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Afeccoes das vias aereas

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Afecções das Vias Aéreas								23.08.17
Síndrome Braquicefalica
Diferente do que achamos, a braquicefalia não quer dizer “focinho achatado” e sim tem relação com a largura e comprimento da cabeça (cabeça larga e pequena). Exemplos: Sao Bernardo, Terra Nova, Beagle.
Tríade:
Congênito:
Estenose de narinas
Prolongamento do Palato mole
Adquirido: 
Eversão de sáculos laríngeos
Podem estar associados ou não.
Patofisiologia:
Deformidade congênita: aumento da resistência ao fluxo inspiratório, em associação a outras deformidades gera ESL (colapso de laringe grau I)
O cão faz estenose de narina, faz um esforço respiratório para compensar a dificuldade da passagem de ar. Nesses cães a cavidade nasal (cornetos, ossos turbinados, vômer) é deformada e dificulta a passagem do ar. 
O Palato mole e laringe trabalham juntos. Se o palato estiver normal, o ar vai sem problemas na laringe. Se o palato for prolongado, ele se projeta na laringe, quando o ar passa na laringe o palato vibra dentro da laringe e inflama o tecido, deixando ele edemaciado, “tampando” ainda mais a laringe e diminuindo o local que estaria disponível para o ar, todas essas obstruções das vias aéreas causam aumento da pressão inspiratória, o animal precisa sugar o ar com mais força e com isso ele descola a mucosa que reveste a laringe, essa pressão exagerada suga o epitélio para a luz da laringe, causando a Eversão do sáculo laríngeo, essa pressão exagerada eh causada pelo esforço inspiratório.
Estenose de Narina
Sinais e sintomas:
Ruídos respiratórios (pela dificuldade respiratória, não eh ronco) 
Retração da comissura labial (devido ao esforço respiratórios as bordas vão para trás) 
Movimentos paradoxais do tórax (movimento contrario – na inspiração o tórax não expande, tende a respirar com os músculos abdominais)
Movimentos respiratórios de boca aberta
Posição ortopneica
Ansiedade respiratória (esforço para respirar)
Hipertermia
Diagnostico de estenose de narina:
Olhando a entrada da narina do animal, não precisa estar totalmente feto para ter estenose, pode acontecer de um lado apenas. 
Tratamento:
Correção cirúrgica :
Alaplastia (reconstrução da cartilagem alar) 
Alopexia (incisão da borda pele da cartilagem alar e na borda da cartilagem alar)
Esses procedimentos podem ser feitos nos animais com 3-4 meses
Avisar para o proprietário que o animal fique com mancha branca na narina no lugar da cicatriz.
Prolongamento do Palato Mole
O tamanho de um palato normal vai ate as parte ventral das tonsilas, porem pouco se olha para ele, precisamos olhar mais, para saber diferenciar. O palato prolongado se projeta além da epiglote.
Sinais e sintomas:
Ruídos respiratórios: roncos (desde de filhotes)– geralmente os donos acham que eh normal.
Movimentos respiratórios ou boca aberta
Intolerância ao exercício
Cianose e colapso
Pneumonia por aspiração – acontece porque o palato pode impedir a laringe de se fechar corretamente durante a deglutição, o animal engole e entra alimento na traqueia.
Diagnostico: 
Inspeção do palato, porem o cão precisa estar anestesiado, pois acordado ele não permite a avaliação. Não precisa de Endoscópio. 
Tratamento:
Correção cirúrgica – Estafilectomia 
Eh necessário fazer um tratamento com corticoide 3 semanas antes da cirurgia, para reduzir a região que esta edemaciada. Assim será retirado apenas o q for necessário, se tirar quando tiver edemaciado o risco de tirar mais do que deve eh grande e trará futuras complicações para o animal (falsa via). Melhor tirar menos do que mais.
Cuidado para não abrir demais a boca do animal no momento da cirurgia. Pode ser desconfortável para o animal depois que ele acordar.
Estafilectomia: Pinça o palato e puxa em direção a boca para saber o quanto ele esta comprido, esse procedimento eh feito a laser, que fara a ressecção e hemostasia do palato.
Técnica de “corte e costura”: Pinça o palato e puxa em direção a boca, secciona metade, sutura metade, secciona a outra metade e sutura, essa técnica sangra mais. 
Anatomia da Laringe: 
3 cartilagens = 
Cricóide - não da pra ver pela boca, eh mais interna.
Tireoide - A porção mais a frente e maior eh parte da cartilagem tireoide
Aritenóide - Após, temos as duas porções da aritenóide, as laterais: processo cuneiforme e a porção mais dorsal o processo corniculado. 
Na lateral tem duas membranas que são as cordas vocais.
Eversão de sáculos laríngeos
Chamado também de Colapso de laringe de Grau I
A Eversão do sáculo laríngeo, acontece por qualquer aumento da pressão inspiratória, não acontece só em síndrome braquicefálica. Forma uma bolha na mucosa na porção ventral da laringe. Quando tiver Eversão sempre veremos presente entre as cordas vocais e os processos cuneiformes. 
Diagnostico: Olhando a Laringe, paciente precisa estar anestesiado. 
Tratamento: Pinça torce um pouco (2 voltas para fazer hemostasia) e corta com a tesoura. 
Colapso de laringe de grau II e de grau III
Acontece por obstrução crônica ou obstrução por trauma de vias aéreas. 
Grau II – chamado de Colapso Ariepiglote – a aritenóide se projeta em cima da epiglote – geralmente vemos os processos corniculados e cuneiformes deformados. Nessa situação não da pra reconstruir a cartilagem, pode ser feito abertura do espaço laríngeo, remove parte do processo cuneiforme e da corda vocal e se necessário o saco laríngeo evertido para o ar poder passar. Esse procedimento só pode ser feito de um lado (não pode fazer dos dois) – Esse procedimento eh chamado de Ventriculocordectomia.
Grau III – Processos corniculados se dobram em cima da Laringe, eh incomum a gente observar porque eh uma doença progressiva, e geralmente ele já tem manifestações intensas no grau II, quando chega ao grau III já esta muito grave. Nesse caso, a única opção eh fazer uma traqueostomia permanente. 
Paralisia de laringe 
Incapacidade de abdução dos processos corniculados – a laringe se abre, ela não se fecha. O estado normal dela eh parcialmente fechamento, e quando respiramos ela abre (retrai) para o ar entrar na traqueia. 
Congênitas: Bouvier des Flandes, Bull terrier, Huskies, Rotties, Dalmatas e Pastor Branco
Adquiridas: idiopática ou secundaria a uma doença neurológica (polineuroparia periférica) 
Peculiaridades: 
Cães grandes, machos, 2-4 x mais afetados.
Labradores (muito comum), Alghan, Seter irlandês.
Sinais e sintomas: 
Estridor respiratório, respiração ofegante.
Hipertermia, intolerância a exercícios e engasgos (por fazer falsa via) 
Diagnostico:
Para realizar esse diagnostico, eh indicado o uso de Tiopental (hj em dia eh um medicamento pouco usado, mas eh muito bom nesse caso). Se o anestesista fizer uma indução mais profunda, vamos avaliar a Laringe quando o paciente acordar e ver se a Laringe esta mexendo. A laringe normal abre muito pouco, mas já eh possível ver se esta abrindo ou não. Se não abrir, eh porque esta com paralisia. 
Tratamento: 
Correção cirúrgica: Lateralização Cricoartenoide. Só operamos um lado, eh o suficiente para o animal voltar a respirar normal, se operar os dois lados, a Laringe vai ficar muito aberta e fazer falsa via. 
Colapso de Traqueia
Cães de pequenos portes são mais predispostos, principalmente miniaturas. Ex. Mini Maltes 
Causa desconhecida, porem sabe-se que há uma degeneração dos anéis da traqueia, enfraquecendo os anéis.
Animal normal não tem movimentação da traqueia. Quando ele tem colapso de traqueia, a traqueia se move do estado normal para o estado de colapso. Porem a região cervical funciona de forma diferente da torácica. 
Patofisiologia:
Pode estar associado a colapso de laringe, devido ao aumento da pressão negativa intra-abdominal.
Cães obesos podem apresentar sinais mais graves decorrente da pressão gordurosa externa
A traqueia cervical sofre mais colapso durante a inspiração, enquanto que a traqueia torácica se apresenta colapsada durante a expiração. 
Quando tem colapso – quando o pulmão expande a traqueia cervical colapsa e a intratorácica distende, na expiraçãoo seguimento torácico colapsa e a o cervical distende. 
Essas degeneração promove graus variados de colapso e eh uma doença progressiva:
Grau 1 – ate 25% de achatamento
Grau 2 – ate 50% 
Grau 3 – ate 75%
Grau 4 – 100%
No grau 1 e grau 2 não tem dificuldade respiratória, passa o ar apesar de mudar a área, de Grau 3 para frente já ficando mais alterado e com dificuldade respiratória.
Tosse – reflexo protetor – quando tem colapso ele tosse quando a membrana toca o epitélio da traqueia. 
Sinais Clínicos
Tosse crônica – nem sempre esta ligado ao colapso, eh uma tosse seca, porem pode ter pneumonia junto. A Tosse eh sintoma de outras doenças também, precisamos nos atentar com o uso de antitussígeno, pois pode dificultar o diagnostico. O animal tosse para a traqueia distender, se der antitussígeno de forma continua, estamos tirando o estimulo que ele tem para fazer a traqueia distender. 
Alguns apresentam “tosse de ganso” (reverberação do som na membrana traqueal dorsal)
Dispneia pouco responsiva a medicamentos
Exame Clinico: (Não tem como fazer um exame físico)
Palpação da traqueia causa dispneia severa – CUIDADO, não adianta palpar, pois ate um cão saudável vai tossir ao ter a traqueia palpada. 
Extensão da articulação atlanto-occipital causa agravamento da dispneia devido ao achatamento dorsoventral da traqueia. 
Diagnostico: 
Primeiro descartamos possibilidade: Insuficiência de mitral se for idoso - faz o tratamento, se continuar, podemos suspeitar de bronquite alérgica alergia, faz o tratamento, se a tosse continuar, vamos pensar em colapso de traqueia.
Para confirmar o colapso: Podemos fazer Endoscopia, mas não eh garantido que veremos o colapso, outra opção eh o Raio Raio-X no momento de inspiração e expiração, mas no disparo do Raio-X podemos perder o momento do colapso e não ter a imagem, ou confundir os tipos de Graus. 
A melhor opção para diagnostico eh induzir o colapso no paciente: anestesia o paciente, suga a traqueia, no animal normal, quando criamos uma pressão negativa na traqueia ela não vai colapsar, por ser uma estrutura solida, se ao criar à pressão negativa a traqueia colapsar, eh porque esta com problema, e será possível ver o grau do colapso. Nesse momento fazemos o Raio-X para visualizar o colapso. 
Tratamento
O tratamento clinico, não resolve e perde a eficiência a medida que o colapso se agrava.
Correção cirúrgica:
Plicadura da membrana traqueal dorsal – Grau 1 e 2 , hoje em dia não eh mais feita, porque com o tempo ela vai esticar novamente. 
Prótese externa anular ou espiral – Anel (armadura) sutura na traqueia região dorsal. Eh limitado a região cervical, e muitos colapsos acometem a região torácica. 
Muitos são dentro do tórax, nesse caso eh necessário à colocação de Stente – eh um procedimento caro, e dura ate 4 anos. Pode ser feito uma nova colocação se necessário. 
Ruptura / Perfuração Traumática
Resultado de trauma, rombo ou perfuração. Nem sempre haverá ruptura da pele, ele pode romper a traqueia ao ingerir algo perfurante.
Hiperextensão aguda da cabeça e pescoço
Racas pequenas: mordeduras na região cervical
Patofisiologia
Quando tem perfuração de traqueia (na traqueia tem muco e ar no seu interior), acontece 2 coisas:
1° O ar extravasa para o tecido peritraqueal. Isso causa enfisema subcutâneo, o ar pode passar para dentro do tórax, causando pneumotórax ou pneumomediastino. 
2° O Muco extravasa podendo levar a inflamação, abcesso e fistula, porem geralmente alguma medida eh tomada antes do muco extravasar, eh incomum aparecer nesse estagio. 
Sinais Clínicos
Dispneia – muito mais por dor, do que por dificuldade respiratória. 
Enfisema subcutâneo – achado mais comum
Diagnostico
Exame de eleição – Raio – X simples 
Veremos ar na região do pescoço, e eventualmente dentro do espaço pleural. O ar no subcutâneo eh uma confirmação do enfisema, fecha o diagnostico para perfuração (podendo ser de qualquer tamanho) 
Tratamento
Eh necessário fazer cirurgia, suturar a perfuração. Não cicatriza sozinha sem cirurgia. Para ver o tamanho da perfuração, eh necessário abrir o paciente, se for uma perfuração minúscula, podemos fazer o teste de “borracheiro” colocamos soro na ferida cirurgia, pede para o anestesista tirar um pouco a sonda, na região da laringe e inflar, vai fazer bolhas onde tiver a perfuração. Não se esquecer de procurar perfurações no esôfago, que também pode existir. Mesmo que a perfuração for visível, devemos fazer o teste, pois porque ter mais de uma perfuração. 
Corpo estranho em vias aéreas tem reflexo muito rápido, eh incomum ficar com corpo estranho em vias áreas. Geralmente eliminamos rápido com tosse. Se acontecer pode ser retirado com Endoscopia, porem para o Endoscópio entrar pela traqueia, ele precisa passar pela sonda q esta levando anestésico para o animal, se o animal for muito pequeno, a sonda sera muito fina e não terá como tirar com o endoscópio, e se opta por fazer a cirurgia.

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