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Responsável pela elaboração: Cristina do C. Pereira, Elizineia Nink, Isabella Beatriz, Natalia Liz, Stefani Garcia, welliton Medeiros Responsável pela aprovação: Sheila C. de Lima Soares Data da 1ª Versão: Título: Prevenção de Quedas em Paciente Hospitalizado. Responsável pela revisão: Enfermeiro chefe da FSP Número do Documento: POP: Data da Atualização: Anual FINALIDADE: A implementação do protocolo de prevenção de queda do Mistério da Saúde e a escala de Morse em instituição de saúde tem reduzido os riscos e danos em pacientes hospitalizados, que se enquadram nos fatores de riscos. OBJETIVOS 2.1 GERAL Prevenir a queda em pacientes durante sua permanência em ambiente hospitalar. 2.2 ESPECÍFICOS Avaliar os pacientes no momento da admissão (pacientes internados, pacientes no serviço de emergência e pacientes externos), o risco de queda de acordo com o protocolo institucionalizado baseado na escala de Morse, descrita no titulo 6 deste documento. Identificar os pacientes em risco de queda com pulseiras de cor amarela conforme protocolo. Orientar pacientes e familiares sobre as medidas preventivas individuais. Colocar sinalização visual para identificação de risco de queda, a fim de alertar toda equipe de cuidado. Programar e implementar medidas específicas à prevenção de queda e reavaliar o risco diariamente, e também sempre que houver transferências de setor, mudança do quadro clínico, episódio de queda durante a internação; ajustando as medidas preventivas implantadas. CAMPO DE APLICAÇÃO Todo setor de permanência paciente. DEFINIÇÃO Segundo protocolo do Ministério da Saúde segurança do paciente, a hospitalização aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram em ambientes que não lhes são familiares, muitas vezes são portadores de doenças que predispõem à queda (demência e osteoporose) e muitos dos procedimentos terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, que podem aumentar o risco de queda. Por esta razão, tal incidente no ambiente hospitalar tem sido motivo de preocupação para os profissionais de saúde e administradores, pois elas compõem uma das maiores categorias de eventos adversos em pacientes hospitalizados. Estudos indicam que a taxa de queda de pacientes em hospitais de países desenvolvidos variou entre 3 a 5 quedas por 1.000 pacientes-dia. As quedas de pacientes contribuíram e aumentou o tempo de permanência hospitalar e os custos assistenciais, gerando ansiedade na equipe de saúde, além de produzir repercussões de na credibilidade da instituição e ordem legal. As quedas de pacientes produzem danos em 30% a 50% dos casos, sendo que 6% a 44% desses pacientes sofrem danos de natureza grave, como fraturas, hematomas subdurais e sangramentos, que podem levar ao óbito. A queda pode gerar impacto negativo sobre a mobilidade dos pacientes, além de ansiedade, depressão e medo de cair de novo, o que acaba por aumentar o risco de nova queda. A avaliação e identificação do risco de queda devem ser feita no momento da admissão do paciente, onde o enfermeiro ira identificar os pacientes que encaixam no grupo de risco citados abaixo: Fatores de risco para queda - Demográfico: crianças < 5anos e idosos > 65 anos. - Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade. Condições de saúde e presença de doenças crônicas (acidente vascular cerebral prévio; tontura; convulsão; entre outros). - Funcionalidade: fraqueza muscular/articulares; amputação de membros inferiores; e entre outros. - Comprometimento sensorial: visão; audição; ou tato. - Equilíbrio corporal: marcha alterada. - Uso de medicamentos: Antiarrítmicos; anti-histamínicos; antipsicóticos e entre outros. - Obesidade severa. - História prévia de queda. Paciente com alto risco de queda - Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem ajuda de terceiros, mas possui pelo menos um fator de risco. - Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades, com ou sem a presença de algum fator de risco. Anda com auxílio (de pessoa ou de dispositivo) ou se locomove em cadeira de rodas. - Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização de exames ou transferência, com ou sem a presença de fatores risco. Paciente com baixo risco de queda - Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de terceiros, com ou sem fatores de risco. - Indivíduo independente e sem nenhum fator de risco. DETALHAMENTO Condutas - profissionais de saúde: Após admissão e identificação do paciente com pulseira de risco de queda (amarela), o enfermeiro deverá realizar as orientações ao paciente e familiar. Instruir quanto: - o risco de queda, - a importância da presença de um acompanhante, - a necessidade de solicitação da enfermagem para sua locomoção e mobilização e reavaliar compreensão periodicamente e da não remoção da pulseira. - a utilizar a campainha se precisar de ajuda; - a utilização de acessórios e calçados adequados (que não deslizem), para impedir quedas. E entregar ao paciente/acompanhante o impresso da Diretoria de Enfermagem: “Orientações, sobre queda aos pacientes e acompanhantes” (obs- esse impresso deve ser assinado pela pessoa que recebeu as informações, e o profissional que fez as orientações, sendo uma via entregue ao paciente/familiar e outra ficará no prontuário), e realizar prescrição de enfermagem com as medidas profiláticas e implementá-las; Os pacientes em risco para queda devem ter o monitoramento feito de forma intensiva e agilidade no atendimento às campainhas (atender prontamente), como medidas preventivas. Manter paciente em uma cama na posição baixa (se possível), com rodas travadas e grades de proteção elevadas, se necessário, utilizar protetores entre o vão das grades; Comunicar à equipe multiprofissional sobre o risco de queda; Manter a campainha, objetos pessoais ao alcance do paciente e as mobília esteja firme o suficiente para que o paciente possa usá-la para se apoiar ao querer se levantar ou andar; Manter o quarto e corredores livre de obstáculos como equipamentos desnecessários ou mesmo suporte de soro, biombos, entre outros equipamentos de uso hospitalar, certificando-se de que todas as passagens a portas estão desobstruídas; Intensificar a atenção a pacientes que estão em uso de sedativo e hipnótico, tranqüilizante, diurético, antihipertensivo, anti-parkinsonianos. E em pacientes confusos e agitados, em acordo com equipe médica, medicar e/ou conter no leito (a contenção somente deverá ser realizada quando todas as intervenções tiverem sido ineficazes e o paciente estiver em condição de ser um risco para si mesmo); Não deixar o paciente sozinho no banheiro ou durante o banho e durante o período noturno manter acesa a luz do banheiro; Os pacientes que apresentarem dificuldade de marcha ou déficit sensitivo ou motor devem ser auxiliados na deambulação e quando necessário o uso de cadeira de roda e garantir a segurança (por exemplo, deixar os freios travados); Orientar a equipe de higienização para manter o piso seco; Utilizar cintos de segurança nas mesas do Centro Cirúrgico e notificar os Serviços de Diagnósticos ou Centro Cirúrgico quanto ao risco de queda, e não deixar paciente desacompanhado; Orientações ao paciente e acompanhante; Em lactentes ou crianças, instruir o cuidador quanto: - nunca deixar o lactente em uma superfície elevada e desprotegida (ex: berço e cama sem a grade elevada, trocador ou divã sem acompanhante); - evitar o uso de cadeira alta até que a criança possa sentar-se bem com apoio; - nunca dormir com a criança no colo. - conter a criança na cadeirinha de segurança e nunca a deixar sem auxílio enquanto o assento estiver descansando sobre uma superfície elevada; - calçar o lactente e a criança com sapatos e roupas seguras (laços de sapato apertados, calças cuja bainha não toquem o chão). DISPOSIÇÕES GERAIS Solicitar a equipe responsável à implementação de corrimão em corredores,escadas e banheiros. Escada e corredores com fita de sinalização e antiderrapante. Placa de sinalização para corredores e pisos escorregadios. Escala de Queda Morse (Morse Fall Scale), foi publicada por Morse em 1989 e é composta por seis critérios para a avaliação do risco de quedas: History of Falling, Secondary Diagnosis, Ambulatory Aid, Intravenosys Theraphy/Heparin lock, Gait end Mental Status. Cada critério avaliado recebe uma pontuação que varia de zero a 30 pontos, totalizando um escore de risco, cuja classificação é a seguinte: Risco baixo: de 0 – 24; Risco médio: de 25 – 44 e Risco alto: ≥45. Recentemente a escala Morse Fall Scale foi traduzida e adaptada para a língua portuguesa. OCORRÊNCIA DE QUEDA EM PERIODO HOSPITALIZADO Em caso de ocorrência de queda, o paciente deve ser encaminhado ao leito, avaliado e feito exame físico pelo enfermeiro de plantão; Concomitantemente, comunicar ao médico responsável pelo paciente e, de acordo com a gravidade solicitar avaliação imediata. De acordo com avaliação médica, exame físico e neurológico, pode ser solicitado em caráter de urgência exames diagnósticos como Raio X ou tomografias. Esses exames poderão contribuir no sentido de identificar alguma lesão e propor o tratamento, ou mesmo descartar qualquer lesão decorrente da queda. Deve ser instituído medidas de acompanhamento do paciente, após a queda, que variam de reavaliar periodicamente o nível de consciência, à cuidados intensivos, de acordo com a gravidade do ocorrido, e da avaliação médica. Os profissionais de enfermagem devem registrar diariamente as condições clínicas e neurológicas do paciente, orientações fornecidas, bem como as medidas implementadas para a prevenção da queda; Quando é preenchido o formulário manual, o mesmo deve ser encaminhado para a Diretoria de Enfermagem. Deve-se registrar no espaço referente a dia/hora da evolução/anotação a ocorrência da queda com as circunstâncias em que ocorreu, conduta de enfermagem e médica; No Relato de Queda, deverá constar as seguintes informações: Período do dia em que ocorreu o evento; Local da queda; Ações preventivas pré-queda; Risco de queda, identificado no dia da ocorrência; Fatores que predispõem ao risco; Medicações em uso; Se o paciente estava sozinho ou com acompanhante; Relato objetivo da queda testemunhada ou como o paciente foi encontrado caso a queda não tenha sido presenciada; Avaliação de Enfermagem; Registro das lesões ou relato do paciente; Morbidade presente; Conduta médica; Consequências/ complicações decorrente da queda. Notificação da família do paciente, se houver indicação; Orientações dadas ao paciente e sua família/cuidador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Acreditação: a busca pela qualidade nos serviços de saúde. Rev. Saúde Pública. 2004; 38(2): 335-6. Acesso 07/2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v38n2/19800.pdf. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Segurança do Paciente: protocolo de prevenção de quedas. PROQUALIS. Maio de 2013. Acesso 07/2014. Disponível em http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Mai/06/protocolos_CP_n6_2013.pdf. Artículo: Morse Fall Scale: tradução e adaptação transcultural para a língua portuguesa Revista: Revista da Escola de Enfermagem da USP 2013 47(3) Esse protocolo entrará em vigor a partir do mês de janeiro de 2019. ELABORADO POR: APROVADO POR: REVISADO POR: DATA: 02/05/2017 DATA: _____/_____/______ DATA____/_____/_________
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