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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO VALIDAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO CURRICULAR Atividades alternativas equivalentes A Visão Organizacional sob a Ótica de Processos JÚLIASILVA GOMES RA: C23475-3 Dezembro / 2017 JÚLIA SILVA GOMES - RA: C23475-3 VALIDAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO CURRICULAR Atividades alternativas equivalentes A Visão Organizacional sob a Ótica de Processos Atividades alternativas equivalentes apresentada ao Instituto de Ciências Sociais e Comunicação da Universidade Paulista, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas. SÃO PAULO 2017 Sumário INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 1. CONCEITOS BÁSICOS DA VISÃO POR PROCESSOS ........................ 5 1.1. O que é um processo ........................................................................... 5 1.2. O que é um processo produtivo e um processo empresarial 7 1.3. Vantagens da visão por processos .............................................. 8 1.4. Elementos de um processo .......................................................... 11 1.5. Características de processos bem definidos ........................... 13 1.6. Desdobramentos dos processos: processos, subprocessos e tarefas 14 2. IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS ............... 15 2.1 -Processo (Macro-Fluxo / Cadeia de Valores Macro) ...................... 15 2.2 Processos-Chaves (primários) e de Apoio (suporte) .................. 16 3. MODELAGEM DE PROCESSOS .............................................................. 18 3.1 Técnica de mapeamento e documentação ........................................ 18 3.2 Tipos e padrões de Fluxograma ....................................................... 20 4. ANÁLISE DOS PROCESSOS .................................................................... 22 4.1 Análise e fluxo dos principais processos organizacionais ..... 22 5. AVALIAÇÃO E DESEMPENHO DE PROCESSOS ................................... 23 5.1 Objetivos da Organização X Objetivos dos Processos ............. 23 5.2 Objetivos e Medições de Desempenho dos Processos Organizacionais Orientados e Desdobrados Segundo o Negócio (Eficácia, Eficiência e Adaptabilidade) ........................................................ 24 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 27 4 INTRODUÇÃO O presente trabalho, foi elaborado com base no estudo do mapeamento e na gestão dos processos organizacionais, a relação de interdependência entre as atividades diárias desses processos que compõem as estruturas dentro das organizações. No capítulo 1 são abordados os conceitos básicos sobre processos, as vantagens e os elementos que compõem um processo e seus desdobramentos. O capítulo 2 contempla a identificação dos processos organizacionais em macroprocessos e processos chaves. O capítulo 3 apresentada as técnicas de mapeamento dos processos e os padrões de fluxograma. O capítulo 4 aborda a análise e fluxo dos processos organizacionais. Ao final, no capítulo 5 são apresentados a avaliação, o desempenho, objetivo e medição dos processos orientados para a eficácia, eficiência e adaptabilidade dentro das organizações. 5 1. CONCEITOS BÁSICOS DA VISÃO POR PROCESSOS 1.1. O que é um processo Processo pode ser entendido como a maneira ou o método utilizado para se fazer algo ou atingir um objetivo, e significa a ação de avançar ou andar para a frente. Com foco na visão organizacional processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas cuja execução geram um produto para um cliente (externo ou interno). “Processo consiste em um conjunto de atividades executadas sequencialmente e que apresentam uma relação lógica entre si. Tais atividades adicionam valor aos inputs (insumos) do processo, gerando um resultando identificável sob a forma de bens, serviços ou informações: os outputs. O resultado do processo é sempre direcionado a um cliente, seja interno ou externo”. MONTEIRO (2003). Uma organização orientada para os processos do negócio tem seu foco no cliente seja ele interno ou externo, e responsabilidades para todo o processo e seu resultado. Compreender como funcionam os processos é o que permite um adequado gerenciamento para se obter o máximo de resultados. Segundo Valle & Oliveira (2013) uma visão organizacional voltada para processos permite que o foco da organização seja orientado para a agregação de valor compreendendo a organização de maneira muito mais ampla e fazendo com que a empresa passe a ser vista de uma forma horizontal ao invés de uma visão vertical. 6 “Hoje, o foco foi deslocado para uma dimensão horizontal, ou seja, para o encadeamento (processo) das atividades de produção. A ótica é outra: antes, olhava-se para a empresa e só se enxergavam funções, agora se enxergam também os processos”. (VALLE & OLIVEIRA, 2013, p. 9). Para Valle & Oliveira (2013), enxergar a organização a partir de seus processos significada que o foco da organização está nas atividades de trabalho e não na estrutura que foca nas funções e nos departamentos tem se firmado de forma contundente. O quadro abaixo traz a definição do conceito de processo, de atividade, tarefa e evento segundo o BPMN (Business Process Modeling Notation) que é uma ferramenta muito utilizada como modelo da gestão contemporânea cuja abordagem é voltada para todos os processos existentes dentro das organizações. CONCEITO DEFINIÇÃO BPMN Atividade Termo genérico para o trabalho desempenhado pela empresa. Processos, subprocessos e tarefas são tipos de atividades. Tarefa Tarefa (task) é uma atividade atômica incluída num processo. No modelo de processos, a tarefa é o desdobramento máximo do trabalho executado no processo. Processo Qualquer atividade desempenhada no interior de uma organização. No modelo de processos, é retratada como uma rede constituída por outras atividades em fluxo e por seus respectivos controles de sequenciamento (eventos e junções). Um processo de negócio contém um ou mais processos. Evento Algo que "acontece" no curso do processo de negócio, influenciando seu fluxo. Há o evento inicial, o evento final e eventos intermediários. 7 Pavani & Scucuglia (2011), apresentam ainda uma outra definição de processo próprio que foram baseadas, considerando as definições do BPM CBOK (Business Process Management Commom Body of Knowledge) e também na ISO9001:2008: “Processo é o título dado a uma série de atividades/objetos, transformando entradas (inputs) em saídas/produtos (outputs), de modo a atribuir determinado grau (tangível) de agregação de valor”. (PAVANI JR. & SUCUGLIA, 2011, P. 113). 1.2. O que é um processo produtivo e um processo empresarial Valle & Oliveira (2013), destacam que as abordagens mais contemporâneas dentro das organizações têm adotado uma posição pós- fordistas ou também chamadas abordagens pós-funcionalistas. No entanto esses mesmos autores destacam que as organizações dependendo do seu porte não é capaz de eliminar de forma totalizada a questão das funções. Segundo Valle & Oliveira (2013), as organizações hoje passaram de uma visão verticalizada(visão por funções) para uma visão horizontal (visão por processos), mas ainda sem se fecharem plenamente para a ótica das funções. Dentro da classificação dos processos destacamos os processos a seguir: • Processo Empresarial: Também chamados de Processos de Negócios ou Processos Organizacionais, tem como características a relação direta com os clientes e com a entrega de valor. O foco nesse tipo de processo é o cliente, sendo costumeiramente associado a serviços prestados ao cliente final. A metodologia BPM (Business Process Modeling) tem suas técnicas e métodos amplamente utilizados para a gestão e modelagem dos processos de negócios. 8 • Processo Produtivo: São processos voltados para a transformação de determinados elementos de entrada (geralmente matéria Prima) e os elementos de saída (produto final acabado). Os processos de produção são aqueles que resultam na transformação de produtos em bens de consumo ou serviços, com a finalidade de atender as necessidades do homem. Nos processos produtivos a excelência da gestão também utiliza as práticas do BPM (Business Process Modeling). O quadro abaixo apresenta algumas vantagens geradas pelos processos empresariais e pelos processos produtivos: 1.3. Vantagens da visão por processos Uma organização com visão por processos tem condições de elaborar sua gestão de forma muito mais eficiente e eficaz por enxergar de forma sistêmica todas as atividades envolvidas em seus diferentes processos. Valle & Oliveira (2013), destacam nesse sentido como vantagem da visão por processos a cadeia de valor de Michael E. Porter, que se baseiam na Processos Empresariais Processos Produtivos Entrega de valor diretamente ao cliente Contribui para identificação dos pontos fortes e fracos Visão de toda cadeia de valor Possibilita adaptações quando necessárias Processos formalmente estabelecidos Agilidade na resolução dos problemas Contribuem a eficiencia e a eficácia Melhora o controle da produção Melhora do desempenho dos serviços prestados Otimização da produção Definição adequada das responsabilidades Melhora a qualidade do produto ou serviço Eliminação das atividades reduntantes Identificação dos gargalos operacionais Permitem medições, análises dos trabalhos Padronização do processo produtivo Contribuem para o aperfeicoamento da estratégia organizacional Formalização do conhecimento Contato direto com o cliente Melhora da visão organizacional 9 integração dos processos primário, os processos de suporte e os de margem, para conseguir vantagem competitiva para a organização. A figura abaixo representa a estrutura desses processos da cadeia de valor sugerida por Porter: Segundo Valle & Oliveira (2013), a principal vantagem competitiva proposta por Porter, está focada no gerenciamento dos elos existentes entre os processos dentro dessa cadeia de valor. “Gerenciar a cadeia de valor pressupõe cumprir um ciclo de alinhamento contínuo, orientar a qualidade para a agregação de valor, refletir sobre as competências organizacionais e orientar mudanças”. (VALLE & OLIVEIRA, 2013, p. 6). 10 Desse modo podemos dizer que a visão organizacional feita através dos processos dentro da cadeia de valor contribuiu para a excelência na prestação dos serviços e na satisfação do cliente. Vantagens geradas pela visão de processos: • Contribui para uma melhor compreensão das fontes de vantagem competitiva da organização, o que por sua vez proporciona a possibilidade de ampliação dessas vantagens gerando diferenciais para a empresa • Ajuda para antecipar novas tendências do mercado; • Disponibilizar uma visão completa do fluxo de informação na organização e de todas as relações entre os processos, o que facilita a adequação tanto das etapas quando dos setores se necessários; • Contribuiu para avaliar a rentabilidade das operações e o posicionamento de produtos e serviços no mercado, o que ajuda a implantação de novas estratégias para obter melhores resultados frente a satisfação dos clientes; • Promove a evolução do desempenho dos processos na organização. Para a FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), a visão por processos contribui também para: • Proporciona maior clareza e objetividade no entendimento das atividades; • Promovem maior desempenho aos serviços prestados; • Uso eficiente dos recursos; • Definição adequada das responsabilidades; • Eliminação de custos devido a eliminação de atividades redundantes; • Contribuiu para o aumento da satisfação dos clientes. 11 1.4. Elementos de um processo Os elementos que envolvem um processo de negócio, variam de acordo com a atividade do negócio da empresa. Os insumos Inputs (entrada), podem ser materiais, equipamentos, informação e conhecimento, assim como outros bens que podem ser tanto tangíveis como intangíveis, que sofrem um processo transformador que resulta na criação de bens e serviços conhecidos como Outputs (saídas). Valle & Oliveira (2013), destacam que existem quatro tipos básicos de recursos entrantes (Inputs) a serem considerados para um processo: • Materiais; • Energia; • Clientes; e • Informações. Assim como são destacadas as entradas, Valle & Oliveira (2013), destacam também os recursos de saídas (Outputs), quem compõem os processos: • Recursos com valor adicionado que são bens e produtos oferecidos aos clientes finais; • Recursos com valor público adicionado que são os empregos gerados, impostos; 12 • Recursos sem valor imediato resíduos sólidos e gases que precisam ser tratados; e • Informações que geraram informações a serem usadas como base do aprendizado continuo da organização. A figura abaixo demonstra os muitos elementos a serem considerados dentro de um processo considerado uma visão organizacional ampla: 13 1.5. Características de processos bem definidos Processos bem definidos contribuem positivamente para uma série de benéficos para a organização. Empresas voltadas para o pensamento sistêmico são aqueles que reconhecem a interdependência entre os diversos componentes de uma organização. Isso reflete em processos mais bem definidos. Para Pavani & Scucuglia (2011), a interpretação organizacional alterou seu modelo mental de organograma para um modelo transversal de ponta a ponta, refiando assim seus processos organizacionais. Abaixo destacamos algumas das características dos processos quando bem definidos: • Cronograma previsto atingido; • Custos definidos não ultrapassados; • Baixos índices de retrabalho; • Qualidade dos produtos e serviços; • Satisfação da equipe; • Satisfação dos clientes; • Alta produtividade; • Controle adequado dos processos; • Aumento da competitividade da organização; e 14 • Facilidade de se adequar as mudanças. 1.6. Desdobramentos dos processos: processos, subprocessos e tarefas Valle & Oliveira (2013), com a finalidade de oferecer uma classificação para processos mais facilmente adaptado a realidade e ao negócio de cada organização utilizam como ferramenta de divisão de processos o Process Classification Framework (PCF), da American Productivity and Quality control (APQC, 2006), por ser uma ferramenta aceita em nível global. Com o PCF, o entendimento das atividades da organização é contemplado de forma horizontal (ou sistêmica) o que facilita a comunicação interdepartamental. Para isso, o PCF, decompõem os processos em subprocessose os subprocessos em atividades e tarefas, dividindo em classes menores segundo determinada hierarquia. Para explicar as diferenças de processos, subprocessos e tarefas, vamos utilizar os conceitos do BPMN que dizem que: • Processo – Atividade realizada por uma organização e composta por um série de etapas e controles, sendo extremamente hierárquico e permite o fluxo de informações sendo divididos em três modelos básicos: Processos Privados (ou internos),ocorrem dentro da organização e correspondem as atividades realizadas internamente e como estas atividades interagem entre sim; Processos Abstratos (ou públicos), são os processos referentes a atividades que envolvem outra instituição externa ao processo 15 privado; e Processos de Colaboração (ou globais), são os processos que interagem com dois ou mais processos do negócio. • Subprocessos – corresponde a um desdobramento dentro do processo. É uma atividade realizada dentro do processo do negócio e pode ser: Subprocessos Colapsado (tem um símbolo + que indica a existência de outro nível de detalhes que pode ser expandido; Subprocessos Expandido (contém um Processo de Negócio). Tem nível hierárquico de média complexidade. • Tarefa – É o desdobramento máximo do trabalho executado no processo. É utilizada quando um processo não pode ser representado com mais uma camada de detalhe e envolve a rotina dos trabalhos a serem executados. 2. IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS ORGANIZACIONAIS 2.1 Macro-Processo (Macro-Fluxo / Cadeia de Valores) O macroprocesso é um conjunto de atividades, que reúne várias funções com a finalidade de gerar valor para a organização impactando no funcionamento da mesma. Para Pavani & Scucuglia (2011), macroprocesso é um processo com características especiais. Esses mesmos autores definem como macroprocesso sendo: 16 “Macroprocesso nada mais é do que o conjunto de processos com características e objetos em comum. É a representação mais gerencial para a macrocompreensão da dinâmica processual de uma organização. Geralmente os marcroprocessos são representados graficamente com base na cadeia de valor”. (PAVANI JR. & SUCUGLIA, 2011, P. 112). Os macroprocessos geralmente envolvem mais de uma função e corresponderem ao funcionamento da organização, por conta disso precisam estar alinhados aos objetivos da organização. Abaixo um exemplo da estrutura de um macroprocesso: 2.2 Processos-Chaves (primários) e de Apoio (suporte) Organizações que trabalham voltadas para uma gestão pautada por uma visão macro, são organizações que analisam todas as circunstâncias que 17 envolvem as atividades desenvolvidas dentro de cada processo, gerando uma cadeia de valor que por sua vez integra todos os processos da organização. Os processos que formam a cadeia de valor são chamados de processos primários e processos de suporte. “Os processos primários se referem à logística de entrada de insumos, à produção, comercialização e logística de entrega aos clientes. Os processos de suporte se referem aos recursos básicos da empresa para permitir a produção: pessoas, infraestrutura, aquisições, tecnologia”. (VALLE & OLIVEIRA, 2013, p. 4). Para Monteiro (2003), os processos primários e de suporte podem ainda ser classificados como: • Processos Primários ou Processos Chaves – Identificados como aqueles que caracterizam a estratégia de atuação da empresa e geram um produto ou serviço para o ciente externo. • Processos de Suporte ou Processos de Apoio – Servem de apoio ao funcionamento dos processos primários e incluem: • Processos Organizacionais ou de Integração: garantem o suporte adequado a operação dos processos do negócio. • Processos Gerenciais: focalizados nos gerentes e suas relações e incluem “ações de medição e ajuste do desempenho”. Valle & Oliveira (2013), destacam que os processos primários são os mais importantes por que afetam diretamente os clientes externos e apresentam os processos gerenciais como um terceiro processo e não como um subprocessos dentro dos processos de suporte. 18 Com relação aos processos chaves, Valle & Oliveira (2013) destacam o alto custo e alto impacto que esses processos causam nos clientes externos. Para Pavani & Scucuglia (2011), os processos principais, de apoio e gerencial são categorizados como processos que compõem o Ambiente de Gestão. 3. MODELAGEM DE PROCESSOS 3.1 Técnica de mapeamento e documentação Quando falamos em técnica de mapeamento de processos, podemos afirmar que mapear um processo é entender, documentar e descobrir a melhor maneira de melhorar esses processos com vistas a satisfação dos cientes internos e externos. Pavani & Scucuglia (2011), alertam para a diferença entre gestão de processos, e mapeamento de processos, sendo o mapeamento de processos a primeira etapa a ser conduzida e consiste em: • Estudo do trabalho: é o processo de observação e levantamento das informações com a finalidade de detalhar a razão desses processos, ou seja, como e por que o trabalho é realizado. • Entendimento do trabalho: após a observação e o entendimento da lógica dos processos, transformá-los em conhecimento. Pavani & Scucuglia (2011), alertam para a importância do entendimento e as diferenças entre a gestão de processos, e de mapeamento dos processos de modo que seja assim um ambiente maléfico para a organização. 19 Para realização de um mapeamento de processos se faz necessários reuniões e entrevistas com pessoas chaves de cada setor uma vez que as mesmas sabem o funcionamento de todas as atividades envolvidas no processo. O mapeamento dos processos gera vantagens como: • Aproximação entre o nível estratégico e operacional, o que torna a empresa mais ágil; • Permite melhores condições de readequação estratégica ou de reposicionamento no mercado; • Identifica gargalhos operacionais; • Contribuiu para estimação de tempo e recursos; e • Identifica os responsáveis por cada etapa do processo. Uma ferramenta bastante utilizada para o mapeamento dos processos é o fluxograma. A figura abaixo representa um fluxograma utilizado para o mapeamento de processo organizacional: 20 3.2 Tipos e padrões de Fluxograma Pavani & Scucuglia (2011), descreve fluxograma como um conjunto de imagens de um processo que contribui para uma melhor compreensão e interpretação dos colaboradores de todas as etapas dos processos da organização. “Os símbolos utilizados no fluxograma têm por finalidade colocar em evidência a origem, o processamento e o destino da informação e dos registros físicos”. (PAVANI JR. & SUCUGLIA, 2011, P. 76). Os fluxogramas têm como função a representação do modelo que pode ser de um único ou mais processos adotados pela organização, de modo que, todos os colaboradores possam ter uma visão ampla do processo como um todo, indicando cada etapa que deve ser seguida. Segundo Pavani & Scucuglia (2011), as experiências com o mapeamento dos processos e a utilização de fluxograma contribuem de forma significativa para o entendimento na utilização do BPMN e possuem algumas características como: • Usam símbolos de início, setas, retângulos, paralelogramos, losangos (decisão) e conectores. • Podem ser usados outros símbolos de adoção menos universal. • São desenhados da esquerda para a direita ou de cima para baixo. O fluxograma tem como objetivo apresentar de forma simples e clara o fluxo das informações e as sequencias operacionais dentro dos processos, podendoser aplicados sejam em processos organizacionais como também no cotidiano das pessoas. 21 As figuras abaixo apresentam dois modelos de fluxograma a saber: 22 4. ANÁLISE DOS PROCESSOS 4.1 Análise e fluxo dos principais processos organizacionais Pavani & Scucuglia (2011), destacam que a otimização dos processos como sendo a principal atividade na gestão dos processos organizacionais através do BPM, por se tratar da escolha que mais gere recursos tangíveis para a organização. Para tanto as organizações precisam categorizar o que seria a prioridade para a organização usando para isso técnicas de gestão que possam ajudar na melhor escolha. Segundo Pavani & Scucuglia (2011), uma ferramenta bastante útil nesses casos é a Matriz de Causa e Efeito. • Impacto: o nível de influência que o processo possui junto aos stakeholders e também aqueles que quando ocorre falhas influenciam negativamente os clientes ou a remuneração dos acionistas. • Severidade: o quanto a falha de um processo se traduz em resultados negativos para os stakeholders, e o quanto essa falha afetará os clientes e a imagem da empesa. Com a utilização dessa ferramenta acontece uma abordagem matricial onde os processos da organização são quantificados em nível de impacto e nível de severidade como demonstrado na figura abaixo: 23 5. AVALIAÇÃO E DESEMPENHO DE PROCESSOS 5.1 Objetivos da Organização X Objetivos dos Processos Para que as organizações tenham sucesso são necessários que todos os envolvimentos (colaboradores, clientes, fornecedores, acionistas, sociedade) os chamados stakeholders, tenham esses objetivos bem divulgados e compreendidos por todos. Para tanto, a visão e a missão da organização precisam estar claros e de acordo com a estratégia adotada utilizar da melhor maneira possível os processos de apoio, os processos chaves e de interação. Para que a organização consiga atingir seus objetivos e a otimização de seus recursos são necessários que todos os processos da administração da organização realizem suas atividades da melhor maneira possível de modo que: 24 • Processos de compras: Devem controlar o que é comprado? Em que condições? Quando é comprado? Por que é comprado? E o controle dos estoques e seu devido armazenamento. • Processos Produtivos: tenham máquinas e equipamentos adequados e com profissionais qualificados o que resulta em uma produção sem desperdício e com alto rendimento. • Processos de Gestão de Pessoas: Devem garantir a contratação de pessoas qualificadas e de acordo com as necessidades da empresa. • Processos Financeiros: Devem controlar as finanças e realizar análises adequadas de modo a garantir a liquidez e monitorar o grau de endividamento da organização. • Processos de Marketing: Estarem atentos as necessidades e expectativas dos clientes, procurando assim garantir a satisfação dos mesmos. 5.2 Objetivos e Medições de Desempenho dos Processos Organizacionais Orientados e Desdobrados Segundo o Negócio (Eficácia, Eficiência e Adaptabilidade) A razão dos objetivos e medições dos processos organizacionais tem como foco a eficácia, a eficiência e adaptabilidade que seus processos possuem de modo a garantir que de acordo com a orientação do negócio da empresa para que desse modo os objetivos traçados sejam efetivamente atingidos da forma mais otimizada possível. 25 Para tanto, os indicadores são importantes segundo Pavani & Scucuglia (2011), por dois motivos: 1. Permite o gerenciamento quantitativo de cada processo. 2. Permite o estabelecimento de metas de melhoria que mensurem de forma objetiva a eficácia da execução de melhorias nos processos. Pavani & Scucuglia (2011), destacam como uma ferramenta de indicadores para a gestão de processos o Balanced Scorecard – BSC, como um caminho para as medições de todos os processos e em todos os níveis da organização. Algumas dessas características desse tipo de gestão são: • Todas as atividades são planejadas e tem seus objetivos e metas devidamente estabelecidos (Para que fazer? O que fazer?). • Participação dos responsáveis pelos processos envolvidos no planejamento. • Avaliação sistemática dos recursos para que os resultados possam ser atingidos. • Definição e comunicação a todos os envolvidos sobre como e por que será feito. Para as medições os indicadores podem ser: • Indicadores de eficiência: medem como os produtos ou serviços são realizados pela organização e como são utilizados seus recursos. São indicadores de eficiência: 26 � O tempo gasto na produção ou execução dos produtos e serviços; � Custos da qualidade (desperdício, perdas e retrabalho); � Tempo de contratação; � Disponibilidade de recursos financeiros; e � Tempo de contratação de pessoal. • Indicadores de eficácia: medem a capacidade de atingir os objetivos e como os produtos e serviços são percebidos pelos clientes. São indicadores de eficácia: � Total de produtos produzidos. � Quantidade de pessoas atendidas e total de pessoas que procuraram atendimento. � Entregas realizados no prazo e total de entregas feitas. � Lucratividade do negócio: lucro líquido e total receitas. � Prazo de garantia. � Rotatividade de pessoal. � Recebimentos e entregas no prazo. • Indicadores de adaptabilidade: referem se a capacidade da organização em se adaptar a mudanças e com processos flexíveis que permitam sofrer reajustes quando necessários. São indicadores de adaptabilidade: � O tempo médio necessário para atender a uma solicitação especial do cliente comparado com o tempo padrão de atendimento. � A porcentagem de solicitações especiais que não são aceitas em relação ao total de solicitações especiais. � A porcentagem de vezes que uma solicitação especial precisa ser levada à chefia imediata ou mesmo 27 REFERÊNCIAS VALLE, Rogério & OLIVEIRA, Saulo B. 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