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Conceito de tentativa A tentativa é a não consumação de um crime, cuja execução foi iniciada, por circunstâncias alheias à vontade do agente. Elementos da tentativa a) Início da execução; b) A não consumação; c) A interferência de circunstâncias alheias à vontade do agente. OBS: O critério adotado para a tentativa é o lógico-formal: Parte de um enfoque objetivo, diretamente ligado ao tipo. A atividade executiva é típica, portanto, o princípio da execução tem de ser compreendido como o início de uma atividade típica. Formas de tentativa Imperfeita: Interrupção do processo executório. O agente não chega a praticar todos os atos de execução do crime, por circunstâncias alheias à sua vontade. Perfeita ou acabada (Crime falho): O agente pratica todos os atos de execução do crime, mas não o consuma por circunstâncias alheias à sua vontade. Branca ou incruenta: É a tentativa na qual a vítima não é atingida no processo de execução e por conta disso não sofre nenhum ferimento. cruenta: É justamente o contrário da tentativa incruenta. Aqui, a vítima é atingida e sofre lesão. A tentativa cruenta, assim como a branca, pode ser perfeita ou imperfeita. OBS: Quanto mais se aproxima da consumação, menor será a redução de pena (mais próxima de 1/3) Não admitem tentativa Culposas: Salvo culpa imprópria; Preterdolosas: Latrocínio tentado, por exemplo; Contravenções penais; Crimes omissivos próprios (de mera conduta); Crimes habituais: Ou há habitualidade e o delito se consuma, ou não há e inexiste o crime; Crimes que a lei só pune se ocorrer o resultado. Teorias da Tentativa a) Subjetiva: A tentativa deve ser punida da mesma forma que o crime consumado, pois o que vale é a intenção do agente; b) Objetiva (ou realística): A tentativa deve ser punida de forma mais branda que o crime consumado, pois objetivamente produziu um mal menor. Teoria adotada: A objetiva. Não se pune a intenção, mas o efetivo percurso objetivo do inter criminis. Critério da redução de pena na tentativa A pena do crime tentado será a do consumado, diminuída de 1/3 a 2/3. Quanto mais próximo o agente chegar da consumação, menor será a redução. Por isso, na tentativa branca a redução será sempre maior do que naquela em que a vítima sofre ferimentos graves. Essa decisão ocorreu de forma jurisprudencial. Culpabilidade: é quando pode-se responsabilizar penalmente alguém quando a pessoa pratica um ato que a torna culpável . - Para que haja a culpabilidade o individuo deve ser : *Imputável, que é a capacidade mental de entender o que esta fazendo (imputabilidade). *Exigibilidade de conduta diversa , que é a possibilidade de agir conforme a lei . *Potencial conhecimento da ilicitude ,onde o individuo tem consciência do crime que ele pratica Quando o individuo não tem capacidade mental de entender o que esta fazendo é um caso de inimputabilidade, nesse caso se o individuo não tem consciência do crime que esta praticando , ele não tem capacidade de praticar um crime NÃO HAVERA CRIME . CASOS DE INIPUTABILIDADE: São consideradas pessoas inimputáveis esta no art. 26C.P , para ele ser inimputável não basta obter a doença mental ,o individuo no momento da ação deve estar incapacitado de entender o caráter do fato. *Menoridade: O menor de idade é considerado inteiramente incapaz de entender o caráter do fato art 27 *Emoção e Paixão: São fatos que não excluem a imputabilidade, mas causam a redução da pena. Embriaguez é a ingestão de uma substancia que perturba a sua consciência, onde se denomina por 5 tipos . -Voluntaria: quando o individuo se embriaga por vontade própria nesse tipo de embriaguez o individuo é imputável. -Culposa: é quando o individuo não quer se embriagar, mas por negligencia ou imprudência ele se embriaga nesse tipo de embriaguez o individuo é imputável. -Pré-ordenada: quando o individuo se embriaga para ter coragem de praticar um crime, neste caso a embriaguez não exclui a imputabilidade e também não aumenta a pena. -Involuntária ou acidental: uma embriaguez que vem de um caso fortuito ou uma causa maior , quando a embriaguez ocorre involuntariamente e por acidente , neste caso a embriaguez torna o individuo inimputável. -Patológica: é uma doença , quando o individuo é alcoólatra , ou viciado em droga , se no tempo da ação essa pessoa for inteiramente incapaz ela será inimputável . Crime omissiva própria: quando a omissão do agente vem do que esta previsto no tipo penal , todos os crimes de omissão são crimes de mera conduta , ou seja não precisa de resultado basta o crime não ser praticado. Crime omissiva impropria (conduta comissiva por omissão ): quando se pratica um crime por ação mas com omissão , só pratica essa conduta o ser humano que tem o dever de agir os denominados garantidores, quando é necessário que o agente possua um dever de agir para evitar o resultado . O GARANTIDOR TEM A OBRIGAÇÃO DE AGIR . GARANTIDOR: adquiri por lei a obrigação de cuidar , proteger e dar segurança ,ou quando você assume a responsabilidade , que é garantidor sempre ira responder pelo resultado e não pela conduta . Crime doloso: quando o sujeito age com vontade de praticar uma conduta , para alcançar um resultado , e tem consciência do que esta fazendo ,ou seja quando há uma vontade livre e consciente dirigida a conduta prevista no tipo penal . Dolo indireto: quando o agente não quer diretamente praticar a infração penal mas não deixa de agir e com isso assume o risco de produzir o resultado que por ele já havia sido previsto e aceito. Dolo direto : quando o agente quer efetivamente praticar a conduta descrita no tipo penal. Crime culposo: é uma conduta praticada por falta de cuidado , quando o sujeito age com inobservância de dever cuidado com resultado lesivo com tipicidade . Modalidades da culpa : imprudência negligencia e imperícia . Culpa inconsciente: quando o resultado é previsível ao homem médio , mas o agente não prevê o resultado. Culpa consciente: quando o sujeito prevê o resultado mas acredita que pode evitar o delito. 1Dolo direto 2Dolo eventual 3Culpa consciente 4Culpa inconsciente 5fatalidade Quer o resultado? 1 Sim 2 Não 3 Não 4 Não 5 Não Prevê o resultado? 1 Sim 2 Sim 3 Sim 4Não mas o homem médio prevê 5 Não é imprevisível. Assume o risco? 1 Sim 2Sim 3Não ele acredita q pode evitar. 4 Não 5 Não São denominados EXCLUSÃO DA ILICITUDE : Estado de necessidade: Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se" Legitima defesa: Isso implica dizer que quem age em legítima defesa não comete crime. Não confunda: não é a mesma coisa que dizer que o crime existe, mas não existe pena. Simplesmente não houve crime e, portanto, não há que se falar em pena. Exercício regular de direito: compreende ações do cidadão comum autorizadas pela existência de direito definido em lei e condicionadas a regularidade do exercício desse direito. Estrito cumprimento do dever legal: Os agentes públicos, no desempenho de suas atividades, não raras vezes, devem agir interferindo na esfera privada dos cidadãos, exatamente para assegurar o cumprimento da lei. Essa intervenção redunda em agressão a bens jurídicos como a liberdade, a integridade física ou a própria vida. “Dentro de limites aceitáveis, tal intervenção é justificada pelo estrito cumprimento de um dever legal”.
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