Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
George Matheus Gonçalves dos Santos. 2017 POTENCIAIS DE AÇÃO Fisiologia Seja na transmissão de informações através dos neurônios ou em uma contração muscular, os potenciais de ação estão forte- mente envolvidos. Faz parte da comunicação celular e é es- sencial para o funcionamento de todas as fun- ções corporais de um ser vivo complexo. Pre- sente na contração muscular, na digestão, na sensibilidade e em muitas coisas realizadas pe- los animais. D E F I N I Ç Ã O São definidos como uma rápida altera- ção no potencial de membrana, devido a passa- gem de corrente elétrica através da membrana. Ao cruzar a membrana, a corrente altera rapida- mente seu sinal elétrico. O potencial de ação acontece com a mu- dança rápida do estado eletronegativo da mem- brana, para um estado de positividade. Logo após, retorna ao ponto de eletronegatividade. Eletropositividade Eletronegatividade Na figura podemos observar o gráfico que representa a mudança de sinal elétrico, de eletronegativo para eletropositivo. A linha vermelha destaca a alteração em milivolts, avaliada com a passagem de tempo em milisegundos. Pode-se avaliar que, o potencial de ação parte de um sinal elétrico negativo para um positivo e novamente para um negativo. E quada fase de alteração da milivoltagem recebe um nome especifico. Quando a voltagem se eleva, tornando- se positiva, chama-se: despolarização. Quando está positiva e retorna para a negatividade, chama-se: repolarização. Há ainda a fase em que não há estímulo, chamada repouso. Há ainda uma terceira fase chamada hiperpolarização, que pode ser observada na figura logo após a repolarização. Lá a linha vermelha (voltagem) fica abaixo do seu ponto de início. F U N Ç Ã O Viu-se que, o potencial de ação altera o sinal elétrico da membrana na qual é estimu- lado. Mas qual sua verdadeira função? Nos neurônios o potencial de ação é res- ponsável por transmitir informações elétricas através do axônio. Já em um tecido muscular é responsável por realizar a contração das fibras musculares, ocasionando a contração muscular. Seu entendimento é de importância para se conhecer os fenômenos fisiológicos que acontecem tanto no corpo humano como no de outros animais. George Matheus Gonçalves dos Santos. 2017 E S T Á G I O S Mencionados rapidamente na página anterior, os estágios classificam-se em: despo- larização, repolarização, hiperpolarização e re- pouso. Inicialmente a membrana se encontra eletronegativa em estado de repouso. Esta rela- ção é dada entre a membrana e o meio externo. DESPOLARIZAÇÃO Quando há uma despolarização, a mem- brana rapidamente troca seu sinal elétrico fi- cando mais positiva que o meio externo. Isso se deve a entrada de sódio (Na+) na célula, dei- xando-a eletropositiva. Essa entrada se deve ao aumento da per- meabilidade de sódio pela membrana celular, através de passagens especificas. Ao mesmo tempo em que há a entrada de sódio na célula, há a saída de potássio (K+). Algo que pode gerar dúvidas, afinal, por que o sódio deixa a célula? A resposta se encontra no mecanismo de retirada do sódio. Afinal, o potencial de ação não pode se manter constante. Para evitar essa manutenção do sódio dentro da célula existe a bomba de sódio-po- tássio. Que é um trocador de íons de sódio e potássio de dentro e de fora da membrana plas- mática. O potássio sai da célula para que possa se conectar com a bomba Na+ e K+, retornando ao interior da célula, trocando de lugar com o sódio, que será enviado para fora da membrana. Este é um processo ativo e utiliza ATP para fazer a bomba Na+ e K+ funcionar. Em resumo, na despolarização ocorre a entrada de sódio, que leva a célula a ficar ele- tropositiva. Depois esse sódio é removido, atra- vés da bomba sódio-potássio, dando início a se- gunda fase. REPOLARIZAÇÃO A repolarização dá continuidade ao pro- cesso citado anteriormente. Dá-se início a partir do ação da bomba sódio-potássio. A repolarização é definida pelo estado de volta à eletronegatividade da membrana em relação ao meio externo. A bomba de sódio-potássio envia o só- dio para fora da célula e o potássio para dentro, reduzindo sua voltagem até a eletronegativi- dade. HIPERPOLARIZAÇÃO A hiperpolarização é o estado elétrico pós repolarização. Caracterizado por ser mais eletronegativo que o estado de repouso. Vale lembrar que a partir do momento em que se inicia uma repolarização até o final da hiperpolarização, não se pode acontecer um novo potencial de ação. Esse estágio, que en- volve a repolarização e a despolarização, chama-se estado refratário. REPOUSO O estado de repouso é caracterizado pelo estado inicial da membrana, naturalmente eletronegativo. Enquanto encontrada em repouso, a membrana pode desempenhar um potencial de ação para transmitir informações de uma célula para outra. R E F E R Ê N C I A S GUYTON, HALL. Tratado de Fisiologia médica. 12ª edição. Elsevier Editora Ltda. 2011. GOLAN et al. Princípios de farmacologia: a base fisi- opatológica da farmacoterapia. 2ª edição. Guanabara Koogan. 2006.
Compartilhar