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Apostila ocorrência de tráfego

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Curso de Perícia Criminal
Ocorrências de Tráfego
Aspectos Técnicose Jurídico
Rio de Janeiro – RJ
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 05
- Disposições Preliminares 
- Conceito de ocorrência de tráfego
- Classificação geral dos locais de ocorrência de tráfego
- Tipos de perícias em locais de ocorrência de tráfego
- Identificar a designação das interações veiculares
- Isolamento e preservação de local de ocorrência de tráfego 
ESTUDO TÉCNICO DAS VIAS DE 
TRÂNSITO .................................................................................................................... 14
Conceito de vias públicas 
Classificação das vias públicas 
Velocidade estabelecida para as vias públicas segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) 
Elementos gerais de caracterização das vias de circulação 
Classificação dos logradouros públicos 
Cruzamento e entroncamento 
Características do local de ocorrência de tráfego 
Tipos de superfícies de rolamento 
Situação a priori do local 
Condições a posteriori do local 
ESTUDO DAS SINALIZAÇÕES ........................................................................................ 39
Conceito de sinalização 
Classificação dos sinais de trânsito 
Ordem de prevalência da sinalização 
Estudo da sinalização vertical 
Estudo das sinalizações horizontal e semafórica 
PREFERÊNCIA ENTRE VEÍCULOS AUTOMOTORES ….............................................. 45
Preferência de passagem 
Sequência de preferência 
Preferência entre veículos automotores
Preferência em circunstâncias anormais 
ESTUDO TÉCNICO DOS VEÍCULOS ............................................................................ 58
Identificação do veículo
Terminologia e especificação dos veículos
Tipificação dos danos
Localização dos danos
2
Orientação dos danos 
Conformação dos danos 
Condições operacionais do veículo
Estudo das avarias e deformações 
DINÂMICA DAS OCORRÊNCIAS DE TRÁFEGO ............................................................. 83
Conceitos e fundamentos sobre a dinâmica das ocorrências de tráfego
Metodologia da reconstrução da ocorrência de tráfego
Evolução mecânica da ocorrência de tráfego 
Evolução psicodinâmica da ocorrência de tráfego
Componentes do tempo de percepção-reação
Fatores que afetam o tempo de percepção-reação
Variabilidade do tempo de percepção-reação
ESTUDO DAS CAUSAS DE OCORRÊNCIAS DE TRÁFEGO ….................................... 86
Causas das ocorrências de tráfego
Procedimentos na análise das causas dos acidentes de tráfego
Teoria das causas das ocorrências de tráfego
Elementos configurativos das ocorrências de tráfego
Classificação dos protagonistas de uma ocorrência de tráfego
Causas determinantes e causas concorrentes
Etiologia das causas das ocorrências de tráfego
VELOCIDADE DE FRENAGEM …................................................................................. 91
Dinâmica da frenagem
Frenagem estática e a frenagem dinâmica
Fatores que influenciam na velocidade
Coeficiente de atrito comumente adotados para os pavimentos e pneus em regular estado ...
Procedimentos na identificação das marcas de frenagem
Cálculos da velocidade de frenagem e de prova
MÉTODOS ALTERNATIVOS PARA CALCULAR VELOCIDADE …........................... 109
Métodos da estimação de velocidade por danos (crash test)
Cálculo da velocidade quadrática
Cálculo da velocidade utilizando o princípio de conservação da quantidade de movimento (PCQM) 
CURVAS E AS OCORRÊNCIAS DE TRÁFEGO …...................................................... 121
Características técnicas das curvas 
Procedimentos empregados na determinação do raio de curvatura
Procedimentos empregados na determinação do ângulo de superelevação
Elementos de definição das curvas horizontais
3
Classificação técnica das curvas 
Força centrípeta 
Cálculo da velocidade de segurança em curva
ATROPELAMENTO ....................................................................................................... 128
Reconstrução criminalística do atropelamento
Descrição física do atropelamento típico
Cinemática na dedução do atropelamento 
Características da projeção de pedestres atropelados
Tipos de vestígios do atropelamento
Cálculo da velocidade de atropelamento
4
INTRODUÇÃO
1. - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Antes de falar sobre ocorrências de tráfego não podemos deixar de 
transcrever alguns fatores que achamos ser bastante necessários para a vida útil do 
perito criminal, mormente, nos casos de sinistro envolvendo veículos automotores.
 Como se sabe, a perícia surge com a necessidade da prova técnica e 
científica, para auxiliar o juiz na solução e elucidação dos vários delitos surgidos na 
sociedade como um todo, e como não poderia deixar de existir, as ocorrências de 
trânsito também necessita dos exames periciais.
Isso se dá pelo motivo da lei processual penal brasileira vigente expressar 
com clareza a legalidade da perícia sempre que a infração penal deixar vestígios.
Art. 158 (CPP). Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o 
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do 
acusado.
 Segundo lei específica, os peritos deverão elaborar o laudo pericial, onde 
descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos 
formulados. 
 Fazendo uma pequena explanação sobre as perícias realizadas nas 
organizações militares, podemos dizer que devido tais organizações serem regidas 
por legislação própria, o Código de Processo Penal Militar (CPPM) é quem 
estabelece a legalidade, as leis e as normas dos exames perícias dentro das Forças 
Armadas.
Similarmente ao CPP, o CPPM estabelece a indispensabilidade do exame de 
corpo de delito, quando a infração deixar vestígios.
Art. 328 (CPPM). Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o 
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do 
acusado.
Retomando o nosso assunto principal, podemos dizer que a perícia, nas 
ocorrências de trânsito, significa registrar os veículos, destroçados, as posições, as 
situações, a natureza das avarias, as condições operacionais dos veículos, suas 
5
posições de imobilizações, os cadáveres, se houver, as manchas em geral, os 
vestígios de solo (as marcas de derrapagem, frenagem e outras deixadas no 
pavimento), os demais elementos que podem se desprender das carrocerias, o 
estado do solo, as sinalizações etc.; e a partir da complexidade de todos os 
elementos levantados, processa-los, e através de dedução e indução lógicas, fazer 
a recomposição do evento, e contar através da dinâmica a estória e formular juízo 
técnico de valor confiável. 
A presentação de pessoas e objetos 
 O perito, quando achar necessário para o esclarecimento da perícia poderá 
solicitar a apresentação de pessoas, instrumentos ou objetos que tenham relação 
com o crime.
Veja o Art. 320 do CPPM: Os peritos poderão solicitar da autoridade 
competente a apresentação de pessoas, instrumentos ou objetos que tenham 
relação com crime, assim como os esclarecimentos que se tornem necessários à 
orientação da perícia.
 Exemplo disso ocorre principalmente em acidente de trânsito, quando o 
condutor do veículo alega falhas mecânicas como geradoras de acidentes. Nesse 
caso geralmente, o Perito solicitará o apoio de mecânicos especializados para 
verificarem possíveis falhas.
Conceitos
Considera-se trânsito a utilização dasvias por pessoas, veículos e animais, 
isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, 
estacionamento e operação de carga ou descarga.
Já o acidente de tráfego é o incidente involuntário do qual participam, pelo 
menos, um veículo em movimento; pedestres e obstáculos fixos, isolados ou 
conjuntamente, ocorridos numa via terrestre, resultando danos ao patrimônio, lesões 
físicas ou morte.
Tráfego é o movimento de pedestres, veículos ou animais sobre vias 
terrestres, considerando quanto a cada unidade de per si, isto é, a dinâmica do 
deslocamento físico de pessoas, animais e veículos no seu aspecto individual.
Classificação geral dos acidente de tráfego
6
Os acidentes de tráfego são divididos em:
Acidente Simples: quando envolve somente uma unidade de tráfego. Temos 
como exemplo de acidente simples o abandono do veículo de uma artéria e se 
choca contra um obstáculo fixo. 
Acidente Múltiplo: quando envolve duas ou mais unidades de tráfego. Temos 
como exemplo de acidente múltiplo as colisões, os abalroamentos e atropelamentos.
Acidente sem contato: ocorre quando uma unidade de tráfego contribui para 
o acidente, contudo não interge plenamente com a outra, ou seja, não entra em 
contato físico.
Tipos de perícias em locais de ocorrência de tráfego.
 Segundo a nomenclatura usada pelos peritos e aceita pela justiça para 
tipificar as principais modalidades de acidentes de tráfego que ocorre no Brasil, os 
tipos de ocorrências são:
• colisão: é o embate entre dois ou mais veículo em movimento. Os acidentes 
envolvendo ciclistas devem ser tratados como colisão entre veículos caso o 
condutor da bicicleta esteja montado na bicicleta. Caso a pessoa envolvida no 
acidente esteja apenas empurrando a bicicleta, o acidente deve ser tratado 
como atropelamento.
• abalroamento: é o embate entre os dois veículos envolvidos no acidente 
ocorre com um veículo em movimento atingindo lateral x lateral de veículo 
que está parado. O termo é emprestado da área naval, cujo significado 
corresponde ao contato entre duas embarcações.
• choque: é o embate de um veículo contra um obstáculo fixo como poste, 
árvore, muro, parede ou guardacorpo.
• atropelamento: ocorre quando um veículo colide contra pessoas ou animais;
• capotamento: evento no qual o veículo, por causas as mais diversas, gira em 
torno de seu eixo vertical e, na fase final de imobilização, apresenta-se 
apoiado sobre a sua cobertura, com as rodas voltadas para cima;
7
• tombamento: evento no qual o veículo, por causas as mais diversas, gira em 
torno de seu eixo vertical e, na fase final de imobilização, apresenta-se 
apoiado sobre uma das laterais; 
• precipitação: queda livre de um veículo por ação da gravidade e que ocorre 
por causas as mais diversas, como perda de direção, manobra brusca, etc.;
• colisão em cadeia: conhecida também como colisão sucessiva ou 
tamponamento, ocorre quando um veículo embate na traseira de outro que 
segue imediatamente a sua frente e este, esbarra no outro que também está 
à sua frente, e assim sucessivamente. Pode envolver várias unidades de 
tráfego;
• mista: conjugação de dois ou mais tipos de eventos em um mesmo acidente.
Evidentemente que um acidente na maioria das vezes ocorre de forma 
complexa, podendo dentro de um mesmo acidente ocorrer diversas formas de 
colisões e de embates em uma seqüência de fatos que cabe ao perito de local 
informar em uma sugestão de dinâmica provável.
Designação das interações veiculares.
As interações veiculares recebem designações especiais, úteis na descrição 
dos acidentes. Assim sendo, o choque, o abalroamento e a colisão podem ser 
melhor definidas com a adução da seguinte terminologia, conforme figuras a seguir.
SEMI-FRONTAL PELA DIREIRA 
8
SEMI-FRONTAL PELA ESQUERDA
FRICÇÃO LATERAL PELA DIREITA
FRICÇÃO LATERAL PELA ESQUERDA
TRANSVERSAL ANTERIOR
9
TRANSVERSAL MÉDIA PELA DIREITA
TRANSVERSAL MÉDIA PELA ESQUERDA
TRANSVERSAL ÂTERO-POSTERIOR PELA DIREITA
TRANSVERSAL ÂTERO-POSTERIOR PELA ESQUERDA
10
Isolamento e preservação de local de ocorrência de tráfego.
Pode-se retirar os veículos da posição em casos de acidentes de 
tráfego?
Depende da situação em que se está envolvido. Em caso de acidente sem 
vítimas e com testemunhas do ocorrido, as partes envolvidas devem deslocar os 
veículos para não obstruir a passagem dos outros carros. Se o acidente foi simples, 
como uma colisão de um carro na traseira do outro, caso este em que a 
jurisprudência entende que é presumida a culpa do condutor do veículo que bateu 
na traseira do outro (salvo prova em contrário), então é dever dos envolvidos 
deslocaram os carros para não bloquear o trânsito, sob pena, inclusive, de infração 
e aplicação de multa pelo agente da autoridade de trânsito.
Entretanto, se o acidente for mais complexo e houver divergência entre os 
envolvidos sobre quem foi o responsável pela colisão, ou houver vítimas, os 
condutores e envolvidos devem aguardar os agentes de trânsito, peritos, e 
socorristas, se for o caso.
 Uma coisa é certa, o isolamento e a preservação dos locais de acidente de 
tráfego também sofre com as deficiências de quem os preservam.
 Para esses tipos de locais já há uma dificuldade natural no que diz respeito 
ao fluxo do sistema de trânsito, onde vários riscos são verificados no dia-a-dia, 
chegando a situações em que os locais são desfeitos por estarem prejudicando o 
fluxo do tráfego ou estarem oferecendo risco de ocorrência de outros acidentes. 
Para tais situações existe a Lei no 6.174, de 09 de dezembro de 1974, que autoriza 
a descaracterização do local.
 Vejamos:
 Art.1º da Lei no 6.174 Dispõe sobre a aplicação do disposto nos artigos 12, 
alínea a, e 339 do Código de Processo Penal Militar. “ Nos casos de acidente de 
trânsito, não impede que a autoridade ou agente policial possa autorizar, 
independente de exame de local, a imediata remoção das vítimas, como dos 
veículos envolvidos nele, se estiverem no leito da via pública e com prejuízo do 
trânsito”
11
 Parágrafo único. “A autoridade ou agente policial que autorizar a remoção 
facultada neste artigo lavrará boletim, no qual registrará a ocorrência com todas as 
circunstâncias necessárias à apuração de responsabilidades, e arrolará as 
testemunhas que a presenciaram, se houver.”
 Para complementar temos também:
LEI Nº 5.970 - DE 11 DE DEZEMBRO DE 1973 - DOU DE 13/12/73
 Exclui da aplicação do disposto nos 
artigos 6º, inciso I, 64 e 169, do Código de 
Processo Penal os casos de acidente de 
trânsito, e, dá outras providências.
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO 
NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
 Art. 1º Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial 
que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente 
de exame do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, 
bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e 
prejudicarem o tráfego.
 Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente 
policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas 
que o presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias ao 
esclarecimento da verdade.
 Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário.
Brasília, 11 de dezembro de 1973; 152º da Independência e 85º da República.EMÍLIO G. MÉDICI
 Alfredo Buzaid
Esse dispositivo tem prejudicado sobremaneira os exames perícias em locais 
de acidente de tráfego, uma vez que a exceção virou regra.
 A ilustração a seguir refere-se a uma área de acidente de tráfego onde 
existam vestígios comuns de se encontrar nesse tipo de ocorrência 
12
IMPORTANTE: Responder exercícios propostos do 01 ao 06.
13
ESTUDO TÉCNICO DAS VIAS DE TRÂNSITO 
Conceito de vias públicas.
Para o levantamento de local de acidente de tráfego, é fundamental que o 
perito estude os seguintes aspectos:
• Identificação do local;
• Configuração e características constitutivas da via;
• Situação preexistente no local;
• Efeitos do acidente sobre a estrada.
As vias públicas abertas ao tráfego são as ruas, avenidas, alamedas, 
estradas, logradouros, caminhos e outras passagens com superfícies destinadas à 
circulação, parada ou estacionamento de veículos.
Conceitos
Via: superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, 
compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. São vias 
terrestres urbanas ou rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as 
passagens, as estradas e as rodovias, que tenham seu uso regulamentado pelo 
órgão ou entidade com circunscrição sobre elas.
Pista: corresponde à parte da via normalmente utilizada para a circulação de 
veículos, possuindo elementos separadores (linha de bordo nas rodovias por 
exemplo) ou por diferença de nível em relação às calçadas, canteiros ou ilhas 
(meiofio por exemplo), assim chamada de pista de rolamento.
Faixa de trânsito: cada um dos trechos carroçáveis de uma pista de 
rolamento.
14
Unidade de tráfego: são assim considerados todos os veículos automotores 
(caminhões, automóveis, motocicletas, ônibus), os de tração animal (carroças), os 
de tração ou propulsão humana (bicicletas), pedestres, animais de porte 
arrebanhados ou montados.
Segundo o CTB são vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os 
logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu 
uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo 
com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. São consideradas ainda, 
como vias terrestres, as praias abertas à circulação pública e as vias internas 
pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas.
Classificação das vias públicas.
 Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, as vias abertas à circulação, de 
acordo com sua utilização, classificam-se em vias urbanas e vias rurais.
As vias urbanas conforme o CTB, são representadas pelas ruas, avenidas, 
vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação pública, situados na área 
urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de 
sua extensão. 
15
As vias urbanas podem ser dividas em: via de trânsito rápido; via arterial; via 
coletora e via local.
Via de Trânsito Rápido - aquela caracterizada por acessos especiais com 
trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros 
e sem travessia de pedestres em nível. 
Via Arterial - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente 
controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias 
secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. 
Via Coletora - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha 
necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando 
o trânsito dentro das regiões da cidade. 
Via Local - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, 
destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. 
Já as vias rurais, são representadas pelas estradas (via não pavimentada) e 
rodovias (via pavimentada). 
Ainda em conformidade com o Código de Trânsito Brasileiro, A velocidade 
máxima permitida para cada via será indicada por meio de sinalização, obedecidas 
suas características técnicas e as condições de trânsito. E, onde não existir 
sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
Nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
Nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e 
motocicletas (Redação dada pela Lei nº 10.830, de 23.12.2003);
2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;
3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
16
È digno de registro que o órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com 
circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades 
superiores ou inferiores àquelas estabelecidas nas vias urbanas e nas vias rurais.
Outro aspecto importante a deixar registrado; o CTB estabelece que a 
velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima 
estabelecida, respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.
Elementos gerais de caracterização das vias de circulação.
Segue algumas definições úteis na caracterização das vias, principalmente 
quanto ao emprego correto da terminologia na confecção do laudo pericial.
• ACLIVE OU RAMPA POSITIVA - quando o eixo é inclinado ascendentemente 
na direção do desenvolvimento do tráfego.
• ACOSTAMENTOS - parte da via diferenciada da pista de rolamento 
destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, 
e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado 
para esse fim.
• AUTO-ESTRADA - via pública destinada a trânsito rápido, com separação 
física de faixas de rodagem, sem cruzamentos de nível nem acesso a 
propriedades marginais, com acessos condicionados e sinalizada como tal.
• BERMA - superfície da via pública não especialmente destinada ao trânsito 
de veículos e que ladeia a faixa de rodagem. 
• BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada por linhas 
longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de 
veículos.
• CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não 
destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, 
quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação 
e outros fins.
• CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como separador de duas 
pistas de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro 
fictício).
17
• CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz utilizado na 
sinalização de vias e veículos (olho-de-gato).
• CAMINHO - via pública especialmente destinada ao trânsito local em zonas 
rurais.
• CORREDOR DE CIRCULAÇÃO - via de trânsito reservada a veículos de 
certa espécie ou afetos a determinados transportes.
• CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva 
de ciclos, delimitada por sinalização específica.
• CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, separada 
fisicamente do tráfego comum.
• CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível.
• CURVA – são trechos não retilíneos da estrada, que determinam mudança da 
direção do veículo para percorrê-la.
• DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha a função 
específica de proporcionar maior segurança ao usuário da via, alertando-o 
sobre situações de perigo que possamcolocar em risco sua integridade física 
e dos demais usuários da via, ou danificar seriamente o veículo.
• EIXO DA FAIXA DE RODAGEM - linha longitudinal, materializada ou não, 
que divide uma faixa de rodagem em duas partes, cada uma afeta a um 
sentido de trânsito.
• ENTRONCAMENTO – tipo de cruzamento constituído pela junção ou 
bifurcação de vias públicas.
• ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo superior ao 
necessário para embarque ou desembarque de passageiros.
• ESTRADA - via rural não pavimentada.
• FAIXA DE RODAGEM - parte da via pública especialmente destinada ao 
trânsito de veículos.
• FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, delimitada por lei 
específica e sob responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito 
competente com circunscrição sobre a via.
18
• FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais em que a 
pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, 
que tenham uma largura suficiente para permitir a circulação de veículos 
automotores.
• FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou impedimento 
de locomoção na faixa apropriada.
• ILHÉU DIRECCIONAL - zona restrita da via pública, interdita à circulação de 
veículos e delimitada por lancil ou marcação apropriada, destinada a orientar 
o trânsito.
• ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à 
ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção.
• INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, 
incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou 
bifurcações.
• LOCALIDADE - zona com edificações e cujos limites são assinalados com os 
sinais regulamentares.
• LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela municipalidade à 
circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de 
pedestres, tais como calçada, parques, áreas de lazer, calçadões.
• LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e que 
com elas se limita.
• MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas, marcações, 
símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas, apostos ao pavimento da 
via.
• PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha 
férrea ou trilho de bonde com pista própria.
• PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à transposição de 
vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de pedestres ou veículos.
• PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível 
aéreo, e ao uso de pedestres.
19
• PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, 
separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, 
destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de 
ciclistas.
• PARQUE DE ESTACIONAMENTO - local exclusivamente destinado ao 
estacionamento de veículos.
• PISTA ESPECIAL - via pública ou via de trânsito especialmente destinada, de 
acordo com sinalização, ao trânsito de peões, de animais ou de certa espécie 
de veículos.
• PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.
• PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, 
identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação 
às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.
• PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou 
suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e, 
eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou legendas pré-reconhecidas e 
legalmente instituídas como sinais de trânsito.
• PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens opostas de uma 
superfície líquida qualquer.
• REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada ao 
uso de pedestres durante a travessia da mesma.
• RETORNO - movimento de inversão total de sentido da direção original de 
veículos.
• RODOVIA - via rural pavimentada.
• ROTUNDA - praça formada por cruzamento ou entroncamento, onde o 
trânsito se processa em sentido giratório e sinalizada como tal.
• SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se utilizam de 
placas, marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos 
auxiliares, apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o 
trânsito dos veículos e pedestres.
20
• SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança 
colocados na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, 
possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e 
pedestres que nela circulam.
• TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma faixa 
demarcada para outra.
• VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, 
compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central.
• VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos especiais 
com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos 
lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.
• VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente 
controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias 
secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.
• VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha 
necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, 
possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade.
• VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não 
semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas.
• VIA RURAL - estradas e rodovias.
• VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à 
circulação pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente 
por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão.
• VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias destinadas à 
circulação prioritária de pedestres.
• VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de 
terreno ou servir de passagem superior.
• VIA DE ABRANDAMENTO - via de trânsito resultante do alargamento da 
faixa de rodagem e destinada a permitir que os veículos que vão sair de uma 
via pública diminuam a velocidade já fora da corrente de trânsito principal.
21
• VIA DE ACELERAÇÃO - via de trânsito resultante do alargamento da faixa de 
rodagem e destinada a permitir que os veículos que entram numa via pública 
adquiram a velocidade conveniente para se incorporarem na corrente de 
trânsito principal.
• VIA DE SENTIDO REVERSÍVEL - via de trânsito afeta alternadamente, 
através de sinalização, a um ou outro dos sentidos de trânsito.
• VIA DE TRÂNSITO - zona longitudinal da faixa de rodagem, destinada à 
circulação de uma única fila de veículos.
• VIA EQUIPARADA A VIA PÚBLICA - via de comunicação terrestre do 
domínio privado aberta ao trânsito público.
• VIA PÚBLICA - via de comunicação terrestre afeta ao trânsito público.
• VIA RESERVADA A AUTOMÓVEIS E MOTOCICLOS - via pública onde 
vigoram as normas que disciplinam o trânsito em auto-estrada e sinalizada 
como tal.
• ZONA DE ESTACIONAMENTO - local da via pública especialmente 
destinado, por construção ou sinalização, ao estacionamento de veículos. 
Logradouros públicos.
É o espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou 
estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, 
parques, áreas de lazer, calçadões.Quanto ao número de vias, o logradouro pode ser simples ou composto.
Logradouro simples: é constituído por uma única artéria, podendo ser de 
mão única ou de mão dupla.
 Logradouro composto: formado por duas ou mais artérias, normalmente 
pistas, cada uma das quais destinada ao tráfego que se processa numa 
determinada direção. 
22
Cruzamento e entroncamento.
O cruzamento é representado por uma interseção de duas vias em nível. Já 
o entroncamento, como vimos, é um tipo de cruzamento constituído pela junção ou 
bifurcação de vias públicas.
Os cruzamentos podem ser:
• Ortogonal 
• Obliquo
• Oblíquo-ortogonal
Os entroncamentos podem ser:
• Bifurcação
• Ortogonal
• Oblíquo
Características do local de ocorrência de tráfego.
Identificação do local
23
Mesmo sendo bastante simples o laudo pericial de acidente de tráfego, o 
subitem descrição do local deve começar com a indicação do local, a designação 
correta de onde ocorreu o evento. Vejamos os exemplos a seguir:
a) o acidente ocorreu no cruzamento da rua X com a rua Y;
b) o acidente ocorreu na rua X, em frente ao prédio de número Z;
c) o acidente ocorreu na rodovia Br ....., à altura do marco quilométrico de 
número Y (ou à altura do km X + Y metros).
A precisa identificação do local é a primeira tarefa do perito; primeiro para 
poder chegar ao mesmo, depois para possibilitar a posterior localização do acidente, 
caso se faça necessário.
Os logradouro públicos recebem designações oficiais e o trecho onde o 
acidente ocorreu deve ser referido em função de algo permanente, tendo-se 
presente que de fato, o acidente não ocorre num ponto, mas numa área. Não raras 
vezes o acidente começa num ponto e finaliza a dezenas de metros adiante.
 O perito também tem que ter sempre em mente que nem sempre a 
designação e adelimitação do local do sinistro é tarefa simples; às vezes trata-se de 
uma passagem de nível, da rampa de acesso de um viaduto, de um 
entroncamento de autopistas, do ramo de conexão (ligação na qual uma ou mais 
pistas são abandonadas ou adicionadas à rodovia ou onde duas pistas se dividem 
ou se juntam), rótulas, cruzamentos em niveis separados, do cruzamento de uma 
rua de mão dupla e outra de mão única ou zona de refúgio.
 Canalização de tráfego
24
Interseções em desnível - trombeta
Outro ponto também bastante importante a ser considerado é o sentido 
direcional em que o tráfego se processa: de norte para sul, de leste para oeste e 
vice-versa, etc. 
Quando se tratar de curvas, pode-se abandonar a classificação apresentada 
e simplesmente dizer, com menos precisão, que o veículo A trafega no sentido da 
cidade Y para a cidade Z, ou ainda no sentido geral da cidade X, e o veículo B em 
sentido oposto. Pode-se falar em curvaà direita (ou à esquerda), considerando-se 
osentido de marcha do veículo W.
Caracterísitcas do local
Como vimos, a identificação do local representa o seu enderteço, já a 
caracterização do local consiste na descrição de seus aspectos morfológicos.
Como podemos constatar no nosso dia a dia, uma via pode ter trechos com 
configurações diferentes por isso, nos registros constantes dos laudos periciais, 
deve-se fazer constar: no trecho consignado, no local do evento, no local do sinistro, 
etc., como nos exemplos:
• a rodovia X, no trecho consignado, é topograficamente reta, plana ...;
• a rua X, no local do evento, é representada pou um logradouro composto ....
Tipos de Superfícies de Rolamento
25
Além da topografia (reta ou curvas, plana, aclive, declive, etc.), outro fator de 
excepcional importância para a perícia é o tipo de superfície de rolamentoque a 
constitui.
Geralmente as superfícies das vias de tráfego, são constituídas por concreto 
asfáltico, paralelepípedo, concreto, calçamento, areia, barro, piçarra, etc.
É importante o material que constitui a superfície das vias, pois, existe uma 
diferença significativa da aderência da banda de rodagem dos pneus com o 
pavimento, para cada tipo de material, gerando comportamentos diversos dos 
veículos envolvidos em acidentes.
Sentido de tráfego
Quanto ao sentido de tráfego, as vias são de sentido único de circulação e 
vias com sentido duplo de circulação.
Vias de sentido único de circulação: são aquelas que permite a circulação 
de veículos num sentido único. 
Via de sentido único de circulação
Vias de sentido duplo de circulação: são aquelas que permite a circulação 
de veículos nos dois sentidos, possibilitando a ida e a vinda por uma mesma via.
Via de sentido duplo de circulação
Situação a priori do local
Condições físicas do pavimento
26
Aqui o perito determina o estado do pavimento, se estava seco, úmido ou 
molhado, com depósito de areia ou óleo, ou ainda, de qualquer substância capaz de 
modificar a aderência dos pneumáticos com o pavimento.
Defeitos do pavimento
 O perito no local do evento determinará se o pavimento está em perfeitas 
condições de uso ou se apresenta alguma irregularidade que possa ter contribuído, 
direta ou indiretamente, para a gênese do acidente; localizar e descrever buracos e 
outras irregularidades no pavimento e determinar se há razão para se acreditar que 
contriubuiu para o acidente; em certos casos, verificar o desnível ou depressão entre 
a borda da pista e o acostamento.
Visibilidade
Durante o levantamento do local, o perito deverá fazer o registro das 
condições de visibilidade, se é boa, regular ou nula. Determinar as obstruções de 
vista que são em geral veículos ou estacionados que podem tirar a visão dos 
motoristas: aterros, pontes, arbustos, estes também denominados obstruções fixas.
Determinar a visibilidade reduzida – aquela que geralmente é criada pela 
escuridão, neblina ou outras condições atmosféricas que se reduzem gradualmente 
à medida que o veículo se aproxima.
Os galhos de árvores podem obstruir temporariamente a visão de um 
semáforo ou placa de parada obrigatória.
A descaracterização de placa de para obrigatória pela fixação de cartaz ou 
cobertura, por qualquer outro meio, de seu campo de leitura, obnubilando a atenção 
dos motoristas para compreender e obedecer a mensagem da sinalização 
regulamentadora, em tempo e espaço suficientes para desenvolver um 
comportamento adequado ante a situação pretendida.
Para efeito de especificações e definição de parâmetros, a visibilidade 
proporcionada por automóveis é considerada aquela permitida pelo pára-brisa e pelo 
vidro traseiro, no caso deste último através do espelho retrovisor interno.
É importante que se saiba, que diferentes modelos de automóveis 
proporcionam diferentes campos de visão para o motorista e demais ocupantes do 
veículo. A evolução dos projetos de automóveis vem maximizando o aproveitamento 
27
dos campos de visão. Os pára-brisas curvos, incorporados a praticamente todos os 
mais novos modelos de automóveis, são muito mais eficientes do que os planos, 
como o do ‘fusca’, por exemplo, especialmente porque permitem uma melhor 
localização das colunas de sustentação do teto. As colunas costumam encobrir 
objetos de tamanho reduzido (como ciclistas e pedestres), principalmente quando o 
observador (motorista) se desloca em trajetórias curvas. 
As figuras mostram a visibilidade permitida por automóveis, ou seja, mostram 
os campos de visão que são adotados como parâmetros de projeto.
Alguns elementos ainda são pouco eficientes; é o caso dos limpadores de 
pára-brisas, que varrem uma área correspondente, em média, a apenas 2/3 daárea 
total do pára-brisa. É o caso também de assentos que não são ajustáveis na altura, 
pelo menos nos modelos básicos.
Há veículos, particularmente os modelos mais recentes, que proporcionam 
campos de visão mais amplos do que os mostrados na figura 2, mas a adoção 
daqueles valores ainda é recomendada porque eles abrangem a maioria dos 
automóveis em circulação. 
Às vezes, na reconstituição dos eventos ocorridos em interseções, necessário 
se faz a determinação da distância de visibilidade, que corresponde à linha de 
visada e pode ser determinada pela seguinte equação:
• d = (a² + b²)1/2 
28
Para um obstáculo parado, a distância simples da visibilidade é definida como 
distância mínima que um veículo pode parar, a partir do momento em que o 
condutor percebe o obstáculo, e é determinada pela equação:
• d = 5/3v + v²/2gf
Vejamos a explicação a seguir, para uma melhor compreensão da fórmula.
Onde:
d = é a distância mínima que um veículo pode parar, a partir do momento em 
que o motorista percebe o obstáculo parado;
dp = é a distância percorrida pelo veículo durante o tempo de percepção e 
ação;
ds = distância de segurança entre o veículo e o obstáculo;
df = distância percorrida pelo veículo durante a frenagem, na qual a energia 
cinética do veículo é anulada pelo trabalho de atrito entre o pneumático o leito da 
estrada.
29
Temos:
• dp = v.tp
Onde: 
tp = tempo de percepção e reação = 4/3 segundos;
v = velocidade do veículo (m/s)
temos:
dp = 4/3v ( em metros)
Sendo:
Ec = enerfia cinética;
T = trabalho de atrito
e sendo:
• Ec = ½ m.v² 
Sabendo-se que P = m.g ou m = P/g (g = gravidade (m/s²) e m = massa(kg))
temos que:
 Ec = ½(P/g)v²
O trabalho da força de atrito é dado por: T = Fat x df
Fat = μ x N ( μ = coeficiente de atrito e N = normal)
A força de atrito é proporcional à força de contato entre os dois corpos 
através de um coeficiente de atrito, cujo valor depende das superfícies em contato.
Força de atrito = Força de contato x coeficiente de atrito
Logo:
T = Fat x df = μ x N x df
Mas, sabemos que P = N (em Newton)
30
então, 
• T = μ x P x df
Fazendo-se: Ec = T, temos:
½(P/g)v² = μ x P x df
• df = v²/2gf
Admitindo-se ts = 1/3 segundos, temos:
• ds = v.ts
Finalmente:
• d = dp + df + ds
Substituindo dp, df e ds pelos valores encontrados anteriormente:
• d = 5/3v + v²/2gf
Para dois veículos trafegando em sentidos contrários a distância dupla de 
visibilidade será o dobro da distância mínima de visibilidade e pode ser considerada 
também como função das diferenças de velocidade entre os veículos.
Na verificação da distância de visibilidade em curva vertical convexa, admite-
se que o ponto de vista dos mostoristas esteja a 1,20 metros.
Na questão da distância de visibilidade em curva vertical côncava, à noite, a 
visibilidade fica restrita ao alcance dos faróis, compreendidos entre os ditos setores, 
conforme figura a seguir.
31
Regime de tráfego
Fluxo é o número de veículos que atravessa determinada seção da rodovia 
por unidade de tempo (veículo/h).
Dentro do que chamamos regime de tráfego é importante diferenciar dois 
conceitos que normalmente são confundidos são: contramão de tráfego e contramão 
de direção.aa
Contramão de tráfego – ocorre quando a unidade de tráfego desloca-se 
numa via de mão única, em sentido contrário à corrente de tráfego que se processa 
normalmente pela artéria.
Contramã de tráfego
Contramão de direção – ocorre quando uma unidade de tráfego, 
abandonando a faixa própria destinada ao fluxo de tráfego que se opera no sentido 
32
de seu deslocamento, para ocupar posição, ainda que momentânea, na faixa do 
tráfego que se processa em sentido oposto.
Contramão de direção
Condições a posteriori do local 
P osição de repouso dos veículos 
Num acidente de trânsito, o perito tem como principais objetivos definir o 
modo pelo qual o acidente ocorreu bem como, sua causa e, da forma mais precisa 
possível.
Com isso, surge a necessidade ao perito de registrar com muita precisão as 
posições finais de repouso no levantamento planimétrico, pois a posição associada 
a outros elementos é de fundamental importância na reconstituição do evento 
investigado.
O perito deve registrar juntamente com outros elementos, as fiéis posições 
relativas por meio de desenho (croqui), descrição e fotografia, podendo ainda, usar a 
filmagem. 
Deverá, se possível, ligar a posição a ponto de amarração a fim de dirimir 
eventual duvida quanto à exata localização.
Sítio de colisão
Também chamado de sítio de impacto, o sitio de colisão é a área do local 
onde se inicia o acidente de tráfego propriamente dito, a fase mecânica e concreta, 
aquela em que os veículos interagiram fisicamente. Indica a posição e a situação 
dos veículos no exato momento em que entraram em contato e, em correlação com 
as posições finais dos veículos e da orientação dos danos, indica o sentido e direção 
de marcha dos veículos.
Dentro desse conjunto de vestígios que podemos encontrar em um local de 
acidente de trânsito necessariamente devemos destacar o sítio de colisão.
33
O sitio de colisão é um vestígio secundário, ou seja, a sua determinação é 
feita a partir de outros vestígios. A área onde se constata desvio abrupto de marcas 
de frenagem, áreas onde se observa superposição de marcas de frenagem, 
presença de marcas de fricção e sulcagens concentradas juntamente com marca de 
frenagem possuem elementos que auxiliam na determinação de um sítio de colisão. 
É deseconselhado o uso do termo ponto de colisão, uma vez que se entende ser 
impossível demarcar na pista o exato ponto onde houve uma colisão, sendo então a 
nomenclatura sítio de colisão como sendo a mais adequada, por tratar a região 
como sendo uma área onde houve a colisão. Podendo ainda ser demarcada na pista 
uma área de colisão com seu respectivo ponto central.
Marcas de frenagem
Consiste em marca pneumática impressa na superfície asfáltica, 
caracterizada pelo desprendimento de material dos pneumáticos devido ao 
aquecimento quando da aplicação dos freios no processo de parada dos veículos.
Pode ocorrer em vias de terra batida, onde não se observa o desprendimento 
de material dos pneumáticos, mas fica evidente o revolvimento de terra no trecho 
em que o veículo percorreu no processo de desaceleração. Atualmente devido aos 
sistemas de freios do tipo ABS, a frenagem em superfície asfáltica, nos casos em 
que envolvem veículos com esses dispositivos não ficam tão evidentes.
A marca de frenagem deixada num local de acidente de tráfego poderá ser de 
fundamental importância para o perito na solução do sinistro. É uma das mais ricas 
fontes de informações concretas levantadas num local de sinistro.
O estudo das marcas de frenagem é de excepcional relevância, pois deflui na 
evidenciação das circunstâncias presentes ao acidente e no modo pelo qual este 
ocorreu, permitindo o conhecimento das posições do veículo, o sentido e a direção 
da sua trajetória, o ponto de percepção possível, o ponto onde o motorista começou 
a frear, o estado de funcionamento dos freios e pneumáticos [...], e fornece dados 
que possibilitam a dedução da velocidade da unidade de tráfego.
Permite ainda, a determinação da inevitabilidade do evento, quando o 
acidente ocorre em tempo e espaço inferiores aos limites mínimos necessários para 
34
a imobilização do veículo ou ainda, se, em determinadas circunstâncias, houve um 
comportamento inadequado por parte do motorista ou pedestre.
Freios ABS
Nos fins de 1991 foi introduzido em nosso paísum sistema de freios 
computadorizado, conhecido como ABS – Sistema de Freios Antibloqueante. 
Alguns dos principais fatores causadores de acidentes nas estradas e trechos 
urbanos estão diretamente associados às derrapagens e ao travamento das rodas 
em frenagens de emergência, quando o motorista tenta evitar uma colisão.
Quando ocorre o travamento das rodas, especialmente das rodas dianteiras, 
o motorista perde a dirigibilidade do veículo, que segue em linha reta ainda que ele 
tente desviar do obstáculo ou manter o veículo em curso.
A principal função do dispositivo é garantir que o automóvel obedeça à 
trajetória determinada pelo motorista, permitindo que o veículo desvie de eventuais 
obstáculos e reduza o espaço de frenagem. Segundo estudos realizados pela 
equipe de engenharia da Bosch, um veículo médio equipado com ABS, a 80 
quilômetros por hora, precisa de um espaço 20% menor para frear até parar. Ao 
evitar que as rodas travem durante uma freada brusca, o ABS melhora a 
performance de segurança do veículo, ajudando a prevenir acidentes.
“O objetivo principal do sistema ABS é desviar dos obstáculos e reduzir 
o espaço de frenagem”.
No ABS, cada roda do veículo é equipada com um sensor de movimento. 
Toda vez que uma delas ameaça travar, os sensores detectam o problema e enviam 
a informação para um processador central (igual ao de um computador). Numa 
fração de segundo, o processador transmite uma ordem para o sistema hidráulico, 
que imediatamente alivia a pressão dos freios das rodas que ameaçam travar, 
evitando que o veículo se desgoverne. 
Além de fazer constantemente sua auto-diagnose, o sistema permite que em 
caso de pane total do sistema elétrico, as funções do freio convencional sejam 
mantidas inalteradas, evitando assim riscos de perda dos freios caso o sistema ABS 
não esteja em funcionamento.
Vantagens: 
35
1) No molhado, o espaço de frenagem pode chegar à marca de 80% do 
espaço de frenagem para um mesmo modelo de carro, mas sem o ABS. Vinte por 
cento a menos é bastante significativo! Significa, por exemplo, a redução do espaço 
de frenagem de 50 para 40m.
2) Mantendo as rodas DESTRAVADAS durante uma frenagem emergencial 
(um momento de pânico para o condutor e seus passageiros), o condutor terá 
garantido a opção do desvio simultâneo, algo impossível se as rodas estivessem 
travadas. Essa é, sem dúvida, a grande vantagem do ABS.
Desvantagens:
Nenhuma relevante. Talvez o grande problema ainda seja o 
desconhecimento. Ao frear forte um veículo equipado com ABS o pedal tende a 
trepidar e ouve-se um ruído relativamente forte, característico do ABS. 
Desacostumadas com isso, as pessoas tendem a reagir ALIVIANDO a pressão no 
pedal, diminuindo assim a eficiência de funcionamento do sistema.
O que podemos dizer a respeito das marcas de frenagem deixadas pelo 
sistema de freios ABS é que elas são muito mais nítida em superfícies secas, 
devendo ser examinadas o mais rápido possível, vez que têm existência 
relativamente efêmera.
As marcas de frenagem por ABS têm características próprias diferentes das 
marcas de frenagem comum. Apresentam tonalidades mais claras, variando 
alternativamente ao longo da extensão, definindo-se seções mais claras e outras 
mais escuras, sem as estriações longitudinais paralelas das marcas comuns de 
frenagem.
As características morfológicas das marcas de pneumáticos, dependem da 
natureza e do estado do suporte em que são impressas. Podendo ser escuras num 
pavimento asfáltico novo, mais claras no pavimento asfáltico mais velho, e quase 
invisíveis no pavimento de concreto de cimento.
Derrapagem
Consiste em marca pneumática impressa na superfície asfáltica, 
caracterizada pelo desprendimento de material dos pneumáticos devido ao 
aquecimento quando da aplicação dos freios no processo de parada dos veículos. A 
36
derrapagem se diferencia da frenagem pelo seguinte aspecto: quando da 
derrapagem o veículo se encontra sob ação de dois movimentos, sendo um na 
direção longitudinal da unidade veicular e outro movimento na direção transversal, o 
que resulta em movimento oblíquo.
Fricção
A fricção se caracteriza por marcas de contato entre as partes metálicas de 
um veículo e uma superfície dura, asfalto ou concreto.
S ulcagens 
As marcas de sulcagens são produzidas pelo deslizamento de partes 
metálicas do veículo sobre o pavimento que formam uma espécie de sulcos. 
Normalmente, são produzidas a partir do sítio de colisão.
Como vimos, a sulcagem é decorrente do contato violento entre as partes 
metálicas de uma unidade veicular e a superfície asfáltica ou de concreto, 
caracterizada pela retirada de parte da camada da superficial da pista. A sulcagem 
demarca na pista um sulco, bem característico o que a diferencia das marcas de 
fricção, pelo aspecto de sua maior violência no contato entre a unidade veicular e o 
trecho da via.
O utras marcas produzidas por pneumáticos 
Trilhas: quando o veículo abandona a estrada, infletindo no terreno marginal, 
pode abrir trilhas inconfundíveis na vegetação rasteira, se houver, podendo estar 
acompanhadas de deformações do chão, por compressão da banda de rodagem, 
dependendo da compactação do solo, e de possíveis reproduções dos sulcos e 
saliências das bandas de rodagem dos pneumáticos, sinais também observados, 
com maior ou menor intensidade, em solos arenosos ou de cascalho;
Marcas de aceleração: produzidas por uma brusca aceleração do veículo, 
podendo ser devido ao início de uma marcha excessivamente veloz ou por brusco 
aumento de velocidade, operada através da mudança de marcha e aceleração. Tais 
marcas são produzidas unicamente pelas rodas do eixo motriz.
Marcas de rolamento: também ditas de rodas livres. As marcas de 
rolamento são conseqüência da própria rotação dos pneus sobre a superfície de 
37
rolamento. São os desenhos que ficam sobre o pavimento, particularmente, quando 
a banda de rodagem dos pneumáticos encontra-se molhada.
Marcas de pneumático vazio: são marcas produzidas de maneira irregular, 
ora com estreitamentos, ora com alargamentos e em ziguezague não uniforme em 
dimensões e direções. Difere das demais marcas, pois não são riscos paralelos 
longitudinais.
Marcas de choque: são marcas deixadas em outro veículo ou obstáculos 
verticais, tais como muros, defensas e meios fios; normalmente situadas a uma 
altura adjacente do meio do pneu, mais precisamente, da zona central da projeção 
vertical da banda de rodagem, ou, ainda, do meio do pneu, tomando-se como 
referência a reta que passa pelo diâmetro horizontal.
Marcas de deslocamentos laterais: num choque ou colisão excêntricos, isto 
é, quando a reta que passa pelo centro de gravidade do veículo não coincide com o 
suporte das forças-vivas geradas durante o sinistro, o veículo tem a tendência de 
derivar a sua traseira para um dos lados, podendo deixar marcas características 
desse movimento secundário no pavimento.
Marcas de arrastamento por impulsão: são as marcas de pneus resultantes 
da interação de dois veículos quando um desloca o outro longitudinalmente ou 
transversalmente, seja por impulsão ou arrastamento.
Quando se trata de marcas, cumpre alertar que existe uma gama delas que 
podem oferecer ao perito uma série de informações sobre um determinado acidente 
de tráfego. Assim sendo, o perito deverá tomar conhecimento detalhado das 
possíveis marcas resultantes do acidente para que possa ampliar o campo das 
analises técnicas e científicas.38
ESTUDO DAS SINALIZAÇÕES
A sinalização, importante sistema formado por dispositivos de controle, 
objetivando a segurança, fluidez e ordenação do trânsito, deverá ser colocada em 
posição e condições que a tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a 
noite, em distância compatível com a segurança do trânsito, conforme normas e 
especificações do CONTRAN.
Quanto à classificação os sinais de trânsito podem ser:
1) verticais;
2) horizontais;
3) dispositivos de sinalização auxiliar;
4) luminosos;
5) sonoros;
6) gestos do agente de trânsito e do condutor.
É importante saber, que Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após 
sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras ou de 
manutenção, enquanto não estiver devidamente sinalizada, vertical e 
horizontalmente, de forma a garantir as condições adequadas de segurança na 
circulação. Além disso, nas vias ou trechos de vias em obras deverá ser afixada 
sinalização específica e adequada.
Quanto a prevalência, a sinalização terá a seguinte ordem:
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros 
sinais;
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito
S inalização vertical 
A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária, que se utiliza de 
placas, onde o meio de comunicação (sinal) está na posição vertical, fixado ao lado 
ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente e, 
eventualmente, variáveis, mediante símbolos e/ou legendas pré-reconhecidas e 
legalmente instituídas. As placas, classificadas de acordo com as suas funções, 
podem ser de: advertência; indicação e regulamentação.
39
Um dos itens da prova teórica e eliminatória do processo de habilitação, a 
sinalização de trânsito pode pregar peças até entre os que acham que dirigem bem.
É que algumas placas não são comuns nas vias urbanas ou são bem 
específicas de determinadas rodovias. Resultado: tem motorista que, mesmo com 
bom tempo de estrada, jamais viu na prática certas sinalizações gráficas verticais.
As placas, assim como os demais tipos de sinalizações têm a finalidade de 
contribuir para o bom fluxo do trânsito e a segurança.
Sinalização de regulamentação
As placas de regulamentação têm por finalidade informar aos usuários das 
condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias. Suas mensagens 
são imperativas e seu desrespeito constitui infração.
Sinalização de advertência
Tem por finalidade alertar aos usuários da via para condições potencialmente 
perigosas, indicando sua natureza. Suas mensagens possuem caráter de 
recomendação.
Placas Especiais
São placas de advertência cuja função é chamar a atenção dos condutores 
de veículos para a existência ou natureza de perigo na via em razão da 
possibilidade de ocorrência de situação de emergência no local ou ainda de 
mudança na situação do trânsito que vinha se estabelecendo.
Obs.: Havendo necessidade de informações complementares, estas serão 
inscritas em placa adicional de forma retangular, colocada abaixo da de advertência 
com as mesmas cores dessa. Tal placa adicional poderá estar incorporada à 
principal formando uma só placa.
Sinalização de indicação
A sinalização de indicação tem por finalidade identificar as vias, os destinos e 
os locais de interesse bem como orientar condutores de veículos quanto aos 
percursos, os destinos as distâncias e os serviços auxiliares, podendo também ter 
como função a educação do usuário. Suas mensagens possuem um caráter 
meramente informativo ou educativo, não constituindo imposição. 
Sinalização horizontal
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É um subsistema da sinalização viária que se utiliza de linhas, marcações, 
símbolos e legendas, pintados ou apostos sobre o pavimento das vias.
Tem como função organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e 
orientar os deslocamentos em situações com problemas de geometria, topografia ou 
frente a obstáculos; complementar os sinais verticais de regulamentação, 
advertência ou indicação.
A sinalização horizontal é classificada em: marcas longitudinais, marcas 
transversais, marcas de canalização, marcas de delimitação e controle de 
estacionamento e/ou parada e inscrições no pavimento.
Diferentemente dos sinais verticais, a sinalização horizontal mantém alguns 
padrões cuja mescla e a forma de colocação na via definem os diversos tipos de 
sinais.
A sinalização horizontal se apresenta em cinco cores:
Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos opostos, na delimitação 
de espaços proibidos para estacionamento e/ou parada e na marcação de 
obstáculos;
Vermelha: utilizada na regulação de espaço destinado ao deslocamento de 
bicicletas leves (ciclovias). Símbolos (Hospitais e Farmácias/cruz);
Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido; na delimitação 
de espaços especiais, de trechos de vias, destinados ao estacionamento 
regulamentado de veículos em condições especiais; na marcação de faixas de 
travessias de pedestres; na pintura de símbolos e legendas utilizada na regulação 
de fluxos de mesmo sentido; na delimitação de espaços especiais, de trechos de 
vias, destinados ao estacionamento regulamentado de veículos em condições 
especiais; na marcação de faixas de travessias de pedestres; na pintura de símbolos 
e legendas;
Azul: utilizada nas pinturas de símbolos em áreas especiais de 
estacionamento ou de parada para embarque e desembarque;
Preto: utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a pintura.
Sinalização Horizontal Longitudinal
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Separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da pista 
destinada ao rolamento, a sua divisão em faixas, a divisão de fluxos opostos, as 
faixas de uso exclusivo de um tipo de veiculo, as reversíveis, alem de estabelecer as 
regras de ultrapassagem. De acordo com a sua função as marcas longitudinais são 
subdivididas nos seguintes tipos:
• linha seccionada: separa as correntes de tráfego em em condições favoráveis 
pode ser cruzada para a mudança de faixa, quando a faixa ao lado é de 
mesmo sentido ou para ultrapassagem, quando a via é de sentido duplo.
• Linha dupla contínua/seccionada: veta o cruzamento dos veículos que estão 
ao lado da linha contínua, permitindo o cruzamento dos veíulos que estão do 
lado da linha seccionada.
• Linha dupla contínua: proíbe o cruzamento por qualquer dos lados.
Sinalização horizontal
Ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os harmonizam com os 
deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, ou seja, adverte os condutores 
relativamente sobre a necessidade de reduzir a velocidade e indica a posição de 
parada, de modo a garantir sua própria segurança e a dos demais usuários da via. 
Como exemplo temos as linhas de retenção, as linhas de estímulo à redução de 
velocidade, as faixas de travessia de pedestres etc.
42
Linhas de retenção
Linhas de estímulo à redução de velocidade.
Faixa de travessia de pedestres
Marcação de cruzamentos rodociclovários
43
Marcas de canalização
Também chamadas de "Zebrado ou Sargento" orientam os fluxos de tráfego 
em uma via, direcionando a circulação de veículos pela marcação de áreas de 
pavimento não utilizáveis. Podem ser na cor branca quando direcionam fluxos de 
mesmo sentido e na cor amarela quando direcionam fluxos de sentidos opostos.
Marcas de delimitação
As marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ouparada 
delimitam e propiciam melhor controle das áreas onde é proibido ou regulamentado 
o estacionamento e a parada de veículos. São as linhas de indicação de proibição 
de estacionamento, as marcações e áreas para veículos específicos e outras 
marcações, inclusive de áreas para estacionamento.
Sinalização semafórica
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o 
controle do trânsito num cruzamento ou seção de via, através de indicações 
luminosas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/ou 
pedestres.
Características
Compõe-se de luzes de cores pré-estabelecidas, agrupadas num único 
conjunto, dispostas verticalmente ao lado da via ou suspensas sobre ela, podendo 
nestes casos serem fixadas horizontalmente.
44
PREFERÊNCIA ENTRE VEÍCULOS AUTOMOTORES
Normas de circulação
As regras e normas de circulação são os fatores primordiais que visam à 
regulamentação do trânsito. 
A circulação de veículos deverá ser executada pelo lado direito da via, salvo 
quando houver sinalização em contrário, reservando a esquerda para o 
deslocamento de veículos em maior velocidade e ultrapassagens. Numa pista com 
várias faixas de rolamento no mesmo sentido, os veículos maiores e mais pesados 
deverão ocupar a faixa da direita.
“Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo 
sentido são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior 
porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à 
ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade. 
O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu 
e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no 
momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as 
condições climáticas.
O condutor de um veículo deve ter uma visão ampliada dos veículos que 
estão na frente. Jamais deverá “colar” na traseira do outro veículo que trafega à sua 
frente. Sempre deverá manter a chamada distância de seguimento. 
- DISTÂNCIA DE SEGURANÇA 
Quando um condutor comete um erro, faz-se necessário um tempo para que 
os demais integrantes da via reajam. A melhor maneira de se prevenir em uma 
situação de emergência é manter um espaço entre o seu veículo e os outros que 
estão na pista.
45
2 segundos
Distância de seguimento
VER PENSAR AGIR
Nestes casos, o perito, deverá levar em consideração alguns elementos 
técnicos e, analisá-los de maneira eficiente para que possa relacionar ou não, a 
chamada distância de segurança, com a causa do acidente. São eles:
a) Distância de reação: é a distância percorrida por um veículo do momento 
em que seu condutor percebe algum tipo de perigo até a ação que ele vai executar. 
O tempo de reação varia com o tipo de pessoa, sua idade, etc. O tempo médio de 
reação é de um segundo (1s), em condições normais.
b) Distância de frenagem: é a distância a ser percorrida do momento em 
que o condutor aciona o pedal do freio até a parada do veículo. Varia de acordo com 
a velocidade e a carga do veículo. Quanto maior a carga e a velocidade, maior é a 
distância de frenagem. 
A distância de frenagem, como vimos, aumenta de acordo com a velocidade 
do veículo. Observe a tabela abaixo:
VELOCIDADE DISTÂNCIA DE FRENAGEM
40 Km/h 10m
50 Km/h 15m
60 Km/h 22m
70 Km/h 30m
80 Km/h 40m
90 Km/h 50m
100 Km/h 62m
110 Km/h 75m
120 Km/h 90m
c) Distância de parada: corresponde à distância percorrida do momento em 
que o condutor vê o perigo até quando ele pára o veículo. Varia de acordo com a 
velocidade. Corresponde à soma da distância de reação mais distância de 
frenagem. 
A distancia de parada (Dr + Df), pode ser definida com o seguinte cálculo:
Velocidade em km/h Cálculo Distância de parada
30 km/h 3 x 3 9 metros
60 km/h 6 x 6 36 metros
90 km/h 9 x 9 81 metros
110 km/h 11 x 11 121 metros
46
1 segundo 
 Este cálculo não mostra a realidade, apenas representa uma estimativa 
próxima da realidade. Contudo, poderá ser usado perfeitamente nos cálculos 
periciais, envolvendo acidente de tráfego. 
d) Distância de seguimento: é aquela distância mínima que o condutor deve 
manter entre o seu veículo e o que vai à sua frente. Deve corresponder à distância 
percorrida em dois segundos.
 Como estimar a distância de seguimento? 
Para você saber se está a uma distância segura dos outros veículos, vai 
depender do tempo (sol ou chuva), da velocidade, das condições da via, dos pneus 
e do freio do carro, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente.
Existem tabelas e fórmulas para você calcular esta distância, principalmente 
nas rodovias, mas como elas variam muito, e dependem além do tipo e peso do 
veículo, de outros fatores que também variam muito, o melhor é manter-se o mais 
longe possível (dentro do bom senso), para garantir a sua segurança.
Porém, para manter uma distância segura entre os veículos nas rodovias, 
sem a utilização de cálculos, fórmulas ou tabelas, vamos lhe ensinar a usar "o ponto 
de referência fixo":
− Observe a estrada à sua frente e escolha um ponto fixo de referência (à 
margem) como uma árvore, placa, poste, casa, etc.
− Quando o veículo que está à sua frente passar por este ponto, comece a 
contar pausadamente: cinqüenta e um, cinqüenta e dois. (mais ou menos 
dois segundos).
47
2 segundos
− Se o seu veículo passar pelo ponto de referência antes de contar 
(cinqüenta e um e cinqüenta e dois), deve aumentar a distância, 
diminuindo a velocidade, para ficar em segurança.
− Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após você ter falado as 
seis palavras, significa que a sua distância, é segura.
− Este procedimento ajuda você a manter-se longe o suficiente dos outros 
veículos em trânsito, possibilitando fazer manobras de emergência ou 
paradas bruscas necessárias, sem o perigo de uma colisão. 
Em caso de chuva, aumente o tempo para quatro segundos (4s). 
Atenção: Esta contagem só é válida para veículos pequenos (até 6 metros) e 
na velocidade de 80 e 90 km e em condições normais de veículo, tempo, estrada.
Os usuários das vias terrestres devem abster-se de todo ato que possa 
constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, 
ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas; e abster-se de obstruir 
o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via objetos 
ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o 
com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Prioridade de passagem
Segundo os preceitos normativos do CTB, a seqüência de preferência entre 
os protagonistas do trânsito é:
Primeiro: pedestres;
Segundo: veículos que se deslocam sobre trilhos e 
bicicletas;
Terceiro: veículos automotores.
• Preferência dos pedestres
Os pedestres terão como normas dentro da preferência as seguintes:
É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens 
apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, 
podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para 
outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
48
Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível 
a utilização destes, a circulação de pedestres na pista de rolamento será feita com 
prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locaisproibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.
Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for possível 
a utilização dele, a circulação de pedestres, na pista de rolamento, será feita com 
prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido 
contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e 
nas situações em que a segurança ficar comprometida. 
Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de 
segurança, levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a 
velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas.
Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas 
para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização 
semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições do CTB.
Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem 
será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo 
em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.
• Preferência de veículos que trafegam sobre trilhos
Os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem 
sobre os demais.
• Preferência das bicicletas
O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em 
direitos e deveres.
As bicicletas terão preferência de passagem sobre os veículos automotores 
ao ocupar ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, ou quando não for possível a 
utilização destes, demandarem nos bordos da via e no mesmo sentido de circulação 
a esta destinada. 
É importante dizer ainda, que a autoridade de trânsito com circunscrição 
sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo 
dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.
49
• Preferência entre veículos automotores
De acordo com o CTB, a ordem de preferência entre os veículos automotores 
é a seguinte:
1. Veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas 
as demais normas de circulação;
2. Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os 
de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade 
de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em 
serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos 
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, em 
conformidade com as demais regras;
3. Os veículos que trafegam por via em que há sinalização pare ou dê 
preferência deverão dar passagem aos demais;
4. Os veículos que manobra para entrar ou sair de fila de veículos estacionados 
devem dar preferência de passagem a pedestres e a outros veículos;
5. Quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de 
local não sinalizado, terá preferência de passagem:
1. no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver 
circulando por ela;
2. no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
3. nos demais casos, o que vier pela direita do condutor (regra da mão 
direita).
Vejamos alguns exemplos de regras de preferência em cruzamentos:
O veículo A tem preferência de passagem sobre o veículo B que demanda 
pela direita (regra da mão direita).
50
O veículo B tem preferência sobre A, pois o veículo A tem à frente a 
sinalização de parada obrigatória.
O veículo B tem preferência sobre o veículo A, pois está na rodovia em que o 
veículo A vai entrar.
Analogamente, numa bifurcação, são observados os mesmos preceitos 
legais. Nos exemplos que se sucedem, a preferência pertence ao veículo que vem 
da direita.
51
O veículo A tem preferência sobre o veículo B.
• Outras considerações a respeito das normas gerais de circulação e 
conduta
Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de 
ultrapassá-lo, deverá: se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para 
a faixa da direita, sem acelerar a marcha; se estiver circulando pelas demais faixas, 
manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. Os veículos 
mais lentos, quando em fila, deverão manter distância suficiente entre si para 
permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com 
segurança. 
O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte 
coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, 
deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo 
com vistas à segurança dos pedestres.
O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de 
direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade 
suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de 
pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem.
O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que 
pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, 
precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua 
velocidade.
Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o 
condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, 
52
por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto 
convencional de braço. 
Entende-se por deslocamento lateral a transposição de faixas, movimentos de 
conversão à direita, à esquerda e retornos.
O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro a essa 
via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam 
transitando.
Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de 
retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o 
condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com 
segurança.
Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder 
passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário 
pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de 
passagem.
Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto 
determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais 
apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e 
fluidez, observadas as características da via, do veículo, das condições 
meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.
Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve 
demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que 
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos 
que tenham o direito de preferência.
Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum 
condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a 
imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do 
trânsito transversal.
Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no leito 
viário, em situação de emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização 
de advertência mantendo a distância mínima de 30 metros da traseira do veículo. 
53
Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao 
tempo indispensável para embarque

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