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A1 legislação tributaria

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RESUMO PARA A1
LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIA
Prezados,
Vamos falar de alguns assuntos específicos constantes das unidades 01 e 02 de sua disciplina para que você faça uma boa prova.
Comecemos pela unidade 01 e pela caracterização do empresário.
Segundo o Código Civil, considera-se empresário, quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Deve se lembrar que estes podem exercer a atividade de empresário caso estejam em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Se, entretanto, a pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
Os pactos antenupciais, o título de doação, herança, ou legado, feitos por empresário de bens que contenham cláusulas definindo estes como incomunicáveis ou inalienáveis deverão ser serão arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis além daquele a ser feito no Registro Civil da respectiva sede antes do início de sua atividade.
Aliás, ainda sobre os pactos antenupciais, não é demais rememorar que os cônjuges podem contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham se casado no regime da comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória.
Se as pessoas reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica com a partilha entre si dos resultados, significa que estão celebrando um contrato de sociedade limitada. 
No caso do empresário individual, que não é pessoa jurídica visto ser desprovida de personalidade jurídica, o empresário pode ingressar em juízo em nome próprio e respondendo, pessoal e ilimitadamente, por todas as obrigações que contrair no exercício da atividade empresarial. 
O requerimento para inscrição deve ser protocolado perante a Junta Comercial, da respectiva sede, antes do início de sua atividade, contendo o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil (e, se casado, qual o regime de bens), a firma, com a respectiva assinatura autógrafa. Neste caso, o empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
O empresário falido poderá fiscalizar a administração da falência, requerer as providências necessárias para a conservação de seus direitos ou dos bens arrecadados e intervir nos processos em que a massa falida seja parte ou interessada, requerendo o que for de direito e interpondo os recursos cabíveis.
Seu nome empresarial deve ser da espécie firma, abreviado ou por extenso, podendo ser-lhe aditado designação mais precisa do gênero de sua atividade.
Já a empresa individual de responsabilidade limitada é uma pessoa jurídica constituída por uma única pessoa, titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, não inferior a cem vezes o maior salário mínimo vigente no país. 
A imagem, o nome ou a voz não podem ser utilizados para a integralização do capital da EIRELI.
Por sua vez, de acordo com Código Civil, ressalvado o disposto no art. 1.061 e no parágrafo primeiro do art. 1.063, as deliberações dos sócios na sociedade limitada na omissão do contrato serão tomadas pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social para a modificação do contrato social.
Já o quórum necessário para a alteração do contrato social de uma sociedade limitada enquadrada como empresa de pequeno porte, nas hipóteses em que o contrato social respectivo é omisso, será o primeiro número inteiro superior à metade do capital social
Em relação à sociedade limitada, o uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os necessários poderes.
Na sociedade limitada, a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem ilimitadamente pela integralização do capital social. 
Ainda sobre as quotas, lembre-se que a sociedade limitada tem o seu capital social dividido em quotas iguais ou desiguais, sendo indivisíveis em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência.
Na sociedade limitada que for administrada por sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela aprovação de titulares de quotas correspondentes no mínimo, a dois terços do capital social. De outra feita, em havendo a renúncia do administrador de uma sociedade por força maior, é correto afirmar que, em relação à sociedade, ela torna-se eficaz quando a sociedade toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante.
Na sociedade limitada, não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único do Código Civil de 2002, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e lhe devolvendo o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais as eventuais despesas.
A limitação da responsabilidade de um sócio, em uma sociedade limitada, por regra, é capital social o total prometido pela sociedade e ainda não integralizado de forma solidária entre os sócios. 
Uma vez totalmente integralizado o capital social, a responsabilidade dos sócios, por dívidas sociais, nas sociedades limitadas é excepcional e depende de disposição legal específica, como no caso de desconsideração da personalidade jurídica.
Passando à sociedade anônima, lembramos que ela é considerada empresária, independentemente do objeto.
A administração da sociedade anônima compete à diretoria e ao conselho de administração, ou somente à diretoria, conforme dispuser o estatuto social.
Sobre os documentos referentes a sociedades anônimas, que é feito em cartório de Títulos e Documentos, caso seja verificado que, em remanescendo menos de cinco por cento do total das ações quando de uma oferta pública para fechamento de capital, a assembleia geral pode deliberar o resgate dessas ações pelo valor da oferta, sob a condição de depositar o valor de resgate em instituição financeira autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários, à disposição de seus titulares. 
O capital social, por sua vez, poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. Seu aumento, quando realizado mediante subscrição de ações em bens, depende de prévia avaliação dos bens por três peritos ou por empresa especializada.
Acerca do direito a voto nas sociedades anônimas, é correto afirmar que o direito de voto da ação gravada com o direito real de usufruto, se não for regulado no ato do gravame, somente poderá ser exercido se acordado previamente entre o proprietário e o usufrutuário.
Passemos agora a falar rapidamente de assuntos tratados na sua unidade 02.
Lembre-se que a Lei 11.101, de 09 de fevereiro de 2005, que regula a recuperação judicial, incide tanto às sociedades empresárias quanto aos empresários individuais, mas não se aplica a empresas públicas e sociedades de economia mista, dentre outras hipóteses legais.
O processamento de recuperação judicial de grupo transnacional não consta da lei falimentar brasileira, devendo tal lacuna legislativa ser sanada por meio do uso da equidade.
Incumbirá ao administrador judicial as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial, a assembleia geral de credores, por sua vez, deverá deliberar na falência sobre a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição.
Os atos praticados com a intenção de prejudicar devedores, sobre os quais consiga-se comprovar o conluio fraudulento entre o credor e o terceiro que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida haverão de ser considerados ineficazes em relação à massa falida. Tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores, o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por qualquer forma que não seja
a prevista pelo contrato haverão se ser considerados ineficazes. 
O Ministério Público pode apresentar ao juiz impugnação contra a relação de credores, apontando a ausência de qualquer crédito ou manifestando-se contra a legitimidade, importância ou classificação de crédito relacionado. O Ministério Público também tem legitimidade para recorrer contra a decisão judicial que conceder a recuperação judicial e ainda poderá propor ação revocatória no prazo de 3 (três) anos contados da decretação da falência para salvaguardar o interesse de credores e a massa falida.
Sobre o instituto da recuperação judicial, não são exigíveis do devedor as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das execuções nem induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória. 
Na falência, são ineficazes os pagamentos de dívidas não vencidas realizados pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título, os pagamentos de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por outra forma que não seja a prevista pelo contrato, a prática de atos a título gratuito ou a renúncia à herança ou legado, até 2 (dois) anos antes da decretação da falência.
Caso o réu faça o depósito elisivo, nos termos da lei e nos valores corretos, o processo falimentar irá continuar. Entretanto, não poderá ser decretada a falência ao final. 
Bom, são estas as observações que você deve atentar antes de fazer a sua prova.

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