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SLIDE DIREITO CIVIL V IVANESIO

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DIREITO CIVIL V - DIREITO DAS COISAS - POSSE
OBS: Material de 22 / 03 / 2010
3 – POSSE.
3.1. Fundamentos da Posse: jus possidendi e jus possessionis. 
- Jus possessionis: é posse formal / autônoma / sem título.
- Jus possidendi: é posse causal / com título.
Ex: é a posse de quem é o proprietário (ou do contrato de locação),
3.2. Teorias sobre a Posse.
- Teoria Subjetiva de Savigny: Posse, para Savigny, era o poder sobre uma 
coisa com o propósito de tê-la para si. 
Subjetiva = animus (intenção de tê-lo para si) + corpus (poder, contato sobre 
a coisa). 
- Teoria objetiva Ihering: Para Ihering, o animus não seria um elemento 
autônomo e destacável do corpus. 
Objetiva = corpus (conduta de dono). 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o 
exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à 
propriedade.
 Cuidado com a simples Detenção: A detenção é a posse desqualificada 
pela lei. Artigo 1.198
3.3 – Classificação da Posse.
1) Quanto ao exercício : (art. 1197, do CC/02)
a) Direta: mantém contato material com a coisa. Ex: locação; 
locatário - contato direto; locador – contato indireto
b) Indireta/Derivada: exerce posse sem manter tal contato 
imediato.
2) Quanto à existência de Vício – art. 1200, do CC/02;
a) Justa: é justa a posse que não for violenta, clandestina ou 
precária.
b) Injusta
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
3) Quanto ao elemento psicológico . Arts. 1201, 1202, do CC/02
a) Boa-fé : exemplo de boa-fé subjetiva – art. 1201, do CC/02.
b) Má -fé
4) Quanto ao tempo . 
a) Nova : tem menos de ano e dia.  tenho direito à liminar
b) Velha : tem mais de ano e dia
o Violenta
o Clandestina
o Precária
Mesmo estando revogados os artigos 507 e 508 do CC/16, admite-se tutela 
liminar nas ações possessórias, por aplicação do art. 924 do CPC. (Nelson 
Nery Jr. – Joel Dias Jr. – Freddie Didier Jr.)
Art. 924, do CPC – Liminar. Posse nova é aquela considerada dentro do 
período de ano e dia, em que há o manejo da Ação Possessória ou 
manutenção de posse. Fora desse prazo perde-se o direito a liminar, mas as 
Ações Reais prescrevem apenas após 10 anos. 
Art. 924. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse 
as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da 
turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, 
contudo, o caráter possessório.
 Outras Classificações:
OBS 1: Posse civil ou jurídica - é aquela que transferida por simples cláusula 
de negócio jurídico, na própria escritura. Posse natural: exercício de poderes 
de fato.
OBS 2: Composse é a posse exercida em conjunto por mais de uma pessoa. 
Posse paralela: direta e indireta. Artigo 1.199 CCB
3.4 - Aquisição e Perda da posse
 Aquisição da Posse.
a. Modos de aquisição.
- originário: 
- derivado: 
Obs.: Principais conseqüências desta classificação:
- transferência de características: art. 1.203 CCB. 
- união entre as posses: art. 1.207 CCB.
b. Meios de Aquisição Originário: 
- apreensão da coisa: 
- exercício de direito:
 
c. Meios de Aquisição Derivado:
- Tradição: 
 Espécies
- Sucessão: 
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; 
e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os 
efeitos legais.
d. Quem pode adquirir?
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante;
II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
Obs.: absolutamente incapaz tomando posse? 
o Real
o Simbólica
o Ficta
 Perda da Posse. Artigo 1.223 CCB.
- abandono: ocorre quando o possuidor renuncia à posse.
- tradição.
- perda (propriamente dita) da coisa: ‘pássaro que foge’.
- destruição da coisa.
- pela posse de outrem.
3.5 - Efeitos da posse
- proteção possessória;
- percepção de frutos;
- indenização por benfeitorias;
- usucapião;
- responsabilidade pela deterioração da coisa.
 Percepção de Frutos.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos 
percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem 
ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; 
devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, 
logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e 
percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o 
momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção 
e custeio.
 Responsabilidade pela Deterioração da Coisa.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da 
coisa, a que não der causa.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da 
coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, 
estando ela na posse do reivindicante.
 Indenização por Benfeitorias.
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias 
necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem 
pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá 
exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias 
necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem 
o de levantar as voluptuárias.
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao 
ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem.
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de 
má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor 
de boa-fé indenizará pelo valor atual.
 Proteção Possessória.
 Autodefesa:
- Legítima Defesa: caso de turbação.
- Desforço Imediato: caso de esbulho.
Art. 1.210, § 1o CCB. O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se 
ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de 
defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, 
ou restituição da posse.
 Heterocomposição: Poder Judiciário resolvendo os conflitos possessórios.
# Espécies de ações possessórias:
- Ação de Manutenção da Posse; 
- Ação de Reintegração da Posse: 
- Ação de Interdito Proibitório: 
Ação de Reintegração de Posse:
Enunciado 80: Art. 1.212: É Inadmissível o direcionamento de demanda 
possessória ou ressarcitória contra terceiro possuidor de boa-fé, por ser parte 
passiva ilegítima, diante do disposto no art. 1.212 do novo Código Civil. Contra 
o terceiro de boa-fé cabe tão-somente a propositura de demanda de natureza 
real.

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