Buscar

1. Historia das Bebidas Fermentadas e Destiladas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Historia das Bebidas Fermentadas e Destiladas 
A origem da bebida fermentada e destilada não é muito certa. Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente durante o período Neolítico quando houve a aparição da agricultura e a invenção da cerâmica. Existem notícias de que no Japão e na China, além dos tradicionais chás, desde muito tempo já se fermentava o arroz para produzir uma bebida forte (sake) que estimulava os guerreiros em suas batalhas. A civilização dos sumérios, na confluência dos rios Tigre e Eufrates, atual Iraque, aperfeiçoou a fórmula e criou 19 tipos de bebida alcoólica onde 16 deles à base de trigo e cevada. Daí estava criada a cerveja. Era uma bebida de elite, que os aristocratas sumérios bebiam com canudinhos de ouro. Mas logo chegaria ao povão acredita-se que cada um dos trabalhadores que construíram as pirâmides de Gizé, no Egito, ganhava 5 litros de cerveja por dia. Ela era considerada “pão líquido”, um alimento fundamental para que os operários agüentassem uma jornada puxadíssima. Dois mil e quinhentos anos antes de Cristo, beber cerveja já havia se tornado um hábito comum. Talvez por isso, a elite tenha começado a migrar para outro tipo de bebida alcoólica: o vinho. Os celtas, gregos, romanos, egípcios e babilônios registraram de alguma forma o consumo e a produção de bebidas alcoólicas. No entanto, vem do Antigo Egito, que já dominava a técnica de elaboração das cervejas, criada bem antes do vinho, as referencias mais aceitas sobre o preparo de líquidos fervidos, fermentados e destilados, oriundos principalmente da flora, que eram utilizados pelos Sacerdotes como remédios e também poderosos venenos. O povo árabe aperfeiçoou o processo de destilação para bem próximo ao que conhecemos nos dias de hoje, e na Grécia, os sacerdotes, que dominavam a elaboração da bebida, e por ela ser clara e forte, a denominaram de "ácqua ardens", ou seja, a “água que pegava fogo”, para nós, a “aguardente”. Em Roma, o vinho adquiriu relevância geopolítica. Ele passou a ser produzido em grande escala, pois sua exportação era vital para manter a estabilidade nas províncias do império. E os soldados romanos, que levavam a bebida para desinfetar a água dos lugares por onde passavam, logo descobriram outra grande utilidade do álcool: ele podia servir como uma espécie de arma química contra os inimigos. Quando chegavam a territórios que desejavam conquistar, uma de suas estratégias era fingir amizade e dar vinho para os povos locais beberem. No dia seguinte, quando as vítimas estavam acordando de ressaca, os romanos voltavam e faziam um massacre. Mas o álcool não servia apenas para incapacitar as pessoas. Ele também era considerado um remédio. No século 14, a peste negra se espalhava pela Europa, matando 90% das pessoas que infectava. Mas ,quando a epidemia chegou à cidade de Oudenburg, na Bélgica, o abade local proibiu o consumo de água e obrigou os cristãos a beber só cerveja. Por incrível que pareça, deu certo: muitos deles sobreviveram à peste, pois a cerveja, graças ao álcool, era menos contaminada que a água. Com o passar do tempo, outros povos, com base na sua agricultura, criaram as suas bebidas destiladas, principalmente de frutas e cereais, e não mais para ser usada na medicina, mas para fazer páreo aos vinhos e cervejas. Portugal e Itália, a partir da fermentação do bagaço da uva, criaram a “grappa” e a “bagaceira”. A cereja foi a matéria prima para o “kirsch” na Alemanha. Os feiticeiros celtas criaram a “água da vida”, o “whisky”, derivado de cereais como a cevada, o trigo e o milho. Na Rússia, para proteger o Czar do frio intenso da Sibéria, por acaso destilaram o centeio e criaram a “vodka”, que ficou conhecida como a “bebida dos Czares”.
O álcool através da história
Egito Antigo 
Os egípcios deixaram documentado nos papiros as etapas de fabricação, produção e comercialização da cerveja e do vinho. Eles também acreditavam que as bebidas fermentadas eliminavam os germes e parasitas e deveriam ser usadas como medicamentos, especialmente na luta contra os parasitas provenientes das águas do Nilo.
Idade Média
A comercialização do vinho e da cerveja cresce durante este período, assim como sua regulamentação. A intoxicação alcoólica (bebedeira) deixa de ser apenas condenada pela igreja e passa a ser considerada um pecado por esta instituição.
Idade Moderna
Durante e Renascença passa a haver a fiscalização dos cabarés e tabernas, sendo estipulados horários de funcionamento destes locais. Os cabarés e tabernas eram considerados locais onde as pessoas podiam se manifestar livremente e o uso de álcool participa dos debates políticos que mais tarde vão desencadear na Revolução Francesa.
Idade Contemporânea
O fim do século 18 e o início da Revolução Industrial é acompanhado de mudanças demográficas e de comportamentos sociais na Europa. É durante este período que o uso excessivo de bebida passa a ser visto por alguns como uma doença ou desordem.7 Ainda no início e na metade do século 19 alguns estudiosos passam a tecer considerações sobre as diferenças entre as bebidas destiladas e as bebidas fermentadas, em especial o vinho. Neste sentido, Pasteur em 1865, não encontrando germes maléficos no vinho declara que esta é a mais higiênica das bebidas. Durante o século 20 paises como a França passam a estabelecer a maioridade de 18 anos para o consumo de álcool e em janeiro de 1920 o estado Americano decreta a Lei Seca que teve duração de quase 12 anos. A Lei Seca proibiu a fabricação, venda, troca, transporte, importação, exportação, distribuição, posse e consumo de bebida alcoólica e foi considerada por muitos um desastre para a saúde pública e economia americana. Foi no ano de 1952 com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) que o alcoolismo passou a ser tratado como doença. No ano de 1967, o conceito de doença do alcoolismo foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à Classificação Internacional das Doenças (CID-8), a partir da 8ª Conferência Mundial de Saúde12,13. No CID-8, os problemas relacionados ao uso de álcool foram inseridos dentro de uma categoria mais ampla de transtornos de personalidade e de neuroses. Esses problemas foram divididos em três categorias: dependência, episódios de beber excessivo (abuso) e beber excessivo habitual. A dependência de álcool foi caracteriza pelo uso compulsivo de bebidas alcoólicas e pela manifestação de sintomas de abstinência após a cessação do uso de álcool.
A Embriaguez de Noé
Em uma das mais belas passagens do Antigo Testamento da Bíblia (Gênesis 9.21)  Noé, após o dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Fez uso da bebida a ponto de se embriagar. Reza a bíblia que Noé gritou, tirou a roupa e desmaiou. Momentos depois seu filho Cam o encontrou "tendo à mostra as suas vergonhas". Foi a primeiro relato que se tem conhecimento de um caso de embriaguez. Michelangelo, famoso pintor renascentista (1475-1564), se inspirou nesse episódio pintar um belíssimo afresco, com esse nome, no teto da Capela Sistina, no Vaticano. Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus primórdios.

Outros materiais