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Favorecimento pessoal e o favorecimento real

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6º) Cabe definir sucintamente ambos os crimes. Conforme bem define Mirabete, o crime de favorecimento pessoal disposto no artigo 348 do código Penal, incrimina qualquer conduta que impeça a autoridade de prender ou deter o autor de um crime, sendo indiferente que a ação ocorra logo após o crime ou não”. 
Já o favorecimento real, como ensina Greco, se configura no auxilio (ajudar/ socorrer) ao autor da infração penal, de modo a preservar, a conservar o proveito do crime. É algo como fazer um favor em benefício exclusivamente do autor do delito antecedente.
Portanto, o favorecimento pessoal e o favorecimento real se diferenciam de forma que, enquanto o primeiro consiste em assegurar a fuga, escapatória ou escondimento do autor do crime anterior, o favorecimento real visa garantir o proveito do crime (por amizade ou obséquio) como explica Mirabete.
7º) A conduta descrita não configura o crime do artigo 353. Para se encaixar no crime disposto na lei, a finalidade não deveria ser a de fuga, mas a de maltratar o preso. Logo, o elemento subjetivo deveria consistir no dolo de ofender fisicamente o indivíduo sob custódia, entretanto, o crime já se consuma com o arrebatamento, não sendo necessário que o preso seja agredido.
8º) conforme orienta Fragoso, este crime consiste em trair dever profissional, prejudicando interesse cujo patrocínio em juízo tenha sido confiado ao agente. O prejuízo poderá ser moral ou patrimonial e pode ser praticado por ação ou omissão. 
Para este crime, cabe tentativa, desde que seja na forma comissiva e não cause prejuízo ao interesse do cliente por circunstâncias alheias a vontade do agente.
9º) Quando se tratar da forma comissiva, o momento consumativo ocorre quando o agente deixa de cumprir a ordem legal emanada pelo funcionário público competente; e na forma omissiva quando o agente praticar a ação que deveria se abster.
10º) O dispositivo de que trata o crime é o 345 e visa a tutela da administração da justiça, impedindo que o agente satisfaça sua pretensão, legítima ou ilegítima, agindo conforme sua vontade por meio de violência, ameaça, fraude... visto que cabe ao judiciário a intervenção para solucionar conflitos de interesses.
O sujeito ativo do crime é qualquer pessoa que pratica a conduta do artigo 345, cabendo ressaltar que se o caso concreto tratar de funcionário público, isto poderá ser hipótese de abuso de autoridade. O sujeito passivo é o Estado que é responsável por exercer a administração da Justiça.
É necessário haja uma pretensão legítima em uma ação ou omissão que em outra situação iria constituir um fato delituoso autônomo: furto, dano, apropriação indébita, etc, de modo que justificado pelo propósito doloso e específico do agente.
É passível de exclusão de antijuridicidade conforme a lei que permite a violência privada: legítima defesa, estado de necessidade, cumprimento do dever legal, restituição de posse incontinenti, nos casos de turbação ou de esbulho. O elemento subjetivo do tipo é o dolo que de empregar violento, ameaçador, fraudulento, etc, com a finalidade de fazer justiça pelas próprias mãos. Manzini complementa dizendo que o agente deve limitar-se a pretender o que supõe ser materialmente justo, mesmo que por meio ilícito.

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