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Direito Financeiro Resumo

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Receita pública é a entrada de dinheiro nos cofres públicos de forma definitiva podendo ser 
originaria, derivada e transferida 
Receita orignária são resultantes das atividades do Estado como agente particular e, assim, 
submetidas ao direito privado. Trata-se das situações em que a Administração encontra-se em 
relação de coordenação com o particular, que entrega recursos àquela não por conta de uma 
imposição, mas por força do exercício de sua autonomia. 
 
Receitas derivadas são aquelas cuja origem está no poder de imposição do Estado em face do 
particular. Há o constragimento do patrimônio do particular. Tributação. 
 
Receitas transferidas, que decorrem da transferência de recursos entre os entes da 
Federação. Podem resultar de uma imposição legal como aquelas previstas na Constituição. 
Repartição das receitas oriundas do IPVA. 
 
Receitas correntes aquelas resultantes de atividades próprias do Estado, tais como: (i) 
obtenção de recursos pelas vias da tributação, (ii) cobrança de preços públicos dos particulares 
e outros valores decorrentes da exploração do patrimônio do Estado nos moldes do direito 
privado e (iii) entrada de receita por conta das transferências obrigatórias ou voluntárias 
realizadas entre os entes. 
 
Receitas de capital podem ser compreendidas como as entradas resultantes de operações nas 
quais o Estado busca a captação externa de recursos e, portanto, à parte das suas finalidades 
ordinárias. Exemplo, das receitas provenientes das operações de endividamento. 
 
Artigo 11 LRF o ente que deixar de criar ou disciplinar um tributo para o qual a Constituição lhe 
confere competência estará agindo em ofensa ao princípio da responsabilidade no manejo das 
verbas públicas, na medida em que, de forma deliberada, opta por não captar receitas 
tributárias. Penalidade para os entes que não criarem impostos de sua competência: tais entes 
ficarão tolhidos de receber transferências voluntárias e, assim, repasses de verbas 
provenientes de auxílio financeiro de outras unidades da Federação. 
 
Artigo 12 LRF. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os 
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento 
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de 
sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se 
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. 
 
Interpretação A estimativa presente nas leis orçamentárias não deve ser algo apresentado 
sem fundamento e de forma aleatória, mas, ao contrário, decorrente da consideração de 
vários e diferentes fatores que podem influir no montante da receita para um determinado 
período 
 
Artigo 13 LRF prescreve a obrigação do Poder Executivo de, no prazo de trinta dias após a 
publicação dos orçamentos, desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de 
arrecadação 
 
Renúncia de receita. Nos termos do § 1º desse dispositivo, haverá renúncia de receita sempre 
que se fizer presente algum benefício de natureza fiscal ou tributária cujo resultado seja a 
redução dos ingressos nos cofres públicos: “a renúncia compreende anistia, remissão, 
subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota 
ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou 
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado”. 
 
Condições para renuncia de receita previstas no próprio artigo 14 da LRF. é necessário que o 
ato legal do qual decorra a renúncia: esteja acompanhado de uma estimativa do impacto 
orçamentário-financeiro da perda da receita, no exercício que deva entrar em vigor e nos dois 
subsequentes; atenda ao disposto na LDO e, ademais, a pelo menos uma de duas condições: 
o proponente deve demonstrar que houve a consideração da renúncia na estimativa de receita 
presente na LOA e que a renúncia não afetará as metas de resultados fiscais previstas na LDO; 
ou deverá estar acompanhada de medidas de compensação, também pelo período de três 
anos, as quais deverão se operar pelo aumento de receita decorrente do aumento da carga 
tributária. Para melhor compreensão do tema, vale tratar cada uma das exigências 
separadamente. § 3º do artigo 14 prescreve duas situações em que é possível a renúncia de 
receita sem a observância dos requisitos acima descritos. São os casos de: (i) alterações de 
alíquotas dos impostos extrafiscais (ii) cancelamento de débito cujo montante seja inferior 
ao dos respectivos custos de cobrança. 
 
Despesa pública pode ser definida como o conjunto de gastos do Estado, cujo objetivo é 
promover a realização de necessidades públicas, o que implica o correto funcionamento e 
desenvolvimento de serviços públicos e manutenção da estrutura administrativa. É 
pressuposto de toda e qualquer despesa não apenas a indicação da fonte respectiva de 
financiamento – e, assim, a receita que lhe fará frente –, mas, também, a autorização do 
Poder Legislativo. 
 
Despesas correntes são aquelas resultantes da manutenção das atividades próprias do 
Estado, tais como o custeio da estrutura administrativa. A realização desse tipo de despesa 
não gera o aumento do patrimônio do Estado; apenas contribui para a sua continuidade. De 
acordo com o artigo 12, são despesas correntes as despesas “de custeio” e as “transferências 
correntes”. 
 
Subvenção trata de transferências que se destinam a cobrir as despesas de custeio das 
entidades beneficiadas. A depender do tipo de instituição para a qual a transferência se 
destina, podemos ter subvenção social ou subvenção econômica. O primeiro casoengloba as 
instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural sem fins lucrativos que 
recebam transferências do Estado, enquanto a hipótese de subvenção econômica está 
presente quando se verifica o repasse de recursos para empresas públicas ou privadas de 
caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. 
 
Despesas de Capital são aquelas cujo resultado será o aumento do patrimônio público e, 
assim, da capacidade produtiva como um todo. investimentos os gastos direcionados ao 
planejamento e execução de obras, nisso incluindo-se as dotações “destinadas à aquisição de 
imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas 
especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e 
constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou 
financeiro”. Inversões financeiras são as dotações que se destinem: aquisição de imóveis ou 
bens de capital já em utilização; ou de títulos representativos de capital de empresas ou 
entidades de qualquer espécie, já constituídas, sem que haja aumento de capital. à 
constituição ou aumento de capital de entidades ou empresas que tenham objetivos 
comerciais ou financeiros. Transferência de Capital “as dotações para investimentos ou 
inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, 
independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas 
transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento 
ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública”. 
 
 
Créditos suplementares caracterizam-se por serem destinados ao reforço da dotação 
orçamentária; ou seja, nos casos em que ele se faz presente, houve previsão da despesa no 
orçamento, mas no curso da execução orçamentária provou-se que a referida previsão seria 
insuficiente para realizar todas as despesas necessárias. Daí, portanto, a necessidade de 
aumentar o nível das despesas e reforçar a previsão (dotação) anteriormente aprovada. 
 
Créditos especiais quanto os extraordinários caracterizam-se pelo fato de as despesas que 
devem ser autorizadas nãoestarem, originalmente, computadas no orçamento. A diferença 
entre eles está, novamente, na motivação da autorização da despesa: os créditos especiais são 
destinados a atender quaisquer despesas para as quais não haja dotação orçamentária, 
enquanto os créditos extraordinários são aqueles que devem ser utilizados tão somente para 
atender a despesas urgentes e imprevistas, decorrentes de guerra, comoção interna ou 
calamidade pública. Nesse caso, inclusive, tendo-se em vista a urgência da despesa, a 
Constituição autoriza que tais créditos sejam abertos via medida provisória, 
 
Despesa com pessoal “o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos 
e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e 
de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e 
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, 
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, 
bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência”. 
Apuração da despesa total com pessoal levará em conta o período de doze meses, ou seja, um 
ano, sem que isso necessariamente reflita o ano civil. 
 
Artigo 18 da LRF e da respectiva interpretação do Supremo Tribunal Federal, pode-se dizer que 
as despesas com pessoal englobam todas as modalidades de gasto do Poder Público 
relacionadas ao pagamento de prestação de serviços no sentido mais amplo que tal 
atividade pode ser compreendida: incluem-se, nessa classificação, ativos, inativos, 
pensionistas, contribuições, encargos e, igualmente, terceiros cuja mão de obra substitua os 
servidores públicos. 
 
Artigo 19 estabelece os limites globais de gasto com pessoal e os discrimina a partir dos entes 
da Federação: a União não poderá gastar mais do que 50% de sua receita corrente líquida, 
enquanto os Estados, Distrito Federal e Municípios ficarão limitados a 60% das respectivas 
receitas correntes líquidas. 
 
Seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos 
Poderes Públicos e da sociedade, as quais se destinam a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
 
A Constituição, no artigo 195, § 5º, estabelece que “nenhum benefício ou serviço da 
seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de 
custeio total”. Ou seja, qualquer gasto com a saúde, assistência social ou previdência deve 
possuir a contrapartida em receita para que possa ser realizado.

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