Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Alunos: Alexandre Peixoto Santos Teles Francineide das Chagas Gama Gleicy Jullia Gomes Rodrigues Lucas Alves de Castro Marcílio Ferraz dos Santos Marcos Antônio Santos Ferreira Matheus Martins Monteiro Simplicio Milton da Veiga Jardim Júnior Thainara Silveira de Souza Universidade Salgado de Oliveira Curso de Direito Prof.ª: Cristina Dias de Souza Figueira Período/Turma: 3º Período/ N1 Momento, Método ou Processo Sistemático Introdução A interpretação sistemática, analisa normas jurídicas entre si. Pressupondo que o ordenamento é um todo unitário, sem incompatibilidade, permite escolher o significado da norma que seja coerente com o conjunto. Principalmente devem ser evitadas as contradições com normas superiores e com os princípios gerais do direito. O método sistemático impede que as normas jurídicas sejam interpretadas de modo isolado, exigindo que todo o conjunto seja analisado simultaneamente à interpretação de qualquer texto normativo. Assim, não podemos buscar o significado de um artigo, de uma lei ou de um código. Ambos devem ser analisados em sintonia com a Constituição e as demais normas jurídicas. Desenvolvimento O Direito é um sistema de princípios, normas e valores. A interpretação sistemática deve buscar resolver eventuais conflitos entre as normas jurídicas, socorrendo-se da localização que estas normas ocupam junto ao Direito que asseguram. Juarez Freitas, em seu livro “A interpretação sistemática do direito”, (p. 54), define a interpretação sistemática “... como uma operação que consiste em atribuir o melhor significado, dentre várias possíveis, aos princípios, às normas e aos valores jurídicos, hierarquizando-os num todo aberto, fixando-lhes o alcance e superando antinomias, a partir da conformação teleológica, tendo em vista solucionar os casos concretos. A preservação da unidade e coerência do sistema jurídico depende da interpretação sistemática, cuja missão é, em última análise, solucionar as antinomias jurídicas existentes naquele. Juarez Freitas define as antinomias jurídicas como “... incompatibilidades possíveis ou insaturadas, entre as normas, valores ou princípios jurídicos, pertencentes validamente, ao mesmo sistema jurídico, tendo de ser vencidas para apresentação da unidade interna e coerência do sistema e para que se alcance a efetividade de sua teleologia constitucional.” (A interpretação sistemática do direito, p. 62). Permitir a aplicação mais elástica do Direito e a compreensão do direito em sua totalidade, entre outras, são as vantagens apontadas por Juarez Freitas (A interpretação sistemática do direito, p. 55 e 56), neste método de interpretação. Apenas a título de exemplo, sobre a interpretação sistemática das disposições do Código de Defesa do Consumidor, assim se pronunciou o STJ: Processual – Legitimidade – Código de Defesa do Consumidor – Ação Coletiva de Responsabilidade Civil - Conflito Entre Dispositivos da Lei – erro do legislador. A interpretação sistemática dos dispositivos do Código de Defesa do Consumidor, relativos à legitimidade para a ação coletiva de indenização (Art. 81) conduz ao reconhecimento de que as pessoas arroladas no art. 92 também podem exercê-la. No entanto, tal reconhecimento não implica em se negar legitimidade para a ação coletiva, às pessoas relacionadas no art. 81. (1ª T. STJ, RE 0033653, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, julg. Em 25.01.93, RSTJ 54/280). Conclusão Método Sistemático – É aquela interpretação que busca correlacionar todos os dispositivos normativos de uma Constituição, pois só conseguimos elucidar a interpretação a partir do conhecimento do todo. Hans KELSEN tem a visão do sistema jurídico que seria naturalmente uma pirâmide normativa, na qual temos no topo a Constituição, abaixo vêm a legislação, logo abaixo os atos administrativos, e posteriormente os contratos e decisões. Todos esses componentes da pirâmide tem que ser interpretados juntamente com a Constituição, todas as normas jurídicas devem ser lidas e relidas através da Constituição, sendo denominado de FILTREGEM HERMENÊUTICA - para o neoconstitucionalismo. A nossa Constituição Federal de 1988 foi inspirada na Constituição Portuguesa de 1976 – J. J. CANOTILHO.
Compartilhar