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Resumo artigo prova objetiva Sociedade

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SER PROFESSOR NA CONTEMPORANEIDADE: DESAFIOS DA PROFISSÃO
1-Diante da tamanha aceleração no contexto social para Delors, a prática pedagógica
deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada
indivíduo os pilares do conhecimento: aprender a conhecer que indica o interesse, a abertura
para o conhecimento, que verdadeiramente liberta o indivíduo da ignorância;
 aprender afazer que mostra a coragem de executar, de correr riscos, de inovar, de reinventar, de errar mesmo na busca de acertar; 
aprender a conviver que traz o desafio da convivência que atualmente tem se tornado algo bastante difícil e apresenta o respeito a todos e o exercício de ética e solidariedade como caminho do entendimento e de boas relações; 
aprender a ser, que, talvez, seja o mais importante por explicitar o papel do cidadão e o objetivo de viver.
2-A construção da identidade profissional docente passa por dificuldades relevantes em
sua constituição, seja em relação às dificuldades impostas pelo novo contexto educacional e
social da contemporaneidade, seja pelo legado histórico da profissão. Afirmar-se enquanto
profissional da educação é algo relativamente novo entre os próprios professores, talvez pelo
fato de historicamente ser disseminada a ideia de que a imagem do professor é uma extensão
da família, que deve dedicar-se com afinco a cuidar e zelar pelo bem estar das crianças e
jovens.
3-E isso requer equilíbrio e coerência entre orientação formativa, procedimentos pedagógicos adaptados e expectativas dos implicados no processo, o professor e o aluno.
Desempenhar essa tarefa com compromisso e qualidade exige, da parte do professor, reunir um conjunto de saberes e competências que lhe permitam a construção de um ensino de qualidade. Os saberes do professor são construídos ao longo de toda uma carreira e vida do professor, razão que justifica que não sejam contemporâneos uns dos outros, uma vez que se vão adquirindo ao longo do tempo. São assim saberes temporais, em cuja construção intervêm dimensões identitárias, de socialização profissional, fases e mudanças, que se constituem num conjunto de conhecimentos, competências, habilidades e atitudes. Na ótica de Tardif (2008), o saber docente “relaciona-se com a pessoa, com a sua identidade, com a sua experiência de vida, com a sua história profissional, com as suas relações com os alunos na sala de aula e com os outros”.
Diante disso, não se pode falar em aprendizagem sem falar no professor. O contexto social na contemporaneidade impõe a prática educativa um número de demandas muito grande, levando assim o educador do século XXI a repensar a sua atuação ema sala de aula e os enormes desafios profissionais que enfrenta a fim de atender as exigências do contexto atual.
04-Nesse sentido a profissão docente apresenta duas especificidades que nos parecem diferenciá-la das demais. A especificidade acadêmica que trata dos saberes e do saber fazer,que remete à transmissão, ao ensino de conhecimentos, técnicas e seu emprego, o profissionalismo. Por outro lado, há a especificidade pedagógica / humanista que nos remete à vocação do formar cidadãos pensantes transformadores de realidades. Com isso, e baseado nas idéias de Morin (2001) é possível classificar a profissão de professor como uma profissão complexa, caracterizada pela incerteza e pela ambigüidade das funções.
	
A GESTÃO DESCENTRALIZADA E PARTICIPATIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL
01-Na Constituição Federal de 1988 encontram-se claros sinais da luta pela democratização da gestão pública, quando nela se garantiu, por exemplo, o princípio da gestão descentralizada e participativa. Nos artigos 204 e 227, a Carta Constitucional assegura a participação da população, por meio de organizações representativas, no processo de formulação e controle das políticas públicas em todos os níveis da gestão administrativa (municipal, estadual e federal).
02-A Constituição de 1998 avançou ao criar mecanismos de participação nas três esferas de poder, de modo a dar ao Estado brasileiro um caráter democrático, oferecendo possibilidades para que ele, uma vez permeado por espaços públicos e coletivos de gestão, deliberação e controle, possa tornar pública a gestão do que é público. Na verdade, o Estado de Direito moderno reconhece a necessidade de se defender a sociedade contra os eventuais excessos de funcionamento da máquina estatal, através da divisão de funções entre os poderes e de mecanismos recíprocos de controle, sendo a grande novidade, nos anos de 1990, a idéia de ampliação da participação da sociedade como agente de controle. Nesse caso, o processo de participação deixa de ser restrito aos setores sociais excluídos pelo sistema e espraia-se pelas relações entre o Estado e o conjunto de indivíduos e grupos sociais, cuja diversidade de interesses e projetos integra a cidadania, devendo ocorrer, com igual legitimidade, a disputa por espaços e atendimentos do poder estatal.
03-A Constituição de 1988 apresenta, com efeito, uma nova configuração da gestão das políticas públicas, instituindo novos mecanismos nos processos de tomada de decisões, o que faz emergir um regime de ação pública descentralizada, no qual são criadas formas inovadoras de interação entre governo e sociedade, através de canais e estratégias de participação social, como se dá com os Conselhos Gestores. É, aliás, a instituição dessas novas formas de interação que sinaliza a emergência de novos padrões de governo, baseados na gestão democrática, centrada em três eixos fundamentais, como “a maior responsabilidade dos governos em relação às políticas sociais e às demandas dos seus cidadãos; o reconhecimento dos direitos sociais; e a abertura de espaços públicos para a ampla participação cívica da sociedade.
FAMÍLIA E ESCOLA: PARCEIRAS NO PROCESSO EDUCACIONAL DA CRIANÇA
01-os pais autoritários são aqueles que têm dificuldade de se comunicar com os filhos, além de demonstrarem pouco afeto e serem bastante rígidos, controladores e restritivos quanto ao nível de exigência de seus filhos. As condutas são avaliadas a partir de rigorosos padrões preestabelecidos. Valorizam também a obediência às normas e regras por eles definidas, e não se preocupam em explicar ás crianças às razões destas imposições nem consulta-las acerca do assunto.Quanto aos pais permissivos, são afetuosos e procuram dialogar com os filhos. Mas possuem dificuldades no controle aos limites, pois são muito tolerantes,chegando até mesmo a serem indulgentes em relação aos desejos e atitudes da criança.Já os pais democráticos mantêm um equilíbrio no controle das ações,principalmente no que condiz ao amadurecimento, independência, respeito,capacidades e sentimentos de seus filhos. Demonstram afetividade e procuram estimular a criticidade na criança. Além disto, são flexíveis e conseguem fazer com
que a criança seja disciplinada estabelecendo regras e limites de forma clara e objetiva.
Percebe-se a diferença das dimensões e estilos de educação familiar onde os pais podem adotar comportamentos diferentes no que tange ao incentivo, desenvolvimento da personalidade da criança, estabelecimento de regras, condutas,relação afetiva, autocontrole etc. Mesmo assim,verifica-se que os pais democráticos são os que realmente conseguem efetivar ações educacionais capazes de estabelecer limites e regras de conduta de forma construtiva, afetuosa e com responsabilidade.
02-A formação para a cidadania inicia pelo próprio exemplo da escola, em ampliar seus espaços para que todos os integrantes da comunidade escolar (pais,alunos, professores, membros do corpo administrativo e pedagógico, funcionários)possam se sentir motivados a participar. Uma das grandes e necessárias responsabilidades da escola é ter seu próprio Projeto Político Pedagógico, já que segundo Libâneo (2003, p. 346) este documento:“consiste em dar um sentido, um rumo, às práticas educativas, onde quer que sejam realizadas, e firmar as condições organizativas e metodológicas para a viabilidadeda atividadeeducativa”.Deste modo, este documento traduz os valores do grupo, suas intenções,seus objetivos compartilhados, estabelecem prioridades, define caminhos e, portanto deve ser construído com a participação de toda a comunidade escolar, inclusive da família. Desta forma, será este o documento que irá conduzir todo o trabalho educativo na escola, articulando-se também com as práticas avaliativas exercidas pela instituição. A preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do ser são responsabilidades da família quando a criança está em seu interior e esta deve preparar o jovem para atuar com liberdade, mas sem perder a responsabilidade sobre seus atos. É papel de a família contribuir para uma boa formação de caráter dos seus filhos, repassando os valores éticos e morais, sem eximir da sua responsabilidade o papel de educadora.
04-A escola se vê diante de vários problemas educacionais agregados à desordem, ao desrespeito a regras de conduta e à falta de limites com seus alunos que considera como responsabilidade da família, e esta nutre uma expectativa de que a escola forneça a criança alguns ensinamentos, muitas vezes equivocada.É possível perceber nos estudos de Vasconcelos (1989) que cada vez mais os alunos vêm para a escola com menos limites trabalhados pela família. Muitos pais chegam mesmo a passar toda responsabilidade para a escola. Mediante suas remotas experiências como estudantes e a desorganização da classe que os filhos relatam, os pais exigem da escola uma postura autoritária. É preciso ajudá-los a compreender que existe uma outra alternativa, que supera tanto o autoritarismo,quanto o espontaneísmo.
05-Ao ponderar a necessidade de uma postura democrática participativa por parte da escola, acredita-se que a solução para tal embate seja atrair a família para não sirvam somente para “informar”, mas para coletivizar conhecimentos, onde ambas possam comparar, construir e reformular seus métodos de ensino conseguindo com isto, efetivar suas funções de educadores.

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