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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS E DO ESPORTE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA AGNES DAY ALVES ISADORA GONZAGA JOÃO ROHR LUCAS PETERS FERREIRA MILENA BOENG TESTES DE DESEMPENHO NO CICLISMO FLORIANÓPOLIS (SC) 2017 HISTÓRICO Início na Inglaterra Aperfeiçoamento da bicicleta Alcance de maiores velocidades CATEGORIAS BMX CICLISMO ESTRADA MOUNTAIN BIKE CICLISMO VELOCIDADE BENEFÍCIOS Aeróbico e Anaeróbico ESTUDO DA POTÊNCIA NO CICLISMO 1986 - Uli Schoberer. Medidores de potência em uma bicicleta de estrada. Comercialização para o tricampeão do Tour de France Greg LeMond. Anteriormente, para se medir a potência em uma bicicleta, só em ergômetros de laboratórios como Monark e Lodi. Não existia uma maneira de se medir a potência numa situação real, em campo. O QUE É POTÊNCIA? Potência mecânica é o produto da força e da velocidade do movimento. P = Força xVelocidade Ou seja, é o quanto de força você consegue transmitir para os pedais e transformar em velocidade na bicicleta. Lembrando que, além disso, a proporção peso/potência (w/kg) é ainda mais importante. FTP Maior potência que o ciclista consegue sustentar durante 60min. O teste consiste em um contrarrelógio de 20 min. máximo. Multiplique a potência média por 0.95, e você terá obtido o seu FTP. Existem hoje alguns programas que utilizam um protocolo de 3 min para avaliações de ciclistas em academias. O Spivi é um exemplo de programa. PARA QUE SERVE O FTP? O FTP é a base sobre a qual calculamos todas as zonas de treinamento. Sem esse dado, fica bem mais difícil acertar nas cargas de treinamento. Com o valor de FTP, conseguimos garantir que o ciclista esteja pedalando na intensidade certa durante os estímulos máximos e que você não esteja se excedendo durante os treinos regenerativos. PRA QUE SERVE UM MEDIDOR DE POTÊNCIA? O medidor serve para avaliar e administrar o treinamento. Medindo diretamente a potência, é possível saber exatamente qual o real esforço que está sendo aplicado. A precisão dos dados faz com que você consiga fazer um melhor acompanhamento da sua performance. 200w são 200w, independente de qualquer outro fator externo. Sendo assim, sabendo a potência máxima que um atleta é capaz de sustentar durante uma hora é possível fazer todo um planejamento com alta precisão. COMO FAZER? Esse tipo de atividade deve ser feita por pessoas com preparo físico de nível intermediário a avançado, porque se trata de exercícios que exigem força e altas cargas de estímulos. Este treinamento deve ser feito com um profissional da área que trabalhe com medidores de potência e possua conhecimento técnico para ler dados e prescrever treinos. Uma ferramenta que auxilia esse processo é a Wattbike. A empresa British Cycling resolveu montar uma bicicleta ergométrica que é capaz de medir a quantidade de watts que você produz enquanto pedala. Além disso, ela registra informações sobre: Distância percorrida (km) Frequência cardíaca (HR) Rotações por minuto (RPM) Tudo isso pode ser enviado online ao computador para que você possa acompanhar a sua performance e o quanto já se exercitou até o momento. Já existem alguns centros de treinamentos que possuem esse serviço aqui no Brasil. TESTE INCREMENTAL O teste incremental serve como um indicador de melhora da capacidade cardiorrespiratória devido à relação positiva entre potência produzida e aptidão aeróbia, e é realizado de forma que a carga vai aumentando progressivamente até a exaustão do atleta. TESTE INCREMENTAL NA UDESC Na Universidade do estado de Santa Catarina - UDESC, esse teste é realizado no LAPEDH (Laboratório de Pesquisa em Desempenho Humano), e o protocolo utilizado atualmente acontece da seguinte maneira: inicia-se com 100Watts e aumenta-se 30Watts a cada minuto até a exaustão do atleta. PROTOCOLOS Existem diversos protocolos para a aplicação desse teste, que será escolhido de acordo com as necessidades. O que pode mudar de um protocolo ao outro é o quanto de carga que se inicia o teste, o quanto de carga que será adicionado por vez ou o tempo em que as cargas são acrescentadas. TESTE CONTRARELÓGIO Grande resistência aeróbia e anaeróbia; Concentração mental; Resistência à dor; Desenvolvimento de glúteos e dorsais; Boa flexibilidade da coluna lombar e panturrilhas. Exige: Atletas possuem valores de consumo de oxigênio (VO2) e de limiar de lactato muito elevados. Em competições o VO2máx é superior a 70%. Pode chegar próximo de 90% em ciclistas de elite. Ciclista em posição aerodinâmica: Mais curvada do que em uma bicicleta convencional, Os ombros e a coluna permanecem paralelos ao chão, Antebraços unidos e sustentados pelos apoios aerodinâmicos, Selim mais alto e para frente com sua ponta levemente inclinada para baixo. ESPECIFICAÇÕES O teste é reproduzido sob condições de laboratório com o objetivo de predizer o desempenho na pista Protocolos de 40 KM ou 20 minutos São monitorados o VO2, a frequência cardíaca, a potência, a velocidade e o tempo decorrido TESTE MOUNTAIN BIKE A maioria dos estudos existentes usam parâmetros fisiológicos, que na sua maioria analisa parâmetros aeróbios como PO e limiar de lactato. Estudos prévios indicam que o teste incremental prediz a performance no Mountain Bike, porém também evidenciou a necessidade de um teste específico para a modalidade. Amostra: 10 participantes (9 homens e 1 mulher) Idade: 34 ± 8,7 IMC: 22 ± 1,4 VO2peak: 69 ± 11,1 ✓ Participaram regularmente de corridas oficiais durante a temporada. ✓ Estudo foi realizado durante a fase competitiva. ✓ Participaram de dois dias de teste de laboratório e um teste simulando corrida, num período de quatro semanas. PROTOCOLO DOS TESTE Incremental: realizaram o teste numa SRM ergometer, começando com 80watt e aumentando a resistência em 40w a cada três minutos até a exaustão. Cadência de 80 - 100 RPM, e o teste finaliza quando não se consegue manter a cadência em 80 RPM. Máxima Força Isométrica: usado treinamento de força com dispositivos com medidores de tensão de resistência para quantificar o torque. Todos os exercícios foram realizados na posição sentado e foram realizadas duas tentativas para grupo muscular nas seguintes angulações. ▪ Flexores de Joelho: 30º flexão ▪ Extensores de Joelho: 60º flexão ▪ Extensores da Coluna: 30º flexão ▪ Flexores Abdominais: 0º flexão. LABORATORY - SIMULATED TIME TRIAL: Simulação de Corrida: Realização de uma simulação de corrida de acordo com as condições reais. 6 voltas realizadas Distância: 26,5±1,67km Elevação: 711±70m Todos os participantes puderam se familiarizar com o percurso uma vez e realizaram aquecimentos individuais de acordo com suas preferências. PO: foi monitorado com o Power Tap PRO MTB power meters - e que se mostrou válido para avaliar a potência de saída do ciclismo em campo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARPES, F. P.; BINI, R. R.; NABINGER, E.; DIEFENTHAELER, F.; MOTA, C. B.; GUIMARÃES, A. C. Aplicação de força no pedal em prova de ciclismo 40 km contra-relógio simulada: estudo preliminar. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.19, n.2, p.105-13, abr./jun. 2005. FERNANDEZ-GARCIA, B.; TERRADOS, N.; PÉREZ-LANDALUCE, J.; RODRIGUEZ-ALONSO, M. Intensity of exercise during road race pro-cycling competition. Medicine and Science in Sports and Exercise,Madison, v.32, n.5, p.1002-6, 2000. LEPERS, R.; MAFFIULETTI, N. A.; ROCHETTE, L.; BRUGNIAUX, J.; MILLET, G. Y. Neuromuscular fatigue during a long-duration cycling exercise. Journal of Applied Physiology, Washington, v.92, p.1487-93, 2002. SMITH, M. F.; DAVISON, R. C. R.; BALMER, J.; BIRD, S. R. Reliability of mean power recorded during indoor and outdoor self-paced 40 km cycling time-trials. International Journal of Sports Medicine, Stuttgard, v.22, p.270- 4, 2001.
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