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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
Eliandra da Cunha Bastos Brum
 
 
 
 
 
O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
A superlotação carcerária e a ressocialização do preso e possíveis soluções
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Niteroi
 2017.2
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
Eliandra da Cunha Bastos Brum
 
 
 
 
 
O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
A superlotação carcerária e a ressocialização do preso e possíveis soluções
 
 
 
 
 
Trabalho Científico apresentado à Universidade Estácio de Sá, como requisito final para obtenção do Diploma de Graduação em Direito. 
 
 
 
Profª. Orientadora: CRISTIANE DUPRET FILIPE PESSOA, Me. 
 
 
 
 Niterói 
2017.2 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
O presente estudo trata, da crise no sistema prisional brasileiro. Demonstra que a superlotação carcerária, tem sido o colapso desta crise, tornando o sistema prisional o principal produtor do foco de violência. Os fatores geradores desta crise entre eles são; a superlotação carcerária, a infraestrutura precária nas celas, os locais insalubres, os presos provisórios colocados com presos condenados, presos que cometeram delitos leves, juntos com presos que cometeram delitos graves. A superlotação nos presídios, tem impedido a função social da pena, que tem como principal objetivo a ressocialização do preso. Constata-se neste trabalho que Lei de execuções penais também não tem sido aplicada de maneira correta e ainda que, o estado tem contribuído para a crise no sistema carcerário, quando não cumpre a LEP. Relata também que, a falta de treinamento adequada do pessoal penitenciário, a privação cautelar de liberdade também tem contribuído para o aumento da superlotação carcerária. Sugere-se no presente estudo a humanização do preso, que é o modelo seguido pela APAC (Associação e proteção de assistência ao Condenado) , oferecendo estudo, cursos profissionalizantes e ocupação profissionais como foco na ressocialização. 
 
 
 
Palavras-Chaves: Sistema prisional. Superlotação. Ressocialização.
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
1 
 
1 
 
 
Introdução. 1 O Sistema Prisional Brasileiro 1.1 A superlotação carcerária e a ressocialização do preso. 2. A ingerência do Estado contribui para a crise no Sistema prisional 2.1 O despreparo de pessoal Penitenciário. 3. O uso indiscriminado da privação cautelar de liberdade contribui para o aumento da população carcerária. 4 A ressocialização está sendo deixada para segundo plano. 5. Formas possíveis da eficácia da ressocialização no sistema carcerário. 6. Conclusão. 7. Referências Bibliográficas 
 
 INTRODUÇÃO 
 
Até o século XVIII , o código penal era manifesto por penas perversas e brutal, não havia a privação da liberdade como penalidade , mas como custódia para garantia para que não houvesse a fuga do preso , e constantemente usava métodos de tortura , considerada ilegítima. 
 O progresso da função de reintegração social da pena privativa de liberdade no Brasil foi trabalhoso. 
Com o surgimento do Código Penal de 1.890 que veio a surgir um sistema penitenciário progressivo. 
 Com a promulgação do Código de 1.940, a pena ainda possuía caráter retributivo, no entanto a concepção de reeducação, ressocialização ou reintegração social já havia propagada seu primordial objetivo. O referido diploma demonstrava o cuidado de assegurar progressivamente a reinserção do condenado na vida social. 
No entanto, destacava o trabalho com “caráter educativo”, foi adotado também no código de 1.940 no seu artigo 42 um sistema de individualização judicial das penas. 
 Ainda assim somente com o surgimento da Lei nº 3.274, de 02.10.1957, revogada pela lei 7.210, de 1984, é que com precisão, pode se afirmar que a pena privativa de liberdade tenha introduzido de uma forma bem estruturada, a função de ressocialização dos apenados. 
A presente lei representou que visava a humanização, foi de forma inequívoca e foi muito criticada por não estipular sanções para o descumprimento dos seus atos. 
A lei em questão previa também, a educação moral, intelectual, física, e profissional aos condenados, e também assistência social a eles e suas famílias e também tinha direito os que estavam em liberdade condicional e aos egressos definitivos na prisão; o trabalho deveria ser obrigatório e visaria, ainda, o objetivo educativo e correcional. 
Neste sentido, apesar de o descumprimento da maioria, ou quase todas as normas contidas no dispositivo da lei 3.274, no ponto de vista jurídico-formal, já se podia fazer menção de uma possível função de ressocialização ou reintegração social das penas privativas de liberdade 
A ressocialização é a “humanização” do indivíduo enquanto fica recluso no sistema prisional. 
Este presente trabalho tem como objetivo em realizar, um estudo sobre o sistema prisional brasileiro e a superlotação carcerária, passando posteriormente a analisar o impacto negativo que a superlotação carcerária, gera a ressocialização do preso. 
O presente trabalho, merece ser investigado, pois, trata-se de tópicos relevantes sobre a crise no Sistema Prisional Brasileiro, gerado pela superlotação carcerária, a qual contribui para o foco da violência no sistema carcerário, impedindo a função social da pena. 
O presente projeto é de grande relevância, para toda a sociedade e para o recluso, visto que, o Brasil não adota a prisão perpétua e sendo assim, cedo ou tarde o condenado, retornará a sociedade. 
O presente trabalho é bastante explorado, pois o assunto é relevante para toda a sociedade. 
Este projeto se divide em 5(cinco) seções: Na primeira seção, trata da superlotação carcerária e a Ressocialização do preso, e a crise que o sistema prisional se encontra, e o que superlotação gera no efeito socializador da pena. 
Na segunda seção, trata, da ingerência do estado e sua contribuição para a crise no sistema prisional, também trata a falta de treinamento de pessoal penitenciário e quais as suas consequências. 
Na terceira seção, trata do uso indiscriminado de privação cautelar de liberdade, e o efeito que gera para o aumento da superlotação carcerária. 
A quarta seção trata da ressocialização que está sendo deixada para o segundo plano, por falta de investimentos e políticas eficazes. 
Na quinta seção trata da eficácia da ressocialização no sistema carcerário e a ocupação dos presos em atividades profissionais. 
A metodologia observada ao longo do trabalho é a pesquisa bibliográfica em livros, artigos, periódicos,revistas , matérias de jornais, jurisprudência ,legislação, documento jurídico em meio eletrônico , artigo publicado em meio eletrônico. 
Espera-se que, com o desenvolvimento do presente trabalho, que toda a sociedade tenha uma visão mais ampla da crise que se encontra o sistema prisional brasileiro e se concientize da importância da ressocialização do preso para o bem de toda a sociedade. 
 
 
1 O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO 
 
A crise no sistema prisional brasileiro é notória, a superlotação carcerária se tornou um dos colápso desta crise, fazendo com que os presídios gerem focos de violência. 
Segundo dados do CNJ o Brasil é o terceiro país do mundo em polução carcerária, possuindo em 2014, 563.526 presos, e contabilizando as prisões domiciliares a população carcerária contava com 711.463 presos.1 
Os fatores que contribuem para o aumento da violência interna e o crescimento das facções criminosas nos presídios são: A superlotação carcerária, a infraestrutura precárias nas celas, os locais insalubres, os presos provisórios colocados com presos condenados, presos que cometeram delitos leves , juntos com presos que cometeram delitos graves. 
Os sistema prisional brasileiros tornou-se um sistema que produz a violência, prova disso é o massacre que ocorreu no início do ano de 2017,em Manaus no norte do país, que resultou na morte de 60 presos, numa rebelião. “ Para os ministros Marco Aurélio e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, juízes e advogados, as mortes têm como causa, em última instância, o punitivismo ‘do Estado.2 
 
 Afirma Greco que: 
 
A superlotação carcerária é um mal que corrói o sistema penitenciário. O movimento de lei e ordem, ou seja, a adoção de um Direito Penal máximo, a cultura da prisão como resolução dos problemas sociais têm contribuído, enormemente, para este fenômeno3 . 
 
MONTENEGRO, Manuel. Agência CNJ de Notícias Online,Brasília , 05 jun. 2014. Disponível em <http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/61762-cnj-divulga-dados-sobre-nova-populacao-carcerariabrasileir>. Acesso em : 29 set. 2017. 
VASCONCELLOS , Marcos de. Revista Consultor Jurídico online, 03 Jan. 2017. 
 Disponível em <https://www.conjur.com.br/2017-jan-03/massacre-prisao-manaus-resultadopunitivismo-estado> . Acesso em 06 Nov. 2017 
3GRECO , ROGÉRIO apud, ABREU, Fabiano da Silva ; MORAES, Rafael Dias de. A crise do sistema penitenciário brasileiro e possíveis soluções. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVIII, n. 143, dez 2015 Disponível em : 
<http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16666 >. Aceso em : 23 out. 2017. 
 
 
 
 
Afirma , Rodrigues que : 
 
 
(...) a realidade no nosso sistema carcerário é muito diferente daquilo que se pode chamar de humano, pois as condições precárias e calamitosas da imensa maioria das penitenciárias, violam diariamente e de forma direta os Diretos Humanos Fundamentais já que em seu interior nem de longe há qualquer traço de respeito à dignidade humana.4
 
 
 
Conforme apresentado, a superlotação carcerária tem sido o mal que corrói o sistema, gerando a violência, mas a pena ela deve existir, pois é necessária para garantir o equilíbrio e a ordem, mas tem que respeitada a dignidade da pessoa humana, ou seja os direitos humanos. 
 
 
	1.1 	A superlotação carcerária e a ressocialização do preso 
 
Os estabelecimentos penais é o meio pelo qual o condenado cumpre a pena, mas é imprescindível que a pena possua, de forma eficaz o caráter ressocializador , e que o condenado seja tratado de forma humanista, para que após o cumprimento da pena, volte a sociedade de forma mais segura, tanto para condenado quanto para a sociedade, mas na prática não tem acontecido desta forma. 
 
 
 
Sustenta Santos que: 
 
(...) a reeducação objetivada pelo Estado, na prática, não acontece, pois o que tem sido a principal preocupação do sistema penitenciário ao receber um indivíduo condenado não é a sua reeducação, e, sim, a privação de sua a privação de liberdade permite fazer funcionar no sistema legal. Em suma, 
 
RODRIGUES, Cristiano.Temas controvertidos de direito Penal. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2010,p. 26 
 
 
o encarceramento penal, desde o início do século XIX, recobriu ao mesmo tempo a privação de liberdade e a transformação técnica dos indivíduos.5 
 
 
A LEP normatiza em seu texto que as penitenciárias e cadeias públicas terão, necessariamente celas individuais, todavia é notório que o sistema carcerário brasileiro não se ajustou a visão da LEP. 
A Lei de execuções penais, traz em seu texto que a penitenciária é o estabelecimento penal destinado a pena de reclusão, em regime fechado, devendo o mesmo ser alojado em cela individual que contenha dormitório, aparelho sanitário e lavatório, porém tal previsão legal não é respeitada na realidade carcerária brasileira6. 
 Segundo Marcão, O sistema prisional é desprovido e utópico da realidade normatizada pelo legislador.7 
Vale destacar, que a superlotação carcerária também decorre de falta de investimentos estatais de políticas públicas eficientes e justas, com vista ao bem estar da sociedade, sustenta Greco que: 
 
 O estabelecimento do Estado Social e o necessário processo de diminuição das figuras típicas, nos termos propostos pelo Direito Penal do Equilíbrio, farão com que diminuam os índices da criminalidade violenta, aparente, bem como permitirão ao Estado ocupar-se daquela considerada a mais nefastas de todas, quase sempre oculta , mas organizada8. 
 
 
 
Entende-se pelo os argumentos discorridos que a Lei de Execuções Penais não vem sendo cumprida no sistema prisional brasileiro, e tem que haver um equilíbrio e o estado tem que fazer valer o que foi normatizado. 
 
 
SANTOS , apud, BACCARINI, Sônia de Oliveira Santos. p.2 . O sistema prisional brasileiro e a Ressoalização. Maio. 2012. Disponível em : 
<http://www.iptan.edu.br/publicacoes/saberes_interdisciplinares/pdf/revista10/SISTEMA_PRISIONAL.
pdf>Acesso em 02 Nov. 2017. 
 
BRASIL. Lei de execução Penal. Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984. 
 
MARÇÃO, Renato. Curso de Execução Penal. 8ª Ed. Ver e atual. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 172 8 GREGO, Rogério. Direito Penal do Equilíbrio: uma visão minimalista do Direito Penal. 6a Ed. Niterói: Impetrus, 2011, P. 165 
 
2 A INGERÊNCIA DO ESTADO CONTRIBUI PARA CRISE NO SISTEMA PRISIONAL 
 
A ausência da presença de forma eficaz do Estado, a falta de investimento, criando políticas públicas voltadas a ações de melhoria a curto prazo e a longo prazo, no sistema carcerário, tem sido uma das principais causas da crise no sistema carcerário. 
“O Estado é o grande responsável pela gravíssima crise que afeta, há décadas, o modelo penitenciário tal como praticado no Brasil” A afirmação é do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello. Para ele, o poder público subverte a função ressocializadora da pena quando “transgride a essencial dignidade do sentenciado, que tem o direito de receber (e de exigir) do Estado justo e digno tratamento penitenciário.
 
 O artigo 10 da LEP relata que “ A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade” [1: BRASIL. Lei de execução Penal. Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984. ]
Greco afirma que: 
 
 (...) no Brasil, apesar da existência, pelo menos na teoria, de que existem complexos penitenciários de segurança máxima, a corrupção dos funcionários que atuam no sistema penitenciário permite que, de dentro das cadeias, se controle o crime organizado e que atualmente, existem muitos detentos, considerados líderes de facções criminosas, atuando de dentro dos presídios, tendo como exemplo o PCC (Primeiro Comando da Capital) do Estado de São Paulo e as já conhecidas facções cariocas, como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando. O renomado doutrinador lembra que no ano de 2006, o preso chamado Marcos Wilians Herbas Camacho, nacionalmente conhecido como “Marcola”, liderou uma rebelião simultânea em 73 presídios do Estado de São Paulo, além de uma onda de atentados em todo o Estado, no qual 82 ônibus foram queimados, o comércio teve de fechar suas portas e as pessoas ficaram com medo de sair de suas casas, causando pavor a 11 milhões de paulistanos, ocasionando também a morte de 152 pessoas, dentre elas, policiais, cidadãos e bandidos. [2: GRECO , ROGÉRIO apud, ABREU, Fabiano da Silva ; MORAES, Rafael Dias de. A crise do sistema penitenciário brasileiro e possíveis soluções. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVIII, n. 143, dez 2015 Disponível em : <http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16666 >. Aceso em : 23 out. 2017. ]
Compreende-se que o estado não tem feito fazer valer a Lei de execuções penais e não tem priorizado a assistência ao preso e a função social da pena, e também , não tem domínio dos detentos e dos seu funcionários penitenciários . 
 
2.1 O despreparo de pessoal Penitenciário 
 A falta de treinamento e ações afirmativas para preparação de pessoal também têm contribuído para a crise no sistema prisional.Segundo Marcão o despreparo de pessoal penitenciário com o número elevado de ausência de vagas em estabelecimento adequado ampliam as deficiências do sistema penal[3: MARÇÃO, Renato. Curso de Execução Penal. 8ª Ed. Ver e atual. São Paulo: Saraiva, 2010. p. ]
A América Latina não têm sido referência em questões de presídios . 
 
Greco diz que : 
 
 
(...) os presídios da América Latina, incluindo o Brasil, foram transformados em verdadeira “fábrica de presos”, esquecidos ali pelo Estado. O referido autor salienta que a superlotação carcerária passou a ser a regra das prisões, que acompanhado com ela, vieram as rebeliões e a prática de diversos atos criminosos no interior do próprio sistema penitenciário, cometidos pelos próprios detentos, como também pelos servidores do sistema prisional. [4: GRECO , ROGÉRIO apud, ABREU, Fabiano da Silva ; MORAES, Rafael Dias de. A crise do sistema penitenciário brasileiro e possíveis soluções. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVIII, n. 143, dez 2015 Disponível em : <http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16666 >. Aceso em : 23 out. 2017. ]
 
 
(...)a compreensão de que, enquanto persistirem as causas geradoras da criminalidade violenta, enquanto não se reformular o sistema penal brasileiro – destinando-se os presídios somente aos efetivamente perigosos -, nenhum Governo conseguirá equilibrar o sistema penitenciário. A solução está, assim, integrada à reorganização do Estado, ao estabelecimento de políticas públicas eficientes e justas, com vistas ao bem-estar de toda a sociedade. 
 
As palavras acima foram ditas há cerca de duas décadas pelo então ministro da Justiça (1992-1994) e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara dos Deputados, em mais uma de tantas investigações sobre a situação do sistema penitenciário brasileiro. [5: VASCONCELLOS , Marcos de. Revista Consultor Jurídico online, 03 Jan. 2017. Disponível em : < https://www.conjur.com.br/2017-jan-03/massacre-prisao-manaus-resultado-punitivismo-estado > . Acessado em 06 Nov. 2017. ]
 
3 O USO INDISCRIMINADO DE PRIVAÇÃO CAUTELAR DE LIBERDADE 
CONTRIBUI PARA O AUMENTO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA 
 
 A privação cautelar de liberdade é um dos fatores de aumento da população carcerária no Brasil, visto que o levantamento feito pelo Plano de Ação da Reunião Especial de Jurisdição elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça em Janeiro de 2017, foi constatado que dos 654,37 (Seiscentos e cinqüenta e quatro mil e trinta sete presos) , 221,054 (Duzentos e vinte e um mil e cinco presos) presos eram provisórios. 
Para Abreu e Moraes, 
 
 
(...) o uso indiscriminado de privação cautelar de liberdade, ou seja, de pessoas que aguardam presas os seus julgamentos, tem uma contribuição decisiva para a situação atual de superlotação do sistema carcerário. Muitas vezes, essas pessoas, que aguardaram presas o seu julgamento, foram absolvidas, ou seja, foram privadas ilegalmente do seu direito de liberdade [6: GRECO , ROGÉRIO apud, ABREU, Fabiano da Silva ; MORAES, Rafael Dias de. A crise do sistema penitenciário brasileiro e possíveis soluções. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVIII, n. 143, dez 2015 Disponível em : <http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16666 >. Aceso em : ][7: out. 2017. ]
. 
 
No que diz respeito às prisões provisórias, não é errôneo lembrar o número de presos provisórios, aproximadamente 250 mil pessoas, que estão presas sem terem sido condenadas definitivamente por uma sentença transitada em julgada. Número que segundo dados do CNJ equivalem mais ou menos ao déficit de vagas no sistema. [8: YAROCHEWSKY, Leonardo Isaac. Caos no sistema penitenciário: propostas efetivas para reverter a crise. 2017. Disponível em : <http://justificando.cartacapital.com.br/2017/01/17/caos-no-sistema- nitenciariopropostas-efetivas-para-reverter-crise2> . Acesso em : 24 Out. 2017. ]
 A prisão preventiva é a garantia da ordem pública, agora mais do que nunca a prisão preventiva deverá ser decreta quando não tiver outro meio menos gravoso para cumprimento da medida, passando a ser a última ratio entre as medidas cautelares. 
 
 
Sustenta Rodrigues : 
 
 
A intervenção mínima se destina, em via de regra, a limitar a atuação do direito penal na vida em sociedade, vinculando a criminalização das condutas e restringindo a produção legislativa em matéria criminal somente a situações em que isto seja estritamente necessário. Assi, podemos entender por que se afirma que o direito penal é a última ratio (última alternativa , última forma , último meio) para a tutela de bens jurídicos. [9: RODRIGUES, Cristiano .Temas controvertidos de direito Penal. 2ª Ed. Rio de Janeiro : Forense, 2010,p. 26, p. 22. ]
 
 
 
Compreende-se que, não deve haver a prisão cautelar por qualquer motivo antes da sentença condenatória, sendo a prisão a última alternativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. A RESSOCIALIZAÇÃO ESTÁ SENDO DEIXADA PARA O SEGUNDO PLANO 
 
 
Os estabelecimentos prisionais, é o direito de punir estatal e de penalizar criminosos, no entanto a pena tem que cumprir a sua função social e tem como objetivo a ressocialização do preso e a pena deve ter caráter educativo e pedagógico, entretanto o sistema prisional brasileiro mostra-se deficiente e não tem cumprido que o que estipulado na Lei de Execuções Penais. 
 
Sustenta Greco: 
 
Se a pena é um mal necessário, devemos, num Estado Social e 
Democrático de Direito, buscar aquela que seja suficientemente forte para a proteção dos bens jurídicos essenciais, mas que, por outro lado, não atinja de forma brutal a dignidade da pessoa humana. [10: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal – Parte Geral. Niterói: Impetus, 2010. p. 530. ]
 
 
A Lei de execuções Penais afirma em seu “Art 1º- Execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. ” [11: BRASIL. Lei de execução Penal. Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984. ]
Abreu, diz que a Lei de Execuções Penais em seu artigo 1º diz que a execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. (ABREU;MORAES 2015) 
Capez (2011,apud MORAES; ABREU , 2015 , p. 5) “ Vale ressaltar que para Capez : “ o supracitado artigo tem uma dupla finalidade, qual seja, a correta efetivação da decisão criminal e o oferecimento de oportunidades para a readaptação social do preso, reinserindo-o à sociedade”. [12: ABREU, Fabiano da Silva ; MORAES, Rafael Dias de. A crise do sistema penitenciário brasileiro e possíveis soluções. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVIII, n. 143, dez 2015 Disponível em : http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16666 >. Aceso em : 23 out. 2017. ]
 
Greco (2015, p.334 – 335 , apud , ABREU ; MORAES , 2015 p. 5 ) diz que: 
 
 
Parece-nos que a sociedade não concorda, infelizmente, pelo menos à primeira vista, com a ressocialização do condenado. O estigma da condenação, carregado pelo egresso, o impede de retornar ao normal convívio em sociedade. Quando surgem os movimentos de reinserção social, quando algumas pessoas se mobilizam no sentido de conseguir emprego para os egressos, a sociedade trabalhadora se rebela, sob o seguinte argumento: “Se nós, que nunca fomos condenados por praticar qualquer infração penal, sofremos com o desemprego, por que justamente aquele que descumpriu as regras sociais de maior gravidade deverá merecer atenção especial?” Sob esse enfoque, é o argumento, seria melhor praticar infração penal, “pois ao término do cumprimento da pena já teríamos lugar certo para trabalhar.[13: ABREU, Fabiano da Silva; MORAES, Rafael Dias de. A crise do sistema penitenciário brasileiro e possíveis soluções. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVIII, n. 143, dez 2015 Disponível em : http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16666 >. Aceso em: 23 out. 2017. ]
 
Nunes (2013, apud ABREU; MORAES , 2015, p. 5) diz que, 
 
(...) se pune alguém que cometeu um crime não só́ com o fim de reprimir a ação delituosa, mas, também, com o sentido de intimidar, acima de tudo, com o escopo de recuperar o infrator da norma penal. É público e notório que a pena não vem intimidando, a repressão ao delito deixa muito a desejar e a ressocialização do criminoso é uma utopia, tendo em vista que cerca de 85% dos criminosos que cumprem pena privativa de liberdade voltam a delinquir, sendo assim, essa prisão que está aí precisa ser reformulada, já que está cada vez mais decadente. 
 
 
Conclui-se, que no Brasil a Lei ainda não tem sido cumprida no sistema prisional , e que a sociedade ainda não se concientizou da crise no sistema prisional e qual a necessidade da ressocialização do preso para toda a sociedade. 
Entende-s , que a punição de alguém que cometeu um crime , não é somente penalizar , mas sim com o objetivo principal que é a recuperação e restabelecimento do infrator para que não possa haver reincidência . 
 
 
 
 
 
 
 
5. FORMAS POSSÍVEIS DA EFICÁCIA DA RESSOCIALIZAÇÃO NO SISTEMA CARCERÁRIO 
 
Apesar do indivíduo ter cometido crime punível com pena de restrição de liberdade, a sociedade tem que se concientizar que o sistema carcerário é o principal meio para ressocialização do preso, mas tem que ser de forma eficaz e humana, pois é a CONSTITUIÇÃO FEDERAL prevê em seu texto. 
A Lei processual penal deve seguir a CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE (1988) em especiais aos princípios constitucionais, dignidade da pessoa humana, previsto no artigo 1º, III da CF. Por esta razão, devem ser aplicados os princípios do artigo 5º. Também é garantido ao preso o respeito à sua integridade física e moral (Art. 5º, XLIX da CF). A pena deverá ser cumprida em estabelecimento adequado pela natureza do crime, da idade e do sexo (Art. 5º, XLVIII da CF). [14: BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil; promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, DF. Senado, 1988. ]
O condenado ao ingressar no sistema carcerário sofre certos tipos de tratamento que a CONSTITUIÇÃO FEDERAL proíbe. 
Rodrigues, afirma que : “ O Direito Penal deve respeitar, sempre e acima de tudo , os direitos humanos fundamentais, garantindo e preservando a dignidade da pessoa humana.” [15: RODRIGUES, Cristiano .Temas controvertidos de direito Penal. 2ª Ed. Rio de Janeiro : Forense, 2010. P 25. ]
A saúde física e a psíquica é essencial a todo ser humano, estando ela intimamente ligada a qualidade de vida. 
O art. 12 da LEP prevê: “A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas”. 
 
 
 A EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Nº 213, DE 9 DE MAIO DE 1983 DA LEP 
(Do Senhor Ministro de Estado da Justiça) em seus itens 38 e 39 relata: 38. A assistência aos condenados e aos internados é exigência básica para se conceber a pena e a medida de segurança como processo de diálogo entre os seus destinatários e a comunidade. 39. No Relatório da CPI do Sistema Penitenciário acentuamos que "a ação educativa individualizada ou a individualização da pena sobre a personalidade, requisito inafastável para a eficiência do tratamento penal, é obstaculizada na quase totalidade do sistema penitenciário brasileiro pela superlotação carcerária, que impede a classificação dos prisioneiros em grupo e sua conseqüente distribuição por estabelecimentos distintos, onde se concretize o tratamento adequado"... "Tem, pois, esta singularidade o que entra nós se denomina sistema penitenciário: constitui-se de uma rede de prisões destinadas ao confinamento do recluso, característica extremamente discriminatória: a minoria ínfima da população carcerária, recolhida a instituições penitenciárias, tem assistência clínica, psiquiátrica e psicológica nas diversas fases da execução da pena, tem cela individual, trabalho e estudo, pratica esportes e te recreação. A grande maioria, porém, vive confinada em celas, sem trabalho, sem estudos, sem qualquer assistência no sentido da ressocialização" ("Diário do Congresso Nacional", Suplemento ao nº 61, de 4-6-76, pág. 2). 
 As condições de saúde dos presos na maioria das prisões são precárias e degradante, principalmente pela ausência e condições de higiene e falta de acompanhamento médico. Nesse sentido, em relação à política de apoio ao egresso, afirma ASSIS que; 
 
(...) a sociedade e as autoridades devem conscientizar-se de que a principal solução para o problema da reincidência passa pela adoção de uma política de apoio ao egresso, fazendo com que seja efetivado o previsto na Lei de Execução Penal, pois a permanecer da forma atual, o egresso desassistido de hoje continuará sendo o criminoso reincidente de amanhã.(ASSIS , 2007, p. 11). 
 
 
Sustenta, Greco que “ A pena deve reprovar o mal produzido pela conduta praticada pelo agente , bem como prevenir futuras infrações penais.(GRECO, 2011 , p. 167) . [16: GREGO, Rogério. Direito Penal do Equilíbrio: uma visão minimalista do Direito Penal. 6a Ed. Niterói: Impetrus, 2011. p.167 e p.165. ]
Na verdade, não se pode generalizar o termo ressocialização, razão pela qual o processo de individualização da pena existe. Aquele que nunca aprendeu um ofício externamente, enquanto gozava de sua liberdade, talvez desperte interesse em aprendê-lo no sistema penitenciário. Se não tinha instrução básica, não sabia ler ou escrever, ou mesmo se, tendo algum conhecimento, isso era insuficiente em colocá-lo no mercado de trabalho, talvez o sistema possa ajudá-lo de alguma forma. [17: GRECO, ob. Cit. ,2011, p.175 ]
 
Não podemos em falar em ressocialização sem citarmos a Associação de 
Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que se dedica à recuperação e reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade, bem como socorrer a vítima e proteger a sociedade. Opera, assim, como uma entidade auxiliar do Poder Judiciário e Executivo, respectivamente na execução penal e na administração do cumprimento das penas privativas de liberdade. Sua filosofia é ‘Matar o criminoso e Salvar o homem’, a partir de uma disciplina rígida, caracterizada por respeito, ordem, trabalho e o envolvimento da família do sentenciado. 
A APAC é amparada pela Constituição Federal para atuar nos presídios, trabalhando com princípios fundamentais, tais como a valorização humana. E sempre tem em Deus a fonte de tudo. 
O objetivo da APAC é gerar a humanização das prisões, sem deixar de lado a finalidade punitiva da pena. Sua finalidade é evitar a reincidência no crime e proporcionar condições para que o condenado se recupere e consiga a reintegração social. 
Aplicado atualmente em 43 cidades brasileiras, o método alternativo de ressocialização chamado Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) tem índice de reincidência de 30%. Nas prisões tradicionais, o número sobe para 90%, segundo a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC). [18: SITE CONJUR. Reclusão Humanista Disponível em : https://www.conjur.com.br/2017-abr-19/prisoesmetodo-apac-indice-reincidencia-tres-vezes-menor > Acesso em : 07 Nov. 2017. ]
 “Em média, nossa não-reincidência (no crime) é de 70%. Em algumas Apacs, chegamos a um índice de 98%. No Brasil, o percentual não chega a 10%. Tenho certeza que, se o Estado acordasse, a reincidência seria menor ainda”, disse o gerente de metodologia da FBAC, Roberto Donizetti. [19: ITE CONJUR. Reclusão Humanista Disponível em : https://www.conjur.com.br/2017-abr-19/prisoesmetodo-apac-indice-reincidencia-tres-vezes-menor > Acesso em : 07 Nov. 2017. ]
Conclui-se que , apesardo indivíduo ter cometido crime , punível com pena de restrição de liberdade , a sociedade têm que se concientizar que o sistema carcerário é o principal meio para ressocialização do preso , para que não haja reincidência na volta dele a sociedade , mas tem que ser de forma eficaz e humana , pois é a CONSTITUIÇÃO FEDERAL prevê em seu texto , e também conclui-se que o investimento educacional e profissional do detento é uma das soluções para ressocialização do preso. [20: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil; promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, DF. Senado, 1988. ]
“O fato mais importante que está acontecendo hoje no mundo, em matéria prisional, é o movimento das Apacs no Brasil” Ron Nickkel, diretor executivo da Prison Fellowship International (PFI) – órgão consultivo da Organização das Nações 
Unidas (ONU) para assuntos penitenciários. Declaração proferida durante o 6º 
Congresso Nacional das Apacs, realizado em Itaúna/MG, em julho de 2008. [21: Cartilha NOVOS RUMOS NA EXECUÇÃO PENAL – Projeto de Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cartilha Editada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, lançado em dezembro de 2001. P. 15 ]
Entende-se que é possível a ressocialização dos presos, cumprindo o que foi normatizado na Lep, de forma adequada e justa 
Entende-se que, a política humanitária, exemplo desta política humanitária é sistema usado pela APAC, que é modelo em algumas cidades brasileiras é uma das soluções para amenizar a crise no sistema carcerário e para concretizar a ressocialização do preso. 
 
 
 
 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
No desenvolvimento do presente trabalho, ficou constatado que o sistema prisional brasileiro está mergulhado numa grande crise. A superlotação carcerária é responsável por grande parte desta crise. 
Os presos de menor e maior grau de pena e menos violentos, estão na mesma cela e, tanto os presos provisórios como os condenados estão convivendo no mesmo local. 
E ainda ficou comprovado também, que o sistema prisional superlotado é foco gerador da violência e reincidência de cometimentos de crimes. 
Mediante ao exposto, ficou comprovado que a pena não vem cumprindo a sua função social, que é a “RESSOCIALIZAÇÃO”, tendo em vista que o meio em que vive os reclusos, nas celas lotadas, e comandadas, por muitas vezes por facções criminosas, tem impedido a recuperação do infrator. 
 E também foi citado o modelo seguido pela APAC (Associação e proteção de assistência ao Condenado), que trabalha o método alternativo de ressocialização, voltado para a “humanização “ do preso, método que pode chegar, em algumas cidades em 70% em não reincidência de crimes, método este que deve servi de parâmetro para amenizar a crise no sistema prisional Brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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<http://www.iptan.edu.br/publicacoes/saberes_interdisciplinares/pdf/revista10/SISTE MA_PRISIONAL.pdf>Acesso em 02 Nov. 2017. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil; promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, DF. Senado, 1988. 
 
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GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal – Parte Geral. Niterói: Impetus, 2010. 
 
Cartilha NOVOS RUMOS NA EXECUÇÃO PENAL – Projeto de Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cartilha Editada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, lançado em dezembro de 2001. P. 15 
 
GREGO, Rogério. Direito Penal do Equilíbrio: uma visão minimalista do Direito Penal. 6a Ed. Niterói: Impetrus, 2011. 
 
MARÇÃO, Renato. Curso de Execução Penal. 8ª Ed. Ver e atual. São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
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REVISTA Consultor Jurídico. Revista Eletrônica. Dignidade transgredida. 3 jan. 2017. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2017-jan-03/estado-responsavelcrise-presidios-afirma-celso-mello. Acesso em: 29SET. 2017. 
 
RIBEIRO, Bruno de Moraes. A função da reintegração Social da pena privativa de liberdade. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris, 2008. 
 
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