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Aula 2 Histórico da EN

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Aspectos Históricos, teóricos e conceituais
Salvador – Ba
Profa. Regiane A. Campos
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Qualidade de Vida
Alimentação Saudável
Alimentos Funcionais
Temas de grande interesse nos últimos tempos
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Mas afinal, 
o que é Educação Nutricional?
A educação é inerente à vida. 
A educação acontece no cotidiano 
Social ...
...e também
por intermédio de ações de instrução 
e ensino planejadas por pessoas
capacitadas para tal. 
Assim, como não se faz educação musical, artística ou moral em cursinhos de
cinco dias, não há nenhuma fórmula mágica para conseguir que as pessoas passem a comer melhor de um dia para outro. 
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Acontece no cotidiano social e também por intermédio de ações de instrução e ensino planejadas por pessoas capacitadas para tal. 
Deve ser considerada como 
importante ação em prol da promoção da saúde.
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Disciplina que consta no currículo mínimo do curso de nutrição, constitui atividade privativa do nutricionista e faz parte das ações deste profissional em todos os campos de atividade.
Lei Federal 8 234/91 que regulamenta a profissão de nutricionista
Estratégia de ação a ser adotada prioritariamente em saúde pública para conter o avanço da prevalência de doenças crônico-degenerativas.
Livro Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e suas doenças, 1959.
É recomendado reservar lugar de destaque a ações de educação em alimentação e nutrição que alcancem de modo eficaz todos os estratos econômicos da população.
Monteiro et al, 1995.
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No Brasil
Anos 40
Surge como especialidade de interesse acadêmico;
É vista como um dos pilares dos programas governamentais de proteção ao trabalhador;
Perspectiva de ser uma alavanca que determinaria mudanças significativas nas condições de alimentação da população trabalhadora; 
Foi criada a função da “Visitadora de Alimentação”: Educação alimentar em domicílio, na cozinha; 
A iniciativa considerada invasiva pela população, que
 reprovava a intromissão de profissionais de saúde 
no âmbito doméstico.
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No Brasil
Décadas de 50 e 60
A EN ligada sobretudo às campanhas que
 visavam a introdução da soja na alimentação. 
Privilegiava-se o interesse econômico, em detrimento da preferência nacional pelo feijão. 
A educação voltava-se também para a utilização dos produtos obtidos através do convênio com os Estados Unidos (MEC-USAID), por meio do qual eram doados a países pobres do terceiro mundo os excedentes agrícolas.
Objetivos: Garantir estabilidade dos preços no mercado internacional e favorecer o desenvolvimento de mercados externos, compostos por potenciais compradores que se habituariam a certos produtos recebidos inicialmente por intermédio destas doações. 
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No Brasil
Décadas de 50 e 60
 
Críticas a tais iniciativas, levam ao descrédito à Educação Nutricional, por razões de ordem ética e política.
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No Brasil
Décadas de 70 e 80
 
Passa a ser vista como prática domesticadora, repressora , reprovada por todos os que prezassem a liberdade de expressão.
Comer o que se quer, na hora que se
quer e como se quer era uma forma
de exercer o direito à liberdade e
ensinar o que é melhor para a saúde era entendido como censura a esse direito. 
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No Brasil
Década de 90
 
Fatos novos fizeram ressurgir o interesse pelo assunto
Divulgação dos resultados da Pesquisa Nacional Sobre Saúde e Nutrição realizada pelo MS, que apontavam para o expressivo aumento na prevalência de obesidade, principalmente entre mulheres de baixa renda
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No Brasil
Década de 90
 
Fatos novos fizeram ressurgir o interesse pelo assunto
A comparação dos resultados da Pesquisa de Orçamento Familiar, realizada pelo IBGE, com estudos de décadas anteriores, evidenciou incremento importante no consumo de alimentos, especialmente daqueles
mais calóricos e menos nutritivos.
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No Brasil
Década de 90
 
Fatos novos fizeram ressurgir o interesse pelo assunto
No mesmo período, observou-se decréscimo no consumo de frutas, cereais e leguminosas. 
O tradicional arroz e feijão perdia seu prestígio enquanto biscoitos doces, refrigerantes
e embutidos ocupavam terreno nas gôndolas dos supermercados.
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No Brasil
Década de 90
 
A constatação científica do fato de que a alimentação de má qualidade é um fator de risco para várias doenças, fez com que a Educação Nutricional fosse lembrada como medida a ser considerada para reverter a tendência ao crescente consumo de gorduras, açúcar e produtos industrializados que não trariam benefícios à saúde. 
Então, ensinar
a comer 
é necessário?
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Há uma notória demanda por orientação profissional na área de alimentação.
Quem está com a pressão alta e tem excesso de peso...
Quem se vê às voltas 
com níveis
elevados de colesterol...
Quem experimenta uma crise de gota, busca uma orientação sobre como mudar a alimentação...
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Há uma notória demanda por orientação profissional na área de alimentação.
Escolas começam a contratar nutricionistas
para oferecer merendas
de melhor qualidade
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Há uma notória demanda por orientação profissional na área de alimentação.
Serviços de alimentação de empresas a preocupar-se em atender às expectativas dos usuários no sentido de oferecer alternativas alimentares
mais saudáveis
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Há uma notória demanda por orientação profissional na área de alimentação.
Serviços de saúde que contam com nutricionistas são muito procurados, porque há uma percepção de que é preciso reeducar-se para tornar a alimentação mais saudável. 
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 Alimentação mais saudável não é mais visto como imposição, mas como uma chance de ganhar mais vida com qualidade, pondo em prática alguns conhecimentos gerados pela ciência da nutrição, devidamente trabalhados por quem sabe que o fenômeno da alimentação não é apenas biológico. 
A Educação Alimentar e Nutricional no Século XXI
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A Educação Alimentar e Nutricional no Século XXI
Não comemos nutrientes, mas alimentos e o significado deles na esfera afetiva, psicológica e nas relações sociais não podem jamais ser desconsiderados pela Educação Nutricional.
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A Educação Alimentar e Nutricional no Século XXI
Educar no campo da nutrição implica em criar novos sentidos e significados para o ato de comer. 
Foi-se o tempo em que se puxava da gaveta dietas prontas de 1200kcal que proibiam o consumo de tudo que não fosse arroz, bife grelhado e salada.
Educar, no âmbito da alimentação, implica em conhecer profundamente o que é alimentação.
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A Educação Alimentar e Nutricional no Século XXI
Educar em nutrição é tarefa complexa
que pode ser pensada pelo paradigma
da complexidade. Além da
busca por um certo conhecimento
necessário à tomada de decisões
que afetam saúde, cabe analisar as
atitudes e condutas relativas ao
universo da alimentação. Atitudes
são formadas por conhecimentos,
crenças, valores e predisposições
pessoais e sua modificação demanda
reflexão, tempo e orientação
competente.
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A Educação Alimentar e Nutricional no Século XXI
A Segurança Alimentar como meta de governo trouxe a esta temática novos desafios.
 À Educação Nutricional compete desenvolver estratégias sistematizadas para impulsionar a cultura e a valorização da alimentação, concebidas no reconhecimento da necessidade de respeitar, mas também modificar crenças, valores, atitudes, representações, práticas e relações sociais que se estabelecem em torno da alimentação.
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A Educação Alimentar e Nutricional no Século XXI
Visa-se
o acesso econômico e social a uma alimentação quantitativa e qualitativamente
adequada, que atenda
aos objetivos de saúde, prazer, convívio social.
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A Educação Alimentar e Nutricional no Século XXI
A alimentação de cada cidadão, de cada ser humano, não pode ser descolada da sociedade que a determina e por isso o ensino da nutrição não pode ser visto apenas do ponto de vista biológico, separadamente desse fenômeno rico e instigante
que é a alimentação humana situada no âmbito da ecologia e da cultura. 
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A Educação Alimentar e Nutricional no Século XXI
O desafio que se apresenta hoje à Educação Nutricional é o de aproximar esses múltiplos componentes com a finalidade de promover a saúde e a qualidade de
vida por intermédio da ampliação da compreensão sobre a multidimensionalidade da alimentação humana, cujo estudo encontra espaço nas ciências biológicas, humanas, econômicas, tecnológicas, nas artes e na literatura.
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Referências
1. Boog, Maria Cristina Faber. Educação Nutricional: Passado, presente, futuro. R. Nutr. PUCCAMP, Campinas, 10(1): 5-19, jan./jun., 1997.
2. ________________________. Educação Nutricional: Por que e para quê? Universidade Estadual de Campinas. 2 a 8 de agosto de 2004.
3. Manço, Angélica de Moraes; Costa, Fátima Neves do Amara. Educação Nutricional: Caminhos possíveis. Alim. Nutr., Araraquara, v. 15, n. 2, p. 145-153, 2004.
4. Rodrigues, Lívia Penna Firme; Roncada, Maria José. Educação nutricional no Brasil: evolução e descrição de proposta metodológica para escolas. Com. Ciências Saúde. 2008;19(4):315-322.

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