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________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. Teoria do Crime Classificação do Crime O crime material ou de resultado descreve a conduta cujo resultado integra o próprio tipo penal, isto é, para a sua consumação é indispensável a produção de um resultado separado do comportamento que o precede. O fato típico se compõe da conduta humana e da modificação do mundo exterior por ela operada. O resultado material que integra a descrição típica pode ser tanto de dano como de perigo concreto para o bem jurídico protegido. A não ocorrência do resultado caracteriza a tentativa. O crime formal também descreve um resultado, que, contudo, não precisa verificar-se para ocorrer a consumação. Basta a ação do agente e a vontade de concretizá-lo, configuradoras do dano potencial, isto é, do eventus periculi - ameaça, a injúria verbal. Afirma-se que no crime formal o legislador antecipa a consumação, satisfazendo-se com a simples ação do agente. Preterdoloso ou preterintencional é o crime cujo resultado total é mais grave do que o pretendido pelo agente. Há uma conjugação de dolo - no antecedente - e culpa - no subsequente -, o agente quer um minus – menos - e produz um majus – mais. Crime habitual é aquele que somente se consuma através da prática reiterada e contínua de várias ações, traduzindo um estilo de vida indesejado pela lei penal. Logo, pune-se o conjunto de condutas habitualmente desenvolvidas e não somente uma delas, que é atípica. São requisitos para o seu reconhecimento, a reiteração de vários fatos, a identidade ou homogeneidade de tais fatos e o nexo de habitualidade entre os fatos. Permanente é aquele crime cuja consumação se alonga no tempo, dependente da atividade do agente, que poderá cessar quando este quiser, como o cárcere privado e o sequestro. Crime permanente não pode ser confundido com crime instantâneo de efeitos permanentes – homicídio, furto -, cuja permanência não depende da continuidade da ação do agente. ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. Crime unissubjetivo é aquele que pode ser praticado pelo agente individualmente, que também admite o concurso eventual de pessoas, constituindo a regra geral das condutas delituosas previstas no ordenamento jurídico-penal. Crime plurissubjetivo, por sua vez, é o crime de concurso necessário, isto é, aquele que por sua estrutura típica exige o concurso de, no mínimo, duas pessoas. A conduta dos participantes pode ser paralela - quadrilha -, convergente - adultério e bigamia - ou divergente – rixa. Crime comum é o que pode ser praticado por qualquer pessoa, como lesão corporal, estelionato e furto. Crime próprio ou especial é aquele que exige determinada qualidade ou condição pessoal do agente. Pode ser condição jurídica – acionista -; profissional ou social – comerciante -; natural - gestante, mãe -; parentesco – descendente. Crime impossível é aquele que jamais poderia ser consumado em razão da ineficácia absoluta do meio empregado ou pela impropriedade absoluta do objeto. Crime político envolve, de forma geral, o conceito de Direito Internacional, ou seja, são atos ou omissões que prejudicam o interesse da chamada "Lei de Segurança Nacional” de um determinado país, em determinado tempo histórico, sendo ele de natureza interna ou externa. ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. Crimes Materiais PROCESSO: HC 152112 ES 2009/0212470-6 RELATOR(A): MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA JULGAMENTO: 02/02/2012 ÓRGÃO JULGADOR: T6 - SEXTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJE 15/02/2012 EMENTA: PROCESSUAL PENAL. CRIME MATERIAL. VESTÍGIOS. DESAPARECIMENTO. PERÍCIA. IMPOSSIBILIDADE. PROVA TESTEMUNHAL. SUPRIMENTO. 1. Firmado pelo tribunal de origem, em sede de apelação, que não foi possível realizar a perícia, porque a vítima do crime de lesões corporais graves desapareceu, não há como, em habeas corpus, onde não há espaço para dilação probatória, concluir de modo contrário. 2. Ainda mais porque na espécie, além da prova testemunhal, há laudo médico, do hospital onde a vítima foi socorrida, atestando os ferimentos e a sua gravidade. 3. Julgamento na origem em consonância com o entendimento desta corte sobre o tema. 4. Ordem denegada. PROCESSO: AgRg no HC 198590 SP 2011/0040278-1 RELATOR(A): Ministra REGINA HELENA COSTA JULGAMENTO: 25/02/2014 ÓRGÃO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 10/03/2014 EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. CRIME DE SONEGAÇÃO FISCAL. ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DA PROVA PERICIAL. CRIME MATERIAL QUE DEIXA VESTÍGIOS. CRITÉRIO DA DISCRICIONARIEDADE MOTIVADA E NÃO DA OBRIGATORIEDADE LEGAL. PRECEDENTES. I - Esta Corte Superior vem entendendo que nos crimes de sonegação de contribuição previdenciária não há obrigatoriedade da prova pericial se a materialidade do delito pode ser verifica pelo Juiz, mediante outros elementos de prova. II - Essa orientação aplica-se também aos casos de crime de sonegação fiscal, pois o critério a ser utilizado é o da discricionariedade motivada e não da obrigatoriedade legal. III - Agravo regimental improvido. ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. PROCESSO: HC 92616 SP 2007/0243569-9 RELATOR(A): Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA JULGAMENTO: 15/12/2009 ÓRGÃO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 01/02/2010 EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. COMPETÊNCIA. ART. 70 DO CPP. CONSUMAÇÃO. OBTENÇÃO DA VANTAGEM INDEVIDA. CRIME MATERIAL. ORDEM DENEGADA. 1. O crime de estelionato, de natureza material, consuma-se no momento e lugar em que o agente obtém a vantagem indevida. 2. Ordem denegada. Crimes Formais PROCESSO: HC 191032 DF 2010/0214843-6 RELATOR(A): Ministra REGINA HELENA COSTA JULGAMENTO: 08/04/2014 ÓRGÃO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 14/04/2014 EMENTA: HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. NÃO CONHECIMENTO. CORRUPÇÃO DE MENORES. ABSOLVIÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVAS. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. INADMISSIBILIDADE. CRIME FORMAL. I - Acompanhando o entendimento firmado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, nos autos do Habeas Corpus n. 109.956, de relatoria do Excelentíssimo Ministro Marco Aurélio, a 5ª Turma deste Superior Tribunal de Justiça passou a adotar orientação no sentido de não mais admitir o uso do writ como substitutivo de recurso ordinário, previsto nos arts. 105, II, a, da Constituição da República e 30 da Lei n. 8.038/1990, sob pena de frustrar a celeridade e desvirtuar a essência desse instrumento constitucional. ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. II - O entendimento desta Corte evoluiu para não mais se admitir o manejo do habeas corpus em substituição ao recurso próprio, bem assim como sucedâneo de revisão criminal. Precedentes. III - Pretende a Impetrante a absolvição pelo cometimento do delito previsto no art. 1º da Lei n. 2.252/1954, porquanto não comprovada a conduta do Paciente em corromper ou facilitar a corrupção de menor envolvido. IV - O entendimento pacífico deste Tribunal Superior é no sentido de que não cabe a discussão a respeito de tese absolutória,por insuficiência de prova, em sede de habeas corpus, por ser remédio de rito célere e cognição sumária, incompatível com a necessidade de aprofundado reexame do acervo fático-probatório. Precedentes. V - Ad argumentadum tantum, o crime de corrupção de menores tem natureza formal, bastando para sua caracterização, indícios de envolvimento de menor de 18 (dezoito) na companhia de Agente imputável. Súmula 500 desta Corte. VI - Habeas corpus não conhecido. PROCESSO: CC 119495 MG 2011/0252436-2 RELATOR(A): Ministra ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/PE) JULGAMENTO: 08/05/2013 ÓRGÃO JULGADOR: S3 - TERCEIRA SEÇÃO PUBLICAÇÃO: DJe 15/05/2013 EMENTA: CONFLITO DE COMPETÊNCIA. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. ART. 7º DA LEI 8.137/90. CRIME FORMAL. CONSUMAÇÃO NO LOCAL DO CONSTRANGIMENTO. 1. O delito previsto no art. 7º da Lei nº 8.137/90 é de natureza formal e consuma-se no lugar em que o consumidor foi enganado, independentemente do local onde estão situadas as contas bancárias beneficiárias dos depósitos e a sede da empresa que ofertou o serviço. 2. Na hipótese, o delito praticado consumou-se em Campo Grande/MS, onde o consumidor foi levado a erro, devendo ser reconhecida a competência do Juízo daquele local. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal de Campo Grande/MS, o suscitado PROCESSO: AgRg no HC 251111 SP 2012/0167090-5 RELATOR(A): Ministro MOURA RIBEIRO JULGAMENTO: 24/09/2013 ÓRGÃO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 30/09/2013 EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA PATRIMÔNIO. EXTORSÃO. CRIME FORMAL. CONSUMAÇÃO. EFETIVO CONSTRANGIMENTO. OBTENÇÃO DA VANTAGEM INDEVIDA. MERO EXAURIMENTO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. 1. O delito de extorsão é formal ocorrendo a consumação com o efetivo constrangimento de alguém a fazer, deixar de fazer ou tolerar que se faça algo, independentemente da obtenção da vantagem indevida, que configura mero exaurimento. 2. Agravo regimental não provido. Crimes Preterdolosos PROCESSO: AP 513720097120012 AM 0000051-37.2009.7.12.0012 RELATOR(A): Artur Vidigal de Oliveira JULGAMENTO: 01/08/2013 ÓRGÃO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMA PUBLICAÇÃO: 14/08/2013 Vol: Veículo: DJE EMENTA: APELAÇÃO. MPM E DEFESA. LESÃO CORPORAL. CRIME PRETERDOLOSO. CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES. INAPLICABILIDADE. PRESCRIÇÃO. HABEAS CORPUS DE OFÍCIO 1. Comete o crime de lesão corporal agravada pelo resultado o militar que, dolosamente, pratica o estrangulamento no pescoço do companheiro de farda, depois de ficar exaltado, asfixiando o ofendido e causando, culposamente, perigo de vida e lesões corporais. 2. São inaplicáveis, nos crimes preterdolosos, as circunstâncias agravantes genéricas. 3. Concede-se Habeas Corpus de ofício quando verificada a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva do Estado, na modalidade retroativa. Recurso conhecido em parte. Decisão unânime. PROCESSO: APL 00441212820078190014 RJ 0044121-28.2007.8.19.0014 RELATOR(A): DES. ANTONIO CARLOS DOS SANTOS BITENCOURT JULGAMENTO: 17/12/2012 ÓRGÃO JULGADOR: PRIMEIRA CAMARA CRIMINAL PUBLICAÇÃO: 19/03/2013 11:17 EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE. CRIME PRETERDOLOSO. Recurso da defesa que pretende ver reconhecida a lesão corporal simples, por superveniência de causa relativamente independente. Hipótese em que a vítima foi agredida por seu companheiro com golpe de faca na região posterior da coxa direita, após anteriores agressões presenciadas pela filha do casal. Atendimento hospitalar com alta para a vítima que acabou falecendo por força de hemorragia resultante de "extensa lesão da musculatura posterior e a presença de um grande hematoma local infiltrando os planos profundos da coxa" (fls. 138), no esclarecimento do quesito da causa mortis por anemia aguda provocada por lesão corto-contundente (arma branca), conforme laudo de fls. 22/23. Inexistência de causa relativamente independente que, por si só, tenha relevância de alterar o curso causal para o resultado morte; permanecendo a agressão a faca como o meio suficiente e necessário do resultado lesivo, sem o que não teria ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. ocorrido, segundo o processo hipotético de eliminação de Thyren. Eventual negligência médica, na realidade inexistente, que importaria em mera concausa superveniente vinculada à relevância da lesão, como desdobramento natural ou físico do risco criado, e sem exclusão deste como fazer naturalístico e originário (causal) do resultado morte. Pena final fixada em 05 anos de reclusão, mantido, no mais a respeitável sentença. Provimento parcial do apelo defensivo. PROCESSO: ACR 201000010053551 PI RELATOR(A): DES. SEBASTIÃO RIBEIRO MARTINS JULGAMENTO: 30/11/2010 ÓRGÃO JULGADOR: 2A. CÂMARA ESPECIALIZADA CRIMINAL EMENTA: APELAÇAO CRIMINAL. PROCESSO PENAL. LESAO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE. PROVAS SUFICIENTES PARA A CONDENAÇAO. NEXO CAUSAL ENTRE A AÇAO DOLOSA E O RESULTADO MORTE CULPOSA. CRIME PRETERDOLOSO. DOLO NO ANTECEDENTE E CULPA NO CONSEQUENTE. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. As provas comprovam de forma indubitável a autoria e materialidade delitiva. 2. Nexo causal entre a conduta do réu (desferimento da facada na região do pescoço) e a morte da vítima após uma semana. 3. Crime preterdoloso, ou seja, dolo na deflagração do ferimento (animus laesendi) e culpa no resultado morte. 4. Recurso conhecido e improvido. Crimes Habituais PROCESSO: AgRg no REsp 1186677 DF 2010/0050345-4 RELATOR(A): Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR JULGAMENTO: 15/10/2013 ÓRGÃO JULGADOR: T6 - SEXTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 28/10/2013 EMENTA: PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. ART. 183 DA LEI N. 9.472/1997. CRIME HABITUAL E FORMAL. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. TIPICIDADE RECONHECIDA. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. POSSIBILIDADE. 1. O crime tipificado no art. 183 da Lei n. 9.472/1997 é habitual, formal e de perigo abstrato, não sendo necessário demonstrar a ocorrência (ou ausência) de prejuízo. 2. Assim, não há como reconhecer o reduzido grau de reprovabilidade ou a mínima ofensividade da conduta, haja vista que, para a configuração do crime em questão, basta a prática habitual de atividade de telecomunicação sem a devida autorização dos órgãos ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. públicos competentes (AgRg no REsp n. 1.257.339/RJ, Ministro Og Fernandes, Sexta Turma, DJe 14/5/2013). 3. Não sendo aptos os argumentos trazidos na insurgência para desconstituir a decisão agravada, deve ela ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 4. Agravo regimental improvido. PROCESSO: REsp 899630 PR 2006/0208615-2 RELATOR(A): Ministra LAURITA VAZ JULGAMENTO: 10/08/2010 ÓRGÃO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 13/09/2010 EMENTA: RECURSO ESPECIAL. PENAL. CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: GESTÃO TEMERÁRIA (ART. 4.º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI N.º7.492/86). CRIME HABITUAL IMPRÓPRIO. DESNECESSÁRIA A HABITUALIDADE. RECURSO PROVIDO. 1. A denúncia imputa aos Réus o crime de gestão temerária, pela concessão de linha de crédito internacional, desconsiderando os riscos da operação,bem como várias prescrições do Banco Central do Brasil. 2. A conduta se enquadra, em tese, no crime do art. 4.º, parágrafo único, da Lei n.º 7.492/86, pois, em se tratando de crime habitual impróprio, não é necessária habitualidade para a caracterização desse delito de gestão temerária. 3. Recurso provido. PROCESSO: ACR 199933000153506 BA 1999.33.00.015350-6 RELATOR(A): DESEMBARGADOR FEDERAL CÂNDIDO RIBEIRO JULGAMENTO: 15/01/2014 ÓRGÃO JULGADOR: TERCEIRA TURMA PUBLICAÇÃO: e-DJF1 p.680 de 24/01/2014 EMENTA: PENAL. DELITO DO ART. 4º DA LEI 7.492/1986 (GESTÃO FRAUDULENTA DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA). CRIME HABITUAL IMPRÓPRIO. AUTORIA E MATERIALIDADE. DOLO COMPROVADO. SENTENÇA SEM TRÂNSITO EM JULGADO. IMPOSSIBILIDADE DE AGRAVAMENTO DA PENA. I - A gestão fraudulenta pode ser vista como crime habitual impróprio, em que uma só ação tem relevância para configurar o tipo, sendo desnecessária a reiteração de atos para sua configuração. Precedentes desta Corte e do STJ. II - Autoria e materialidade do crime do art. 4º da Lei 7.492/1986 (gestão fraudulenta de instituição financeira) devidamente demonstradas. Dolo comprovado. O acusado, descumprindo ordens da sociedade empresária a qual representava comercialmente, ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. continuou comercializando cotas de consórcio, embora o Banco Central já tivesse declarado irregular a situação da aludida pessoa jurídica. Além disso, comercializava cotas contempladas, o que era contrário ao próprio instrumento contratual que concretizava os negócios. III - Há impossibilidade de se considerar a sentença que ainda não transitou em julgado para fins de agravar a pena-base (Súmula 444 do STJ). IV - Apelo do Ministério Público Federal parcialmente provido. Crimes Permanentes PROCESSO: HC 267968 RJ 2013/0098916-7 RELATOR(A): Ministra LAURITA VAZ JULGAMENTO: 15/08/2013 ÓRGÃO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 26/08/2013 EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. PRISÃO EM FLAGRANTE. CRIME PERMANENTE. AUSÊNCIA DE NULIDADE. ORDEM DE HABEAS CORPUS DENEGADA. 1. O tráfico ilícito de drogas é crime permanente, o que enseja o prolongamento no tempo da flagrância delitiva, enquanto durar a permanência. 2. Tratando-se o tráfico ilícito de drogas de crime permanente, não há se falar em ilegalidade da prisão em flagrante por violação de domicílio, uma vez que aConstituição Federal, em seu art. 5º, inciso XI, autoriza a entrada da autoridade policial, seja durante o dia, seja durante a noite, independente da expedição de mandado judicial. Precedente. 3. Ordem de habeas corpus denegada. PROCESSO: HC 107385 RJ RELATOR(A): Min. ROSA WEBER JULGAMENTO: 06/03/2012 ÓRGÃO JULGADOR: Primeira Turma PUBLICAÇÃO: DJe-065 DIVULG 29-03-2012 PUBLIC 30-03-2012 PARTE(S): LEONARDO RODRIGUES MAC CORMICK SANHAÇO DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. EMENTA: HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA JURÍDICA. CRIME PERMANENTE. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. WRIT DENEGADO. 1. O crime de estelionato previdenciário, quando praticado pelo próprio beneficiário das prestações, tem caráter permanente, cessando a atividade delitiva apenas com o fim da percepção das prestações. Precedentes Corte (HCs 102.774, 107.209, 102.491, 104.880 e RHC 105.183). 2. Iniciando o prazo prescricional com a cessação da atividade delitiva, não é cabível o reconhecimento da extinção da punibilidade no caso concreto. 3. Habeas corpus denegado. PROCESSO: AgRg no REsp 1199520 RJ 2010/0113078-0 RELATOR(A): Ministra REGINA HELENA COSTA JULGAMENTO: 18/03/2014 ÓRGÃO JULGADOR: T5 - QUINTA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 21/03/2014 EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PENAL. CRIME DE ESTELIONATO CONTRA A PREVIDÊNCIA SOCIAL. CRIME PERMANENTE. CONDUTA PRATICADA PELO PRÓPRIO SEGURADO. TERMO A QUO DO PRAZO PRESCRICIONAL. DATA DA CESSAÇÃO DO PERCEBIMENTO DO BENEFÍCIO INDEVIDO. I- A 3ª Seção desta Corte Superior de Justiça, ao apreciar o REsp n. 1.206.105/RJ, pacificou o entendimento de que o crime de estelionato contra a Previdência Social é crime permanente. II- Quando a conduta é praticada pelo próprio segurado, o prazo prescricional começa a fluir a partir do momento da cessação do percebimento do benefício previdenciário indevido. III- Agravo regimental improvido. Crimes Unissubjetivos PROCESSO: RCCR 8164 PA 2000.39.00.008164-8 RELATOR(A): DESEMBARGADOR FEDERAL I'TALO FIORAVANTI SABO MENDES JULGAMENTO: 30/06/2008 ÓRGÃO JULGADOR: QUARTA TURMA PUBLICAÇÃO: 25/07/2008 e-DJF1 p.130 EMENTA: PENAL E PROCESSO PENAL. CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO. LEI Nº9.613/98, ART. 1º, INCISO VII. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA. INOCORRÊNCIA. DEMONSTRAÇÃO DE INDÍCIOS SUFICIENTES DA ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. EXISTÊNCIA DO CRIME ANTECEDENTE. CRIME UNISSUBJETIVO. DECISÃO REFORMADA. 1. A Lei nº 9.613/98 tipificou o delito de lavagem de dinheiro como crime autônomo, embora tenha exigido para sua configuração a demonstração da existência de indícios da ocorrência do crime antecedente. Precedentes STJ. 2. A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal indica que existem indícios probatórios de um esquema criminoso de pessoas físicas e jurídicas envolvidas em operações ilegais, praticados com características de uma organização criminosa, que teriam dado origem aos recursos movimentados na conta do recorrido. 3. O crime de lavagem de dinheiro é crime unissubjetivo, embora nada impeça a co- autoria ou participação. É crime comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa, bastando tão-somente que o autor do fato tenha consciência da origem ilícita do produto e vontade de praticar a conduta criminosa, não sendo exigível que também tenha praticado o crime antecedente, considerando sua autonomia típica. 4. Recurso criminal provido. PROCESSO: ACR 2009304025 SE RELATOR(A): DES. NETÔNIO BEZERRA MACHADO JULGAMENTO: 04/08/2009 ÓRGÃO JULGADOR: CÂMARA CRIMINAL PARTE(S): Apelante: JOSE CARLOS DOS SANTOS Apelado: MINISTERIO PUBLICO EMENTA: PREFEITO MUNICIPAL. PECULATO. CRIME UNISSUBJETIVO A PRESCINDIR DO CONCURSO DE OUTROS AGENTES PARA CONSUMAR-SE. PRELIMINAR DE NULIDADE DO PROCESSO POR OMISSAO DA EXISTÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. REJEIÇAO.PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA SUBJACENTE DA IRREGULAR EMENDATIO LIBELLI. REJEIÇAO. INAFASTÁVEL DOLO DO RÉU DEMONSTRADO PELO PAGAMENTO DE PARCELAS RELATIVAS A ETAPAS NAO CONCLUÍDAS DA OBRA CONTRATADA. PROVA DOCUMENTAL EFICIENTE A EMBASAR A CONDENAÇAO. PENA-BASE ESTRUTURADA EM CIRCUNSTÂNCIAS CONCRETAMENTE AFERIDAS. IMPROVIMENTO DO RECURSO. AFASTAMENTO, DE OFÍCIO, DA CAUSA DE AUMENTO DE PENA PREVISTA NO 2º DO ART. 327 DO CP, QUE NAO ALCANÇA PREFEITOS. DECISAO UNÂNIME. PROCESSO: APR 685383 SC 2008.068538-3 RELATOR(A): Torres Marques JULGAMENTO: 29/06/2009 ÓRGÃO JULGADOR: Terceira Câmara Criminal ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. PUBLICAÇÃO: Apelação Criminal (Réu Preso) n. , de Chapecó PARTE(S): Apelante:Anderson Schinaider Apelada: A Justiça, por seu Promotor EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES CONTRA A SAÚDE. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. AGENTE PRESO EM FLAGRANTE ENQUANTO SE DESLOCAVA DE MOTOCICLETA COM SUA NAMORADA PORTANDO OITO PEDRAS DE CRACK. NAMORADA ADOLESCENTE QUE ASSUME A RESPONSABILIDADE DAS SUBSTÂNCIAS OBJETIVANDO AFASTAR A AUTORIA DO ACUSADO. DEPOIMENTO DOS POLICIAIS QUE EFETUARAM ANTERIOR CAMPANA E A PRENDERAM O RÉU EM HARMONIA COM OS OUTROS ELEMENTOS DE PROVA. DESTINAÇÃO DA DROGA EVIDENCIADA. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. CONDENAÇÃO MANTIDA. DOSIMETRIA DA PENA. POSSIBILIDADE DE AUMENTO DA FRAÇÃO DA REDUTORA DO ART. 33, § 4º DA LEI N. 11.343/06. REDUÇÃO EM METADE. INVIABILIDADE DE REDUÇÃO EM GRAU MÁXIMO EM RAZÃO DA NATUREZA DA DROGA. INCIDÊNCIA DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA DO ART. 41DA LEI N. 11.343/06. BENEFÍCIO PASSÍVEL DE APLICAÇÃO SOMENTE NO CASO DE CONCURSO DE PESSOAS. CRIME UNISSUBJETIVO. INDEFERIMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA. VEDAÇÃO EXPRESSA DO ART. 44 DA NOVA LEI DE DROGAS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Crimes Plurissubjetivos PROCESSO: APL 597807320078170001 PE 0059780-73.2007.8.17.0001 RELATOR(A): Alderita Ramos de Oliveira JULGAMENTO: 13/07/2011 ÓRGÃO JULGADOR: 3ª Câmara Criminal PUBLICAÇÃO: 134/2011 EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. FLAGRANTE. CRIME PLURISSUBJETIVO. CONDUTA DE TRANSPORTAR ARMA DE FOGO IRREGULAR. TIPICIDADE. DEPOIMENTOS DOS POLICIAIS RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO DOS ACUSADOS. VALIDADE. MEIO IDÔNEO DE PROVA A EMBASAR A CONDENAÇÃO. PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. APELO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. I - Os policiais não se encontram legalmente impedidos de depor sobre atos de ofício nos processos de cuja fase investigatória tenham participado, no exercício de suas funções, revestindo-se tais depoimentos de inquestionável eficácia probatória, sobretudo quando prestados em juízo, sob a garantia do contraditório, mormente quando respaldados em outros elementos de provas carreados aos autos. Precedentes do STJ. II - O crime capitulado no art. 14, da Lei nº 10.826/2003 é plurissubjetivo, sendo incriminada a conduta consubstanciada na prática do núcleo do tipo "transportar". III - Apelo improvido. Decisão unânime. ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. PROCESSO: INQ 44805 PA 2001.01.00.044805-4 RELATOR(A): DESEMBARGADOR FEDERAL OLINDO MENEZES JULGAMENTO: 01/02/2006 ÓRGÃO JULGADOR: SEGUNDA SEÇÃO PUBLICAÇÃO: 23/05/2006 DJ p.1 EMENTA: PENAL E PROCESSUAL PENAL. DENÚNCIA. CRIMES PLURISSUBJETIVOS. AUSÊNCIA ABSOLUTA DE INDÍCIOS. ACUSADOS SEM PRERROGATIVA DE FORO. 1. Tem admitido a jurisprudência, atenuando os rigores do art. 41 do Código de Processo Penal, que, nos crimes de autoria coletiva, possa a denúncia conter a descrição genérica dos fatos, dando pela participação indiciária de todos os acusados, restando para a instrução, mediante contraditório e ampla defesa, a prova da efetiva participação de cada qual. É mister, todavia, que, em tal opção de persecução penal, admitida em caráter excepcional, venha a peça inaugural confortada pelo menos com indícios de participação típica de cada qual, e mesmo de materialidade. 2. Na hipótese, não havendo nenhuma menção aos nomes de seis dos sete denunciados nos depoimentos que constam do inquérito, com relação aos quais o MPF, na peça inaugural, não escreve sequer uma linha a respeito das suas respectivas participações no episódio criminoso que narra, impõe-se a rejeição da denúncia em relação ao acusado com foro pela prerrogativa da função, com remessa dos autos ao juízo competente (primeira instância) quanto aos acusados sem tal prerrogativa: o que tem contra si referências no material informativo e aqueles aos quais a denúncia nada descreve em termos de autoria ou participação no fato delituoso. 3. Rejeição da denúncia em relação ao acusado com prerrogativa de foro. Remessa dos autos à primeira instância quanto aos demais. PROCESSO: ACR 266 PA 2002.39.01.000266-1 RELATOR(A): DESEMBARGADOR FEDERAL OLINDO MENEZES JULGAMENTO: 10/01/2006 ÓRGÃO JULGADOR: TERCEIRA TURMA PUBLICAÇÃO: 27/01/2006 DJ p.12 EMENTA: PENAL. CÁRCERE PRIVADO. TRABALHADORES RURAIS. INVASÃO DE PRÉDIO DO INCRA. CRIME PLURISSUBJETIVO. INÉPCIA DA DENÚNCIA. PRECLUSÃO. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. 1. Segundo os precedentes, a oportunidade de alegação de inépcia da denúncia se exaure com a prolação da sentença condenatória. Toda pessoa poderá ser testemunha (art. 202 - CPP), não havendo restrição legal para que o ofendido seja ouvido como tal. 2. Em se tratando de crime plurissubjetivo, tem admitido a jurisprudência, abrandando os rigores do art. 41 - CPP, que a denúncia possa narrar os fatos de forma genérica, ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. dando pela participação de todos, desde que a conduta do acusado seja devidamente comprovada no decorrer da instrução criminal. 3. Descrevendo a denúncia fato típico, e havendo prova da materialidade do crime e da participação do acusado na ação do verbo núcleo do tipo, mantendo servidores públicos e autoridades em cárcere privado (art. 148 - CP), não merece acolhida a pretensão de afastar a autoria imputada ao apelante. 4. Apelação improvida. Crimes Comuns PROCESSO: RE 605917 SC RELATOR(A): Min. DIAS TOFFOLI JULGAMENTO: 29/05/2012 ÓRGÃO JULGADOR: Primeira Turma PUBLICAÇÃO: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-122 DIVULG 21-06-2012 PUBLIC 22-06- 2012 PARTE(S): MIN. DIAS TOFFOLI SEBASTiÃO VOMIR CORREA MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA RUBENS MÁRCIO PAVARIN SÉRGIO DE OLIVEIRA ROSILENE MUNARO EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MATÉRIA CRIMINAL. RECURSO OPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. NÃO CABIMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. MILITAR. CONDENAÇÃO POR CRIME COMUM. PERDA DA GRADUAÇÃO DECIDIDA PELA JUSTIÇA ORDINÁRIA. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Os embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, embora não admissíveis, podem ser convertidos em agravo regimental, na esteira da uníssona jurisprudência desta Corte. 2. Este Supremo Tribunal se posicionou no sentido de que “ à Justiça Militar Estadual compete decidir sobre a perda da graduação de praças somente quando se tratar de crime em que a ela caiba processar e julgar, ou seja, crimes militares” (RE nº 602.280/SC-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10/3/11). 3. Regimental não provido. PROCESSO: CC 88600 RJ 2007/0181454-6 RELATOR(A): Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. JULGAMENTO: 14/09/2011 ÓRGÃO JULGADOR: S3 - TERCEIRA SEÇÃO PUBLICAÇÃO: DJe 29/09/2011 EMENTA: PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA MILITAR E JUSTIÇA FEDERAL.CRIME DE CORRUPÇÃO ATIVA PRATICADO POR CIVIL EM DETRIMENTO DAJUSTIÇA MILITAR. CRIME COMUM. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR. 1. Para a hipótese colacionada na parte final do art. 9º, III, b, doCódigo Penal Militar, é dispensável a coexistência de doispressupostos para o crime militar, a saber, que o delito sejapraticado contra militar em atividade ou contra funcionário daJustiça Militar(no exercício da função) e em local sujeito àadministração militar. 2. Na espécie, o denunciado (civil) foi acusado da suposta práticado crime de corrupção ativa por ter oferecido vantagem indevida aservidor da Justiça Militar (analista judiciário), no exercício desua função (cumprimento de mandato de citação), a fim de quedeixasse de praticar ato de ofício. Fato delituoso que ocorreu naresidência do denunciado, fora do recinto militar. 3. Crime considerado como militar em tempo de paz, tendo em vistater sido praticado contra funcionário da Justiça Militar, noexercício de função inerente ao seu cargo. 4. Conflito conhecido para se declarar a competência do JuízoAuditor da 3ª Auditoria da Primeira Circunscrição Judiciária Militardo Rio de Janeiro, o suscitante. PROCESSO: HC 10000130427024000 MG RELATOR(A): Maria Luíza de Marilac JULGAMENTO: 13/08/2013 ÓRGÃO JULGADOR: Câmaras Criminais / 3ª CÂMARA CRIMINAL PUBLICAÇÃO: 23/08/2013 EMENTA: "HABEAS CORPUS". ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS. CRIME HEDIONDO. RETIFICAÇÃO DOS LEVANTAMENTOS DE PENA. CRIME COMUM. Não sendo o crime de associação para o tráfico de drogas hediondo, deve ser procedida a retificação dos levantamentos de penas dos pacientes, para que referidas condenações sejam lançadas como crime comum. Crime impossível HABEAS CORPUS 116.090 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) :THALES GARCIA FIALHO IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSO PENAL MILITAR. INFRAÇÃO DO ART. 290, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL MILITAR. POSSE DE DROGA EM RECINTO MILITAR. ALEGAÇÃO DE NULIDADES DECORRENTES DA APLICAÇÃO DO RITO PREVISTO NA LEI N. 11.719/2008 E DO NÃO RECONHECIMENTO DO CRIME IMPOSSÍVEL: AUSÊNCIA DE PLAUSIBILIDADE JURÍDICA E PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. PRECEDENTES. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: INAPLICABILIDADE. HABEAS CORPUS DENEGADO. A jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que não se pode mesclar o regime penal comum e o castrense, de modo a selecionar o que cada um tem de mais favorável ao acusado, devendo ser reverenciada a especialidade da legislação processual penal militar e da justiça castrense, sem a submissão à legislação processual penal comum do crime militar devidamente caracterizado. Precedentes HABEAS CORPUS 117.083 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :JOÃO CARLOS BARBOSA PACTE.(S) :MARIA GILVANETE DOS SANTOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. 2. FURTO QUALIFICADO PELO CONCURSO DE AGENTES. CONDENAÇÃO. 3. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ENUNCIADO 7 DA SÚMULA DO STJ. NÃO HOUVE REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO- PROBATÓRIO PRODUZIDO NAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS, MAS TÃO SOMENTE UMA VALORAÇÃO JURÍDICA DOS FATOS, CONSENTÂNEA AOS LIMITES LEGALMENTE IMPOSTOS AO RECURSO ESPECIAL. 4. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, INCISO LIV, DA CF. INOCORRÊNCIA. CORRÉU DEVIDAMENTE INTIMADO, QUE DEIXOU DE CONTRA-ARRAZOAR O RESP. 5. TESE DE CRIME IMPOSSÍVEL. OS SISTEMAS DE VIGILÂNCIA DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, OU ATÉ MESMO OS CONSTANTES MONITORAMENTOS REALIZADOS POR FUNCIONÁRIOS, NÃO TÊM O CONDÃO DE IMPEDIR TOTALMENTE A CONSUMAÇÃO DO CRIME. PRECEDENTES DO STF. 6. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. SENTENCIADOS REINCIDENTES NA PRÁTICA DE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. PRECEDENTES DO STF NO SENTIDO DE AFASTAR A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA AOS ACUSADOS REINCIDENTES OU DE HABITUALIDADE DELITIVA COMPROVADA. 7. ORDEM DENEGADA. PACTE.(S): ANGÉLICA MARIA DA SILVA PACTE.(S): VIVIANE DA SILVA FLORES IMPTE.(S): DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO COATOR(A/S)(ES): RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 110877 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. TENTATIVA DE FURTO. CRIME IMPOSSÍVEL, FACE AO SISTEMA DE VIGILÂNCIA DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL. INOCORRÊNCIA. MERCADORIAS DE VALOR INEXPRESSIVO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. 1. O pleito de absolvição fundado em que o sistema de vigilância do estabelecimento comercial tornou impossível a subtração da coisa não pode vingar. As pacientes poderiam, em tese, lograr êxito no intento delituoso. Daí que o meio para a consecução do crime não era absolutamente ineficaz. 2. A aplicação do princípio da insignificância há de ser criteriosa e casuística, tendo-se em conta critérios objetivos. 3. A tentativa de subtração de mercadorias cujos valores são inexpressivos não justifica a persecução penal. O Direito Penal, considerada a intervenção mínima do Estado, não deve ser acionado para reprimir condutas que não causem lesões significativas aos bens juridicamente tutelados. 4. Aplicação do princípio da insignificância justificada no caso. Ordem deferida a fim de declarar a atipicidade da conduta imputada às pacientes, por aplicação do princípio da insignificância. Crimes Políticos RELATOR : MIN. GILMAR MENDES RECLTE.(S) : REPÚBLICA ITALIANA ADV.(A/S) : ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES RECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : CESARE BATTISTI ADV.(A/S) : LUIZ EDUARDO GREENHALGH E OUTRO(A/S) Ementa EMENTA: RECLAMAÇÃO. PETIÇÃO AVULSA EM EXTRADIÇÃO. PEDIDO DE RELAXAMENTO DE PRISÃO. NEGATIVA, PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DE ENTREGA DO EXTRADITANDO AO PAÍS REQUERENTE. FUNDAMENTO EM CLÁUSULA DO TRATADO QUE PERMITE A RECUSA À EXTRADIÇÃO POR CRIMES POLÍTICOS. DECISÃO PRÉVIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONFERINDO AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA A PRERROGATIVA DE DECIDIR PELA REMESSA DO EXTRADITANDO, OBSERVADOS OS TERMOS DO TRATADO, MEDIANTE ATO VINCULADO. PRELIMINAR DE NÃO CABIMENTO DA RECLAMAÇÃO ANTE A INSINDICABILIDADE DO ATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. PROCEDÊNCIA. ATO DE SOBERANIA NACIONAL, EXERCIDA, NO PLANO INTERNACIONAL, PELO CHEFE DE ESTADO. ARTS. 1º, 4º, I, E 84, VII, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ATO DE ENTREGA DO EXTRADITANDO INSERIDO NA COMPETÊNCIA INDECLINÁVEL DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. LIDE ENTRE ESTADO BRASILEIRO E ESTADO ESTRANGEIRO. INCOMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCUMPRIMENTO DO TRATADO, ACASO EXISTENTE, QUE DEVE SER APRECIADO PELO TRIBUNAL INTERNACIONAL DE HAIA. PAPEL DO PRETÓRIO EXCELSO NO PROCESSO DE EXTRADIÇÃO. SISTEMA “BELGA” OU DA ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. “CONTENCIOSIDADE LIMITADA”. LIMITAÇÃO COGNITIVA NO PROCESSO DE EXTRADIÇÃO. ANÁLISE RESTRITA APENAS AOS ELEMENTOS FORMAIS. DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL QUE SOMENTE VINCULA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM CASO DE INDEFERIMENTO DA EXTRADIÇÃO. AUSÊNCIA DE EXECUTORIEDADE DE EVENTUAL DECISÃO QUE IMPONHA AO CHEFE DE ESTADO O DEVER DE EXTRADITAR. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES (ART. 2º CRFB). EXTRADIÇÃO COMO ATO DE SOBERANIA. IDENTIFICAÇÃO DO CRIME COMO POLÍTICO TRADUZIDA EM ATO IGUALMENTE POLÍTICO. INTERPRETAÇÃO DA CLÁUSULA DO DIPLOMA INTERNACIONAL QUE PERMITE A NEGATIVA DE EXTRADIÇÃO “SE A PARTE REQUERIDATIVER RAZÕES PONDERÁVEIS PARA SUPOR QUE A PESSOA RECLAMADA SERÁ SUBMETIDA A ATOS DE PERSEGUIÇÃO”. CAPACIDADE INSTITUCIONAL ATRIBUÍDA AO CHEFE DE ESTADO PARA PROCEDER À VALORAÇÃO DA CLÁUSULA PERMISSIVA DO DIPLOMA INTERNACIONAL. VEDAÇÃO À INTERVENÇÃO DO JUDICIÁRIO NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA. ART. 84, VII, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ALEGADA VINCULAÇÃO DO PRESIDENTE AO TRATADO. GRAUS DE VINCULAÇÃO À JURIDICIDADE. EXTRADIÇÃO COMO ATO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO VINCULADO A CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS. NON-REFOULEMENT. RESPEITO AO DIREITO DOS REFUGIADOS. LIMITAÇÃO HUMANÍSTICA AO CUMPRIMENTO DO TRATADO DE EXTRADIÇÃO (ARTIGO III, 1, f). INDEPENDÊNCIA NACIONAL (ART. 4º, I, CRFB). RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO INTERNACIONAL, NÃO INTERNO. CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DO DESCUMPRIMENTO QUE SE RESTRINGEM AO ÂMBITO INTERNACIONAL. DOUTRINA. PRECEDENTES. RECLAMAÇÃO NÃO CONHECIDA. MANUTENÇÃO DA DECISÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. DEFERIMENTO DO PEDIDO DE SOLTURA DO EXTRADITANDO. PROCESSO: Ext 1299 DF RELATOR(A): Min. CÁRMEN LÚCIA JULGAMENTO: 10/09/2013 ÓRGÃO JULGADOR: Segunda Turma PUBLICAÇÃO: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-188 DIVULG 24-09-2013 PUBLIC 25-09- 2013 PARTE(S): GOVERNO DA ARGENTINA CÉSAR ALEJANDRO ENCISO DOMINGOS PEREIRA DA SILVA SARAIVA E OUTRO(A/S) EMENTA: EXTRADIÇÃO INSTRUTÓRIA. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA PELA JUSTIÇA ARGENTINA. TRATADO ESPECÍFICO: REQUISITOS ATENDIDOS. CRIMES DE SEQUESTRO QUALIFICADO (“ PRIVACIÓN ILEGAL DE LA LIBERTAD AGRAVADA” ) E TORTURA (“ IMPOSICIÓN DE TORMENTOS” ). DUPLA TIPICIDADE. PRESCRIÇÃO. EXTINÇÃO DA ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. PUNIBILIDADE DOS CRIMES DE TORTURA E SEQUESTRO EM QUE AS VÍTIMAS FORAM COLOCADAS EM LIBERDADE. CRIMES DE SEQUESTRO EM QUE AS VÍTIMAS PERMANECEM DESAPARECIDAS. NATUREZA PERMANENTE. INOCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO. CRIMES POLÍTICOS. IMPROCEDÊNCIA. EXTRADIÇÃO PARCIALMENTE DEFERIDA. 1. O pedido formulado pela República da Argentina atende aos pressupostos necessários ao seu deferimento parcial, nos termos da Lei n. 6.815/80 e do Tratado de Extradição específico, inexistindo irregularidades formais. 2. Ressalvada a prescrição, pela legislação brasileira, dos crimes de tortura e dos crimes de sequestro, cujas vítimas tiveram suas liberdades restabelecidas, o Estado-Requerente dispõe de competência jurisdicional para processar e julgar os demais crimes imputados ao Extraditando, que teria sido autor de atos que supostamente configurariam o tipo penal de “ privação ilegal de liberdade agravada” , estando em consonância com o disposto no art. 78, inc. I, da Lei n.6.815/80 e com o princípio de direito penal internacional da territorialidade da lei penal. 3. Requisito da dupla tipicidade previsto no art. 77, inc. II, da Lei n. 6.815/1980 satisfeito: fato delituoso imputado ao Extraditando correspondente, no Brasil, ao crime de sequestro qualificado, previsto no art. 148, § 1º, inc. III, do Código Penal. 4. A natureza permanente do crime de sequestro qualificado em que as vítimas continuam desaparecidas faz com que o prazo prescricional somente comece a fluir a partir da cessação da permanência e não da data do início do sequestro. Precedentes. 5. Extraditando processado por fatos que não constituem crimes políticos e militares, mas comuns, ressaltando que o Poder Judiciário argentino é plenamente capaz de assegurar aos réus, em juízo criminal, a garantia de julgamentos imparciais, justos e regulares. 6. Na ação de extradição o Supremo Tribunal não detém competência para indagar sobre o mérito da pretensão deduzida pelo Estado-Requerente ou sobre o contexto probatório em que a postulação extradicional apóia-se. Precedentes. 7. Extradição parcialmente deferida. PROCESSO: AgRg no AREsp 320536 PR 2013/0118714-1 JULGAMENTO: 11/06/2013 ÓRGÃO JULGADOR: T2 - SEGUNDA TURMA PUBLICAÇÃO: DJe 25/06/2013 EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL. CRIME POLÍTICO. REGIME MILITAR. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 7/STJ. ALÍNEA C. NÃO DEMONSTRAÇÃO DA DIVERGÊNCIA 1. Cinge-se a controvérsia à responsabilidade civil do Estado em indenizar o ora agravante pelo alegado dano material sofrido em decorrência de prisão política do seu genitor durante o regime militar. 2. A Corte local consignou que "os fatos alegados se referem a danos morais e não materiais". 3. Qualquer conclusão em sentido contrário do que ficou expressamente consignado no acórdão recorrido demanda reexame do suporte fático- probatório dos autos. Aplicação da Súmula 7/STJ. 4. A divergência jurisprudencial deve ________________ Filipe Gabriel da Silva Ferreira Acadêmico de Direito pela Universidade Católica de Pernambuco Recife, 2014. ser comprovada, cabendo a quem recorre demonstrar as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da similitude fático-jurídica entre eles. Indispensável a transcrição de trechos do relatório e do voto dos acórdãos recorrido e paradigma, realizando-se o cotejo analítico entre ambos, com o intuito de bem caracterizar a interpretação legal divergente. O desrespeito a esses requisitos legais e regimentais (art. 541, parágrafo único, do CPC e art. 255 do RI/STJ) impede o conhecimento do Recurso Especial, com base na alínea c do inciso III do art. 105 da Constituição Federal. 5. Agravo Regimental não provido.
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