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Resumo Saúde Coletiva

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Resumo de Saúde Coletiva
Conceitos básicos em saúde coletiva:
Relação saúde – doença: é um conceito cultural que está além da doença/saúde física externa. Pelo atual conceito estados como desnutrição, que antigamente não eram considerados doença, hoje são. Deve envolver o bem-estar biopsicossocial no novo processo de saúde – doença, com isso deficientes físicos não são mais considerados doentes. 
Teoria mística: envolve divindades (Deus e Diabo) com sentido de pecado ou castigo, o que gera certo preconceito social, principalmente para doenças como câncer e AIDS. Há o isolamento pela doença e pela sociedade como a Hanseníase no passado. A peste negra também é um exemplo, pois era tratada por religião e magia. Tal teoria prevaleceu durante muito tempo, até o advento da revolução cientifica no século XVIII.
Teoria dos miasmas: pautada nos odores, nos ares da matéria morta, os quais quando aspirados causariam doença. Apresenta um pouco de sentido, pois a matéria morta apresenta microorganismos atuando em sua decomposição, os quais poderiam causar doença.
Teoria da unicausalidade: decorrente dos estudos de Louis Pasteur com a descoberta dos microorganismos, portanto, do agente etiológico. Com isso há a atribuição da casualidade da doença a microorganismos. Há o surgimento da teoria do agente etiológico.
Teoria da multicausalidade: decorrente da união de vários saberes. Nessa teoria considera-se o potencial causador de doença dos microorganismos, mas também de fatores econômicos, sociais, etc.
Saúde: 
Christopher Boorse definiu em 1977 a saúde como a simples ausência de doença
Lennart Nordenfelt definiu em 2001 estado físico e mental em que é possível alcançar as metas vitais, dadas as circunstâncias.
Estado relativo de equilíbrio de forma e função do organismo, o que resulta de seu ajustamento dinâmico satisfatório às forças que tendem a perturbá-lo.
Segundo a organização mundial de saúde: É um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Tais fatores estão numa “balança”, na qual deve-se buscar o equilíbrio, sem ocorrer privilégio e carências, pois assim a doença de instala. Deve-se considerar genótipo e fenótipo no desenvolvimento das doenças, pois exposições ambientais inadequadas podem acelerar processos patológicos já contidos no genoma.
Deve ocorrer relativo equilíbrio entre forma e função, o que resulta em seu ajustamento dinâmico as forças qe tendem a pertuba-lo. Tais forças podem ser fatores genéticos, sociais, físicos, ambientais e econômicos.
História Natural das doenças:
Período de pré-patogênese:
Fatores sociais (econômico, político, cultural)
Fatores ambientais
Fatores genéticos
Multifatoralidade
Período de patogênese:
Interação estímulo-hospedeiro
Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas.
Sinais e sintomas
Alterações permanentes e cronicidade
Fatores sociais (econômico, político, cultural).
Epidemiologia:
“Estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas.”
Propõe medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornece indicadores que servem de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.
Nesse contexto há a transição do atendimento hospitalar e ambulatorial para o coletivo, com ações de saúde publica e epidemiologia a fim de propagar ações preventivas, buscando a redução da procura dos serviços de saúde.
	Saúde Coletiva
	Epidemiologia
	Políticas de Saúde
	Doença/ sintomatologia, presença de sequelas ou não, ação de microorganismos – agentes etiológicos. Sabendo estes dados, proposição de ações preventivas.
	Modelo matemático para dados da área da saúde.
	Legislação em saúde
	
	Proposição de medidas específicas de prevenção/controle/ erradicação de doenças, fornecendo os indicadores que possibilitam o suporte ao planejamento e avaliação de assuntos da saúde.
	
	
	Relaciona o saber cientifico sobre a doença com a estatística com entendimento da contribuição do ambiente social para a propagação da doença.
	
Saúde Coletiva:
Brasil- 1979, profissionais da medicina preventiva e social fundaram um campo científico com uma orientação teórica, metodológica e política que privilegiava o social como categoria analítica. Epidemiologia e Políticas de Saúde são campos da Saúde Coletiva.
Objetivos da Saúde Coletiva:
Apoio aos sistemas de saúde;
Elaboração de políticas;
Construção de modelos – esses modelos são criados mediante a endemias, que podem ou não dar certo, com respostas não necessariamente imediatas. Pode acontecer evasão do modelo pelo paciente, isso sem culpa do profissional de saúde.
Produção de explicações para os processos saúde/doença/intervenção;
Produção de práticas de prevenção de doenças;
Produção de práticas de reabilitação.
Todos esses fatores são importantes no relacionamento do profissional de saúde com o entrevistado/paciente, em um estudo de saúde coletiva a fim de fornecer apoio aos sistemas de saúde para a elaboração de politicas de saúde, para a construção de modelos de serviços de saúde, para a produção de explicações para os processos saúde – doença e para a produção de praticas para a reabilitação, o que é importante para a reintrodução do paciente na sociedade.
Influenciar a transformação de saberes e práticas de outros agentes, contribuindo para mudanças do modelo de atenção e da lógica com que funcionam os serviços de saúde em geral.
Mudanças no Sistema de Saúde: 
Política Nacional de Medicamentos:
A Política Nacional de Medicamentos foi aprovada em outubro de 1998 (BRASIL, 1998b), tornando-se o instrumento norteador de todas as ações no campo da política de medicamentos no país. Vários fatores motivaram a formulação da PNM, entre os principais, destacam-se:
 Problemas na garantia de acesso da população dos medicamentos.
 Problemas na qualidade dos medicamentos.
 Uso irracional dos medicamentos.
 Desarticulação da Assistência Farmacêutica.
 Desorganização dos serviços farmacêuticos.
Política Nacional de Assistência Farmacêutica:
Aprovada por meio da Resolução CNS no 338, de 6 de maio de 2004 (BRASIL, 2004)
De acordo com a Resolução, Assistência Farmacêutica (AF) é:
Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2004).
Doenças Sexualmente Transmissíveis:
Infecção: penetração e desenvolvimento e/ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo do hospedeiro.
Infestação: desenvolvimento e/ou multiplicação de um agente etiológico na superfície do corpo. Não requer penetração do agente etiológico no corpo do hospedeiro.
Doença contagiosa: doença infecciosa cujo agente etiológico atinge um indivíduo sadio através do contato com os indivíduos infectados.
Doença Infecciosa: Doença causada por um agente infeccioso ou seus produtos tóxicos originada através da transmissão do agente ou seus produtos para um hospedeiro susceptível. Há penetração com desenvolvimento e multiplicação do agente etiológico no hospedeiro
Doença transmissível = Doença infecciosa
Doença contagiosa = Doença infecciosa, mas nem toda infecciosa é contagiosa
Agente infeccioso = Bioagente patogênico
Doença infecciosa (transmissível)
Doença não infecciosa (não transmissível)
Modalidades de Transmissão:
Transmissão Direta Imediata
Transmissão por contato físico, sem que o bioagente patogênico faça passagem pelo meio ambiente.
Transmissão Direta Mediata
Transmissão por contato de fluidos biológicos eliminados no ambiente por um indivíduo infectado.
Transmissão IndiretaTransmissão que depende de vetores para que o bioagente patogênico “percorra a distância” entre o indivíduo infectado e o susceptível.
Um bioagente patogênico é capaz de infectar qualquer indivíduo?
Nem sempre, pois há indivíduos que apresentam resistência. Ex: quem tem anemia falciforme é resistente à malária.
Quais são os principais fatores que determinam se o indivíduo infectado pode desenvolver a doença?
Fatores intrínsecos ao hospedeiro como barreiras físicas ( pelos, espirro, etc), químicas ( pH), enzimáticas além do sistema imune podem influenciar/ impedir/dificultar o desenvolvimento da doença. Além dos microorganismos apresentarem mecanismos de defesa, que driblam as barreiras do hospedeiro. O desbalanço entre as barreiras do hospedeiro e os mecanismos do agente etiológico levam ao desenvolvimento da doença.
O que determina a capacidade da doença se espalhar na sociedade?
A capacidade da doença se espalhar na sociedade depende de fatores higiênicos/sociais, genéticos das populações e a capacidade de distribuição do bioagente patogênico.
Fatores epidemiológicos relacionados às doenças transmissíveis:
Inerentes ao meio ambiente: físicos, biológicos, sócio econômicos.
Inerentes ao hospedeiro: espécie, sexo, idade, estado fisiológico, resistência (natural e imunidade).
Inerentes ao bioagente patogênico: infectividade, patogenicidade, virulência, imunogenicidade.
Modalidades de Infecção:
1. Doenças sexualmente transmissíveis.
2. Doenças transmitidas por via aérea.
3. Doenças transmitidas por vetores.
4. Doenças adquiridas por ingestão.
Doenças Sexualmente transmissíveis: 
Doença transmissível exclusivamente por contato sexual 
Transmissíveis frequentemente por contágio sexual 
Doença transmitida eventualmente por contato sexual
Expressão usada para denominar as infecções transmitidas:
• por contato sexual
• de mãe para filho, antes ou durante o parto.
• por transfusão de sangue contaminado
Gonorreia: Agente etiológico: bactéria Neisseria gonorrhoeae. Possui pili que facilitam a adesão a células da uretra. Sintomas e progressão: incubação de 2 a 4 dias / em casos extremamente raros pode chegar a 30 dias. Início: uretrite (corrimento purulento amarelado) Complicação: DIP – Doença inflamatória pélvica, prostatite e epididimite – Infertilidade. Em alguns casos raros não tratados o gonococo pode se disseminar através da circulação, afetando principalmente a pele, articulações, cérebro, coração, faringe e olhos. Diagnóstico: cultura de secreção uretral.
Sífilis: Agente etiológico: bactéria Treponema pallidum. Evolução:
Sífilis primária: incubação variável de 10 a 90 dias, pequena ferida ou ulceração firme e dura, geralmente no pênis, vagina, reto ou boca. Esta lesão permanece por 4 a 6 semanas, desaparecendo espontaneamente.
Sífilis secundária: aparece de 1 a 6 meses após a lesão primária ter desaparecido. Sinais mais específicos ocorrem nas seguintes frequências: exantemas (88%-100%), linfodenopatia (85%-89%), cancro primário residual (25%-43%), hepatomegalia (23%), placas mucosas (7%-12%). Manifestações raras incluem meningite aguda, que acontece em aproximadamente 2% de pacientes, hepatite, doença renal, gastrite, artrite, neurite do nervo óptico.
Sífilis terciária: A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial, mas pode levar dez anos para se manifestar. Esta fase é caracterizada por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas que podem evoluir para a neurossífilis e a sífilis cardiovascular. Diagnóstico: sorologia - cardiolipina.
Cancro mole: Agente etiológico: bactéria Haemophilus ducreyi. Inicia-se como uma lesão que evolui para pústula, e finalmente para úlcera, muitas vezes purulenta, e borda bem definida na vagina, pênis e anus. Diagnóstico: recolhe-se o exudato purulento para microscopia, o qual é submetido ao exame microscópico (coloração de Gram). Posteriormente é feito cultura. As lesões apresentam fundo de aspecto "sujo", a parte central purulenta, amarelada, e as bordas nítidas e irregulares.
Herpes: Agente etiológico: Herpes simplex 1 e 2. Sintomas: feridas bolhosas remissivas e complicações neurológicas. Na maior parte dos casos o simples exame clínico permite ao médico diagnosticar o herpes. Não há vacina nem tratamento definitivo. O agente etiológico fica próximo ao nervo trigêmeo e por isso tem ação reincidiva. É possível que o estresse, o ciclo menstrual ativem a manifestação do Herpes. A doença é transmissível tanto na fase de bolha quanto na de ferida.
Donovanose: É uma infecção causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, que afeta a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada. É mais frequente no Norte do Brasil e em pessoas com baixo nível socioeconômico e higiênico. Sinais e sintomas: Os sintomas incluem caroços com bordas baixas e feridas vermelhas raramente purulentas, mas que podem ser profundas e sangramento fácil. As feridas não causam dor, a procura pelo tratamento pode ocorrer tardiamente, aumentando o risco de complicações. Há destruição dos queratinócitos, apresentando perda de pigmentação e de pelos.
Hepatite B: Agente etiológico = vírus da hepatite B - HBV. O período de incubação da doença vai de 4-12 semanas, enquanto que o período da infecção vai de 2-12 meses. Cirrose hepática ou hepatocarcinoma. Agulhas contaminadas e compartilhadas, sexo sem proteção são vias de transmissão. Diagnóstico = marcadores sorológicos anticorpos contra HBV. Não há tratamento específico , há prevenção –vacina. Cura apenas na fase aguda. As Hepatites B e D são sexualmente transmissíveis, enquanto que a A e E são transmitidas por alimentos. O HDV depende do capsídeo do HBV para montar novos vírus após a replicação, ou seja, para desenvolver a hepatite D é necessário apresentar concomitantemente ou previamente a hepatite B. São necessárias 3 doses da vacina, com necessidade de fazer o teste do perfil de soroconversão do HBV, pois o imunógeno pode não ser suficiente. A vacina previne a multiplicação do HBV na fase aguda, mas se ele conseguir se instalar no fígado, não há ação dos anticorpos. A hepatite C era considerada sexual, mas atualmente não é mais, no entanto, continua a ser transmitida por fluidos, compartilhamento de agulhas contaminadas, etc.
Triconomaníase: Agente etiológico: protozoário Trichomonas vaginalis. Sintoma e progressão: secreção espumosa de cor verde - amarelada e odor desagradável ( liberação de enxofre), vaginite, disúria e dor abdominal. Diagnóstico: Através da coleta de urina de primeiro jato e análise por microscopia (o parasita tem aspecto e motilidade característicos) ou em preparações coradas. Pode ser feita a cultura. Tratamento: quimioterápicos nitroimidazólicos (metronidazol ou tinidazol), administrados em dose oral única.
Candidíase: Agente etiológico: fungo - Candida albicans. Sintomas e progressão: comichão, vermelhidão e irritação da zona exterior da vagina, secreção branca e espessa no caso das mulheres e o inchaço e vermelhidão do pênis e prepúcio no caso dos homens. Diagnóstico: A presença de hifas e leveduras observadas ao microscópio. Tratamento: infecções sistêmicas - derivados de azol (fluconazol) infecções superficiais antimicóticos tópicos (nistatina, clotrimazol e miconazol). Secreção branca e grumosa aderentes às paredes da vagina com candidíase Eritema e placas grumosas brancas. Todas as pessoas tem a Candida, a qual é um comensal do trato urogenital, mas apresenta comportamento oportunista. Pode estar presente em casos de HIV positivo.
HPV: Agente etiológico: vírus do papiloma humano, infecta queratinócitos da pele ou mucosa, possui mais de 200 variações. Sintomas e progressão: Verrugas HPV-1 e HPV-2 (mãos, pés e face), HPV-6 a 11: verrugas na vulva e pênis. Câncer HPV16, 18, 31 e 45 (do colo uterino, do ânus, da vulva, do pênis e da cabeça e pescoço). Diagnóstico: Colposcopia, peniscopia, biopsia, hibridização. Tratamento: cirúrgico (vacina e imunomoduladores)
HTLV - 1: Agenteetiológico vírus linfotrópico humano é um retrovírus. Sintomas: assintomática apenas 3% desenvolvem o linfoma de células T ou a paraparesia espástica tropical (estiramento involuntário dos musculos do pescoço). Diagnóstico: sorológico.
HIV: Vírus da imunodeficiência humana. O alvo principal são os linfócitos T CD4+. Diagnóstico: Sorologia. Tratamento: análogos de nucleotídeos: AZT, ABC.
Inibidores da protease que cliva as proteínas do vírus após transcrição: saquinavir, indinavir e outros.
Inibidores da enzima integrase, que faz com que o material genético do vírus entre no núcleo da célula: raltegravir.
Inibidores do CCR5, impedindo um dos passos de ligação do HIV à célula alvo: maravirc.
Inibidores de fusão, impedindo que o vírus funda seu envelope à membrana plasmática da célula alvo: enfuvirtina.
Por que as DSTs são problema de saúde pública:
Comportamento (sexual e preconceito).
Baixa expressividade de campanhas educativas, pois são retidas aos postos de saúde.
Manifesta X Inaparente.
Automedicação mascara sintomas secundários, como os do HIV, por exemplo.
Sequelas estão relacionadas a omissão ou a vergonha de tratar. Mesmo que tratadas, algumas podem causar infertilidade.
Medidas de Prevenção:
•Campanhas educativas
• Rastreamento e diagnóstico precoce
• Planejamento para monitoração acoplado ao Programa Nacional de Controle da AIDS.
Vigilância Epidemiológica das DSTs:
Implantada desde 1996. HIV, Sífilis e hepatites virais são de notificação compulsória.
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), até meados de 2005, eram notificadas exclusivamente através do SINAN.
100% das notificações dos casos atendidos nos serviços de referência de DST/AIDS (SR DST/AIDS) representa apenas uma parcela dos casos (reais) nos estados, grande parcela de indivíduos procura tratamento direto nas farmácias.
Mesmo assim, a regularidade do recebimento das notificações nessas unidades, permite avaliar a tendência desses agravos além de outros indicadores epidemiológicos e operacionais das DST.
Doenças Transmissíveis por via aérea:
Hanseníase: Agente etiológico: bactéria Mycobacterium leprae, conhecido como “bacilo de Hansen”. Ataca nervos periféricos. Transmissão: vias aéreas (respiração, espirro, tosse, fala) ou através do contato com feridas abertas do doente. Incubação: 2 a 7 anos. Sintomas: Neurite, manchas esbranquiçadas e avermelhadas em qualquer parte do corpo, com diminuição e/ou perda da sensação de calor; dormência e perda da força muscular das mãos e dos pés; caroços e inchaços no rosto e nas orelhas. São lesões que não coçam nem doem, pois não recorrem a resposta anafilática. Diagnóstico: exame clínico com teste de sensibilidade; baciloscopia; Histopatologia. Tratamento: Poliquimioterapia – PQT: Rifampicina, Clofazimina e Dapsona Tratamento sintomático do paciente com deformidade e incapacidade. 
	
Gestação e hanseníase: o tratamento pode ser realizado durante a gestação e a lactação. Tuberculose e hanseníase: é comum a associação e o tratamento deve usar as doses de rifampicina preconizadas para a tuberculose – 300 mg/dia.
Prevenção e tratamento das incapacidades: 
•Deve iniciar precocemente e em conjunto com as outras etapas do tratamento; 
• Utilização de técnicas diversas, simples e/ou complexas, envolvendo fisioterapia, educação em saúde, autocuidado, etc. 
• Deve envolver toda a equipe de saúde. 
Classificação segundo a manifestação:
Paucibacilares (PB): com até 5 lesões de pele:
HAN Indeterminada: Manchas brancas, dormência, desaparecimento de pelos no local;
HAN Tuberculóide: Manchas vermelhas. Ocorrem dormência e queda de pelos sobre as manchas.
Multibacilares (MB) Com mais de 5 lesões de pele: 
HAN Dismorfa: Manchas avermelhadas ou castanhas, espalhadas pelo corpo. Dormência;
HAN Virchowiana: Caroços nas orelhas e no corpo. Perda de pelos (cílios e sobrancelhas). Mãos e os pés inchados e o nariz com congestão e secreção.
É uma doença com sequelas importantes, causando incapacidades e deformidades, que são responsáveis pelo medo, pelo preconceito e pelos tabus que envolvem doença. 
Conhecida popularmente como lepra teve seu nome mudado através de uma Portaria do governo, com intenção de diminuir o preconceito. 
Hoje, se considera que a hanseníase seja como a tuberculose e a poliomielite, isto é, muitas pessoas se infectam, mas poucas adoecem. 
Tuberculose: Agente Etiológico: Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), afeta principalmente os pulmões. Fisiopatologia: bacilo atinge a periferia do pulmão e multiplica - inicia um processo inflamatório - foco pulmonar durante 15 dias - por via linfática - ducto torácico - circulação sanguínea e disseminam pelo organismo. Sintomas: tosse crônica (a mais de 3 semanas), pode ter grande produções de escarro, que pode ter sangue, febre com suor noturno ( que chega a molhar o lençol), perda de peso lenta e progressiva, palidez. Transmissão: direta de pessoa a pessoa (tossir, falar e espirrar), potencializada por: aglomeração, má alimentação, falta de higiene, tabagismo. Diagnóstico: Clínico: Tosse há mais de 3 semanas, febre e perda de peso . Laboratorial: cultura isolamento da M. tuberculosis. Tratamento: Associação de: rifampicina, isoniazida e pirazinamida, sem interrupção O tratamento dura em torno de seis meses. Tratamento correto: chances de cura chegam a 95% .
Não são criados anticorpos de memória, logo é uma doença recorrente, principalmente com interrupção do tratamento. 
Fatores que facilitam a infecção e ou surgimento da doença: 
Morar em região de grande prevalência da doença. Ser profissional da área de saúde. Confinamento em asilos, presídios, manicômios ou quartéis. Predisposição genética. Idade avançada. Desnutrição. Alcoolismo. Uso de drogas. Doenças como AIDS
Prevalência do HIV nos pacientes com TB - 20%%. Taxa de óbito na co-infecção: 20% (2004) 
Articulação entre os programas de AIDS e TB. Acesso ao diagnóstico do HIV em pacientes com TB. Profilaxia da TB em pessoas infectadas pelo HIV. Tratamento da co-infecção. A Poliquimioterapia faz interação medicamentosa com anticoncepcionais.
Gripe: Agente etiológico: doença contagiosa resultante da infecção pelo vírus influenza. Incubação: 3 dias (1-5) . Sintomas: início súbito – febre, calafrios, cefaleias, mialgias, tosse, dor de garganta, corrimento nasal, falta de ar. Normalmente recupera em 1 semana. Pode complicar para pneumonia. Aspectos epidemiológicos: Anualmente 5 a 15% da população mundial contrai a doença Óbitos ocorrem nos idosos e em caso de patologia crônica concomitante. Prevenção: Vacinação Medidas de “etiqueta respiratória” e distanciamento social Prestação de cuidados tratamento sintomático 
Pandemias: Gripe Pneumônica (1918 – 19) – matou 20 milhões; Gripe Asiática (1957 – 58) matou 86000 só nos EUA; Gripe de Hong Kong (1968 – 69) – matou 34000 só nos EUA; Gripe Russa (1977); Gripe Aviária (2004).
Os vírus da influenza descendem todos de aves. Os vírus aviários teriam evoluído para 5 grandes linhagens. As linhagens suína e humana seriam geneticamente semelhantes, sugerindo uma origem comum. Os ancestrais dos vírus da gripe espanhola (1918), da gripe asiática (1957) e da gripe Hong Kong (1968) ainda circulam em aves, com poucas mutações. 
A influenza aviária de alta patogenicidade é causada pelo vírus H5. É uma doença dos tratos respiratório e digestivo de aves de criação, podendo haver comprometimento sistêmico. Até o recente surto pelo H5N1, aves selvagens não adoeciam de influenza.
Plano de contingência 
•Vigilância de âmbito mundial para detectar o mais rapidamente possível o surgimento de variantes novas com diferenças antigênicas significativas. 
•Informação 
•Obtenção de vacinas adequadas e passíveis de serem produzidas em grandes quantidades. 
•Estabelecimento e manutenção de estoques estratégicos de medicamentos antivirais 
•Planos de vacinação emergencial. 
•Planos de assistência médico-hospitalar de urgência. 
• Planos de contingência para isolamentoDoenças transmissíveis por alimentos:
Fontes de contaminação: solo e água , plantas , utensílios , trato intestinal , manipuladores de alimentos ,ração animal , pele dos animais ,ar e pó.
Definição de doenças transmissíveis por alimentos (DTA): são patologias causadas por agentes veiculados por alimentos e decorrem da ingestão de alimentos contaminados por agentes físicos, biológicos e químicos.
Tipos de agentes:
Biológicos: bactérias, fungos, vírus ... e seus produtos. 
Físicos: sujidades, fragmento de vidro, irradiação ... 
Químicos:resíduos de pesticidas e medicamentos de uso veterinário, produtos formados durante o processamento, aditivos, metais, poluentes ...
Aspectos gerais das DTAs:
Aspectos epidemiológicos 
-Modo de transmissão : ingestão de alimentos e/ou água contaminados.
-Distribuição geográfica: universal. incidência - varia de acordo com diversos aspectos: educação, condicões socioecônomicas, saneamento, fatores ambientais, culturais e outros.
-Morbidade, mortalidade e letalidade: poucas DTA estão incluídas no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica; não se conhece sua magnitude. importância no grupo etário de menores de 5 anos (decorrência da elevada mortalidade por diarreia); imunodeprimidos e idosos.
 - Modo de contaminação : pode ocorrer em toda a cadeia alimentar, desde a produção primária ate o consumo (plantio, manuseio, transporte, cozimento, acondicionamento, etc.). maiores responsáveis por surtos: alimentos de origem animal e os preparados para consumo coletivo. 
- Período de incubação : varia conforme o agente etiológico (frações de hora a meses).
- Suscetibilidade e resistência : geral. Certos grupos como: crianças, idosos, imunodeprimidos (indivíduos com AIDS, neoplasias, transplantados).
- Agentes etiológicos mais comuns: os de origem bacteriana Salmonella spp, Escherichia coli, Staphylococcus, aureus, Shigella spp, Bacillus cereus e Clostridium perfringens.
2. Aspectos clínicos e etiológicos - de acordo com o agente envolvido 
-Sintomas digestivos : anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre; 
- afecções extra-intestinais em diferentes órgãos e sistemas: Fígado (aflatoxinas), Neurológico (botulismo) 
Classificação das DTAs:
intoxicações alimentares: ingestão de alimentos contendo toxinas bacterianas pré-formadas (liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal).
– Clostridium botulinum (toxina botulínica) – intoxicação estafilocócica - enterotoxina termo-estável – intoxicação por Bacillus cereus- toxina - diarréica (termo-lábil) e emética (termo-estável). -Escherichia coli enterotóxica (verotoxina:diarreia hemorrágica e insuficiência renal). 
infecções alimentares: ingestão de alimentos contendo micro-organismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, 
– salmonelose (Salmonella) 
– campilobacteriose (Campylobacter jejuni) 
– yersiniose (Yersinia enterocolitica) 
– shigelose (Shigella) 
– gastroenterite (E.coli)
intoxicações não bacterianas: quando outros agentes não bacterianos estão envolvidos. 
– metais tóxicos (PB, Hg, As, Cd) – agrotóxicos – (organofosforados, carbamatos ...) – fungos - plantas - vírus - animais marinhos.
Surtos de DTAs fatores de risco:
alimento preparado várias horas antes de seu consumo; 
acondicionamento inadequado;
falhas na cadeia de refrigeração de alimentos;
manipuladores com práticas de higiene pessoal inadequada ou portadores de lesões ou doenças passíveis de contaminação;
falhas no processo de higienização de utensílios e equipamentos utilizados no preparo de alimentos;
utilização de matéria prima contaminada;
utilização de água cuja potabilidade não é controlada. 
Surto de DTA: Episódio em que duas ou mais pessoas apresentam doença semelhante após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem. 
Notificação compulsória • Individual Botulismo, cólera, febre tifoide.
Surtos fechados: casos ligados por evento com alimento contaminado, relativamente fácil de encontrar os casos, lista de alimentos servidos para a identificação do contaminado.
Surtos abertos: alimento comum vendido em restaurantes, ambulantes e industrializados com ampla distribuição, os casos são dispersos com atendimentos em diferentes locais, difícil identificar e notificar o surto, pois as pessoas não sabem que participam de um surto.
Prevenção Individual DTAs:
Cuidado no preparo de alimentos 
Cuidado na higiene pessoal 
Manter limpas todas as áreas e superfícies da cozinha 
 Cozimento adequado dos alimentos 
 Refrigeração dos alimentos 
 Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais – controle de vetores 
 Utilizar água limpa (potável) 
Vigilância Epidemiológica versus Vigilância Sanitária:
	Epidemiológica
	Sanitária
	Monitorar as doenças de origem alimentar (perfil, causas, características, variações).
	Garantir o alimento seguro, atuando na redução e/ou eliminação de fatores de risco que comprometam a qualidade e inocuidade
Fatores que contribuem para a emergência das DTAs: o crescente aumento da população; o processo de urbanização desordenado; as facilidades atuais de deslocamento da população; a necessidade de produção de alimentos em grande escala; a maior exposição das populações a alimentos destinados ao pronto consumo coletivo "fast - foods“; o consumo de alimentos em vias públicas.
Micotoxinas: Agentes químicos produzidos durante o metabolismo de alguns fungos filamentosos. 
Aflatoxinas: grupo de metabólitos tóxicos produzidos por fungos saprófitos durante seu estágio de esporulação. Produzidas pelos fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus.
Toxicidade: são carcinogênicas, teratogênicas e mutagênicas. O fígado é o órgão mais atingido, alterando a absorção de lipídeos, vitaminas e minerais. Causa depressão do sistema imunológico doenças oportunistas. Altera o numero de eritrócitos, reduz pressão osmótica, causando edema no baço, fígado e rins.
Botulismo: Intoxicação alimentar produzida pela toxina da bactéria Clostridium botulinum. O Clostridium botulinum é uma bactéria anaeróbia, Gram – positiva, formadora de esporos resistentes ao calor. A toxina botulínica é uma Neurotoxina de Alta toxicidade Produzida no interior da célula e Liberada durante a autólise, apresenta Natureza protéica (130-170 kda) e é resistente ao pH ácido do estômago e Termolábil (inativada a 800C/ 30min. ou 100oC/ 10min.) Os principais veiculadores da toxina botulínica são: Conservas caseiras (vegetais, cogumelos, palmitos), Baixa acidez (não se desenvolve em pH < 4,6 ), produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”), Alimentos processados industrialmente (enlatados). O mecanismo de ação da toxina botulínica consiste em: ligação da cadeia leve aos receptores na membrana ; internalização da toxina ativa ; translocação da toxina p/ o interior da célula 
(pinocitose) ; bloqueio da liberação da acetilcolina (o músculo não contrai, ocorrendo a paralisia). O período de incubação da doença pode variar de 2 horas a 10 dias, com período médio de 12 a 36 horas, dependendo da quantidade de toxina ingerida. O tratamento acontece com neutralização da toxina com anti-toxina (não reverte a paralisia já ocorrida), e caso a paralisia já tenha atingido a parte superior do trato respiratório traqueostomia ou ventilação. 
O controle do botulismo se dá pela adoção das seguintes medidas: 
Destruição dos esporos:
 Processamento térmico de alimentos (acima de 800C) Irradiação 
Controle do desenvolvimento do C. botulinum :
Refrigeração, congelamento 
acidificação(pH abaixo de 4,6) 
Nitrito de sódio 
Defumação 
Destruição da toxina:
calor (acima de 800C)
Os sintomas são: 
náuseas ;
vômitos ;
sintomas neurológicos; 
enfraquecimento visual ;
perda das funções normais da boca e garganta ;
fadiga, falta de coordenação motora ;
paralisia flácida dos nervos cranianos;
insuficiência respiratória ;
parada cárdio-respiratória ;
óbito, na ausência de tratamento rápido e suporte vital adequado.

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