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Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Parte 3 – Características básicas de antenas 1 Prof. Cláudio Garcia Batista Departamento das Engenharias de Telecomunicações e Mecatrônica (DETEM) Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) Campus Alto Paraopeba - Ouro Branco/MG Antenas - Prof. Cláudio Garcia Parte 3 – Características básicas de antenas • Introdução • Vetor de Poynting e Densidade de potência • Diretividade e Diagrama de radiação • Impedância de entrada • Eficiência 2 • Eficiência • Ganho • Faixa de operação ou Largura de Banda • Polarização • Área efetiva • Fórmula de Friis • Fator de perda por polarização Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas : introdução • Grande parte das características elétricas de uma antena podem ser obtidas pelo campo eletromagnético radiado. Como vimos até o momento, o campo depende da distribuição de correntes e dimensões elétricas (dimensões relativas ao comprimento de onda λ) da antena. • Pode-se mostrar através do Teorema da Reciprocidade (seção 3.8 do Balanis [1]) que tais características são as mesmas tanto no modo de transmissão como de recepção da antena. Na maioria dos casos, vamos analisar antenas transmitindo. 3 • Vários parâmetros de antenas são definidos na região de campo distante, ou seja, numa distância suficientemente afastada da antena. Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Podemos definir três regiões ao redor de uma antena de acordo com as suas características de irradiação: • Região de campo próximo: região mais próxima à antena onde predominam campos com energia reativa. Pode ser delimitada por uma raio R1 tal que: λ31 62,0 DR ≤ Características básicas : introdução onde D é a maior dimensão da antena. 4 • Região de campo próximo radiante (região de Fresnel): região intermediária onde predominam campos radiantes com energia ativa, mas com distribuição espacial dependente da distância da antena. Pode ser delimitada por uma raio R2 tal que: λ 2 21 2D RR ≤≤ onde D é a maior dimensão da antena. Antenas - Prof. Cláudio Garcia λ 22D R > Características básicas : introdução • Região de campo distante (região de Fraunhofer): região onde predominam campos radiantes com energia ativa e com distribuição espacial essencialmente independente da distância da antena. As componentes de campo são transversais (ortogonais entre si) e não existe componente de campo na direção de propagação => onda TEM (transversa eletromagnética). Definida então por: 5Referência [1] Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Na transmissão/recepção de sinais sem fio, é importante analisar a quantidade de energia e potência da onda eletromagnética. • O vetor de Poynting indica a densidade de potência média e a direção de propagação da onda, dado por: Características básicas : vetor de Poynting e potência * 2 1 HES rrr ×= [W/m2] 6 2 HES ×= Considerando valores de pico dos campos harmônicos. Para valor rms, retira-se a constante 1/2. • Observe que o vetor de Poynting é complexo: a parte real representa a energia ativa propagante. A parte imaginária é a energia reativa armazenada pelos campos. Na região de campo distante predomina a energia ativa (parte real). Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Para campo distante, temos a relação: ErH rr ×≈ ˆ 1 η 1 2rr • onde é a direção de propagação (onda esférica). • Logo, podemos escrever: rˆ Características básicas : vetor de Poynting e potência 7 rES ˆ 2 1 2rr η = 22* 2 φθ EEEEE +=•= rrr • e observe que nesse caso (campo distante): Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A densidade de potência média radiada Wrad é dada por: 2 2 1 ESWrad rr η == • Para obter a potência Prad radiada pela antena, deve-se integrar a densidade de potência sobre uma superfície esférica fechada na região de Características básicas : vetor de Poynting e potência [W/m2] 8 campo distante: ∫∫ ∫∫∫∫ = = •= S rad S rad S rad dsEP dsWsdSP 2 2 1 Re r rr η φθθ ddsenrds 2= Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas : vetor de Poynting e potência [W]∫ ∫= π π φθθ η 2 0 2 0 2 2 1 ddsenrEPrad r • Logo: • Observe que como o campo elétrico é proporcional a 1/r, a potência radiada pela antena não depende da distância (considerando região de 9 radiada pela antena não depende da distância (considerando região de campo distante). Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Define-se um radiador isotrópico como uma fonte que irradia igualmente em todas as direções. É uma fonte idealizada que pode ser utilizada como referência para as demais antenas. • Assim, sua densidade de potência W0(r) depende apenas da distância até a antena. A potência radiada é dada por: Características básicas : vetor de Poynting e potência 2 2 0 )( ddsenrrWPrad φθθ π π = ∫ ∫ 10 0 2 0 2 0 0 0 0 4 2 )( WrP dsenrWP ddsenrrWP rad rad rad π θθπ φθθ π = = = ∫ ∫ ∫ Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas : vetor de Poynting e potência • A densidade de potência de uma antena isotrópica é então dada por: i rad W r P W == 20 4π • veja que W0 também é conhecida como Wi, e decai com o quadrado da distância. • Chamamos de intensidade de radiação U a potência radiada pela antena [W/m2] 11 • Chamamos de intensidade de radiação U a potência radiada pela antena por unidade de ângulo sólido: 2rWU rad= [W/sr] • Logo: ∫ ∫= π π φθθ 2 0 0 ddsenUPrad Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas : vetor de Poynting e potência • A unidade de ângulo sólido é esferoradiano ou “sterradiano” (sr): 12 • Definido como o ângulo sólido com vértice no centro da esfera de raio r que determina uma superfície esférica com área equivalente a um quadrado de lado r. • Sua variação é de 0 a 4π sr. Referência [1] Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: diretividade • A diretividade de uma antena é definida pela razão entre sua densidade de potência Wrad e a de uma antena isotrópica Wi, irradiando a mesma potência Prad: ( ) ( ) rad rad i rad P W r W W D φθ π φθ φθ , 4 , ),( 2== 13 • Observe que a diretividade depende da direção de observação . Na prática, quando tal direção é omitida, utiliza-se a máxima diretividade D0. • A diretividade é adimensional, pois é uma grandeza relativa. Note que a diretividade da antena isotrópica é igual a 1 em todas as direções. • Na prática, também utiliza-se a diretividade em decibel (chamamos de dBi): ),( φθ )log(10 DDdBi = [dBi] Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: diagrama de radiação • A representação gráfica da diretividade ou do ganho (veremos a seguir) é chamado de Diagrama de Radiação da antena. • Para alguns autores, diagrama de radiação é um termo mais genérico que pode incluir densidade de potência, intensidade de campo, polarização, etc. • Pode-se classificar antenas de acordo com seu padrão de radiação como: • Antena Isotrópica: irradia igualmente em todas as direções e não possui perdas (eficiência igual a 100%). Possui diretividade igual a 1. 14 possui perdas (eficiência igual a 100%). Possui diretividade igual a 1. É uma antena teórica. Z X Y Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Antena Direcional (diretiva): possui maior intensidade de radiação em determinadas direções. Características básicas: diagrama de radiação 15 Referência [1] Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Antena Omnidirecional: possui um padrão não direcional em um plano e um padrão direcional em qualquer outro plano ortogonal.Usualmente possui uma simetria em relação a um plano ou eixo. Características básicas: diagrama de radiação 16 Referência [1] Dipolo infinitesimal => Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Os diagramas tridimensionais indicam a distribuição espacial de irradiação de forma completa, porém na prática utiliza-se cortes transversais obtendo planos bidimensionais. • Posicionando a antena alinhada com o eixo +z, obtemos o diagrama vertical (ou plano vertical): mantém-se constante (normalmente igual a 0) e varia-se ; ou o diagrama horizontal (ou plano horizontal): mantém- se constante (normalmente igual a 900) e varia-se . Características básicas: diagrama de radiação θ φθ φ Ex.: Dipolo de meia onda 17 Diagrama tridimensional Diagrama vertical Diagrama horizontal Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Em aplicações práticas de Engenharia de Telecomunicações, definimos o apontamento ou direção da antena pelo ângulo de elevação (EL) e ângulo de azimute (AZ): • AZ: normalmente a referência 0o é o eixo NS da Terra, utilizando o norte verdadeiro. • EL: normalmente a referência 0o é o plano local (superfície) da Terra. Características básicas: diagrama de radiação Z EL 18 X Y EL AZ • Observe que é comum referir-se ao diagrama vertical como diagrama (ou plano) de elevação e o diagrama horizontal como diagrama (ou plano) de azimute. Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Pode-se utilizar diferentes representações do diagrama: Características básicas: diagrama de radiação Tridimensional Retangular 19 Tridimensional Retangular (bidimensional) Polar (bidimensional) Referência [1] Antenas - Prof. Cláudio Garcia • O diagrama também fornece parâmetros importantes: Características básicas: diagrama de radiação � Largura de meia potência (HPBW: half-power beamwidth ) � Largura de feixe (HPBW: first null beamwidth ) � Lóbulo principal e secundários 20 Lóbulo principal Lóbulos secundários - 3 dB Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: diagrama de radiação 21 Antenas - Prof. Cláudio Garcia Exemplo 03 Características básicas 22 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A impedância de entrada (Zin) de uma antena é definida como a razão entre a tensão e a corrente entre seus terminais de entrada, ou a razão entre os apropriados campos elétrico e magnético num determinado ponto. • A impedância é útil para a análise de potência e eficiência da antena. Características básicas: impedância de entrada ininin jXRZ += 23 Referência [1] inZ =inR =inX Reatância de entrada Resistência de entrada • e: Lrin RRR += =rR Resistência de radiação =LR Resistência de perdas Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Podemos utilizar um circuito equivalente (antena no modo transmissão): Características básicas: impedância de entrada Impedância do gerador: ggg jXRZ += Tensão do gerador (fonte): gV (valor de pico) gV 24 )()( inggLr g ing g g XXjRRR V ZZ V I ++++ = + = • Observe que a corrente é dada por: antenagerador gI inX Referência [1] USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia • e seu módulo: Características básicas: impedância de entrada 2 IR • A potência radiada pela antena é dada por: 22 )()( inggLr g ing g g XXRRR V ZZ V I ++++ = + = 25 2 gr rad IR P = • Logo: 2 2 2 1 ing gr rad ZZ VR P + = Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: impedância de entrada • A potência total fornecida pelo gerador Ps é: * 2 1 ggs IVP = • e a potência Pt do gerador disponível para alimentar a antena é Ps menos a potência dissipada no resistor Rg do gerador: 2 26 22 1 2 * gg gggst IR IVPPP −=−= ~ Pt PradPs Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A máxima potência entregue para a antena ocorre quando é conjugado de : Características básicas: impedância de entrada * gin ZZ = • Neste caso: inZ gZ gin gin XX RR −= = VV 27 ( )2 2 8 Lr rg rad RR RV P + = ( ) g g Lr g g R V RR V I 22 = + = • Logo: Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: impedância de entrada • e a potência total fornecida pelo gerador Ps é: g g ggs R V IVP 1 42 1 2 * == • Se a antena não apresentar perdas (RL=0), a potência radiada pela antena é metade da potência Ps fornecida pelo gerador. A outra metade é dissipada na resistência interna R do gerador. 28 dissipada na resistência interna Rg do gerador. Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: eficiência • Definimos a eficiência de radiação da antena como a razão:cde rL r cd RR R e + = • veja que se RL=0 → (antena sem perdas).1=cde 29 • veja que se RL=0 → (antena sem perdas).1=cde Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: eficiência • Como a antena é normalmente conectada ao gerador por conectores e linhas de transmissão, ocorrem diversos descasamentos. Parte da energia sofre reflexão e retorna ao gerador. gZ ~ Pt PradPs PLT 0Z inZ Impedância do gerador = =g Z Z 0 Impedância característica da linha de transmissão 30 ~Ps =inZ Impedância de entrada da antena Potência total desenvolvida pelo gerador = = = = rad LT t s P P P P Potência do gerador disponível para o sistema Potência transmitida através da linha de transmissão Potência radiada pela antena Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: eficiência • A eficiência total da antena ou inclui todos os descasamentos e perdas do sistema: 0ete t rad t P P ee == 0 • Observe que pode ser calculada pelas eficiências “locais” de cada elemento do sistema: 31 ~ Pt PradPs PLT elemento do sistema: LT rad t LT t P P P P eee == 21 1e 2e Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: eficiência • Também podemos obter a eficiência total utilizando e a eficiência de reflexão entre antena e linha de transmissão dada por: cde re 2 1 Γ−=re • onde é o coeficiente de reflexão nos terminais de entrada da antena:Γ 0 ZZ ZZ in + − =Γ =0Z Impedância característica 32 0ZZ in + =Γ =0Z da linha de transmissão • logo: rcdt eee = USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: eficiência • O coeficiente de reflexão está relacionado com a taxa de onda estacionária TOE ou VSWR (voltage standing wave ratio): min max V V TOEVSWR == = = min max V V Tensão máxima encontrada na linha de transmissão • onde: Tensão mínima encontrada na linha de transmissão 33 1 1 + − =Γ VSWR VSWR • e é válida a relação: • Observe também que: ( ) ( )2 2 1 4 1 VSWR VSWR er + =Γ−= Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: eficiência • Tanto o VSWR quanto o coeficiente de reflexão indicam o quanto a antena está casada com a linha de transmissão. • Observe que dependem da impedância característica da linha de transmissão. • Para linha e antena totalmente casadas: Γ 110 2 =→Γ−=→=Γ rr ee 34 ( ) ( ) 1 1 4 1 110 2 =→ + =→= =→Γ−=→=Γ rr rr e VSWR VSWR eVSWR ee USER Realce USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia • E a antena pode ser vista como um gerador de impedância interna Zin: Características básicas: impedância de entrada • Para antena no modo recepção: Referência [1] 35 antenacarga inX Referência [1] ininin jXRZ += Lrin RRR += TTT XRZ += Antena Carga Antenas - Prof. Cláudio Garcia Característicasbásicas: impedância de entrada • Para antena no modo recepção: tZ Pr Pinc PLT 0Z in Z ZT Impedância da carga = = = in T Z Z Z 0 Impedância característica da linha de transmissão Impedância de entrada da antena 36 Potência incidente na antena = = = r LT inc P P P Potência transmitida através da linha de transmissão Potência entregue à carga inc r t P P e = • A eficiência total é dada por: USER Realce USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia • O Ganho de uma antena é semelhante à diretividade, mas leva em consideração a eficiência total da antena: Características básicas: ganho ( ) ( )φθφθ ,, DeG t= • ou: ( ) t rad P W rG 24, πφθ = 37 tP • lembre-se que Pt é a potência disponível do gerador para alimentar o sistema/antena. • Outro parâmetro importante em antenas é a Razão Frente-Costas: razão entre o ganho máximo e aquele na direção oposta. No caso de valores em dB, é a diferença entre os ganhos. Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A faixa de operação de uma antena é o intervalo de freqüências no qual as características da antena (diretividade, impedância, eficiência, etc) atendem a determinados requisitos de projeto. • Usualmente, a antena é projetada para operar numa freqüência central Fc e mantém na sua faixa de operação características próximas àquelas obtidas em Fc. • Observe que as características da antena não necessariamente variam em função da freqüência da mesma forma. Características básicas: largura de banda ou faixa de operação 38 em função da freqüência da mesma forma. USER Realce USER Realce USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Exemplo de diagrama de radiação da mesma antena (antena microstrip) para diferentes freqüências: Características básicas: largura de banda ou faixa de operação 39 M. Bugaj and M. Wnuk, "Advancement in Microstrip Antennas with Recent Applications", Cap. 2, INTECH, 2013. Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A polarização de uma antena é a polarização da onda eletromagnética transmitida pela antena observada na região de campo distante. • Caso a direção de observação não seja definida, utiliza-se a direção de máximo ganho da antena. • Na prática, a polarização da antena pode variar de acordo com a direção em relação ao centro da antena. O diagrama de radiação pode possuir diferentes polarizações em diferentes regiões. • A polarização de uma onda eletromagnética é a orientação do campo Características básicas: polarização 40 • A polarização de uma onda eletromagnética é a orientação do campo elétrico observada ao longo da direção de propagação da onda. • O vetor campo elétrico então descreve uma curva traçada pela ponta do vetor. • Classifica-se a polarização de uma onda como linear, circular ou elíptica. Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Onda com polarização elíptica: Características básicas: polarização 41Referência [1] Antenas - Prof. Cláudio Garcia • O campo elétrico de uma onda plana propagando-se na direção +z pode ser escrito como (domínio da freqüência): Características básicas: polarização ( ) jkz yx eyExEE −+= ˆˆ 00 r xj xx eAE φ 00 = yj yy eAE φ 00 = amplitude • onde: 42 amplitude fase • No domínio do tempo: ( )[ ]ωjjkzyx eeyExEt −+= ˆˆReal)( 00Ε r ( )xx kztAt φω +−= cos)( 0xΕ r ( ) yy kztAt φω +−= cos)( 0yΕ r • e as componentes x e y Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Polarização linear: o vetor que descreve o campo elétrico está sempre variando a posição (ao longo do tempo) numa reta. A diferença de fase entre as duas componentes deve ser tal que: Características básicas: polarização πφφ nyx =− n = 0,1,2,3,... • Polarização circular: o vetor que descreve o campo elétrico está sempre 43 • Polarização circular: o vetor que descreve o campo elétrico está sempre variando a posição (ao longo do tempo) num círculo. As amplitudes das duas componentes devem ser iguais. • A diferença de fase entre as duas componentes deve ser tal que: +− ++ =− 2 2 2 1 2 2 2 1 π π φφ n n yx n = 0,1,2,3,... oyx AA =0 CW (clockwise), sentido horário CCW (counterclockwise), sentido antihorário Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Polarização elíptica: o vetor que descreve o campo elétrico está sempre variando a posição (ao longo do tempo) numa elipse. • Condições: Características básicas: polarização ++ =− π φφ n yx 1 2 2 1 oyx AA ≠0 CW (clockwise), sentido horário 44 +− =− π φφ n yx 2 2 1 n = 0,1,2,3,... CCW (counterclockwise), sentido antihorário • ou: πφφ 2 n yx ≠− n = 0,1,2,3,... CW (clockwise), sentido horário CCW (counterclockwise), sentido antihorário 0>− yx φφ 0<− yx φφ USER Realce USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Polarizações: Características básicas: polarização • No caso da polarização linear, classifica-se em polarização vertical ou 45 • No caso da polarização linear, classifica-se em polarização vertical ou horizontal. A referência é a superfície da Terra. polarização vertical polarização horizontal E H kˆ E H kˆ Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Numa antena com polarização linear, definimos dois planos principais de radiação: • Plano E: plano contendo o vetor campo elétrico E e sua direção máxima de radiação. • Plano H: plano contendo o vetor campo magnético H e sua direção máxima de radiação. Características básicas: polarização 46 Referência [1] USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Observe que: • Antena com polarização vertical: � Diagrama de radiação vertical = plano E � Diagrama de radiação horizontal = plano H Características básicas: polarização • Antena com polarização horizontal: 47 • Antena com polarização horizontal: � Diagrama de radiação vertical = plano H � Diagrama de radiação horizontal = plano E Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A Área Efetiva de uma antena Aef é definida na recepção como: Características básicas: área efetiva ( ) inc r ef W P A =φθ , =rP potência recebida observada nos terminais da antena =incW densidade de potência incidente na antena [m2] 48 • A Área Efetiva é então útil para calcular a potência recebida por uma antena quando a densidade de potência Winc que incide na antena é conhecida. • Pode-se mostrar que: ( ) ),( 4 , 2 φθ π λ φθ DAef = Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Se consideramos as perdas na antena e os descasamentos da linha de transmissão: Características básicas: área efetiva • Se a direção de incidência da onda na antena não for indicada, considera- se a direção de ganho máximo para calcular a área efetiva da antena. ( ) ),( 4 , 2 φθ π λ φθ GAef = 49 se a direção de ganho máximo para calcular a área efetiva da antena. Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A fórmula de Friis relaciona a potência transmitida por uma antena A e a respectiva potência recebida por outra antena B no espaço livre (sem obstáculos) (conforme visto em Propagação). • É válida para condição de campo distante, ou seja, para uma distância d entre as antenas tal que (D é a maior dimensão das antenas). Características básicas: fórmula de Friis λ22Dd > 50 Antena transmissora (TX) Antena receptora (RX) d Pt, Gt Pr, Gr Referência [1] Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Assim: Características básicas: fórmula de Friis 2 4 ),(),( = d GGPP rttr π λ φθφθ =rP potência recebida =),( φθrGganho da antena receptora =tP potência transmitida =),( φθtG ganho da antena receptora 51 = 2 4 dπ λ fator de perda por espaço livre • Veja que todas as unidade são lineares e no sistema MKS (nada em dB, dBi, dBm, etc). Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Na análise de transmissão/recepção no espaço livre, ainda deve-se considerar a natureza vetorial da onda eletromagnética. A polarização da onda incidente nem sempre é a mesma da polarização da antena receptora. • Quanto maior a diferença entre as polarizações, menor a eficiência na recepção → menor a energia recebida. • Para estimar o fator de perda por polarização PLF (polarization loss factor) vamos utilizar o vetor campo elétrico, escrito da seguinte forma: Características básicas: fator de perda por polarização 52 incincinc EE ρˆ= r =incρˆ Vetor unitário do campo elétrico incidente =incE função que define o campo elétrico incidente Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Considerando que a orientação da polarização da antena receptora é dada pelo vetor , o fator de perda de polarização é dado por: Características básicas: fator de perda por polarização 2 *ˆˆ antincPLF ρρ •= antρˆ • De forma genérica, o vetor unitário que indica a orientação do campo elétrico na região de campo distante é dado por: 53 elétrico na região de campo distante é dado por: 22 ˆˆ ˆ φθ φθ φθρ EE EE E E E + + == v r Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Assim, completa-se a fórmula de Friis inserindo PLF: Características básicas: fator de perda por polarização PLF d GGPP rttr 2 4 ),(),( = π λ φθφθ • Observe que: )cos(ˆˆ * ψρρ =• 2 *ˆˆPLF ρρ •= 54 )cos(ˆˆ * ρψρρ =• antinc =ρψ ângulo relativo entre as duas polarizações 0 2 10 =→= =→= PLF PLF π ψ ψ ρ ρ *ˆˆ antincPLF ρρ •= Sem perda por diferença de polarização 100% de perda por diferença de polarização Antenas - Prof. Cláudio Garcia Características básicas: fator de perda por polarização 55 Referência [1] Antenas - Prof. Cláudio Garcia Exemplo 04 Características básicas 56 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • REFERÊNCIAS [1] C. A. Balanis, “Antenna theory: analysis and design”, 2ed, John Wiley & Sons, 2005, Capítulo 2. Referências 57
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