Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Emergências em Alergia Belém – PA 2014 Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina Disciplina Medicina Geral do Adulto I Módulo Alergia e Imunologia Prof. Ernesto Yamano Anafilaxia Definição A anafilaxia pode ser caracterizada como uma reação sistêmica aguda, grave, que acomete vários órgãos e sistemas simultaneamente, sendo provocada pela atividade farmacológica de mediadores liberados após ativação de mastócitos e basófilos. Classificação da Anafilaxia Mecanismo da anafilaxia Mecanismo da anafilaxia Mecanismo da anafilaxia Mecanismo da anafilaxia Mecanismo da anafilaxia Critério 1 Doença de início agudo (minutos a várias horas) com envolvimento da pele, tecido mucoso ou ambos (ex: urticária generalizada, prurido ou rubor facial, edema de lábios, língua e úvula) e pelo menos um dos seguintes: Comprometimento respiratório (ex.: dispnéia, sibilância, broncoespasmo, estridor, redução do pico de fluxo expiratório [PFE], hipoxemia). Redução da pressão arterial ou sintomas associados de disfunção terminal de órgão (ex.: hipotonia [colapso], síncope,incontinência). Critério 2 Dois ou mais dos seguintes que ocorrem rapidamente após a exposição à provável alérgeno para um determinado paciente(minutos ou várias horas): Envolvimento de pele-mucosa (urticária generalizada, prurido e rubor, edema de lábio-língua-úvula). Comprometimento respiratório (dispnéia, sibilância-broncoespasmo, estridor, redução do pico de fluxo expiratório (PFE),hipoxemia). Redução da pressão sanguínea ou sintomas associados (ex.: hipotonia [colapso], síncope, incontinência). Sintomas gastrintestinais persistentes (ex.: cólicas abdominais, vômitos). Critério 3 Redução da pressão sanguínea após exposição a alérgeno conhecido para determinado paciente (minutos ou várias horas): Lactentes e crianças: pressão sistólica baixa (idade específica) ou maior do que 30% de queda na pressão sistólica. Adultos: pressão sistólica abaixo de 90 mmHg ou queda maior do que 30% do seu basal. Na criança pressão sistólica baixa é definida como inferior a 70 mmHg para a idade de 1 mês a 1 ano, menor do que (70 mmHg + [2 x idade]) para os de 1 a 10 anos, e abaixo de 90 mmHg para os entre 11 e 17 anos. Causas de anafilaxia Causas de anafilaxia Manifestações Clínicas Manifestações clínicas Achados clínicos Unifásico Aparecem e não mais retornam. Bifásico: Somem ou diminuem e reaparecem cerca de 1 a 8 horas. Representa 5 a 20%. Corresponde a reação imediata e tardia da reação alérgica. 17 Exames Complementares Marcadores de anafilaxia triptase histamina IgE total e específica Teste cutâneo Teste de provocação Outros exames conforme cada caso específico. 18 Tratamento Parada cardiorespiratória Recomendações do ACLS. Suporte Inicial Oxigênio. Fluidos endovenosos. Monitorização contínua (cardioscópio e oximetria). Elevar membros inferiores (melhora retorno venoso). Adrenalina Principal tratamento – o mais precoce possível. 19 Adrenalina na anafilaxia Principal medicação. Principal via de administração é intramuscular. Via subcutânea não é indicada. Deve ser fornecida o mais precocemente possível. Doses recomendadas p/ anafilaxia são diferentes da PCR. 20 Adrenalina na anafilaxia Dose: 0,3 a 0,5 mL. Concentração: ampola 1:1000 – 1mL – 1mg. Intervalo 5, 10 ou 15min. 21 Tratamento A – Vias aéreas pérvias Avaliar possibilidade de edema de vias aéreas superiores. Estridor laríngeo. Via aérea definitiva, se necessário Intubação orotraqueal Pelo médico mais experiente, tubo fino. Cricotireoidostomia. Tratamento B – Breathing – Respiração Problemas: broncoespasmo. Tratamento: Fenoterol, salbutamol em aerossol dosimetrado ou nebulização. Tratamento C – Circulation (Circulação) Hipotensão, taquicardia. Tratamento: Adrenalina. Cristalóides – SF 0,9% 20ml/Kg em fase rápida (adulto normalmente 2000 mL EV aberto). Droga vasoativa (dopamina, noradrenalina). Tratamento D – Drogas/diagnóstico diferencial Difenidramina 50mg EV (ou prometazina 50mg IM). Ranitidina 50mg EV. Solumedrol 1-2 mg/Kg EV (ou hidrocortisona 200mg EV). Tratamento Drogas vasoativas – choque refratário. Dopamina e noradrenalina. Glucagon: Casos pouco responsivos a adrenalina. Uso de beta-bloqueadores. IM (1 a 2mg 5/5min). EV (1 a 5mgem 5 min seguidos de infusão contínua de 5 – 15mcg/min). Crise de asma Tratamento da crise Identificar a intensidade da crise: Crise prévia com necessidade de VPM ou UTI 3 ou mais visitas à emergência ou 2 ou mais hospitalizações por asma nos últimos 12 meses Uso frequente de corticóide sistêmico Uso de 2 ou mais frascos de aerossol de broncodilatador/mês Problemas psicossociais Co-morbidades Asma lábil Má percepção do grau de obstrução ASMA – Diretrizes 2006 Crise de asma Indicações de exames complementares na crise ASMA – Diretrizes 2006 Urticária e angioedema Definições Urticária: Lesões eritematopapulosas, geralmente pruriginosas, que se apresentam de forma arredondada, oval ou linear e que desaparecem à vitropressão, indicando edema subjacente. Fugaz, mas podem durar mais de 48h. Tamanho variável. Acometem qualquer parte do corpo. Derme superficial. 36 Definições Angioedema: Edema do tecido conjuntivo em graus variáveis, com localização preferencial nas regiões labial, periorbitária, genital e podem atingir também as orelhas. Atingem camada mais internas do tegumento cutâneo e do tecido conjuntivo. Podem deformar a região acometida. 37 38 39 40 Atendimento de Urgência Verificar sinais indicativos de: Hipotensão arterial sistêmica Permeabilidade de vias aéreas Sinais de sibilância e broncoconstrição Perfusão periférica através de cianose, palidez e pulso filiforme. Sinais de edema de glote Atendimento de Urgência Presença de qualquer evidências dos sinais de alerta: Adrenalina 0,3 mL Subcutâneo. Manter equilíbrio cardiocirculatório com reposição de fluidos. Administrar oxigênio e broncodilatadores inalatórios. Internar o paciente em unidade de urgência por pelo menos 6h. Angioedema: Metilprednisolona endovenoso:1 a 2mg/Kg. Apenas urticária: anti-histamínicos Prometazina IM. Melhora com regressão das lesões: Alta com anti-histamínicos (urticária) ou corticóides orais (angioedema) Sem melhora: manter internação.
Compartilhar