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Aula Aula -- 77 I I I I I I I I –––––––– ANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOI I I I I I I I –––––––– ANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADOANATOMIA DO FÍGADO 1,2 a 1,5 Kg Suprimento Sangüíneo: veia porta (2/3) e artéria hepática (1/3) Drenagem venosa: veias hepáticas direita e esquerda BILE: hepatócitos canalículos e ductos biliares 1 I I –– ANATOMIA DO FANATOMIA DO FÍÍGADOGADO 2 II II –– FUNÇÃO HEPÁTICAFUNÇÃO HEPÁTICA Circulatória- transporta sangue Armazenamento (Fe, glicogênio, vitaminas) Proteção - fagocitose - células de KupfferProteção - fagocitose - células de Kupffer Depuração - células de Kupffer Excretora Formação e excreção da bile. Excreção de sais biliares. Eliminação de produtos catabólitos endógenos e substâncias estranhas (medicamentos, corantes e metais pesados) 3 II II –– FUNÇÃO HEPÁTICAFUNÇÃO HEPÁTICA Hematológica (Hematopoiética): embrião Síntese de fatores de coagulação. Destruição dos eritrócitos velhos. Imunológica Metabólica: carboidratos, proteínas, lipídios. Síntese: Pré-albumina, albumina, globulinas, apolipoproteínas, proteínas de fase aguda, proteínas de transporte, proteínas do processo de coagulação (protrombina, fibrinogênio, fator V, VII, X, IX), enzimas (transaminases, LD, CHE, GGT). 4 III III –– PROVAS HEPÁTICAS E DO TRATO BILIARPROVAS HEPÁTICAS E DO TRATO BILIAR Qual a utilidade dos testes bioquímicos?Qual a utilidade dos testes bioquímicos? Detectar presença de doença hepática; Diagnóstico diferencial entre estes doenças; Contribui na diferenciação de doença colestática colestática ou ou hepatocelularhepatocelular Avaliar a extensão do dano hepático; Avaliar resposta ao tratamento. ** Raramente sugerem diagnóstico específico. ** Apresentam baixa especificidade, mas alteração de mais de um teste aumenta a probabilidade doença hepática. 5 1) Testes baseados em substâncias sintetizadas pelo fígado:1) Testes baseados em substâncias sintetizadas pelo fígado: � -AlbuminaAlbumina (também é afetada por outros fatores) � Uréia: formada a partir da amônia. �� FatoresFatores dada coagulaçãocoagulação � TPTP (Tempo de Protrombina)� indicador de função de síntese hepática �� TPTP: dosagem destes fatores– Sangue: Meia-vida curta (horas) ↑↑↑↑TP pode ser um indicador precoce de lesão hepática. Drogas Xenobióticos Bilirrubina Colesterol Triglicerídeos 2) Testes baseados em substâncias metabolizadas pelo fígado:2) Testes baseados em substâncias metabolizadas pelo fígado: 6 33)) TestesTestes baseadosbaseados emem substânciassubstâncias liberadasliberadas dede tecidotecido lesadolesado:: • Enzimas Intracelulares: ASTAST ee ALT,ALT, LDLD (LD(LD44 ee LDLD55)) • Enzimas da membrana canalicular, epitélio do canal biliar e endotélio das veias central e periportal: ALP,ALP, γγγγγγγγ--GTGT 44)) TestesTestes baseadosbaseados emem substânciassubstâncias depuradasdepuradas dodo plasmaplasma pelopelo fígadofígado:: • Metabólitos endógenos: ác. biliares, bilirrubina, amônia • Compostos exógenos: aminopirina, lidocaína, verde de indocianina, cafeína, galactosecafeína, galactose 5) Testes urinários5) Testes urinários Bilirrubina: Bilirrubina: BD: 1,5 mg/dL- sinal precoce lesão hepática UrobilinogênioUrobilinogênio: : : icterícia por BI e hepatopatia ( reexcreção urobilinogênio bile) 6) Testes hematológicos6) Testes hematológicos 7) Outros: Biópsia, Diagnósticos de imagem 7) Outros: Biópsia, Diagnósticos de imagem 7 8) TESTES DE FUN8) TESTES DE FUNÇÇÃO HEPÃO HEPÁÁTICATICA -- ROTINAROTINA Integridade das células do fígado AST e ALTAST e ALT Capacidade sintética AlbuminaAlbumina TPTP AST e ALTAST e ALT 8 9) TRANSAMINASES9) TRANSAMINASES · Classe: Transferases AST - EC 2.6.1.1 - L-Aspartato, 2-Oxoglutarato Aminotransferase (antiga GOT ou TGO - Glutamato Oxaloacetato Transaminase) ALT - EC 2.6.1.2 - L-Alanina, 2-Oxologlutarato Aminotransferase (antiga GPT ou TGP - Glutamato Piruvato Transaminase) �� OcorrênciaOcorrência::�� OcorrênciaOcorrência:: �� ASTAST (GOT)(GOT):: citoplasma e nas mitocôndrias. � Avaliação do grau de lesão tecidual branda ou grave Maior quantidade: músculo cardíaco, fígado, músculo esquelético Menor uantidade: rins, pâncreas, baço e eritrócitos. �� ALTALT (GPT)(GPT):: citoplasma Maior ocorrência: Fígado 9 IVIV. METABOLISMO DE BILIRRUBINA E UROBILINOGENIO. METABOLISMO DE BILIRRUBINA E UROBILINOGENIO Provêm da degradação do Provêm da degradação do HEMEHEME.. 10 METABOLISMO DA BILIRRUBINAMETABOLISMO DA BILIRRUBINA E UROBILINOGÊNIOE UROBILINOGÊNIO “BI” “BD” 11 • Eritrócitos 120 dias fagocitose (sistema retículo Bilirrubina Conjugada Bilirrubina Conjugada – diglicuronídio de bilirrubina BDBD –– Bilirrubina DiretaBilirrubina Direta Bilirrubina de reação rápida Bilirrubina hidrossolúvel Bilirrubina Não ConjugadaBilirrubina Não Conjugada BI – Bilirrubina Indireta Bilirrubina de reação lenta Bilirrubina Lipossolúvel NOMENCLATURANOMENCLATURA • Eritrócitos 120 dias fagocitose (sistema retículo endotelial–SER) liberação de hemoglobina • Heme Protoporfirina IX é clivada para formar biliverdina que, por sua vez, é reduzida á bilirrubina (bilirrubina não conjugada ou bilirrubina indireta). • Bilirrubina (apolar) é transportada pela albumina das células reticulo- endoteliais para os hepatócitos 12 � No fígadoNo fígado enzima enzima uridinauridina difosfato difosfato glicuronilglicuronil transferasetransferase (UDPGT)(UDPGT) catalisa a rápida conjugação da bilirrubina com o ácido UDP-glicurônico para produzir o glicuronato de bilirrubina ((bilirrubina conjugada ou bilirrubina diretabilirrubina conjugada ou bilirrubina direta).). � BILIRRUBINA CONJUGADABILIRRUBINA CONJUGADA � Após formação do glicuronato de bilirrubina, este é excretado pelo hepatócito através dos canalículos biliares na forma de bile e constitui um dos pigmentos biliares. � - Qualquer doença que provoque uma diminuição da excreção da bilirrubina conjugada leva a um aumento da mesma no soro. FORMAÇÃO DO UROBILINOGÊNIOFORMAÇÃO DO UROBILINOGÊNIO - A bilirrubina conjugada é secretada no lumen intestinal e hidrolisada pela beta glicuronidase formado bilirrubina livre e ácido glicurônico. - No cólon a bilirrubina livre é convertida por bactérias anaeróbicas formando o urobilinogênio e posteriormente reduzida a LL-- urobilinogêniourobilinogênio e e LL--estercobilinogênioestercobilinogênio.. 13 Resumindo:Resumindo: Os Os urobilinogêniosurobilinogênios são reabsorvidos desde o intestino, reincorporados a circulação extrahepática, e por último excretados na urinana urina. O O estercobilinogênioestercobilinogênio não é reabsorvido desde o intestino e é componente normal das fezes. das fezes. Estes bilinogênios sofrem oxidação espontânea no ar para formar os correspondentes biliares (urobilinas e estercobilinas) e contribui desse modo a cor da urina e fezes.cor da urina e fezes. �� BIBI (lipossolúvel): não é excretada na urina � BDBD (hidrossolúvel): mas normalmente não aparece na urina porque passa direto do fígado para o ducto biliar e intestino. � Vai aparecer na urina quando seu ciclo normal de degradação é interrompido pela obstrução do ducto biliar ou comprometimento da integridade do fígado, permitindo seu extravasamento para a circulação. �� UrobilinogênioUrobilinogênio: encontrado em concentrações normais na urina (< 1mg/dL). Resumindo:Resumindo: 14 VV-- ICTERÍCIAICTERÍCIA É a condição geral que resulta de umaanormalidade metabólica ou da retenção de bilirrubina, a qual provoca uma coloração amarelada da pele, membrana mucosa e da esclerótica. Um enfoque organo - sistêmico da classificação da icterícia classificação da icterícia na base de sua localização conduz ao reconhecimento de três tipos principais de icteríciatrês tipos principais de icterícia: DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DA BILIRRUBINADISTÚRBIOS DO METABOLISMO DA BILIRRUBINA PRODUÇÃO CAPTAÇÃO ARMAZENAMENTO CONJUGAÇÃO EXCREÇÃO DA BILIRRUBINA prépré--hepática, hepática e póshepática, hepática e pós--hepáticahepática. 15 16 VIVI-- DOENÇAS HEPÁTICAS DOENÇAS HEPÁTICAS DOENÇA PRÉDOENÇA PRÉ--HEPÁTICA OU HEMOLÍTICAHEPÁTICA OU HEMOLÍTICA DOENÇA HEPÁTICADOENÇA HEPÁTICADOENÇA HEPÁTICADOENÇA HEPÁTICA DOENÇA PÓSDOENÇA PÓS--HEPÁTICAHEPÁTICA ColestaseColestase ou obstrução pósou obstrução pós--hepáticahepática 17 1) DOEN1) DOENÇÇA PRA PRÉÉ--HEPHEPÁÁTICA OU TICA OU HEMOLHEMOLÍÍTICATICA • Sangue: – BI: ↑ ↑ ↑ ↑ – BD: N ou ~ ↑ ↑ ↑ ↑ Causas:Causas: - Icterícia fisiológica - Anemia hemolítica - Reações transfusionais ��Icterícia préIcterícia pré--hepáticahepática ��Anemias hemolíticas agudas ou crônicasAnemias hemolíticas agudas ou crônicas ↑↑↑↑ LD (LD1 > LD2) • ↑↑↑↑ Urobilinogênio urinário - Reações transfusionais - Eritroblastose fetal - Doença autoimune - ICC - Malária - Induzida por medicamentos 18 2) Lesão Hepatocelular2) Lesão Hepatocelular • Sangue: – ↑ BI – deficiência na captação – Posterior ↑ BD – deficiência na excreção –– ↑↑↑↑↑↑↑↑ AST, ALTAST, ALT; LD; GGT; FAL – ↓ Albumina – ↑ Amônia (lesão hepática grave) – ↑ TP– TP UrinaUrina:: Bilirrubina; ↑ Urobilinogênio urinário; cristais de leucina e tirosina Fezes escurasFezes escuras Causas:Causas: Hepatite (virótica, tóxica); Cirrose, Câncer; outras 19 DOENÇA HEPÁTICADOENÇA HEPÁTICA Icterícia hepáticaIcterícia hepática � Desequilíbrios do metabolismo (Grigler Najjar)(Grigler Najjar) ou deficiência no transporte da bilirrubina (doença de (doença de Gilbert) Gilbert) � Doenças genéticas de deficiência das enzimas responsáveis � Doenças genéticas de deficiência das enzimas responsáveis pela conjugação da bilirrubina com o glicurogênio (deficiência enzimática é congênita como a doença de Crigler Najjar) �� Enzima uridina difosfato glicuronil transferase (Enzima uridina difosfato glicuronil transferase (UDPGTUDPGT) ) 20 A A icterícia neonatalicterícia neonatal ou fisiológicaou fisiológica Condição transitória até que a enzima glicuronil enzima glicuronil transferase UDPGTtransferase UDPGT seja produzida pelo fígado do recém nascido. � dano hepatocelular ou necrose � hepatite� hepatite � cirrose B. Síndrome de GilbertB. Síndrome de Gilbert afecção benigna heretáriaafecção benigna heretária Captação deficienteCaptação deficiente BI BI ↑↑↑↑↑↑↑↑ (BT < 4 mg/dL)(BT < 4 mg/dL) Outras provas – normais C. Síndrome de CriglerC. Síndrome de Crigler--NajjarNajjar Conjugação deficiente Glicuronil-transferase BI BI ↑↑↑↑↑↑↑↑(Tipo I (Tipo I –– 20 a 50 mg/dL)20 a 50 mg/dL) 21 Sangue: BD: ↑↑↑↑ BI: N (ou ↑↑↑↑) ↑↑↑↑ Colesterol (300 a 400 mg/dL) ↑↑↑↑ ALPALP ee GGTGGT AST e ALT : níveis moderados 3) DOENÇA PÓS3) DOENÇA PÓS--HEPÁTICAHEPÁTICA Colestase ou obstrução pósColestase ou obstrução pós--hepáticahepática AST e ALT : níveis moderados ↓ Urobilinogênio urinário; bilirrubinúria (limiar renal) Fezes brancas CausasCausas:: Cálculos biliares, parasitas, carcinoma de cabeça de pâncreas, outros tumores, pancreatite 22 Os transtornos a este nível, denominado síndrome de Dubinsíndrome de Dubin-- JohnsonJohnson, são caracterizados pelo aumento da bilirrubina conjugada sérica e a presença de bilirrubina na urina. Síndrome de Dubin Johnson e Síndrome de Rotor Síndrome de Dubin Johnson e Síndrome de Rotor Síndrome de Dubin Johnson e Síndrome de Rotor Síndrome de Dubin Johnson e Síndrome de Rotor Excreção deficiente BD BD ↑↑↑↑↑↑↑↑ (BT (BT –– 2 a 5 mg/dL)2 a 5 mg/dL) Outras provas – normais 23 4)4) TESTES BIOQUÍMICOS DE ROTINATESTES BIOQUÍMICOS DE ROTINA Alanina aminotransferase (ALT/TGP) Albumina Aspartato aminotransferase (AST/TGO) Bilirrubina (comjugada e não-conjugada) Fosfatase alcalina γγγγ-Glutamil transferase (γγγγ-GT) Proteína total 5)5) Marcadores imunológicos: Marcadores imunológicos: Hepatites Hepatites 6)6) Testes bioquímicos especiaisTestes bioquímicos especiais:: 5’-Nucleotidase (colestase) alfa-1-antitripsina (etiologia da cirrose) Ceruloplasmina (etiologia da cirrose) Ferro e ferritina sérica (etiologia da cirrose) Antígenos virais e anticorpos (Hepatite) Imunoglobulinas (Doenças Crônicas) Autoanticorpos (Doenças crônicas) Acetominofeno (intoxicação) 24 Resumindo: BD URINA Urobilinogênio URINA Fezes Doença hemolítica negativo +++ escuras Lesão hepática + ++ escuras Obstrução ducto biliar “Colestase” +++ Negativo brancas “Colestase” 7)7) TESTES TESTES URINÁRIOSURINÁRIOS � Bilirrubina urinária � Urobilinogênio urinário 25 Caso Clinico:Caso Clinico: Um homem de 65 anos de idade foi admitido no hospital com icterícia e se queixando de fortes dores abdominais e relatando que sua urina estava escura e as fezes pálidas. O perfil hepático revelou: Bilirrubina conjugada (direta): 0,9 mg/dl (normal: 0,1 a 0,3 mg/dl) Bilirrubina não conjugada (indireta): 0,8 mg/dl (normal: 0,1 a 0,7 mg/dl) AST (TGO) 32 UI/L (5 – 45 UI/L) ALT (TGP): 41 UI/L (5 – 40 UI/L) Fosfatase alcalina (ALP) 550 UI/L (50 – 136 UI/L)Fosfatase alcalina (ALP) 550 UI/L (50 – 136 UI/L) Gama-glutamiltransferase (g-GT): 420 UI/L (15 – 85 UI/L) Em relação ao caso respondaEm relação ao caso responda:: 1. Qual é o possível diagnostico do paciente? 2. Porque o paciente apresenta valores alterados de bilirrubina conjugada e não conjugada? 3. Como deveria estar a presença de urobilinogenio e bilirrubina na urina? 4. Porque as fezes do paciente estão “pálidas”? 26
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