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Reprodução Masculina

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Diferenciação Sexual
(Rui Curi - pág. 818)
As diferenças sexuais entre machos e fêmeas dependem, basicamente, das diferenças de seus cromossomas.
A fêmea pode ser reconhecida pela presença de um cromossomo X inativo, é a cromatina sexual ou corpúsculo de Barr. 
A maioria das anormalidades sexuais resulta em desenvolvimento incompleto das gônadas. 
Os padrões XXX e XYY não parecem ser caracterizados por desenvolvimento sexual anormal.
Sexo Genético
O sexo genético ou genótipo ou macho genético depende da presença do gene SRY, localizado na ponta do braço curto do Y. 
O produto de sua expressão é uma proteína regulatória que liga ao DNA, chamada fator determinante testicular (TDF). 
Esse fator se liga de maneira sequencial especifica e começa a transcrição de gentes necessários para a diferenciação testicular. 
A fêmea genética não apresenta o cromossomo Y.
Sexo Gonadal
Ou gonádico 
Será definido pela presença de testículos (células germinativas, de Sertoli, de Leydig) ou ovários (células germinativas, da granulosa, da teca)
Sexo Fenotípico
Definida pelas características do trato genital interno e externo
Na 6ª semana, o feto tem ductos genitais primordiais pra ambos os sexos: ductos de Wolff pra machos, ductos de Muller pra fêmeas. 
Wolff: testosterona produzida pelas células de Leydig induzem a diferenciação desses ductos em epidídimo, ducto deferente, vesículas seminais, próstata
Muller: inibido pelo hormônio anti-mulleriano (ou inibidor mulleriano), produzido pelas células de Sertoli, que vai impedir que esses ductos se diferenciem em trompas, útero e terço superior da vagina.
A genitália externa e o trato genital interno de ambos sexos tem potencial de se desenvolver em ambos sexos, nesse estágio de desenvolvimento. 
Hormônios Androgênicos: produzidos pelo testículo, induz genitália externa se desenvolver pra saco escrotal e pênis. 
SEM Hormônios Androgênicos: genitália externa desenvolve para clitóris, grandes e pequenos lábios, dois terços inferiores da vagina. 
Feminização Testicular: um macho genético, com fenótipo feminino. Causada por causa da ausência de receptores aos hormônios andrógenos. Testículos serão abdominais. 
Alguns tecidos fetais masculinos precisam de testosterona ou di-hidrotestosterona (DHT) para se desenvolverem. A conversão de testosterona DHT é feita pela 5α-redutase. Sem essa enzima, os machos terão testículos, mas não terão glândula prostática, a genitália externa vai se assemelhar a das fêmeas. 
Hiperplasia Adrenal Genital (síndrome adrenogenital): masculinização do feto feminino. Uma das enzimas envolvidas na síntese do cortisol está ausente, o que leva a adeno-hipófise a secretar mais ACTH e mais andrógenos adrenais. Tratamento com glicocorticoides corrige a deficiência de enzima e suprime a secreção excessiva de ACTH. 
Sexo Psicossexual
Classificada em quatro categorias:
Identidade sexual: indivíduo se autodefine como sendo de tal sexo
Papel sexual: expressar comportamentos que diferenciam macho e fêmea
Orientação sexual: escolha do parceiro
Diferenças cognitivas
O comportamento sexual masculino e o padrão masculino de secreção de gonadotrofinas são devidos às ações dos hormônios masculinos sobre o cérebro no início de seu desenvolvimento
Andrógenos (em ratos) tem grande produção na última semana de gestação e primeira semana pós-nascimento. Isso provoca mudanças nas estruturas neurais e, consequentemente, no comportamento. O córtex pré-frontal e hipotálamo de machos são diferentes dos que não foram expostos à andrógenos durante desenvolvimento. 
Cópula (em ratos) é ligada à área pré-óptica. Em machos, há núcleos nessa área até cinco vezes maiores que em fêmeas. O dimorfismo dessa área pode ser modificado pelos hormônios sexuais, durante o desenvolvimento. 
Amígdala sofre atuação da testosterona, que desencadeia a motivação para buscar a atividade sexual. 
A maturação do eixo hipotálamo-hipófise reativa os órgãos sexuais pela secreção aumentada de gonadotrofinas hipofisária. Há a puberdade, com crescimento acelerado do corpo e desenvolvimento de características sexuais. Pode ter influencias ambientais ou genéticas. 
Trato reprodutor Masculino
O eixo hipotálamo-hipófise controla a espermatogênese e produção de testosterona, liberando FSH e LH pela adeno-hipófise. 
Testosterona exerce feedback negativo sobre a secreção desses hormônios e promove desenvolvimento do sistema reprodutor masculino, a produção de espermatozoide e das características sexuais secundárias. 
Gônadas (ou órgãos reprodutores primários) são os testículos, que produzem espermatozoides e testosterona.
Ductos reprodutores: armazenam e transportam espermatozoides para o exterior do corpo
Tem glândulas acessórias (vesícula seminal, glândulas prostática e bulbouretral), envolvidas na secreção de fluido seminal
17ª semana: testículos descem da cavidade abdominal para a cavidade do sacro escrotal.
Saco Escrotal: contrai ou relaxa, movendo os testículos para manter a temperatura ideal pra espermatogênese. 
Criptoquidismo: não migração dos testículos, pode resultar em infertilidade, porque os testículos não se desenvolverão apropriadamente. A espermatogênese depende da temperatura testicular, 2º abaixo da corporal. Não impede produção de esteroides e secreção de testosterona. 
Espermatogênese 
Testículos túbulos seminíferos espermatozoides 
Sertoli: dão nutrientes e fatores estimuladores para as células germinativas. Secretam ABP. Produzem inibina e secretina. Ligadas entre si por junções de oclusão, o que propicia a arquitetura cilíndrica dos túbulos seminíferos. 
Barreira Hematotesticular: é seletiva. Previne o movimento de certas substâncias químicas do sangue para o lúmen dos túbulos seminíferos. Ajuda na manutenção do fluido luminal. Impede que substâncias nocivas danifiquem o desenvolvimento dos espermatozoides. Protege contra reação auto-imune. Permite que testosterona vá pro sangue.
Espermatogônias [2n] (mitose) espermatócitos 1º (meiose) espermatócitos 2º [m] (meiose) espermátides [n] (espermiação) espermatozoides 
Onda de Espermatogênese: ciclos de espermatogênese que ocorrem a cada período de tempo (± duas semanas)
Alguns espermatócitos primários voltam a ser espermatogônias, assim, mesmo depois de vários ciclos, o fornecimento de espermatozoides nunca para.
Túbulos seminíferos rede testicular ductos eferentes epidídimo 
Ducto Epididimal: tubo enovelado, que modificada o fluido luminal por absorção e secreção (H+ATPase), acidificando ele. Isso é essencial pra maturação e armazenamento dos espermatozoides. 
Estereocilios: microvilos grandes, não móveis, propiciam aumento da área de superfície de interação entre membrana do espermatozoide e epitélio. Isso permite a capacitação deles, por adicionar um receptor mascarado glicoconjugado, que depois será removido.
Cordão Espermático: contêm o ducto deferente, vasos sanguíneos, nervos. Suspende testículos e epidídimo no escroto. 
Ductos coletores, no abdome, delineiam a parte posterior da bexiga e se conectam às vesículas seminais, originando o ducto ejaculatório. Que drena os produtos da próstata e termina na uretra. 
Ducto deferente ductos coletores vesículas seminais ducto ejaculatório 
Glândulas Bulbouretrais: ficam logo abaixo da próstata. Drenam seu conteúdo na uretra antes que ela deixe a próstata. 
Cauda do Epidídimo: armazena os espermatozoides maduros até a espermiação e a ejaculação. 
Testosterona
Sintetizado a partir do colesterol
Secretado pelas células de Leydig
É o principal hormônio androgênico produzido pelos testículos
Córtex adrenal produz pequena parte desse hormônio 
Na circulação:
65% se acoplam a GBG (ou SBG), com síntese estimulada pelos estrógenos e inibida pelos andrógenos. 
35% são transportados ligados a albumina. 
 Na maioria dos tecidos-alvo (exceto músculos esqueléticos), a testosterona é convertida pela 5α-redutase em DHT (di-hidrotestosterona)
Em homens, a 5α-redutase tipo II gera 3x mais DHT
A principal fonte de DHT é a pele, depoisa próstata. 
DHT: tem ação intrácrina. Ativa receptores andrógenos nas células que expressam a enzima 5α-redutase, que também expressam 3α-HSD, que faz a reação inversa da DHT em androstenediol, um andrógeno fraco. 
Obesidade: aumenta a razão estrógeno/andrógeno. Índice de massa corpórea tem relação com ginecomastia, em homens.
Fígado: expressa a 3α-HSD tipo II, que inativa a DHT.
[3α-diol-G] plasmáticas e excreção urinária disso, são bons marcadores biológicos pra determinação periférica de formação de DHT
Ações da Testosterona
Atua no desenvolvimento do sistema reprodutor, das características sexuais masculinas e têm efeitos anabólicos sobre os ossos e musculatura esquelética.
Na puberdade: crescimento peniano e testicular; crescimento ósseo e da massa muscular; aparecimento de pelos axilares, faciais e pubianos; engrossamento das cordas vocais com consequente tonalidade grave da voz, aumento da libido e da agressividade.
Controle da Atividade Reprodutora
Adeno-hipófise produz: FSH (espermatogênese) e LH (esteroidogênese). A secreção deles começa entre 10 e 12ª semana de gestação. 
A liberação deles é controlada pela GnRH (ou LHRH), liberado a partir da 4ª semana e fica em [baixas] até a puberdade. 
Na infância, a [FSH] é um pouco > [LH]. Na puberdade, isso inverte. Nos idosos, a [ ] de ambos aumenta, mas FSH > LH.
Neurônios hipotalâmicos no núcleo arqueado provocam a secreção de GnRH. Os potenciais de ação gerado ocorrem periodicamente, gerando o padrão pulsátil, que induz o mesmo padrão de secreção no FSH e LH. Se o padrão mudar pra contínuo, as células gonadotróficas hipofisária não vão responder ao GnRH. Isso vai estimular a alta [GnRH], o que impede produção e secreção de FSH e LH pela adeno-hipofise. 
Na puberdade, há picos noturnos de LH e sensibilidade aumentada dos receptores das células gonadotróficas ao GnRH. Presença de GnRH promove aumento do número de seus próprios receptores (up regulation) na adeno-hipófise e, consequentemente, maior produção e secreção de FSH e LH.
LH e FSH vão estimular a produção de hormônios gonadais, testosterona/estradiol.
Inibina, secretada por Sertoli, tem efeito negativo sobre a secreção de FSH. Composta por duas cadeias polipeptídicas, alfa e beta, ligadas por pontes de dissulfeto. Quando beta se liga a alfa, a secreção de FSH é inibida. 
Testosterona inibe a secreção de LH por feedback, atuando principalmente no hipotálamo.
FSH e LH se diferenciam pela subunidade beta, com especificidade mediada pela ação do AMPc. 
Ativinas: dímeros das cadeias Beta são todos potentes estimuladores da secreção do FSH. Controlam proliferação celular, diferenciação e apoptose em uma ampla gama de tecidos, espermatogênese e esteroidogênese testicular, foliculogênese ovariana e atresia, diferenciação eritroide, desenvolvimento neuronal, etc. 
Folistatina: supressora de FSH. Uma glicoproteína monomérica, com alta afinidade pelas ativinas. Não tem relação estrutural com as ativinas. Neutraliza os efeitos biológicos delas e atua como principal proteína ligante delas. Tem efeitos biológicos opostos. Modula funções parácrina e autócrina nas gônadas. 
Sêmen 
Contém espermatozoides e secreções das vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e próstata
O fluido seminal contém diferentes substâncias químicas tais como: altas concentrações de frutose, a qual serve como substrato energético para os espermatozoides; tampões para proteger os espermatozoides contra o ambiente ácido da vagina; muco de origem das glândulas bulbouretrais para lubrificação; e altas concentrações de prostaglandinas, as quais têm sido sugeridas como tendo a habilidade de aumentar a motilidade do útero, facilitando assim o transporte dos espermatozoides no trato genital feminino.
No trato genital feminino, os espermatozoides sofrer capacitação. É a remoção de fatores inibitórios presentes no ejaculado, na remoção do colesterol da membrana celular dos espermatozoides e na redistribuição de proteínas marcadoras de superfície
Ereção
Provocada pelo preenchimento dos corpos cavernosos e do corpo esponjoso ventral com sangue
Secreções das glândulas bulbouretrais são liberadas pra lubrificar a uretra.
Tem um arco reflexo espinal envolvido. 
Impulsos passam ao longo dos nervos aferentes até o centro integrador na medula espinal sacral (S2-4), de onde novos impulsos iniciam caminho de volta ao longo de fibras eferentes parassimpáticas dos nervos eretores, que estão sob influência da testosterona.
A excitação das fibras parassimpáticas provoca liberação de óxido nítrico (NO), que ativa a enzima guanilato-ciclase, que leva à produção de GMPc, que é o responsável pela ereção por afetar a quantidade de sangue que chega e sai do pênis através da dilatação arteriolar no pênis. 
Compressão das veias de drenagem pelos musculo isquiocavernoso também atua na ereção. 
Viagra bloqueia o GMPc,
Sildenafl inibe a enzima que inativa o GMPc. Assim, por impedir a destruição de GMPc, permite que este se acumule e permaneça ativo por mais tempo, provocando como consequência prolongamento da ereção peniana. 
VIP (peptídeo vasoativo intestinal), secretado pelos nervos parassimpáticos eretores, é um potente vasodilatador. 
Os nervos pré-ganglionares, além de receberem informações dos mecanorreceptores penianos, também recebem informações de fibras corticoespinais que medeiam a ativação psicossexual dos mecanismos de ereção, como pode ser observado na tumescência peniana sono-associada (ereção noturna). 
Ativação simpática alfa-adrenérgica é inibidora da ereção devido a sua ação vasoconstritora.
Ejaculação
A secreção alcalina da próstata é liberada para neutralizar a acidez da vagina e da própria uretra do macho. Seguida pela descarga de espermatozoides e pela adição da secreção das vesículas seminais. 
Semenogelinas I e II são responsáveis pela formação de gel do ejaculado, pra que ele capture os espermatozoides. PSA faz a degradação das semenogelinas, o que vai causar a liquidificação do sêmen e liberação progressiva de espermatozoides moveis. 
A ejaculação é disparada pela estimulação tátil dos receptores das glândulas do pênis iniciando impulsos que passam ao longo dos nervos aferentes até o centro integrador na medula espinal lombar, onde se iniciam impulsos que retornam ao longo de fibras eferentes simpáticas. Esta atividade simpática leva a contração da musculatura lisa do epidídimo, vaso deferente e glândulas secretoras, propelindo espermatozóides e secreções glandulares para a uretra. Ao mesmo tempo, o esfíncter interno da uretra contrai-se, evitando que o sêmen penetre na bexiga. Contração dos músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso, devido à atividade reflexa nos nervos motores somáticos, leva então a emissão pulsátil do fluido seminal pela uretra

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