessoas 
decidem comer mais peras, porque o custo de 
comprar uma maçã é mais alto: plantadores de 
maçã contratam mais trabalhadores para colher 
mais maçãs, já que o benefício de vender uma 
maçã é também mais alto.
1. Os 10 princípios da Economia
4. As pessoas reagem a incentivos
Exemplo 2:
Cintos de segurança.
 A intenção da política é obrigar o uso do cinto de segurança para
reduzir o número de acidentes de trânsito: a probabilidade de
sobreviver a um acidente aumenta para os motoristas: estes então
alteram o seu comportamento com relação a velocidade e atenção
no trânsito: dirigir devagar e com mais atenção tem custo em
termos de tempo e esforço: o uso do cinto torna acidentes menos
custosos para os motoristas porque isso reduz a probabilidade de
morte: o benefício de se dirigir devagar e com mais atenção se
reduz.
 Como resultado, o número de acidentes aumenta, apesar de as
mortes de motoristas em cada acidente se reduzirem: para os
pedestres, as mortes aumentam com o aumento do número de
acidentes. Moral: sem se considerar os incentivos, o efeito de uma
política pode não ser o pretendido.
01/08/2017
6
1. Os 10 princípios da Economia
5. O comércio pode ser bom para todos
O comércio permite que as famílias e os países e 
especializem naquilo que sabem fazer de 
melhor e desfrutem de uma maior variedade de 
bens e serviços.
1. Os 10 princípios da Economia
5. O comércio pode ser bom para todos
Exemplo:
Uma pessoa não estaria em melhor situação se
estivesse isolada das outras: isolado, alguém teria
que produzir toda a comida que come, fazer
todas as suas roupas, construir sua própria casa,...
claramente uma pessoa ganha ao transacionar
com outras.
Com a troca, cada pessoa se especializa na atividade
em que é melhor, e isso é válido também para
países.
1. Os 10 princípios da Economia
5. O comércio pode ser bom para todos
01/08/2017
7
1. Os 10 princípios da Economia
6. Os mercados são geralmente uma boa maneira 
de organizar a atividade econômica
Como vimos, a especialização em uma determinada função 
e o comércio são formas eficientes que precisam ser 
organizadas.
Tal organização (alocação) é feita nos mercados, um 
conjunto de compradores e vendedores dispostos a 
ofertar e demandar determinado produto ou serviço.
1. Os 10 princípios da Economia
6. Os mercados são geralmente uma boa maneira 
de organizar a atividade econômica
Já que indivíduos e firmas se guiam pelos preços, ao 
decidir o que comprar e vender eles (sem que se 
percebam) levam em conta os benefícios e custos 
sociais de suas ações.
1. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os 
resultados dos mercados
Quando os mercados são ineficientes, os 
governos podem interferir tentando fazer 
desaparecer externalidades e assimetria de 
informações.
FALHA DE MERCADO
(alocação ineficiente do mercado)
EXTERNALIDADES
(impactos em terceiros da ação de um agente)
PODER DE MERCADO
(capacidade de influenciar indevidamente os preços do mercado)
01/08/2017
8
1. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os 
resultados dos mercados
Diante de externalidade e poderde mercado, os 
mercados podem falhar: o governo pode 
organizar melhor a economia, i.e. aumentar a 
eficiência e promover a equidade.
1. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os 
resultados dos mercados
O desmatamento produz uma externaidade 
negativa.
1. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os 
resultados dos mercados
Exemplo:
O mercado distribui renda a cada pessoa de 
acordo com sua capacidade de produzir bens 
que outras estão querendo obter: isso pode não 
gerar equidade: o governo, via o imposto de 
renda e o sistema de bem-estar, pode procurar 
distribuir a renda mais equitativamente.
01/08/2017
9
1. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua 
capacidade de produzir bens e serviços
A capacidade de produzir bens e serviços em uma 
economia (Produto Interno Bruto – PIB) está 
diretamente relacionada com o padrão de vida 
da população a qual se submete a 
riqueza/produto formado (produtividade).
1. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua 
capacidade de produzir bens e serviços
Exemplo 1:
A desaceleração do crescimento da renda americana 
não seria explicada pela concorrência com o Japão 
e outros países: a culpa seria da desaceleração do 
crescimento da produtividade nos Estados Unidos.
1. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua 
capacidade de produzir bens e serviços
Exemplo 2:
A educação produz uma externalidade positiva.
01/08/2017
10
1. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua 
capacidade de produzir bens e serviços
Exemplo 3:
Déficit orçamentário do governo (i.e. o excesso de 
gastos do governo sobre suas receitas) pode 
reduzir o padrão de vida porque pode reduzir a 
produtividade. Para financiar seu déficit, o 
governo toma emprestado no mercado 
financeiro: isso reduz a quantidade de 
empréstimos disponíveis para pessoas e firmas: 
cai o investimento em capital humano (educação) 
e físico (máquinas): menos investimento hoje leva 
a baixa produtividade no futuro.
1. Os 10 princípios da Economia
9. Os preços sobem quando o governo emite 
moeda demais
Se o governo, através da autoridade monetária, 
decidir emitir moeda de maneira excessiva, 
pode ocasionar em aumento do nível geral dos 
preços, ou seja, inflação.
1. Os 10 princípios da Economia
9. Os preços sobem quando o governo emite 
moeda demais
Exemplo 1:
Alemanha do começo dos anos 1920: preços triplicando 
a cada mês estavam associados ao fato de a 
quantidade de moeda estar triplicando a cada mês.
Exemplo 2:
Estados Unidos: nos anos 1970, a alta inflação esteve 
associada com o rápido crescimento da quantidade 
de moeda; nos anos 1990, a baixa inflação esteve 
ligada ao lento crescimento da quantidade de moeda.
01/08/2017
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1. Os 10 princípios da Economia
10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto
prazo entre inflação e desemprego
Através da Curva de Phillips podemos montar uma 
relação inversa entre o nível geral de preços 
(inflação) e a taxa de desemprego.
1. Os 10 princípios da Economia
10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto
prazo entre inflação e desemprego
Exemplo:
Se o governo reduzir a quantidade de dinheiro as
pessoas ficam com menos para gastar: como os
preços não se reduzem de imediato, as firmas
vendem menos: as firmas desempregam
trabalhadores temporariamente (desemprego):
no curto prazo há desemprego e alguns preços
ainda estão altos mas, no longo prazo, os
preços caem o desemprego se reduz.
3. Análise Positiva x Análise 
Normativa
Para ajudar a esclarecer os dois papéis que os economistas 
desempenham, começaremos examinando o uso da 
linguagem. Como cientistas e conselheiros políticos têm 
objetivos diferentes, usam a linguagem de maneiras 
diferentes.
Declarações positivas são aquelas que tentam descrever o 
mundo como ele é.
Declarações normativas são aquelas que tentam 
prescrever o mundo como deveria ser.
Exemplo:
• Analise positiva - Polly: O salário mínimo causa 
desemprego.
• Analise normativa - Norma: O governo deveria aumentar o 
salário mínimo.
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4. A Lei da Escassez
Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física: a lei da 
escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos 
recursos escassos disponíveis a cada sociedade.
Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os 
desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não 
importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de 
fato produzida.
Portanto, a Economia é o estudo da escassez dos bens e dos recursos, 
dada as necessidades ilimitadas da sociedade.
5. Microeconomia e Macroeconomia
Microeconomia é o estudo de como a famílias e 
empresas tomam decisões e de como 
interagem nos mercados.
Macroeconomia é o estudo dos fenômenos da 
economia como um todo, incluindo inflação, 
desemprego e crescimento econômico.
6. Problemas econômicos básicos
Nas bases de qualquer comunidade se encontra sempre a 
seguinte tríade de problemas econômicos básicos:
O QUE produzir? – Isto significa quais os produtos deverão
ser produzidos e em que quantidade deverão ser
colocados à disposição dos consumidores.
COMO produzir? – Isto é, por quem serão produzidos os
bens e serviços, com que recursos e de que maneira ou
processo técnico.
PARA QUEM produzir? – Ou seja, para quem se destinará a
produção, fatalmente para os que têm renda
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6. Problemas econômicos básicos
É muito fácil entender que: QUAIS, QUANTO, COMO e 
PARA QUEM produzir não seriam problemas se os 
recursos utilizáveis fossem ilimitados.
Todavia, na realidade existem ilimitadas necessidades e 
limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. 
Baseada nessas restrições, a Economia deve optar 
dentre os bens a serem produzidos e os processos 
técnicos capazes de transformar os recursos escassos 
em produção.
6. Problemas econômicos básicos
Necessidades humanas 
ilimitadas
X
Recursos produtivos 
escassos
Escassez Escolha
O que e quanto
Como
Para quem
(produzir)
7. Fluxo Circular de Renda
O Fluxo Circular de Renda é uma forma
esquemática de apresentarmos as inter-
relações entre os agentes econômicos que
compõem nossa sociedade, juntamente com a
organização e propriedade dos fatores de
produção.
Os agentes econômicos são:
•Unidades Familiares
•Empresas
•Governo
•Resto do Mundo
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7. Fluxo Circular de Renda
•Unidades Familiares:
•Indivíduos empregados;
•Aposentados e pensionistas;
•Todos que recebem renda.
•Empresas:
•Unidades que compõem o aparelho de
produção;
•Produtoras de bens e serviços;
•Reúnem, organizam e remuneram os fatores
de produção.
7. Fluxo Circular de Renda
•Governo:
•Centro de produção de serviços coletivos;
•Agente coletivo que contrata trabalho das
unidades familiares e parcela da produção
da empresas para proporcionar serviços
úteis à sociedade;
•Governo federal, estadual e municipal.
•Resto do Mundo
•Unidades familiares, empresas e governo de
outros países.
7. Fluxo Circular de Renda
Os fatores de produção são:
1) Recursos naturais ou Terra: elementos da 
natureza suscetíveis de serem incorporados às 
atividades econômicas.
2) Mão-de-obra ou Trabalho: conjunto da 
população em idade ativa disponível na 
sociedade.
3) Capital: conjunto de edifícios, máquinas, 
equipamentos e instalações que a sociedade 
dispõe para efetuar a produção
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7. Fluxo Circular de Renda
7. Fluxo Circular de Renda
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção - CPP
A CPP é um gráfico que mostra as várias combinaçõesde 
produto que a economia pode produzir potencialmente, 
dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.
É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado 
os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas 
de produção da sociedade, supondo os recursos 
plenamente empregados.
Representa o tradeoff enfrentado pela sociedade, de que 
nada é de graça, ou seja, obtemos alguma coisa abrindo 
mão de outra.
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8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
0
250
450
600
700
750
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0 100 200 300
Q
td
. P
ro
d
. Y
Qtd. Produzida de X
Fronteira de Possibilidades de 
Produção
Q
td
. P
ro
d
. Y
Qtd. Produzida de X
Fronteira de 
Possibilidades de 
Produção
A
B
C
D
250200150
750
450
250
Neste ponto o custo de
oportunidade é zero, pois 
não é necessário sacrifício
de recursos produtivos para
aumentar a produção de um
bem, ou mesmo, dois bens.
Ponto A – Capacidade Ociosa
(Ineficiência)
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Pontos B,C 
Não há como produzir 
mais, sem reduzir a 
produção do outro.
- Combinações de produto -
(Nível de produto Eficiente / 
Pleno Emprego)
Ponto D
Nível impossível de 
produção. Posição 
inalcançável no 
período imediato.
Q
td
. P
ro
d
. Y
Qtd. Produzida de X
Fronteira de 
Possibilidades de 
Produção
A
B
C
D
250200150
750
450
250
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8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
• Na Curva (pontos I, J, K) : níveis altamente eficientes, 
significa que todos os recursos produtivos estão sendo 
utilizados.
• Dentro da Curva (ponto G) : subemprego de fatores 
(capacidade ociosa), pois a sociedade poderia 
aumentar sua produção de alimentos sem reduzir a 
produção de automóveis, ou vice-versa.
• Fora da Curva (ponto L) : está fora da fronteira. Para 
atingir este ponto a Curva tem que se deslocar à direita 
(níveis mais elevados de produção).
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Finalidade:
Demonstrar o conceito de escassez.
Indica:
Combinações máximas possíveis de produção 
de dois bens que podem ser obtidas
quando a economia utiliza todos os seus 
recursos de diferentes maneiras.
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8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Custo de Oportunidade:
Mede o valor das oportunidades perdidas em 
decorrência da escolha de uma alternativa de 
produção em lugar de uma outra também 
possível.
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Lei dos custos de oportunidade crescentes
Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de
produção de uma economia e estando o sistema a operar a
níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades
adicionais de determinada classe de produto implica
necessariamente a redução das quantidades de outra classe.
Em resposta a constantes reduções impostas à classe que
estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades
adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja
produção estará sendo aumentada, devido à relativa e
progressiva inflexibilidade dos recursos de produção
disponíveis e em uso.
8. A Curva de Possibilidades de 
Produção
Três conceitos:
1. Atividade 
econômica de 
curto prazo
2. Crescimento 
econômico
3. Desenvolvimento 
econômico
Q
td
. P
ro
d
. Y
Qtd. Produzida de X
Fronteira de Possibilidades de Produção
250
450
600
700
750
150100 20050 250
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II.História do Pensamento
Econômico (um resumo)
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Mercantilismo
2. Fisiocracia
3. Escola Clássica
4. Atualidade
Um resumo
Mercantilismo
•Volume de metais visto como principal fonte de poder;
•Fomentar o comércio exterior.
Fisiocracia (François Quesnay)
•A terra e a natureza representam o fator econômico produtivo;
•A ordem natural ou governo da natureza conduzem a vida econômica;
•Só a terra tinha a capacidade de multiplicar a riqueza.
Escola Clássica (Adam Smith e David Ricardo)
•Mão invisível;
•Laissez faire;
•A verdadeira fonte de riqueza é o trabalho;
•A produtividade decorre da divisão do trabalho;
•Produtividade estimulada pela ampliação dos mercados.
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20
Um resumo
Atualidade (John Keynes)
•Intervenção econômica do Estado;
•Qualidade de moeda disponível no mercado;
•Preferência pela liquidez ou velocidade de troca da 
moeda em relação a sua garantia ou lastro (riqueza 
econômica existente);
•Incitamento ao investimento;
•Propensão ao consumo.
III.Estruturas de Mercado
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Introdução 
2. Mercado em Concorrência Perfeita
3. Monopólio 
4. Oligopólio
5. Concorrência Monopolística
6. Estruturas do Mercado de Fatores
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1. Conceitos Iniciais
As várias formas ou estruturas de mercado dependem 
fundamentalmente de 3 características:
a) número de empresas que compõem esse mercado;
b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos 
idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas 
empresas nesse mercado.
Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e 
compradores (como “átomos”), de forma que um agente 
isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. 
Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas 
e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de 
preços pelo mercado)
Produtos Homogêneos: todas as firmas oferecem um 
produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de 
embalagem, qualidade nesse mercado.
Características básicas:
1. Concorrência Pura ou Perfeita
Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de 
empresas no mercado.
Racionalidade : os empresários sempre maximizam lucro e 
os consumidores maximizam satisfação ou utilidade 
derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem 
racionalmente.
Transparência do mercado: consumidores e vendedores 
têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, 
conhecem os preços, qualidade, os custos , as receitas e os 
lucros dos concorrentes; 
Características básicas:
1. Concorrência Pura ou Perfeita
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Obs.: Uma característica do mercado em concorrência 
perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou 
extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas 
apenas os chamados lucros normais, que representam a 
remuneração implícita do empresário (seu custo de 
oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital 
em outra atividade. 
Compradores e vendedores em mercados competitivos são 
denominados tomadores de preço, ou seja, devem aceitar o 
preço determinado pelo mercado.
Características básicas:
1. Concorrência Pura ou Perfeita
Características básicas:
2. Monopólio
- uma única empresa produtora do bem ou serviço;
- não há produtos substitutos próximos;
- existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:
Monopólio puro ou natural = devido à alta escala de 
produção requerida, exigindo um elevado montante de 
investimento. A empresa monopolística já está estabelecida 
em grandes dimensões e tem condições de operar com 
baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa 
conseguir oferecer a um preço equivalente à firma 
monopolista;
Patentes = direito único de produzir o bem. Concessão 
conferida pelo Estado, que garante ao seu titular a 
propriedade de explorar comercialmente a sua criação
Características básicas:
2. Monopólio
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23
2. Monopólio
Monopólio puro ou natural
Uma única empresaconsegue ofertar um bem ou 
serviço a um mercado inteiro a um custo menor do 
que ocorreria se existissem duas ou mais empresas 
no mercado.
Controle de matérias-primas chaves = Exemplo : o controle 
das minas de bauxita pelas empresas produtoras de 
alumínio. 
Monopólio estatal ou institucional, protegido pela 
legislação, normalmente em setores estratégicos ou de 
infra-estrutura. 
Exemplo: empresas fornecedoras de energia elétrica.
Obs.: Diferentemente da concorrência perfeita, como 
existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros 
extraordinários devem persistir também a longo prazo em 
mercados monopolizados.
Características básicas:
2. Monopólio
Definido de duas formas:
- pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria 
automobilística.
- ou um pequeno nº de empresas domina um setor 
com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica. 
3. Oligopólio
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Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o 
poder de fixar os preços de venda em seus termos, 
defrontando-se normalmente com demandas relativamente 
inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de 
reação a alterações de preços.
No oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para 
a entrada de novas empresas no setor.
Características básicas:
3. Oligopólio
Tipos de oligopólio: 
com produto homogêneo (alumínio, cimento);
com produto diferenciado (automóveis).
Obs.: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, 
pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão.
3. Oligopólio
Características básicas:
Formas de atuação das empresas:
• concorrem entre si, via guerra de preços ou de 
promoções (forma de atuação pouco freqüente);
• formam cartéis (conluios, trustes).
Cartel é uma organização (formal ou informal) de 
produtores dentro de um setor, que determina a política 
para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a 
repartição (cota) do mercado entre as empresas. 
Características básicas:
3. Oligopólio
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Obs.: Os formuladores de políticas usam as leis antitruste 
para inibir oligopólios de se comportarem de forma 
indesejável e reduzir a competição.
Características básicas:
3. Oligopólio
• muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com 
substitutos próximos;
• cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado 
que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem 
opções de escolha, de acordo com sua preferência. 
Obs.: Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a 
longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT),
como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários 
a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando 
a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão 
lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.
Características básicas:
4. Concorrência Monopolística
Características
Concorrência
Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Concorrência
Monopolística
Muito grande
Só há uma 
empresa
Pequeno
Grande
Homogêneo
Produto
nº de
Empresas
Controle
de Preços
Ingresso
Não há subs-
titutos próxi-
mos
Pode ser ho-
mogêneo ou
diferenciado
Diferenciado
Rigidez
Empresa
com poder
Poder c/
interde-
pendência
Pouca mar-
gem de
manobra
Sem
barreiras
Há barrei-
ras p/ as
novas
Sem
barreiras
Há barrei-
ras p/ as
novas
Síntese
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Concorrência Perfeita = existe uma oferta abundante do fator 
de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna 
o preço desse fator constante. 
Monopsônio = Há somente um comprador para muitos 
vendedores dos serviços dos insumos. 
Oligopsônio = Existem poucos compradores que dominam o 
mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral = Ocorre quando um monopsonista, na 
compra do fator de produção, defronta-se com um 
monopolista na venda desse fator. 
5. Estrutura do Mercado de Fatores de 
Produção
IV.Mecanismos de Oferta e 
Demanda nos Mercados
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Conceitos Iniciais
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
2. Deslocamentos da Curva de Demanda
3. A Teoria do Consumidor
3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
2. Deslocamentos da Curva de Oferta
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda Reunidas
2. Mudanças no Equilíbrio
3. Estudo de Caso
5. Exercícios
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1. Conceitos Iniciais
Oferta e Demanda são as forças que fazem a 
Economia funcionar.
A Teoria da Oferta e da Demanda considera como 
compradores e vendedores se comportam e 
como interagem uns com os outros no 
mercado.
1. Conceitos Iniciais
Mas, o que é mercado???
Mercado é um grupo de compradores e 
vendedores de um particular bem ou serviço.
Compradores determinam a demanda e 
vendedores determinam a oferta.
1. Conceitos Iniciais
Os mercados assumem diferentes formas, às vezes 
altamente organizados. Porém, são mais 
freqüentemente “menos organizados”.
Trataremos de tais discussões sobre os diversos tipos de 
mercados mais a frente. 
Só nos interessa, por enquanto, entender que lidaremos 
com as forças de oferta e demanda em mercados 
perfeitamente competitivos, um mercado em que, além 
de oferecer bens e serviços homogêneos, há tantos 
compradores e vendedores que cada um deles tem 
impacto insignificante sobre o preço de mercado.
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1. Conceitos Iniciais
Quando começarmos a analisar os mercados 
através de curvas de oferta e demanda 
admitiremos a hipótese
CETERIS PARIBUS
Ou seja,
todos os demais fatores estarão sendo mantidos 
constantes.
2. A Demanda em um Mercado
Para os Economistas, demanda representa o desejo de 
comprar bens ou serviços.
Muitas vezes usa-se também a palavra procura como 
sinônimo de demanda.
A quantidade que o consumidor planeja comprar de cada 
mercadoria depende de sua capacidade de compra e 
esta capacidade é condicionada pela renda que o 
consumidor tem e pelos preços de mercado.
Recordando: Em um mercado, quem determina a demanda???
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
A quantidade demandada de um bem é a quantidade 
desse bem que os compradores desejam e podem 
comprar.
Como veremos, são muitas as características que 
determinam a quantidade demandada de qualquer 
bem, mas, ao se analisar como funcionam os mercados, 
há um determinante que representa um papel central: o 
preço do bem.
01/08/2017
29
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Vejamos como funciona essa relação:
Imagine você...se estivesse desejoso de consumir balas, com 
uma dada renda, quantas compraria se o preço fosse R$ 0,10? 
E agora? Quantas compraria se o preço subisse para R$ 0,25?
Seu desejo e vontade de comprar balas representa sua demanda
pelas mesmas! A quantidade que você transaciona no 
mercado (que você deseja e pode comprar) representa sua 
quantidade demandada por balas! 
O que você descobriu?
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
LEI DA DEMANDA
A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM VARIA 
INVERSAMENTE COM O PREÇO DO MESMO.
Ou seja, um aumento de preço (com tudo o mais 
mantido constante – ceteris paribus), ocasiona uma 
diminuição da quantidade demandada, enquanto 
uma diminuição no preço (com tudo o mais 
permanecendo constante - ceteris paribus), ocasiona 
um aumento da quantidade demandada.
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço 
Quantidade 
Demandada
R$ 0,10 20
R$ 0,25 15
R$ 0,50 10
R$ 1,00 7R$ 1,25 3
R$ 1,50 0
ESCALA DE DEMANDA
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2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço 
Quantidade 
Demandada
R$ 0,10 20
R$ 0,25 15
R$ 0,50 10
R$ 1,00 7
R$ 1,25 3
R$ 1,50 0
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço 
Quantidade 
Demandada
R$ 0,10 20
R$ 0,25 15
R$ 0,50 10
R$ 1,00 7
R$ 1,25 3
R$ 1,50 0
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
A lei da demanda define uma correlação negativa entre preços e
quantidades, ou seja, se o preço sobe a quantidade demanda
diminui e vice-versa.
Entretanto há situações atípicas, que denominamos excessões à
lei da demanda, pois preços e quantidades estabelecem uma
correlação positiva. São elas:
1. Para níveis de renda muito baixa, ceteris paribus, a demanda
por alguns produtos essenciais aumenta com o aumento dos
preços. São os chamados bens de Giffen.
2. Para níveis de renda muito alta, ceteris paribus, a demanda
por alguns produtos superfluos ou ostentatórios, aumenta
com o aumento dos preços. São os chamados bens de
Veblen.
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2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
A curva de demanda do mercado por um determinado 
bem ou serviço depende de algumas variáveis.
 O que acontece com a demanda por margarina se o 
consumidor passar a gostar mais de manteiga?
 O que acontece com a demanda por carros se mais 
consumidores estão dispostos a dirigir?
 O que acontece com a demanda por sapatos hoje se 
você espera que tais preços aumentem futuramente?
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Portanto, a curva de demanda é função de algumas 
variáveis que a deslocam:
a) Renda
b) Preço dos bens complementares
c) Preço dos bens substitutos
d) Gostos
e) Expectativas
f) Número de compradores
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
a) Renda
Uma renda menor significa que você tem menos
renda para seus gastos totais, de modo que precisará
gastar menos com alguns bens.
• Se a demanda por um bem diminui quando a
renda cai, o bem é chamado de bem normal.
• Se a demanda por um bem aumenta quando a
renda cai, o bem é chamado de bem inferior.
01/08/2017
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2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Exemplos de bens inferiores:
Salsicha e mortadela.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
b) Preços dos bens complementares
Se os bens X e Y são complementares, o aumento
do preço de X leva a uma redução na demanda por Y (e
vice-versa).
Exemplo: Se o preço do sorvete aumentar, você
provavelmente comprará menos sorvete e, muito
provavelmente, comprará menos cobertura de chocolate,
pois ambos os bens são consumidos juntos.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
c) Preços dos bens substitutos
Se os bens X e Y são substitutos, o aumento do
preço de X leva a um aumento na demanda por Y (e vice-
versa).
Exemplo: Se o preço da manteiga aumentar, você
provavelmente comprará menos manteiga e, como são
bens substitutos, passará a comprar mais margarina.
01/08/2017
33
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
d) Gostos
O mais óbvio determinante de sua demanda (assim
como da determinação da demanda de todo o mercado)
são seus gostos.
Exemplo: Se você gostar mais de computadores do que de
celulares, sua demanda por computadores será maior que
sua demanda por celulares
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
e) Expectativas
Suas expectativas com relação ao preço de um
determinado bem ou serviço futuramente também
determinam sua demanda atual pelo bem ou serviço.
Exemplo: Se você espera que o preço dos calçados se
eleve daqui a uma semana, você comprará mais calçados
hoje.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
f) Número de compradores
A demanda total do mercado depende da
quantidade de consumidores que participam do mercado.
Exemplo: Se o mercado de camisetas tiver um aumento no
número de compradores, a demanda pelo bem em
questão aumentará.
01/08/2017
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2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Observe como as curvas de demanda se deslocam:
D’1
D’’1
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Variável Uma Mudança Nesta 
Variável...
Preço Representa um movimento ao longo 
da curva de demanda
Lei
Renda Desloca a curva de demanda
P
e
rfil
Preços dos bens 
relacionados
Desloca a curva de demanda
Gostos Desloca a curva de demanda
Expectativas Desloca a curva de demanda
Número de 
compradores
Desloca a curva de demanda
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Síntese
FATORES QUE INFLUENCIAM
Preço do bem (Px)
Renda do consumidor (Y)
Hábitos e gostos do consumidor (H)
Preço de outros bens (Pz)
Etc
FUNCÃO GERAL DA DEMANDA
Qdx = f (Px, Pz,Y, H, etc)
01/08/2017
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2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Analisemos agora, de uma forma mais técnica, qual o 
motivo relacionado com a declividade para a direita da 
curva de demanda.
Trataremos da utilidade marginal.
Para começar, vamos distinguir entre a utilidade total 
obtida do consumo de certa quantidade de um bem e a 
satisfação proporcionada pelo último item consumido.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A utilidade marginal (UMg) mede, pois, a satisfação 
adicional obtida pelo consumo de uma unidade adicional 
de determinado bem.
Ou seja, é a variação da utilidade total pela variação da 
quantidade do bem que é consumida:
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Portanto, o consumidor levará em conta sua utilidade 
marginal para maximizar sua satisfação em consumir certa 
quantidade de bens.
Nos deparamos, agora, com o princípio da utilidade 
marginal decrescente: à medida que se consome mais de 
determinada mercadoria, quantidades adicionais que 
forem consumidas vão gerar cada vez menos utilidade.
01/08/2017
36
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A inclinação cada vez mais acentuada da curva de utilidade total 
reflete a propriedade da utilidade marginal decrescente.
A maximização da utilidade ocorrerá somente 
quando o consumidor tiver satisfeito o princípio 
da igualdade marginal, isto é, tiver igualado a 
utilidade marginal por dólar despendido em cada 
uma das mercadorias.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Possibilidades de consumo
As escolhas de consumo de um indivíduo são limitadas 
pela renda individual e pelos preços dos bens e serviços 
que esse consumidor compra.
O indivíduo tem determinada renda para gastar e não tem 
como influenciar o preço dos bens e serviços que compra.
A linha orçamentária de um consumidor descreve os 
limites de suas escolhas de consumo. 
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
01/08/2017
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2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Preferências
Como Lisa divide seu orçamento disponível entre filmes e 
refrigerantes? A resposta depende do que ela gosta e do 
que não gosta – suas preferências. 
O benefício ou a satisfação que uma pessoa obtém do 
consumo de um bem ou serviço é chamado de utilidade.
Utilidade total
A utilidade total é o benefício total que alguém obtém do 
consumo de bens e serviços. A utilidade total depende do 
nível de consumo – maior consumo em geral resulta em 
maior utilidade total.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Utilidade total de Lisa obtida do consumo de filmes e refrigerantesFilmes Refrigerantes
Qtd/mês Utotal Qtd/mês Utotal
0 0 0 0
1 50 1 75
2 88 2 117
3 121 3 153
4 150 4 181
5 175 5 206
6 196 6 225
7 214 7 243
8 229 8 260
9 241 9 276
10 250 10 291
11 256 11 305
12 259 12 318
13 261 13 330
14 262 14 341
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2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Utilidade marginal
A utilidade marginal é a variação da utilidade total 
resultante do aumento de uma unidade na quantidade de 
um bem consumido. 
A utilidade marginal diminui à medida que o consumo 
aumenta. 
Chamamos de princípio da utilidade marginal 
decrescente a redução da utilidade marginal que ocorre à 
medida que a quantidade consumida do bem aumenta. 
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A principal hipótese da teoria da utilidade marginal é que o indivíduo 
escolhe a possibilidade de consumo que maximize sua utilidade total.
A escolha maximizadora de utilidade
As linhas da Tabela a seguir mostram as combinações possíveis de 
filmes e refrigerantes ao longo da linha orçamentária de Lisa.
O equilíbrio do consumidor é uma situação na qual um consumidor 
alocou toda a sua renda disponível de um modo que, considerando-se 
os preços dos bens e serviços, maximize sua utilidade total. 
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Combinações maximizadoras de utilidade de Lisa
Filmes Utotal obtida 
de F e R
Refrigerantes
Qtd/mês Utotal Utotal Qtd/mês
A 0 0 291 291 10
B 1 50 310 260 8
C 2 88 313 225 6
D 3 121 302 181 4
E 4 150 267 117 2
F 5 175 175 0 0
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A igualdade da utilidade marginal por unidade 
monetária
A utilidade total de um consumidor é maximizada por meio 
da seguinte regra:
Gastar toda a renda disponível e igualar a utilidade 
marginal por unidade monetária para todos os bens.
A utilidade marginal por unidade monetária é a utilidade 
marginal de um bem dividida por seu preço.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Regra:
 utilidade marginal que se obtém ao assistir a 1 filme por mês UMgF 
 preço de 1 filme PF .
 consumo de refrigerantes PS .
 utilidade marginal por unidade monetária de 1 filme por mês 
UMgF/PF .
 utilidade marginal por unidade monetária que se obtém do 
consumo de refrigerantes UMgF/PF.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Duas utilidades marginais por unidade monetária são iguais 
quando:
UMgF/PF = UMR/PR
A Tabela a seguir e a Figura no próximo slide mostram a 
igualdade das utilidades marginais por unidade monetária. 
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
01/08/2017
40
Igualdade das utilidades marginais por unidade monetária
Filmes 
($ 6 cada)
Refrigerantes 
($ 3 por pacote de seis)
Qtd/mês Umg Umg/$ Qtd/mês Umg Umg/$
A 0 0 10 15 5,00
B 1 50 8,33 8 17 5,67
C 2 38 6,33 6 19 6,33
D 3 33 5,50 4 28 9,33
E 4 29 4,83 2 42 14,00
F 5 25 4,17 0 0 0,00
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
TEXTOS (Pindyck):
Dinheiro compra felicidade?
Utilidade marginal e felicidade.
3. A Oferta em um Mercado
Enquanto os consumidores determinam a 
demanda de um mercado, os 
produtores/vendedores determinam a oferta de 
bens e serviços no mesmo.
A quantidade ofertada de qualquer bem ou 
serviço é a quantidade que os vendedores querem 
e podem vender.
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3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Como veremos, são muitas as características que 
determinam a quantidade ofertada de qualquer 
bem, mas, novamente, o preço do bem
representa um papel fundamental em nossa 
análise.
Vejamos como isso funciona...
3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Se você fosse um vendedor de sapatos e 
percebesse que o preço do bem no mercado 
aumentou. 
O que você faria: aumentaria a quantidade de 
sapatos ofertada ou diminuiria tal quantidade???
Como você é um maximizador de lucros, 
provavelmente aumentará a quantidade 
ofertada de sapatos.
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
LEI DA OFERTA
A QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM VARIA 
DIRETAMENTE COM O PREÇO DO MESMO.
Ou seja, um aumento de preço (com tudo o mais mantido 
constante – ceteris paribus), ocasiona um aumento da 
quantidade ofertada, enquanto uma diminuição no preço 
(com tudo o mais permanecendo constante - ceteris paribus), 
ocasiona uma diminuição da quantidade ofertada.
01/08/2017
42
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço 
Quantidade 
Ofertada
R$ 0,10 0
R$ 0,25 3
R$ 0,50 7
R$ 1,00 10
R$ 1,25 15
R$ 1,50 20
R$ -
R$ 0,25 
R$ 0,50 
R$ 0,75 
R$ 1,00 
R$ 1,25 
R$ 1,50 
0 5 10 15 20
P
re
ço
s
Quantidades Demandadas
Curva de Oferta por sapatos
ESCALA DE OFERTA
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço 
Quantidade 
Ofertada
R$ 0,10 0
R$ 0,25 3
R$ 0,50 7
R$ 1,00 10
R$ 1,25 15
R$ 1,50 20
R$ -
R$ 0,25 
R$ 0,50 
R$ 0,75 
R$ 1,00 
R$ 1,25 
R$ 1,50 
0 5 10 15 20
P
re
ço
s
Quantidades Demandadas
Curva de Oferta por sapatos
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço 
Quantidade 
Ofertada
R$ 0,10 0
R$ 0,25 3
R$ 0,50 7
R$ 1,00 10
R$ 1,25 15
R$ 1,50 20
R$ -
R$ 0,25 
R$ 0,50 
R$ 0,75 
R$ 1,00 
R$ 1,25 
R$ 1,50 
0 5 10 15 20
P
re
ço
s
Quantidades Demandadas
Curva de Oferta por sapatos
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43
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
A curva de oferta do mercado por um determinado bem 
ou serviço depende de algumas variáveis.
 O que acontece com a oferta de sorvete se o preço do 
leite está baixo?
 O que acontece com a oferta de carros hoje se as 
montadoras esperam que o preço dos veículos aumente 
no futuro?
 O que acontece com a oferta de livros se mais escritores 
estão trabalhando?
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Portanto, a curva de oferta é função de algumas variáveis 
que a deslocam:
a) Preço dos insumos
b) Tecnologia
c) Expectativas
d) Número de vendedores
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
a) Preço dos insumos
Quando o preço dos insumos aumenta, torna-se
menos lucrativo para a empresa produzir um bem ou
serviço, de modo que a oferta diminui. Logo, se o preço
dos insumos diminui, então a empresa estará mais disposta
a ofertar tal bem, auferindo lucros maiores. Ou seja, o
preço dos insumos está relacionado negativamente com a
oferta de um bem.
Exemplo: Imagine que você produza sorvetes. Se o preço
do leite e do açúcar subirem substancialmente, você
ofertará menos sorvetes para não incorrer em prejuízos.
01/08/2017
44
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
b) Tecnologia
A tecnologia utilizada para transformar insumos em
produtos é outro determinante da oferta. A invenção de
máquinas que reduzem a quantidade de trabalho
necessária, além de reduzir os custos das empresas,
aumentam a oferta do bem em questão.
Exemplo: Se novas máquinas mais eficientes para a
produção de carros forem inventadas, então as empresas
poderão diminuir seus custos demitindo pessoal e ofertar
mais carros ao mercado.
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
c) Expectativas
A oferta de um bem hoje, pode refletir a
expectativa dos vendedores amanhã. Se uma empresa
espera que o preço de seus produtos aumentem no futuro,
ela estocará parte de sua produção atual e ofertarámenos
hoje.
d) Número de vendedores
Assim como aconteceu com a demanda, quanto
maior o número de vendedores de determinado bem ou
serviço no mercado, maior será a oferta daquele bem e
vice-versa.
Exemplo: Se um setor do mercado, digamos o mercado de
cadeiras, está sendo lucrativo, mais empresas podem estar
tentadas a entrar no mesmo e, então, a oferta de cadeiras
no mercado aumentará.
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
01/08/2017
45
Variável Uma Mudança Nesta Variável...
Preço Representa um movimento ao longo da curva 
de oferta
Preço dos insumos Desloca a curva de oferta
Tecnologia Desloca a curva de oferta
Expectativas Desloca a curva de oferta
Número de 
vendedores
Desloca a curva de oferta
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Variável Uma Mudança Nesta 
Variável...
Preço Representa um movimento ao longo 
da curva de oferta
Lei
Preço dos 
insumos
Desloca a curva de oferta
P
e
rfil
Tecnologia Desloca a curva de oferta
Expectativas Desloca a curva de oferta
Número de 
vendedores
Desloca a curva de oferta
Síntese
FATORES QUE INFLUENCIAM
Preço do bem X (Px)
Preço dos insumos utilizados na produção (Pi)
Tecnologia (T)
Preço de outros bens (Pz)
Etc
FUNCÃO GERAL DA OFERTA
Qox = f (Px, Pi, T, Pz, etc)
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
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4. Equilíbrio em um Mercado
Estudamos as curvas de demanda e de oferta 
isoladamente.
Porém, os mercados são compostos de vendedores 
(ofertantes) e compradores (demandantes) de bens e 
serviços.
Portanto, devemos reunir as curvas de oferta e demanda e 
encontrar o ponto de equilíbrio.
Consideraremos que os mercados estudados se encontram 
em concorrência perfeita.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
A situação na qual o preço atinge um nível em que a 
quantidade demanda e a quantidade ofertada são iguais é 
denominado equilíbrio.
O preço de equilíbrio é aquele que iguala a quantidade 
ofertada e a quantidade demandada.
A quantidade de equilíbrio é a quantidade ofertada e a 
quantidade demandada ao preço de equilíbrio.
Observe o seguinte exemplo:
Preço de Equilíbrio
Quantidade de Equilíbrio
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
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Ao preço de equilíbrio, a quantidade dos bens que os 
compradores desejam e podem comprar é exatamente 
igual à quantidade que os vendedores desejam e podem 
vender.
O preço de equilíbrio é por vezes chamado de preço de 
ajustamento de mercado porque, a esse preço, o mercado 
está satisfeito: os compradores compram tudo o que 
desejavam comprar e os vendedores tudo o que 
desejavam vender.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Portanto, um preço que não o de equilíbrio pode acarretar:
a) Excesso de oferta: uma situação em que a quantidade 
ofertada é maior que a quantidade demandada.
b) Excesso de demanda: uma situação em que a 
quantidade demandada é maior que a quantidade 
ofertada.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Excesso de oferta
Excesso de demanda
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Esses desequilíbrios não se verificam em uma economia 
considerando um determinado período de tempo, pois as 
atividades dos diversos compradores e vendedores 
conduzem automaticamente o mercado em direção ao 
preço de equilíbrio.
Chegamos à lei da oferta e da demanda: o preço de 
qualquer bem se ajusta para trazer a quantidade ofertada 
e a quantidade demandada desse bem para o equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
Analisaremos a partir de agora o que chamamos estática 
comparativa: variações nas curvas de oferta e demanda 
que modificam o equilíbrio de um ponto de equilíbrio 
inicial para um novo ponto de equilíbrio.
Seguiremos 3 etapas...
1) Analisar se o acontecimento desloca a curva de oferta 
ou a curva de demanda (ou as duas);
2) Analisar em qual direção a curva se desloca,
3) Usar o diagrama de oferta e demanda para ver como o 
deslocamento altera o preço e a quantidade de equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
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Exemplo 1: Suponhamos que o tempo fique muito quente 
num determinado verão. Como isso afeta o mercado de 
sorvete?
Deveremos descobrir qual curva se relaciona com o 
acontecimento e verificar qual efeito sobre ela. Como está 
mais quente, os consumidores “mudam” seus gostos 
temporariamente, o que se reflete na curva de demanda. 
Como consomem mais sorvete, a demanda aumenta, 
deslocando-se para a direita. Usemos, então, o diagrama 
para ver o que acontece com o ponto de equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
E1
E2
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
O D P Q
0 + + +
Exemplo 2: Suponhamos que, num outro verão, um 
furacão destrua parte da safra de cana-de-açúcar e que 
isso aumente o preço do açúcar. Como isso afeta o 
mercado de sorvete?
O açúcar é um insumo para a produção de sorvete. Logo, 
com a elevação dos custos de produção, os vendedores 
reduzirão sua produção, o que afeta a curva de oferta, 
deslocando-a para a esquerda, pois houve uma diminuição 
da oferta de sorvetes no mercado.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
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E1
E2
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
O D P Q
- 0 + -
Vide livro de Introdução à Economia, de N. Gregory 
Mankiw, Capítulo 4 para mais informações, inclusive 
quanto ao deslocamento simultâneo das curvas de oferta 
e demanda.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
4. Equilíbrio em um Mercado
3. Síntese
Variação na quantidade demandada
Deslocamento sobre a curva (∆ Px = ∆ Lei)
Variação na demanda
Deslocamento da curva (∆ Pz,Y, H, etc = ∆ Perfil)
Variação na quantidade ofertada 
Deslocamento sobre a curva (∆ Px = ∆ Lei)
Variação na oferta
Deslocamento da curva (∆ Pi, T, Pz, etc = ∆ Perfil)
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4. Equilíbrio em um Mercado
3. Síntese
5. Exercícios
Exercício 1
Considere o mercado de minivans. Para cada um dos eventos abaixo, 
indique se a oferta ou a demanda são afetadas e de que maneira:
a) As pessoas decidem ter mais filhos. ( R: AUMENTA)
b) Uma greve dos metalúrgicos aumenta o preço do aço. (R: DIMINUI)
c) Os engenheiros desenvolvem novas máquinas automatizadas para a 
produção de minivans. (R: AUMENTA)
d) O preço dos utilitários esporte aumenta. (R: DIMINUI)
e) Uma queda no mercado de ações reduz o poder aquisitivo das 
pessoas. (R: DIMINUI)
Exercício 2
Pesquisas de mercado revelaram as seguintes informações 
sobre o mercado de barras de chocolate: a escala de 
demanda pode ser representada pela equação QD = 1600 –
30P, onde QD é a quantidade demandada e P, o preço. A 
escala de oferta pode ser representada pela equação QS = 
1400 + 70P, onde QS é a quantidade ofertada. Calcule o 
preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio no 
mercado de barras de chocolate.
Resposta: P = 2 e QO = QS = 1540
5. Exercícios
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Exercício 3
Continue considerando a escala de demanda representada 
pela equação QD = 1600 – 30P e a escala de oferta 
representada pela equação QS = 1400 + 70P. Se o governo 
tabelar um preço mínimo de R$ 5 por barra de chocolate, 
haverá excesso de oferta ou de demanda? De quanto?
Resposta: Excesso de oferta de 300 
5. Exercícios
V.Elasticidades
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Conceitos Iniciais
2. Elasticidadeda Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
2. Cálculo da Elasticidade-preço
3. Receita Total e Elasticidade-preço
4. Outras Elasticidades da Demanda
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da oferta e seus determinantes
2. Cálculo da Elasticidade-preço
4. Exercícios
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1. Conceitos Iniciais
O preço do bem se ajusta para conduzir a quantidade 
ofertada e a quantidade demandada do bem ao 
equilíbrio. Para aplicarmos essa análise básica, 
precisamos, antes, desenvolver mais uma ferramenta: 
o conceito de elasticidade.
A elasticidade, uma medida da resposta dos compradores 
e vendedores às mudanças das condições do mercado, 
nos permite analisar a oferta e a demanda com maior 
precisão.
2. Elasticidade da Demanda
Quando introduzimos o conceito de demanda no capítulo 
passado nossa discussão foi qualitativa, não 
quantitativa, ou seja, discutimos a direção em que a 
quantidade demandada se move, mas não a dimensão 
do movimento.
Para medirem o quanto os consumidores reagem a 
mudanças dessas variáveis, os economistas usam o 
conceito de elasticidade.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
A lei da demanda afirma que uma queda no preço de um 
bem aumenta a quantidade demandada dele. 
A elasticidade-preço da demanda mede o quanto a 
quantidade demandada reage a uma mudança no 
preço.
A demanda por um bem é chamada de elástica se a 
quantidade demandada responde substancialmente a 
mudanças no preço. Diz-se que a demanda por um 
bem é inelástica se a quantidade demandada responde 
pouco a mudanças no preço.
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A elasticidade-preço da demanda de qualquer bem mede o 
quanto os consumidores estão dispostos a deixar de 
adquirir do bem à medida que seu preço aumenta.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
Podemos apresentar algumas regras gerais sobre o que 
determina a elasticidade-preço da demanda:
a) Disponibilidade de substitutos próximos: bens com 
substitutos próximos tendem a ter demanda mais 
elástica porque é mais fácil para os consumidores 
trocá-los por outros.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
Exemplo de substitutos próximos/perfeitos:
Manteiga e margarina; um real em moedas de 50 ou 25 
centavos (moeda é um substituto).
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
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b) Bens necessários e bens supérfluos: os bens necessários 
tendem a ter demanda inelástica, enquanto que a 
demanda por bens supérfluos (ou bens de luxo) tende a 
ser elástica.
Exemplo de bens necessários:consultas médicas
Exemplo de bens de luxo: obras de arte, carros esportivos.
c) Definição do mercado: as elasticidades da demanda em 
qualquer mercado depende de como traçamos os limites 
deste. Mercados definidos de forma restrita tendem a ter 
demanda mais elástica do que mercados definidos de 
forma ampla, uma vez que é mais fácil encontrar 
substitutos para bens definidos de maneira restrita.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
d) Horizonte de tempo: os bens tendem a apresentar 
demanda mais elástica em horizontes de tempo mais 
longos (as pessoas reagirão à variação dos preços).
*um aumento do preço da gasolina reduz mais a quantidade 
demandada em três anos do que em três meses.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
Os economistas calculam a elasticidade-preço da demanda 
como a variação percentual da quantidade demandada 
dividida pela variação percentual do preço:
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
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a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade demandada não 
responde a variações no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Cálculo da Elasticidade-Preço
Exemplo de Demanda Perfeitamente Inelástica:
O preço da insulina para o consumidor diabético.
2. Elasticidade da Demanda
2. Cálculo da Elasticidade-Preço
b)Demanda Inelástica: A quantidade demandada não 
responde fortemente a variações no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
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Exemplo de uma Demanda Inelástica:
Sal de cozinha: um aumento no preço desse produto vai 
acarretar uma diminuição no consumo, porém em menor 
índice, pois como não existe um substituto para ele, e por 
ser essencial, o consumidor não tem como fugir deste 
aumento.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
c) Elasticidade Unitária: A quantidade demandada varia na 
mesma porcentagem do preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
d) Demanda Elástica: A quantidade demandada responde 
fortemente a variações no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
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Exemplo:
Aumento no preço da carne de boi leva o consumidor a 
consumir mais frango.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
e) Perfeitamente Elástica: A quantidade demandada varia 
infinitamente com qualquer variação no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
A receita total é a quantia paga pelos compradores e 
recebida pelos vendedores de um bem, calculada 
como o preço do bem multiplicado pela quantidade 
vendida.
RT= P x Q
A receita total varia de acordo com a elasticidade-preço da 
curva de demanda.
01/08/2017
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Se a demanda for inelástica (ou seja, se a variação do 
preço for maior que a variação da quantidade) um 
aumento no preço causará uma diminuição pequena 
no quantidade demandada e, portanto, um aumento 
na receita total.
Se a demanda for elástica (ou seja, se a variação da 
quantidade for maior que a variação do preço) um 
aumento no preço causará uma diminuição grande no 
quantidade demandada e, portanto, uma queda na 
receita total.
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
Ilustram uma regra geral:
a) Quando a demanda é inelástica, o preço e a receita 
total movem-se na mesma direção.
b) Quando a demanda é elástica o preço e a receita total 
movem-se em direções opostas.
c) S a demanda tem elasticidade unitária a receita total 
permanece constante quando o preço varia.
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
a) Quando a demanda é inelástica, o preço e a receita 
total movem-se na mesma direção.
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
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b) Quando a demanda é elástica o preço e a receita total 
movem-se em direções opostas.
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
Elasticidade-Renda da Demanda: medida do quanto a 
quantidade demandada de um bem responde a uma 
variação na renda dos consumidores, calculada assim:
2. Elasticidade da Demanda
4. Elasticidade-Renda
2. Elasticidade da Demanda
4. Elasticidade-Renda
Bens com elasticidades-renda positivas são conhecidos 
por bens normais, ou seja, a quantidade demandada 
aumenta com o aumento da renda.
Bens com elasticidades-renda negativas são conhecidos 
por bens inferiores, ou seja, a quantidade demandada 
diminui com o aumento da renda.
Exemplo: passagens de ônibus.
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Elasticidade preço-cruzada da demanda: mede o quanto a 
quantidade demandada de um bem varia à medida 
que o preço de um outro bem varia. É calculada como:
2. Elasticidade da Demanda
5. Elasticidade-Preço Cruzada
O fato de a elasticidade preço cruzada ser um número 
positivo ou negativo depende de os dois bens em 
questão serem substitutosou complementares.
Bens substitutos: EPc > 0
Bens complementares: EPc < 0
2. Elasticidade da Demanda
4. Outras Elasticidades da Demanda
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade 
ofertada responde a mudanças no preço. A oferta de um 
bem é chamada de elástica se a quantidade ofertada 
responde substancialmente a mudanças no preço. A 
oferta é chamada de inelástica se a quantidade ofertada 
responde pouco a mudanças no preço.
A elasticidade preço da oferta depende da flexibilidade que os 
vendedores têm de mudar a quantidade do bem que 
produzem e do horizonte de tempo.
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Por exemplo, qual é a elasticidade-preço dos terrenos de 
frente para o mar?
Muito inelástica, pois é quase impossível aumentar a oferta 
desse bem.
E qual a elasticidade-preço de livros, carros e bens 
manufaturados?
São elásticos, pois há muita disponibilidade desses bens.
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
Calcularemos a elasticidade-preço da oferta pela variação 
percentual da quantidade ofertada pela variação 
percentual do preço do bem.
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
As curvas de oferta apresentam os mesmo tipos de 
elasticidade das curvas de demanda, ou seja:
a) Perfeitamente inelástica
b) Inelástica
c) Unitária
d) Elástica
e) Perfeitamente elástica
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a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade ofertada não 
responde a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
b) Oferta Inelástica: A quantidade ofertada não responde 
fortemente a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
c) Elasticidade Unitária: A quantidade ofertada varia na 
mesma porcentagem do preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
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d) Oferta Elástica: A quantidade ofertada responde 
fortemente a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
e) Perfeitamente Elástica: A quantidade ofertada varia 
infinitamente com qualquer variação no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
4. Exercícios
1. Suponha que os viajantes a negócios e os turistas tenham
as seguintes demandas por passagens aéreas de Nova
York para Boston:
a) À medida que o preço aumenta de R$ 200,00 para R$
250,00, qual é a elasticidade-preço da demanda para (i) os
viajantes a negócios e (ii) os turistas? (Use o método do
ponto médio em seus cálculos)
b) Por que a elasticidade dos turistas seria diferente da dos
viajantes a negócios?
Preço
Quantidade demandada 
(viajantes a negócios)
Quantidade 
demandada 
(turistas)
R$ 150,00 2100 1000
R$ 200,00 2000 800
R$ 250,00 1900 600
R$ 300,00 1800 400
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2. Os medicamentos têm demanda inelástica e os
computadores têm demanda elástica. Suponhamos
que um avanço tecnológico dobre a oferta dos
produtos (ou seja, a quantidade ofertada a cada
preço será o dobro da original).
a) O que acontecerá com o preço de equilíbrio e a
quantidade de equilíbrio em cada mercado?
b) Que produto sofrerá uma grande variação no preço?
c) Que produto sofrerá uma grande variação na
quantidade?
d) O que acontecerá com a despesa total dos
consumidores com cada produto?
4. Exercícios
3. Para uma elasticidade-preço igual a -2, preveja se o
faturamento total de um produto aumenta ou
diminui quando ocorre um aumento de 10% em seu
preço. Lembre que o faturamento é dado pela
multiplicação da quantidade pelo preço. Faça o
mesmo exercício para uma elasticidade-preço igual a -
0,5 e depois, para -1.
4. Exercícios
4. Para cada um dos bens abaixo, qual você espera que 
tenha demanda mais elástica e por quê?
a) Livros didáticos obrigatórios ou romances.
b) Aquecimento central a óleo nos próximos seis meses ou 
aquecimento central a óleo nos próximos cinco anos.
c) Guaraná ou água.
4. Exercícios
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VI.Excedentes do Consumidor
e do Produtor
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Conceitos Iniciais
2. O Excedente do Consumidor
3. O Excedente do Produtor
4. Eficiência de Mercado
1. Conceitos Iniciais
Anteriormente, vimos como, nas economias de mercado, 
as forças de oferta e demanda determinam o preço e a 
quantidade vendida dos bens e serviços.
Descrevemos a maneira como a sociedade aloca os 
recursos escassos sem abordar diretamente a questão 
de que se essa alocação é desejável.
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1. Conceitos Iniciais
“Nossa análise foi positiva (aquilo que é) e não normativa 
(aquilo que deveria ser)”
Estudaremos, portanto, a chamada economia do bem-
estar, o estudo de como a alocação de recursos afeta o 
bem-estar econômico.
2. O Excedente do Consumidor
Iniciemos, então, nosso estudo do bem-estar com os 
benefícios que os compradores recebem por sua 
participação no mercado.
Observemos o exemplo:
Imagine que você é fã de Bob Marley e que está 
interessado em comprar o primeiro álbum dele. 
Digamos que você esteja disposto a pagar R$100,00 
pelo mesmo, porém, a pessoa que está pretendendo 
vendê-lo, quer R$ 80,00 pelo álbum.
Que benefício você obtém da compra do álbum?
2. O Excedente do Consumidor
Medimos o excedente do consumidor pela diferença entre 
a quantia que o comprador está disposto a pagar (a 
quantia máxima que um comprador pagará por um bem; o 
valor que o comprador atribui ao bem) menos a quantia 
que ele realmente paga.
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2. O Excedente do Consumidor
Usaremos a curva de demanda para media os excedentes 
de todos os consumidores de um mercado.
Já sabemos que a curva de demanda reflete o quanto os 
consumidores estão dispostos a pagar por uma 
determinada quantidade de bens e serviços.
2. O Excedente do Consumidor
Observe o exemplo:
2. O Excedente do Consumidor
Como o preço afeta o excedente do consumidor???
Se o preço cair, o excedente do consumidor aumentará ou 
diminuirá? E se o preço subir?
Vejamos no gráfico a seguir:
01/08/2017
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2. O Excedente do Consumidor
Observe o exemplo:Valor para o consumidor 1
Valor para o consumidor 2
Valor para o consumidor 3
3. O Excedente do Produtor
Medimos o excedente do produtor pela diferença entre o 
montante que um vendedor recebe e o seu custo de 
produção.
Mede o quanto o produtor se beneficia por participar do 
mercado.
Imagine que um pintor tenha um custo de produção de R$ 
300,00 pelo seu serviço. Se lhe é pago o valor de R$ 500,00 
seu excedente é de R$ 200,00.
3. O Excedente do Produtor
Usaremos a curva de oferta para medir os excedentes de 
todos os produtores de um mercado.
Já sabemos que a curva de oferta reflete o quanto os 
produtores estão dispostos a receber por uma 
determinada quantidade de bens e serviços.
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3. O Excedente do Produtor
Da mesma forma que fizemos a análise do 
excedente do consumidor, podemos fazer agora a 
análise do excedente do produtor.
Observe o exemplo:
3. O Excedente do Produtor
4. Eficiência de Mercado
O excedente do consumidor e o excedente do produtor 
são as ferramentas básicas dos economistas para estudar o 
bem-estar dos compradores e vendedores.
Uma “medida possível de bem-estar” é a soma dos 
excedentes do consumidor e dos excedentes do produtor, 
que chamamos de excedente total.
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4. Eficiência de Mercado
Para entender melhor essa medida do bem-estar 
econômico, lembre-se de como medimos os excedentes 
do consumidor e do produtor.
Definimos excedentedo consumidor como:
Excedente do consumidor = Valor para compradores –
Quantia paga pelos compradores
De maneira similar, medimos o excedente do produtor 
como:
Excedente do produtor = Quantia recebida pelos 
vendedores – Custo para vendedores
4. Eficiência de Mercado
Quando somamos os excedentes do consumidor e do 
produtor, temos:
Excedente total = Valor para os compradores – Quantia 
paga pelos compradores + Quantia recebida pelos 
vendedores – Custo para vendedores
A quantia paga pelos compradores é igual à quantia 
recebida pelos vendedores; com isso, podemos escrever o 
excedente total como:
Excedente total = Valor para os compradores – Custo para 
vendedores
4. Eficiência de Mercado
O excedente total de um mercado é o valor total atribuído 
pelos compradores dos bens, medido por sua disposição 
para pagar, menos o custo total dos vendedores que 
fornecem esses bens.
Se uma alocação de recursos é eficiente, dizemos que ela 
maximiza o excedente total recebido por todos os 
membros da sociedade. Se uma alocação não é eficiente, 
então parte dos ganhos do comércio entre compradores e 
vendedores não está sendo obtida.
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4. Eficiência de Mercado
A eficiência máxima do mercado é atingida quando oferta e demanda 
se igualam. Nesse ponto, o valor para compradores é igual ao custo 
para vendedores, o que maximizará o excedente total.
4. Eficiência de Mercado: impostos
IMPOSTO:
Conduz a uma barreira entre o preço pago pelos 
compradores e os preços recebidos pelos 
vendedores;
Aumenta o preço que os compradores pagam e 
diminui o preço que os vendedores recebem;
Reduz a quantidade comprada e vendida.
4. Eficiência de Mercado: impostos
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4. Eficiência de Mercado: impostos
4. Eficiência de Mercado: impostos
Efeito sobre o bem estar social
4. Eficiência de Mercado: impostos
Efeito sobre o bem estar social

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