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Agente de Segurança de Dignatários

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIEURO 
 
PÓS-GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA E DIREITOS HUMANOS 
 
 
ABINAEL ALVES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
AGENTE DE SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília, março/2009 
ABINAEL ALVES DA SILVA 
 
 
 
 
 
AGENTE DE SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso 
de Pós Graduação em Segurança Pública e Direitos 
Humanos como requisito parcial para a aprovação no 
Centro Universitário UNIEURO. 
 
Orientador (a): Prof. Dr. José Deoclesiano de Siqueira 
Junior 
 
 
Brasília, março/2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a meus 
familiares e amigos que me incentivaram 
em todos os momentos deste trajeto. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Agradeço a todos aqueles que colaboraram para a elaboração desse trabalho, aos 
amigos de sala de aula, aos professores e ao orientador Profº Dr. José Deocleciano de Siqueira 
Junior. 
 
 
RESUMO 
 
A finalidade deste trabalho é identificar qual é o perfil do agente de segurança 
de dignitário e conhecer os métodos adequados para este tipo de segurança. O 
estudo consiste em uma revisão de literatura, que foi baseada em uma pesquisa 
bibliográfica sobre a ‘segurança de dignitários’. Ao final, concluímos que, quanto ao 
perfil do agente de segurança de dignitários, entendemos que o profissional para 
exercer a função de agente de segurança de dignitários precisa ter conhecimentos 
técnicos e especializados na área de segurança e só poderá atuar após estar 
devidamente treinado e obter instruções inerentes ao seu serviço. 
 8
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................08 
1 SEGURANÇA....................................................................................................................10 
1.1 CONCEPÇÕES DE SEGURANÇA................................................................................10 
1.2 SERVIÇOS DE SEGURANÇA.......................................................................................13 
2 SEGURANÇA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO......................................................15 
2.1 ESTRATÉGIA MILITAR...............................................................................................15 
2.2 ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS............19 
3 SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS...................................................................................21 
3.1 GESTÃO DAS COMPETÊNCIAS NOS SERVIÇOS DE SEGURANÇA...................22 
3.2 PERFIL DO AGENTE DE SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS....................................29 
CONCLUSÃO.......................................................................................................................38 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................40 
ANEXO I...............................................................................................................................42 
 9
INTRODUÇÃO 
 
 
Este estudo tem como proposta abordar o perfil do agente de segurança de dignitários 
e conhecer os métodos adequados para este tipo de segurança. Trata-se de um assunto 
relevante no contexto geral das atividades de segurança, pois, para atuar como agente de 
segurança, o indivíduo deve ter um perfil qualificado para exercer esta atividade. Além disso, 
os agentes de segurança de dignitários devem seguir determinadas orientações para o 
desempenho de suas funções. 
O problema de pesquisa que orienta este estudo é o seguinte: qual o perfil do agente de 
segurança de dignitários? 
É relevante observar que o Agente de Segurança, para dar uma maior proteção ao 
dignitário, deve ter conhecimento de todos os seus hábitos para evitar possíveis surpresas de 
riscos e atentados, para tanto, é preciso um planejamento adequado ao modo de vida do 
dignitário. 
Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo abordar qual é o perfil do Agente 
de Segurança para atender dignitários, e conhecer os métodos adequados para este tipo de 
segurança. 
O estudo consiste em uma revisão de literatura, que foi baseada em uma pesquisa 
bibliográfica sobre a ‘segurança de dignitários’. 
O método de pesquisa caracteriza-se como método exploratório, o qual explora as 
possibilidades e perspectivas de determinada situação. Segundo Yin (2005) a exploração 
começa com um fundamento lógico e com um direcionamento, mesmo que no final do estudo, 
as suposições iniciais não sejam confirmadas. 
 10
A estratégia de pesquisa foi baseada nos seguintes descritores: segurança; proteção; 
autoridade; dignitários. 
A amostra bibliográfica compreendeu as publicações – livros, revistas, artigos 
científicos e publicações da Internet – selecionados a partir de uma leitura prévia dos resumos 
indexados, tendo em vista os seguintes critérios de inclusão: 
a) Veículo de publicação: artigos e livros publicados em Português e/ou 
Inglês. 
b) Modalidade de produção científica: livros, artigos e trabalhos originais 
relacionados ao tema. 
c) Ano de publicação: de 1990 até 2008. 
Os dados foram tratados de forma qualitativa. A pesquisa qualitativa é um estudo não-
estatístico que identifica e analisa profundamente dados não-mensuráveis – sentimentos, 
sensações, percepções, pensamentos, intenções, comportamentos passados, entendimento de 
razões, significados e motivações – de um determinado grupo de indivíduos. É importante 
observar que, em alguns casos, a pesquisa qualitativa também pode avaliar dados estatísticos. 
Para melhor compreensão deste estudo, o texto foi dividido em três capítulos. 
O primeiro capítulo: apresenta as definições referentes ao termo segurança e, também, 
sobre os serviços de segurança. 
O segundo capítulo: estratégia e planejamento’ abarcam os conceitos de estratégia e 
planejamento, para que os mesmos sejam integrados ao processo de segurança de dignitários. 
Por fim, o terceiro capítulo: apresenta o perfil do agente de segurança de dignitários e 
os mecanismos e procedimentos empregados na segurança de dignitários. 
 
 11
1 SEGURANÇA 
 
 
Este capítulo tem como objetivo apresentar definições acerca do termo segurança. Isto 
é necessário em virtude de que a análise do perfil do agente de segurança exige o 
conhecimento de termos específicos. Portanto, neste capítulo são apresentados algumas 
concepções de segurança e os serviços de segurança. 
 
 
1.1 CONCEPÇÕES DE SEGURANÇA 
 
 
Nos dias atuais, uma das palavras mais citadas pelos meios de comunicação, e pessoas 
comuns é ‘segurança’. Em algumas ocasiões, a palavra é utilizada sozinha, outras vezes 
caracteriza algum assunto específico. Contudo, muitas vezes, as pessoas a citam sem saber o 
seu real significado no contexto da Gestão de Segurança, seja pública, ou seja, privada, 
confundindo o que é segurança e o que é proteção. Isto se dá porque, a maioria das 
publicações a respeito é originária dos Estados Unidos da América ou da Espanha, já que a 
experiência brasileira no tocante a garantia e integridade dos processos industriais é 
relativamente nova. 
Dentre os significados do termo segurança podemos destacar a noção de segurança 
relacionada à proteção (Security), que se refere a incidentes gerados de maneira intencional, 
não tendo relação a eventos gerados por falhas mecânicas ou humanas. Por sua vez, a 
segurança (Safety) propriamente dita, está relacionada a eventos gerados por falhas mecânicas 
ou humanas, ou seja, não intencionais.12
Contudo, a fronteira entre ambos os significados é muito tênue e, em alguns 
momentos, teremos que abordar, além de assuntos ligados a security, outros relacionados com 
safety. Por isto, apesar da distinção dos significados em inglês, usaremos no decorrer do 
trabalho a palavra segurança como tradução para ambos os significados. 
No caso da segurança de dignitários, o termo segurança caracteriza-se como “uma 
série de medidas proporcionadas a uma autoridade que garantam, no sentido mais amplo 
possível, a sua integridade física” (FERREIRA, 2008). 
Existem outras concepções de segurança, conforme descrevemos a seguir. 
Segundo Dantas Filho (2005) considera-se ‘ordem pública’ a situação de convivência 
pacífica e harmoniosa da população, fundamentada nos princípios éticos vigentes na 
sociedade. 
Segurança Pública: atividade exercida para a preservação da ordem pública, da 
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos órgãos estatais dela incumbidos 
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988). 
Segurança Privada: atividades desenvolvidas na prestação de serviços, com a 
finalidade de proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros 
estabelecimentos, públicos ou privados, bem como à segurança de pessoas físicas, realizar o 
transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer tipo de carga (Lei nº 7.102 - 1983, 
com a redação dada pela Lei nº 8.863 – 1994). Ou ainda, o conjunto de estruturas (atividades) 
e de funções que deverão produzir atos e processos capazes de afastar ou eliminar riscos que 
possam afetar a vida, a incolumidade e a propriedade das pessoas, mediante o emprego de 
organizações privadas, autorizadas pelo poder público (PORTELLA, 2004). 
Poder de Polícia: é o uso legal da força, visando à manutenção ou restabelecimento da 
Ordem Pública. O uso da força é monopólio do Estado, sendo atributos do Poder de Policia: 
a) Coercitivo – não há opção. 
 13
b) Auto-executável – não há consulta previa ao judiciário. 
c) Discricionário – obedece ao previsto na lei. 
Segundo Portella (2004), poder de polícia é a atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a pratica de ato ou abstenção 
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, aos costumes, à 
ordem, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do poder público, à tranqüilidade pública ou ao 
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Instituição de Segurança: é o conjunto de pessoas ou grupo autorizado ao uso da forca 
física para regularizar as relações interpessoais dentro de um grupo social, mediante 
autorização desse grupo (PORTELLA, 2004). 
Segurança: é a situação em que haja isenção de riscos. Como a eliminação completa 
de todos os riscos é praticamente impossível, a segurança passa a ser um compromisso acerca 
de uma relativa proteção da exposição a riscos (PORTELLA, 2004). 
RISCOS: uma ou mais condições com potencial para causar danos a pessoas, a 
equipamentos, ao meio-ambiente ou aos processos (PORTELLA, 2004). Existe também outra 
definição: expressa uma probabilidade de possíveis danos, dentro de um período específico de 
tempo ou número de ciclos operacionais, podendo ser indicado pela probabilidade de um 
acidente multiplicado pelo dano expresso em moeda, vidas ou unidades operacionais 
(PORTELLA, 2004). 
Análise de Riscos: é a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa e 
quantitativa) dos riscos, baseada em engenharia de avaliação e técnicas estruturais para 
promover a combinação das freqüências e conseqüências de cenários acidentais. Seu objetivo 
é identificar, determinar e quantificar todos os perigos de um sistema de produção, associando 
ao risco a atividade, através de metodologias e técnicas apropriadas (PORTELLA, 2004). 
 14
Avaliação de riscos: é o processo mediante o qual realizamos a valoração e 
ponderação dos fatores de risco, comparando os resultados da análise de riscos com os 
critérios de tolerabilidade previamente estabelecidos (PORTELLA, 2004). 
 
 
1.2 SERVIÇOS DE SEGURANÇA 
 
 
Os serviços de segurança incluem instalações e barreiras físicas, recursos humanos e 
equipamentos para a defesa do patrimônio e dos interesses dos proprietários, seguindo as 
normas e os procedimentos por eles estabelecidos e dentro dos limites de seu direito de 
propriedade. 
Um sistema de segurança, organizado de forma privada, tem por objetivo restringir, 
controlar e monitorar acessos às pessoas e patrimônios, em possível conexão com o sistema 
de segurança pública, que com legitimidade, pode empregar a força no aprisionamento e 
perseguição de agressores de propriedades e indivíduos. 
As diversas demandas causadas pelo crime organizado ameaçam a sociedade e o 
Estado. Como se sabe, a atuação da polícia não é eficiente, devido ao despreparo, falte de 
motivação, baixos salários, falta de equipamentos necessários à prevenção dos crimes 1, 
contudo, o número de agentes da Força de Segurança Pública é superior ao número de oficiais 
das Forças Armadas e muitos deles possuem desempenho marcante na segurança privada, até 
mesmo como segunda ocupação de trabalho autorizado. 
Nesse sentido, Dantas Filho (2004, p. 10) argumenta que deve haver uma força militar, 
com técnicas e táticas baseadas em uma doutrina, com poder de combate compatível com o do 
 
1 Com referência ver artigos no site: http://www.casodepolicia.com/2008/07/08/o-ponto-de-vista-de-
um-despreparado/, acessado em janeiro de 2009. 
 15
oponente, apta a cumprir a missão de conquistar, manter e pacificar determinada área, com o 
apoio eficaz dos órgãos de segurança pública e de outros setores do campo social, e sempre 
com respaldo jurídico compatível. 
No caso da segurança de dignitários, também podem ocorrer assaltos, seqüestros, 
ameaças entre outros. 
Para cada ação infratora é necessária uma legislação específica, que deve ser 
conhecida por aqueles que exercem a segurança de um modo geral, privado ou público, e 
técnicas de prevenção devem ser adotadas. Os agentes de segurança patrimonial e/ou pessoal, 
devem ser qualificados e reciclados conforme a necessidade de conhecimento de novos 
recursos tecnológicos disponíveis. 
De acordo com Oliveira (2004), os recursos humanos contratados direta ou 
indiretamente pelos sistemas privados envolvem-se principalmente na prevenção e 
investigação de crimes contra patrimônios e pessoas. O policiamento público atuaria 
principalmente nas ocorrências em que o uso da força faz-se necessário, ou em situações em 
que o registro de crimes implica a atuação policial. 
Uma das características principais do sistema supracitado que merece destaque é o 
impedimento e controle de acesso às propriedades. Neste contexto, as barreiras físicas 
geralmente são as principais responsáveis pelo impedimento de acesso às propriedades, 
podendo ser aumentada sua efetividade com sistemas eletrônicos de detecção de invasões e 
com o emprego de vigilantes. O impedimento ao acesso pode ser requerido tanto para a 
segurança de propriedades do Estado quanto da iniciativa privada. 
Entre as principais ações para o sucesso da segurança privada está a preparação do 
pessoal de segurança e a identificação e controle desses procedimentos; a seguir apresentamos 
de maneira resumida as ações de preparação de pessoal e as medidas de identificação e 
controle de acordo com Dantas Filho (2004, p. 136-147). 
 16
Como se sabe, um dos principais objetivos da empresa é obter mentalidade de 
segurança. Todos devem participar desse processo e para isso,é necessário um programa de 
instrução sobre segurança, que deve conter a doutrina de segurança, campanha educativa, 
treinamento intensivo e simulado. 
Para que, tudo o que foi relatado até aqui, seja possível é preciso uma estratégia de 
segurança, assim o capítulo a seguir aborda os conceitos de estratégia e planejamento. 
 
 
2 SEGURANÇA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO 
 
 
Este capítulo tem como objetivo apresentar os conceitos de estratégia e planejamento, 
para que se possam abordar tais conceitos no âmbito da segurança de dignitários. Assim, são 
apresentados os conceitos de estratégia militar e de estratégia e segurança de dignitários. 
 
 
2.1 ESTRATÉGIA MILITAR 
 
 
Estratégia: arte militar de escolher onde, quando e com quem travar um combate ou 
uma batalha, explorando condições favoráveis com o fim de alcançar objetivos específicos de 
forma articulada de unir a ação, os objetivos e os desafios de maneira que, juntos possam 
chegar ao resultado almejado. As escolhas estratégicas são opções vitais, Oliveira (2003). 
Nas grandes guerras mundiais, a estratégia era quase sempre utilizada pelos generais e, 
assim, ficou conhecida com a ‘arte dos generais’. 
 17
De acordo com Clausewitz (2005, p. 133), estratégia é a aplicação da batalha para 
conquistar o fim da guerra. Precisa, portanto, prover de uma finalidade toda a ação militar, 
que deverá ser compatível com o objetivo da guerra. Em outras palavras, o papel da estratégia 
é configurar o plano da guerra e, nesse sentido, junta a série de ações que devem levar à 
decisão final, ou seja, planeja as campanhas em separado e estabelece regras para os combates 
que serão executados. Tal planejamento somente pode ser feito com base em conjecturas, 
algumas das quais descobre-se depois que estavam completamente erradas. Isso mostra que 
muitos outros planos não podem ser feitos com antecedência, evidenciando que a estratégia 
terá de estar no campo de batalha lado a lado com o exército, para, ‘in loco’, organizar os 
detalhes e para fazer, no plano geral, as mudanças exigidas continuamente na guerra. 
Portanto, o trabalho da estratégia é contínuo, pois as condições da luta podem pedir sua 
interferência a qualquer momento. 
Para Clausewitz (2005), em estratégia tudo é muito simples, contudo, por essa razão, 
torna-se extremamente complexa. Assim, também, devem ser as ações envolvidas na 
segurança de dignitários: medidas simples somadas a mecanismos eficazes, que formam uma 
estratégia de segurança complexa e eficiente. 
De acordo com Sun Tzu (2005) existe uma série de princípios que governam a 
formulação de estratégias. Esta série inclui: o princípio da escolha do campo de batalha; o 
princípio da concentração de forças; o princípio do ataque; o princípio das forças zheng 
(diretas) e qi (indiretas). Tais princípios também podem ser empregados no contexto da 
segurança de dignitários. 
O princípio da escolha do campo de batalha consiste na formulação de metas 
estratégicas. Uma vez completada a avaliação situacional e tomada à decisão pela guerra, o 
passo seguinte é preparar-se para o combate. A preparação envolve a formulação de 
conformidade com dois aspectos: metas e estratégias. No caso da segurança de dignitários, o 
 18
princípio da escolha do campo de batalha consiste na formulação de metas estratégicas que 
visam à proteção do dignitário, ou seja, uma avaliação completa da situação e a preparação 
dos agentes para atuarem conforme o contexto, utilizando os mecanismos adequados para a 
estratégia de segurança de um dignitário. 
 O princípio da concentração de forças de Sun Tzu reconhece que força relativa, e não 
força absoluta, no ponto de contato, determina o resultado da batalha. No caso da segurança 
de dignitários, são os mecanismos adequados (força relativa), empregados no momento da 
segurança (ponto de contato), que determinam a qualidade e eficiência da segurança 
(resultado da batalha) de um dignitário. 
O princípio do ataque é a terceira dimensão subjacente à formulação de estratégias. No 
contexto da segurança de dignitários o que se espera é que tudo ocorra de forma harmônica, 
sem que os agentes precisem utilizar mecanismos agressivos no momento da segurança. 
Entretanto, no caso de alguma suspeita, prevalece o princípio do ataque, por exemplo: caso 
alguma pessoa se dirija ao dignitário de modo agressivo, está pessoa será barrada antes que 
consiga chegar ao seu alvo, que é o dignitário. 
A invencibilidade na defesa depende de seus próprios esforços, enquanto a 
oportunidade de vitória depende do inimigo. Conclui-se que os habilidosos em práticas 
guerreiras podem se tornar invencíveis, mas não podem fazer com que o inimigo seja 
vulnerável (SUN TZU, 2005, p. 133). 
O princípio de ‘zheng’ e ‘qi’ (forças diretas e indiretas) traz o seguinte comentário de 
Sun Tzu (2005, p. 151): “o fato de um exército se capaz de sustentar seus ataques ao inimigo 
sem sofrer derrotas deve-se às operações das forças e manobras diretas e indiretas”. 
Na formulação de estratégias esse é o ultimo princípio segundo Sun Tzu. A força 
‘zheng’ pode ser tomada como a força real, norma ou direta. Similarmente, a força ‘qi’ pode 
significar a força de surpresa, extraordinária, indireta ou de dissimulação. Com este princípio, 
 19
reconhece-se que para vencer batalhas precisa-se de vantagens suplementares para 
encaminhar a batalha a nosso favor. Isto pode ser alcançado com o emprego de forças diretas 
e indiretas, onde as primeiras normalmente pavimentam o caminho para a aplicação das 
últimas. 
No que se refere à segmentação estratégica, para a solução de qualquer problema de 
decisão em atividades empresariais podem ser visualizadas as seguintes etapas: 
a) Percepção da necessidade de decisão ou oportunidade. 
b) Formulação de alternativas de ação. 
c) Avaliação das alternativas em termos de suas respectivas 
contribuições. 
d) Escolha de uma ou mais alternativas para fins de execução. 
O modelo proposto por Ansoff apud Lobato (2000) contempla essas quatro etapas, 
dando ênfase as duas primeiras. No delineamento do método utiliza-se um procedimento de 
busca para chegar até uma estratégia. Isto é realizado através de um processo em “cascata”; 
no início, as regras de decisões possíveis são formuladas em termos grosseiros e são 
sucessivamente refinadas pela passagem por diversos níveis, à medida que prossegue o 
processo de solução. 
A primeira etapa consiste na escolha entre as duas alternativas principais: diversificar 
ou não diversificar as atividades da empresa. 
A Segunda etapa é a escolha de um conjunto bastante amplo de produtos e mercados 
para a empresa, a partir de uma lista de categorias industriais igualmente amplas. 
A terceira é a refinação desse conjunto em termos de características ou combinações 
de produtos e mercados. 
 20
Por fim, a quarta refere-se à característica do método é o processo de feedback, pois na 
busca da melhor solução, nos estágios finais poderão surgir informações que coloquem em 
dúvida as decisões anteriores. 
 
 
2.2 ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO DE SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
 
 
Planejar é o processo racional para definir prioridades e meios de atingi-los; para isso 
é preciso conhecer, inicialmente, a missão e definir a finalidade e as condições de execução. 
No caso da segurança de dignitários, para cada tipo de autoridade ou celebridade é preciso 
uma estratégia e um plano de ação diferente. Por exemplo, a estratégia de segurança de um 
Presidente não é a mesma empregada na segurança de um astro de Rock. Apesar de algumas 
medidas serem semelhantes, o contexto é diferente, portanto, a missão (tipo de segurança de 
dignitário), leva a definição dafinalidade e caracteriza as condições de execução. 
O planejamento procura proporcionar à segurança de dignitários uma situação de 
eficiência, eficácia e efetividade. 
A eficiência é cumprir seu dever; resolver problemas; fazer as coisas de maneira 
adequada; salvaguardar os recursos aplicados e reduzir os custos. A eficácia é fazer as coisas 
certas; produzir alternativas criativas; obter recursos; maximizar a utilização de recursos e 
aumentar o lucro. A efetividade é manter-se no ambiente e apresentar resultados globais 
positivos, permanentemente, ao longo do tempo (DANTAS FILHO, 2004). 
O planejamento pode e deve ser empregado em qualquer tipo de situação de 
segurança. Segundo Dantas Filho (2004), o planejamento pode ser: estratégico (possibilita 
estabelecer metas para a tomada de decisão) ou tático (com conteúdo detalhado, caracterizado 
 21
como plano de ação). O planejamento tático visa cumprir as metas estabelecidas no 
planejamento estratégico. 
No caso da segurança de dignitários, deve ser realizado um planejamento estratégico 
(medidas gerais para a tomada de decisão e metas a serem alcançadas durante o trabalho de 
segurança de dignitário), e o planejamento tático (plano de ação para cumprir o planejamento 
estratégico formulado para a segurança de dignitário). 
Na segurança de dignitários, bem como em outras situações em que pode ser 
empregado, o planejamento estratégico consiste na avaliação da conjuntura; seguida pela 
determinação de uma política de ação (o que fazer, fixando os valores, metas e objetivos a 
atingir); definição de uma estratégia; orçamento dos recursos disponíveis para apoiar as ações 
estratégicas; e a expedição de diretrizes para cada caso de segurança de dignitário. 
Toda e qualquer ação de segurança de dignitário deve possuir um plano de segurança 
(plano estratégico e tático). Na segurança de dignitários as ações não são realizadas de modo 
aleatório, antes do evento em que a segurança será realizada, é traçado um plano de ação, cada 
agente possui uma missão específica e, também, deve conhecer os mecanismos para tomar 
uma decisão de emergência, caso seja necessário. No caso da segurança diária, os agentes 
também têm planos estratégicos e táticos, que é seguido nas ações de segurança de 
dignitários. 
O plano de segurança de dignitários deve levar em consideração: 
a) a deslealdade, atos de hostilidade e subversão, pois, qualquer 
indivíduo que desperte suspeita, deve ser investigado; 
b) os descuidos e acidentes, podem interromper uma operação e causar 
baixas; 
c) a sabotagem, espionagem, furto e roubo, já que estas ameaças 
envolvem tentativas deliberadas. 
 22
O plano de segurança de dignitários deve conter: plano de defesa (estratégico e tático). 
Uma vez elaborados os referidos planejamentos o sistema de segurança está completo. 
Com referência no que foi apresentado até momento, o capítulo a seguir passa a 
abordar a segurança de dignitários. 
 
 
3 SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
 
 
Este capítulo constitui o ponto central do presente estudo. Pretende-se caracterizar o 
perfil do agente de segurança de dignitários e os mecanismos e procedimentos empregados na 
segurança de dignitários. 
Dignitário é aquele que exerce cargo elevado, com alta graduação honorífica e que foi 
elevado a alguma dignidade. Dentre os dignitários estão as autoridades (presidentes, papas, 
etc.), as celebridades (astros do cinema, da música, etc.) e, também, pessoas que por motivos 
específicos se tornam potenciais alvos de hostilidade e necessitam utilizar este tipo de 
segurança. 
A segurança pode ser compreendida como uma série de medidas proporcionadas ao 
dignitário, que visam garantir, de modo mais amplo possível, a sua integridade física. 
A segurança de dignitários é muito importante, entre os dignitários estão, além das 
autoridades relevantes do cenário mundial, pessoas que são considerados alvos em potencial 
para uma hostilidade, como personalidades polêmicas, o pessoal integrante dos sistemas de 
informações, juntamente com seus familiares, pois estes são detentores do conhecimento, 
pretendido pelo elemento adverso (FERREIRA, 2008). 
 
 23
3.1 GESTÃO DAS COMPETÊNCIAS NOS SERVIÇOS DE SEGURANÇA 
 
 
Em qualquer trabalho de segurança, o material humano (agente) é de suma 
importância. Para atuar na segurança de dignitários, o agente deve possuir características 
específicas, como: resistência à fadiga; lealdade; honestidade; discrição; manejo de armas; 
coragem; dedicação; inteligência; decisão; noções de defesa pessoal; nível intelectual e 
cultural; experiência policial; idade entre 26 e 45 anos. O conjunto de todas estas 
características forma as competências necessárias para o trabalho como agente de segurança 
de dignitários. 
Desta forma, o presente capítulo abarca a questão da competência no ambiente 
empresarial de modo geral, para que se possa compreender a importância da competência no 
âmbito da segurança de dignitários. 
Com o passar do tempo, a Administração de Empresas assumiu uma nova postura, 
onde o foco passou a ser as pessoas. Mas, as diversas mudanças ocorridas no cenário 
organizacional não ocorreram de forma fugaz, mas sim, de maneiras lentas, arrastando-se a 
curtos passos até o século XIX, acelerando-se a partir do início do século XX, o que provocou 
mudanças aceleradas no ambiente organizacional. 
Segundo Ambioni (2006), a Administração sofreu diversas influências: 
a) Dos filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles nos conceitos de 
Administração na Antigüidade. Com o advento da Filosofia Moderna, 
destacam-se Bacon e Descartes. 
b) A organização eclesiástica da Igreja Católica influenciou o 
pensamento administrativo. 
 24
c) A organização militar influenciou a Administração, contribuindo com 
alguns princípios que a teoria administrativa assimilaria e incorporaria 
mais adiante. 
d) A Revolução Industrial criou o contexto industrial, tecnológico, 
social, político e econômico que permitiu o surgimento da teoria 
administrativa. 
e) Os economistas liberais (como Adam Smith), proporcionaram 
razoável suporte para o aparecimento de alguns princípios de 
Administração que teriam aceitação posteriormente. As idéias de 
Marx e Engels promoveram o surgimento do socialismo e do 
sindicalismo. 
f) A influência dos pioneiros e empreendedores foram fundamentais para 
a criação das condições básicas para o surgimento da Teoria 
Administrativa. 
De acordo com Peter Drucker (2003), mesmo com tantas mudanças, existem dois 
conjuntos de generalizações que se aplicam à maioria das empresas a maior parte do tempo: 
uma com respeito aos seus resultados e recursos e outra referente aos seus esforços. Em 
conjunto, elas levam a um número de conclusões relativas à natureza e à direção do trabalho 
da empresa. 
Tais afirmações também são relevantes para uma empresa de serviços de segurança, 
pois, neste caso, os recursos humanos e a valorização das competências individuais são 
essenciais para a estratégia do negócio. Assim, as empresas buscam talentos, ou seja, pessoas 
dotadas de competências, que possam ser representativos no contexto organizacional. 
Portanto, para que possa ser um bom agente de segurança, é preciso que o indivíduo tenha as 
competências necessárias para desempenho de suas atividades, ou melhor, tenha o perfil 
 25
adequado à sua profissão. Segundo Ferreira (2008) as competências necessárias ao trabalho de 
segurança de dignitários são: resistência à fadiga; lealdade; honestidade; discrição; manejo de 
armas; coragem; dedicação; inteligência; decisão; noções de defesa pessoal; nível intelectual e 
cultural; experiência policial; idade entre 26 e 45 anos. 
Para queum agente de segurança de dignitários realize seu trabalho com efetividade, 
eficácia e eficiência, é fundamental que o mesmo detenha: 
a) Conhecimento = saber: por conhecimento não se entende apenas a 
quantidade de informação que a pessoa detêm (know-how), mas 
também a disposição para aprender, para ampliar seus conhecimentos, 
transmitir e compartilhar esses conhecimentos quando necessário. 
b) Habilidade = saber fazer: não basta ter conhecimento, é preciso saber 
como colocá-lo em prática, saber trabalhar em equipe, liderar, motivar 
e promover a comunicação. 
c) Julgamento = saber analisar: é preciso saber avaliar uma situação, 
saber obter dados e informações precisas, ter discernimento para a 
tomada de decisão adequada, no momento certo, ponderar com 
equilíbrio e definir prioridades. 
d) Atitude = saber fazer acontecer: é preciso que o agente de segurança 
tenha atitude empreendedora, saiba tomar decisões acertadas, saiba 
gerenciar os riscos, tendo em vista os resultados esperados. 
Tendo em vista os argumentos supracitados, podemos afirmar que é imprescindível 
que o agente de segurança apresente as seguintes competências individuais: conhecimento, 
habilidade, julgamento, atitude. Tais competências, aliadas às competências como resistência 
à fadiga; lealdade; honestidade; discrição; manejo de armas; coragem; dedicação; inteligência; 
decisão; noções de defesa pessoal; nível intelectual e cultural; experiência policial; idade entre 
 26
26 e 45 anos; formam o perfil do agente de segurança de dignitários exigido pelo Batalhão de 
Operações Especiais (BOP). 
Existe uma forte ligação entre as competências organizacionais e as individuais, assim, 
o estabelecimento das competências individuais deve estar vinculado à reflexão sobre as 
competências organizacionais, uma vez que há uma influência mútua sobre elas. Portanto, as 
gestões de pessoas baseadas em competências buscam talentos para transformá-los em capital 
humano. Isto também deve ser um objetivo das empresas de serviços de segurança, sobretudo, 
no âmbito da segurança de dignitários. 
As informações descritas abaixo se referem ao valor do conhecimento adquirido pelos 
profissionais da área de segurança durante o desempenho de suas atividades dentro de uma 
determinada instituição: 
De acordo com Santiago Jr. (1994), os ativos intangíveis que agregam valor à maioria 
dos produtos e serviços são baseados em conhecimentos. Entre eles é possível citar: know-
how técnico, entendimento do cliente, criatividade pessoal e inovação. A grande dificuldade 
se encontra exatamente na medição destes valores, pois ao contrário dos estoques financeiros 
e materiais, o valor econômico do conhecimento não é facilmente compreendido, classificado 
e medido. 
Neste contexto, podemos afirmar que o valor de uma organização está cada vez mais 
desvinculado daquele de mercado, ainda mais devido à extrema dificuldade de mensuração do 
valor de seus ativos intangíveis. 
Estas dificuldades levam o mercado a valorizar o capital humano no ambiente 
organizacional. 
A inteligência é o novo tipo de ativo e este ativo é essencial para a segurança de 
dignitários. Não se comporta como os outros tipos de ativos e nisso reside o paradoxo. Ao 
contrário dos outros bens, a inteligência não pode ser dada de presente e será sempre 
 27
conservada, mesmo que compartilhada. Também não é possível possuir a inteligência de outra 
pessoa, por mais que seja dono da empresa na qual essa pessoa trabalha. Se a pessoa sair da 
empresa e for para outra, levará consigo a inteligência (HANDY, 1994, p. 31). 
A inteligência concentrada, a capacidade de adquirir e aplicar o conhecimento e o 
know-how são as novas fontes de riqueza, no entanto, impossível transmiti-los às demais 
pessoas por decreto. A boa notícia é que, por outro lado, não é possível impedir que as 
pessoas consigam adquiri-los. Dai a importância do capital humano. 
A partir do capital humano, a gestão de pessoas por competências busca a formação do 
capital intelectual. Segundo Chiavenato (2005, p. 28) “transformar capital humano em capital 
intelectual”. 
Portanto, a partir das competências individuais dos agentes de segurança, a empresa de 
serviços de segurança deve promover a transformação do capital humano em capital 
intelectual, ou seja, deve promover o treinamento adequado de seus agentes, a valorização de 
suas competências e a promoção do conhecimento no sentido de melhorar a qualidade do 
serviço prestado. 
Transformar capital humano em capital intelectual pode ser um grande diferencial 
competitivo para a organização em seu segmento de mercado (BROXADO, 2001). 
A função da gestão do capital intelectual é então reverter à tendência normal. Sua 
tarefa é focalizar a empresa em oportunidades e afastá-la de problemas, recriar a liderança e 
neutralizar a tendência à mediocridade, substituir a inércia por nova energia e nova direção 
(DRUCKER, 2003). 
A empresa de serviços de segurança, ou ainda, a escolha do agente de segurança de 
dignitários, deve compreender: competências individuais; desempenho da força de trabalho; 
compromisso; adaptabilidade e flexibilidade; cultura de excelência. Tais valores promoverão 
maior produtividade; melhor qualidade dos serviços prestados; inovação; e, 
 28
conseqüentemente, satisfação do cliente. Tudo isto, implicará em maior valor econômico 
agregado; ampliação do negócio (crescimento) de forma organizada; maior participação no 
mercado (mais competitividade); e, maior lucratividade. É importante notar que todo esse 
processo tem início nas competências individuais, ou seja, é preciso que os agentes de 
segurança tenham o perfil adequado para a realização de seu trabalho. 
Numa empresa de serviços de segurança, para a seleção de um agente de segurança de 
dignitários, é preciso que a gestão de talentos tenha processos específicos: 
a) Processos de agregar pessoas – recrutamento e seleção – devem ser 
selecionados e recrutados agentes que tenham o perfil adequado para 
a execução dos serviços prestados pela empresa. 
b) Processos de aplicar pessoas – modelagem do trabalho e avaliação do 
desempenho – o trabalho deve seguir um planejamento de segurança 
determinado pelas lideranças de acordo com cada situação, este 
planejamento, bem como as ações dos agentes de segurança devem ser 
avaliadas para que possam ser, caso necessário, modificadas para 
melhor execução dos serviços de segurança. 
c) Processos de recompensar pessoas – remuneração, benefícios e 
incentivos – a empresa precisa ter um plano de remuneração, 
benefícios e incentivos, adequado ao seu segmento de mercado, para 
esperar o melhor do funcionário, é preciso que a empresa ofereça o 
seu melhor. 
d) Processos de desenvolver pessoas – treinamento, desenvolvimento e 
aprendizagem – uma empresa de serviços de segurança deve investir, 
constantemente, no treinamento, desenvolvimento e aprendizagem dos 
 29
agentes de segurança, para que estes possam executar seus serviços 
com mais qualidade, eficácia, eficiência e efetividade. 
e) Processos de manter pessoas – higiene e segurança, qualidade de vida, 
relações com empregados – a empresa precisa investir, também, na 
motivação pessoal de seus empregados, para que estes permaneçam na 
empresa. No segmento de empresas de serviços de segurança, a 
confiança e lealdade do agente de segurança é muito importante, além 
disso, ao permanecer na empresa por um período maior, o agente de 
segurança tem maior conhecimento de suas tarefas e pode executá-las 
de forma mais eficiente. 
f) Processos de monitorar pessoas – banco de dados, sistemas de 
informação gerencial – a empresa precisa manter informação 
atualizada sobre todos osseus funcionários. 
Uma empresa de serviços de segurança precisa ter como foco a COMPETÊNCIA 
NOS NEGÓCIOS + COMPETÊNCIA EM CAPITAL HUMANO + COMPETÊNCIA EM 
MUDANÇA = CREDIBILIDADE. 
A credibilidade é essencial para os serviços de segurança, como um cliente pode 
deixar a segurança de sua empresa, seu patrimônio, ou de sua própria pessoa por conta de uma 
empresa na qual não tem confiança. Portanto, as empresas de serviços de segurança devem 
investir nas competências para conquistar a credibilidade de seus clientes. 
 
 30
3.2 PERFIL DO AGENTE DE SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
 
 
Este item implica na descrição do perfil do agente de segurança de dignitários, como 
foi visto no item anterior existe um conjunto de competências necessárias para que um 
indivíduo possa se tornar agente de segurança. 
A segurança de dignitários implica em um conjunto de medidas técnicas que visam 
salvaguardar a pessoa do dignitário. 
De acordo com Cavalcante (2008), os seguranças de verdade são profissionais pagos 
para acreditar que a qualquer momento poderão ser exigidos a ganhar o seu dinheiro da forma 
mais dura e arriscada possível. São sabedores de que em todo planejamento de segurança 
existe uma possibilidade de falha impossível de ser eliminada, e tal constatação apenas 
justifica todo um redobrar de cuidados, o qual nem sempre é compreendido, tanto pelos 
protegidos e pelo público em geral. 
Em se tratando de segurança pessoal não existem ‘receitas de bolo’ e todos os 
planejamentos devem ser particularizados, especialmente dimensionados para fazer frente aos 
perigos a que um referido dignitário possa estar sujeito. Assim sendo, uma determinada 
autoridade pode estar convenientemente protegida em sua casa térrea e sem muros, escoltada 
por dois agentes desarmados (ou ‘apenas’ portando pistolas ou revólveres), enquanto que, 
num outro extremo, a autoridade, potencial ‘alvo’, pode ser considerado extremamente 
vulnerável, ainda que cercado por uma verdadeira parede humana, armada com fuzis e 
metralhadoras portáteis. 
Numa abordagem de senso comum, quando se pensa em ‘Segurança de Autoridades’ 
normalmente vem à mente dispendiosos ‘esquemas’ de escoltas com agentes corpulentos, 
policiamento ostensivos, numerosos veículos, batedores, helicópteros, mas nem sempre estes 
 31
são os fatores chave para uma segurança de pessoas importantes. Por maior que seja o desejo 
de manter o protegido a salvo, não se pode simplesmente ‘esconder’ o político ou a 
autoridade, ainda que sob a alegação de garanti-lo. 
Por outro lado, a ostentação dos numerosos recursos de proteção, por si só, não 
garante a incolumidade de quem quer que seja, da mesma forma que a simples ‘seleção’ de 
militares, policiais, ex-militares, lutadores ou de quaisquer outros ‘elementos de confiança’, 
ainda que ‘fortemente armados’, não se constitui num convencimento eficaz em se tratando de 
adversários inteligentes, capazes de planejar, treinados e determinados. 
A proteção permanente de personalidades sob ameaça é uma missão delicada, que vem 
a exigir qualificação dos efetivos empregados, meios e equipamentos adequados para fazer 
frente a cada risco específico, de forma que se possa garantir a integridade dos segurados com 
um mínimo de contrariedades ou alterações no cumprimento de suas agendas de trabalho. 
Cavalcante (2008) argumenta que um bom serviço de segurança de dignitários deve 
ser precedido por um bom planejamento estratégico das ações de segurança, onde podem ser 
avaliados os possíveis riscos e todas as ações a serem tomadas: 
A execução de uma boa segurança seja ela em que ambiente o for, deve ser precedida 
de um elaborado planejamento, no curso do qual se avaliará todas as informações disponíveis 
sobre riscos (possibilidades de perigos, atentados, acidentes e contrariedades em geral), 
inimigos e adversários da autoridade, identificação (se possível com fotografias) de grupos ou 
de pessoas, avaliação de recursos à disposição dos adversários que possam ser empregados 
em ações de atentado, histórico de ações anteriores perpetradas pelos referidos grupos ou 
indivíduos, seus ‘modus operandi’, denúncias anônimas, informações da procedência mais 
diversa, informações sigilosas, etc. É objetivo da segurança antecipar-se às ações de atentado, 
determinando os prováveis inimigos, seus meios de ação, apontando as deficiências de 
procedimentos, vulnerabilidades do local onde a autoridade habita e por onde normalmente 
 32
circula ou trabalha, de forma a poder estabelecer os cursos de ação adequados à equipe de 
segurança. 
Todos aqueles que tem alguma responsabilidade no âmbito da segurança tem que estar 
cientes daquilo que deles se espera: do simples porteiro ou vigilante, do motorista dos carros 
do comboio aos agentes de segurança do círculo aproximado. 
Todo encarregado de segurança pessoal deverá lembrar-se da velha máxima: ‘Onde 
quer que você tenha de atuar, que a sua mente já tenha estado lá antes!...’. Todos os cenários 
de atuação previsíveis devem ser objeto de estudo e os membros da segurança deverão estar 
conscientes de seus papéis em face das contingências previstas. Como chegar e sair com a 
autoridade na sua residência? Como proceder para garanti-la e aos seus enquanto na 
residência? Como chegar e sair com o mesmo de seu local de trabalho? Como protegê-lo 
enquanto no local de trabalho? Quais cuidados devem ser adotados nos deslocamentos? Quais 
as melhores rotas de acesso e fuga? Quais os hospitais, postos policiais ou aquartelamentos 
militares que possam proporcionar auxílio numa emergência? Poder-se-á contar com 
cobertura aérea? Como proceder no clube, restaurante ou casa de praia ou ainda num evento 
público de grandes proporções?... 
A segurança será disposta em círculos, os quais tem como centro a figura da 
autoridade protegida. Todas as ações de uma equipe de segurança são prévias e às vezes até 
exaustivamente ensaiadas, de forma que cada integrante da equipe de segurança conheça o 
seu papel no dispositivo de proteção e o cumpra de maneira rápida e eficaz. Não devemos 
esquecer que, onde quer que o segurado possa ser esperado, lá o perigo poderá estar à 
espreita; e os agentes de segurança têm por obrigação - extremamente difícil por sinal - não se 
deixarem apanhar de surpresa. Tem que planejar para evitar a materialização do perigo, e se 
treina para conseguir uma reação sempre mais rápida, no caso de advirem situações críticas 
reais. 
 33
Segundo Batalhão de Operações Especiais do Distrito Federal, as principais 
vulnerabilidades no caso da segurança de dignitários são: 
a) rotina; 
b) trabalho de improviso; 
c) falta de motivação na realização do trabalho de segurança; 
d) despreparo do agente de segurança; 
e) falta de informações para a realização do trabalho; 
f) falta de interação do dignitário com o sistema de segurança. 
De acordo com o Batalhão de Operações Especiais do Distrito Federal, a segurança de 
dignitários implica nos seguintes princípios: 
a) princípio da preservação; 
b) princípio da iniciativa; 
c) princípio da surpresa; 
d) princípio da simplicidade; 
e) princípio da coordenação; 
f) princípio do comportamento de massa; 
g) princípio do emprego da força; e, 
h) princípio da maneabilidade. 
As principais atribuições do serviço de segurança de dignitários são (BOP/DF, 2008): 
a) controle e emprego dos agentes; 
b) planejamento e execução de instrução; 
c) inspeções em locais e itinerários diversos; 
d) coordenação com as Polícias Civil e Militar e outros Órgãos; 
e) serviço de Guarda; 
f) controle de bagagem; 
 34
g) controle de correspondência; 
h) controle e verificação de alimentos; 
i) controlede equipamentos; 
j) códigos de comunicação; 
k) levantamento de dados e acompanhamentos de empregados; 
l) controle de investigações especiais; 
m) arquivo de levantamentos. 
O Batalhão de Operações Especiais do distrito Federal descreve em seu edital uma 
série de atributos (competências), exigidos para que um indivíduo possa exercer a função de 
agente de segurança de dignitários, são eles: 
a) resistência à fadiga; 
b) lealdade; 
c) honestidade; 
d) discrição; 
e) manejo de armas; 
f) coragem; 
g) dedicação; 
h) inteligência; 
i) decisão; 
j) noções de defesa pessoal; 
k) nível intelectual e cultural; 
l) experiência policial; 
m) idade entre 26 e 45 anos. 
 35
Nesse processo destacam-se os atributos do agente de segurança, a maioria dos 
atributos desejáveis é desenvolvida pela instrução, treinamento e vivência, portanto, um 
agente deve possuir (DANTAS FILHO, 2004): 
a) vivacidade, que é o estado de espírito de estar sempre alerta; 
b) tato, que é a capacidade de agir com cuidado e discrição, visando a 
evitar ferir a suscetibilidade das pessoas; 
c) autocontrole, que é a capacidade de controlar sentimentos, emoções e 
reações, demonstrando serenidade diante de situações anormais; 
d) coragem, que é a capacidade de enfrentar, com energia e destemor, 
situações difíceis; 
e) lealdade, que é a capacidade de ser fiel, sincero, franco e honesto com 
as instituições e seus integrantes; 
f) compreensão e expressão verbal, que é a capacidade de entender e 
transmitir com clareza, precisão e correção os fatos apresentados; 
g) espírito de cooperação, que é a capacidade de colaborar, participando 
ativa e harmoniosamente de um trabalho ou situação, contribuindo 
para a sua concretização ou solução. 
O agente de segurança deve dedicar especial atenção á sua apresentação individual, 
como uniforme, corte de cabelo e barba. Além disso, para a atuação dos agentes de segurança 
ser eficaz, é necessário que exista fiscalização em todos os níveis. 
Um outro ponto importante é a organização da equipe de agentes de segurança. 
O normal é organizar a guarda em postos fixos. Entretanto, se a área onde o dignitário 
estiver for muito extenso é preciso existir uma equipe responsável para ligar os postos e 
recobrir suas áreas. Um ou mais agentes de segurança devem estar junto ao dignitário para 
realizar a sua segurança pessoal. 
 36
Quanto à instrução, treinamento e supervisão dos agentes de segurança, Dantas Filho 
(2004) afirma que a instrução para todos os agentes envolvidos na segurança do dignitário 
deve ser ministrada no início da atividade, devendo ser reciclada periodicamente, visando a 
reavivar conceitos e atualizar conhecimentos. 
Todo aquele que exerce função de chefia deverá elaborar procedimento operacional 
padrão, que deverá ser atualizado sempre que necessário. 
Dantas Filho (2004) observa que a supervisão visa a manter o pessoal de serviço alerta 
e bem apresentado. A avaliação criteriosa do sistema de segurança permite a realização de 
mudanças e atualizações. As primeiras atividades devem ser acompanhadas por pessoas 
experientes em segurança. O programa de instrução deve conter: 
a) direitos e deveres dos agentes de segurança; 
b) técnicas e métodos que auxiliam a identificar falhas na segurança; 
c) confecção de livro registro de ocorrências (relatório), respondendo, 
sempre que possível, às perguntas: o quê, quem, quando, como, onde, 
por quê; 
d) utilização dos meios de comunicações; 
e) táticas e técnicas de segurança individual, coletiva e patrimonial; 
f) instrução de armamento e munição letais e não letais, e tiro com 
técnicas de emprego de armas e medidas de segurança; 
g) prática de tiro individual; 
h) técnicas de observação, memorização e descrição de fatos relevantes 
para registro imediato; 
i) técnicas de infiltração em áreas de segurança e de neutralização da 
guarda ou escolta; 
j) noções de primeiros socorros com utilização do material disponível; 
 37
k) noções de combate a incêndio, com utilização do material existente e 
conhecimento de sua localização; 
l) para realizar o teste de vulnerabilidade, deve-se criar um caso 
hipotético, com pessoal capaz de desempenhá-lo, o mais próximo da 
realidade; 
m) a troca de guarda deve, sempre que possível, procurar fugir da rotina. 
O responsável pelo serviço deve ter autorização para realizá-la nas 
horas pares, ímpares ou fracionadas, podendo, também, reduzir a 
permanência dos agentes de segurança nos postos. 
De acordo com o Batalhão de Operações Especiais do Distrito Federal, a boa execução 
do esquema de segurança de dignitários depende do estudo minucioso e da aplicação correta 
dos aspectos a serem observados na Escolha de Itinerários, porém é preciso que o agente de 
segurança esteja sempre preparado para qualquer eventualidade, até mesmo para 
improvisações, porque ao elemento adverso cabe a iniciativa com quase 100% (cem por 
cento) de probabilidade de êxito. (para maiores informações acerca do plano de segurança de 
dignitários executado pelo BOP, ver anexo I). 
Conforme informações obtidas no site da UNITED States Secret Service dos Estados 
Unidos da América, 2o perfil do agente de segurança deve obedecer alguns requisitos: 
a) cidadania americana; 
b) deve ter idade mínima de 21 anos e máxima de 37 anos; 
c) curso superior ou experiência de no mínimo 03 (três) anos de experiência na área 
de investigação criminal. 
d) tem que ter uma ótima visão; 
e) fazer teste escrito; 
 
2 Ver site http://www.ustreas.gov/usss/opportunities_agent.shtml; acessado em fevereiro de 2009. 
 38
f) entrevista, exames médicos e exame poligrafo. 
Os agentes de segurança passam por um treinamento intensivo de 11 (onze) semanas 
no Federal Law Enforcement training Center (FLETC) em Glynco, na Geórgia (EUA). Após 
a conclusão com êxito na formação em FLETC, eles recebem cerca de 16 semanas de 
instrução especializada no Centro de Treinamento de James em Washington. 
O agente de segurança de dignitários dos Estados Unidos ao desenvolver suas 
atividades em outros Estados ou Países na proteção da autoridade, trabalham em equipe, onde 
membros do grupo viajam com antecedência para buscar informações sobre o local a ser 
visitado, fazendo vistoria das instalações por onde a autoridade passará, buscando auxilio 
junto aos órgãos federais, militares, estaduais, municipais e as organizações de segurança 
pública, no sentido de garantir o perfeito funcionamento do esquema de segurança. Após a 
visita antecipada os agentes analisam cada etapa da operação de proteção, para uma 
prevenção e melhor qualidade na segurança da autoridade. 
Em síntese conclusiva deste item, é importante observar que além do perfil adequado 
às necessidades de sua profissão, o agente de segurança somente pode atuar na segurança de 
dignitários após estar devidamente treinado e obter as instruções inerentes ao seu serviço. 
Fazendo uma comparação entre os agentes de segurança do Brasil com os agentes dos 
Estados Unidos é possível observar que a qualidade de treinamento dos agentes americanos é 
bem superior ao oferecido para os brasileiros, constando que o investimento aplicado na área 
do segurança dos Estados Unido é bem alto e com nível de qualidade acima da média. Os 
americanos estão sempre utilizando equipamentos modernos, de primeira qualidade e 
buscando aperfeiçoamento nos treinamentos de proteção ás autoridades.
 39
CONCLUSÃO 
 
 
Em resposta à questão apresentada na introdução deste estudo (qual o perfil do agente 
de segurança de dignitários?), de acordo com o Batalhão de Operações Especiais, para ser um 
agentede segurança de dignitários é preciso ter: resistência à fadiga; lealdade; honestidade; 
discrição; manejo de armas; coragem; dedicação; inteligência; decisão; noções de defesa 
pessoal; nível intelectual e cultural; experiência policial; idade entre 26 e 45 anos. 
Tendo por base o plano de segurança de dignitários utilizado pelo Batalhão de 
Operações especiais, podemos resumir os seguintes pontos importantes para a referida função: 
Os agentes de segurança devem seguir os seguintes mandamentos: agressividade 
controlada; disciplina consciente; controle emocional; iniciativa; espírito de corpo; liderança; 
versatilidade; honestidade; lealdade; perseverança e flexibilidade. 
A segurança de dignitários implica nos seguintes princípios: princípio da preservação; 
princípio da iniciativa; princípio da surpresa; princípio da simplicidade; princípio da 
coordenação; princípio do comportamento de massa; princípio do emprego da força; e, 
princípio da maneabilidade. 
O trabalho de segurança de dignitários está sujeito as seguintes vulnerabilidades: 
rotina; improvisação; falta de motivação; despreparo profissional; falta de informações; e, 
falta de interação da autoridade com o sistema de segurança. 
O serviço de segurança compreende os seguintes atributos: controle e emprego dos 
agentes; planejamento e execução de instruções; inspeções em locais e itinerários diversos; 
coordenação com as polícias civil e militar e outros órgãos públicos de defesa; serviço de 
guarda; controle de bagagem; controle de correspondência; controle e verificação de 
alimentos; controle de equipamentos; códigos de comunicação; levantamento de dados e 
 40
acompanhamentos de empregados; controle de investigações especiais; e, arquivo de 
levantamentos. 
Os fatores que condicionam o planejamento e execução de um trabalho de segurança 
de dignitários são os seguintes: grau de risco; importância da autoridade; conjuntura atual; 
comportamento da autoridade; e a disponibilidade de recursos materiais e humanos. 
É importante observar que, em serviços de segurança, prevenir uma ocorrência é a 
chave do sucesso. Prevenir é antecipar, preparar, evitar, impedir ou minimizar a ocorrência de 
um fato. 
Para cada tipo de ação é preciso ter o conhecimento da legislação específica e adotar 
medidas técnicas de prevenção que devem ser, principalmente, dinâmicas, face ao ‘modus 
operandis’ do agente oponente. 
O agente de segurança deve ser adequadamente treinado, uma vez que, a tomada de 
decisão sobre as medidas de segurança, em diversas situações, poderá oscilar conforme a 
importância da pessoa e a conjuntura atual. 
Quanto ao perfil do agente de segurança de dignitários, entendemos que o profissional 
para exercer a função de agente de segurança de dignitários precisa ter conhecimentos 
técnicos e especializados na área de segurança e, também, deverá passar por uma série de 
testes e critérios para poder exercer sua função adequadamente. 
 
 
 
 
 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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 42
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YIN, R.K. (2005) Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. 
 43
ANEXO I: SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS – BATALHÃO DE OPERAÇÕES 
ESPECIAIS 
 
SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
Autor: Maj PMDF Alexandre Sérgio Vicente Ferreira 
 
Definições básicas: 
Dignitário: É aquele que exerce cargo elevado, de alta graduação honorífica e que foi elevado 
a alguma dignidade. É o VIP. 
Segurança: É uma série de medidas proporcionadas a uma autoridade que garantam, no 
sentido mais amplo possível, a sua integridade física. 
Princípios Básicos: 
Princípio da objetividade 
• Princípio da preservação 
• Princípio da iniciativa 
• Princípio da surpresa 
• Princípio da simplicidade 
• Princípio da coordenação 
• Princípio do comportamento de massa 
• Princípio do emprego da força 
 44
• Princípio da maneabilidade 
Vulnerabilidades freqüentes: 
• Rotina 
• Improvisação 
• Desmotivação 
• Despreparo profissional 
• Falta de informações 
• Falta de interação da autoridade com o sistema de Segurança 
Atribuições do Serviço de Segurança: 
• Controle e emprego dos agentes 
• Planejamento e execução de instrução 
• Inspeções em locais e itinerários diversos 
• Coordenação com as Polícias Civil e Militar e outros Órgãos 
• Serviço de Guarda 
• Controle de bagagem 
• Controle de correspondência 
• Controle e verificação de alimentos 
• Controle de equipamentos 
• Códigos de comunicação 
• Levantamento de dados e acompanhamentos de empregados 
• Controle de investigações especiais 
• Arquivo de levantamentos 
ATRIBUTOS DO AGENTE DE SEGURANÇA 
 45
• Resistência à fadiga 
• Lealdade 
• Honestidade 
• Discrição 
• Manejo de armas 
• Coragem 
• Dedicação 
• Inteligência 
• Decisão 
• Noções de defesa pessoal 
• Nível intelectual e cultural 
• Experiência policial 
• Idade entre 26 e 45 anos 
ATENTADOS 
Introdução 
• Hoje em dia, o noticiário de imprensa aborda freqüentemente no cenário mundial, 
notícias sobre seqüestros e atentados de toda ordem a pessoas importantes ou público 
inocente, culminando na maioria das vezes com os piores desfechos, inclusive 
assassinato. 
• No círculo das pessoas visadas, não são incluídassomente as altas autoridades, mas 
também são considerados alvos em potencial para uma hostilização o pessoal 
integrante dos sistemas de informações, juntamente com seus familiares, porque são 
detentores do conhecimento, pretendido pelo elemento adverso. 
 46
• A adoção das medidas de segurança, em situações diversas, naturalmente oscilará de 
acordo com a importância da pessoa (função exercida) e a conjuntura atual. 
Conceito de atentado 
• "É uma ação criminosa, sobre determinada(s) pessoa(s), grupos ou instituição, 
executada por um indivíduo ou grupo, com uma finalidade propósito ou razões 
específicas, utilizando para isso meios adequados.” 
Fatores que condicionam o planejamento e execução de um trabalho de segurança de 
dignitários: 
• Grau de risco 
• Importância da autoridade 
• Conjuntura atual 
• Comportamento da autoridade 
• Disponibilidade de recursos materiais e humanos 
Vantagens para o executante do atentado: 
• Conhecimento do local da ação; 
• Disponibilidade de tempo para o planejamento; 
• Possibilidade de ocultação entre o público, convidados ou imprensa; 
• Despreparo do elemento de segurança; 
• Rotina conhecida e vazamento de informações das atividades da autoridade; 
• Meios de comunicações deficientes; 
• Falta de cooperação da autoridade. 
• Fontes de hostilização 
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• Organizações de informações adversas; 
• Organizações terroristas; 
• Outros: Missões Diplomáticas hostis, Imprensa, Pessoas, etc. 
• Propósito dos atentados 
• DESMORALIZAÇÃO, causado através do escândalo, normalmente com ampla 
divulgação pela imprensa; 
• SEQUESTRO, com a finalidade de auferir vantagem política ou lucro financeiro; 
• EXTERMÍNIO da vítima, como propósito extremo, quando atingido o objetivo ou 
com a finalidade de encobrir a identidade e fuga do elemento adverso. 
• CAUSAR TERROR ou pânico entre a população. 
APARIÇÃO EM PÚBLICO 
Conceito: 
Aparição em público é todo o comparecimento, de uma autoridade, a um lugar no qual se 
encontram presentes pessoas estranhas ao seu convívio diário, a fim de cumprir um 
compromisso oficial ou particular. 
Fatores Considerados nos Planejamentos: 
Quanto ao público: 
• Controlado: é aquele que foi selecionado previamente para a participação no evento; 
• Não controlado: é aquele que não é selecionado ou previamente controlado 
Quanto ao tipo do evento: 
• Comícios e carreatas 
 48
• Inaugurações, aberturas e encerramentos de eventos 
• Palestras e reuniões 
• Apresentações sociais 
• Grandes cerimônias 
Quanto à formalidade: 
• Formal ou oficiais 
• Informais ou particulares 
Quanto ao tempo de preparação: 
• Eventos previstos: São aqueles programados na agenda da autoridade com 
antecedência; 
• Eventos inopinados: São aqueles cumpridos sem o conhecimento prévio da segurança 
e, por conseguinte, sem a devida preparação; 
Quanto ao local: 
• Recinto fechado 
• Recinto aberto 
Quanto ao sigilo: 
• Ostensiva 
• Reservada 
Locais de aparição em público: Os locais de aparição em público devem atender as seguintes 
características: 
 49
• Amplitude 
• Acessos 
• População 
• Terreno favorável 
• Meios de comunicação 
Características dos itinerários: 
Quanto ao meio físico: 
• Terrestre 
• Aéreo 
• Aquático 
Quanto à proteção: 
• Cobertos e abrigados 
• Descobertos e desabrigados 
Quanto à luminosidade: 
• Diurno 
• Noturno 
Quanto à extensão: 
• Curtos 
• Longos 
Quanto ao sigilo: 
 50
• Ostensivos 
• Reservados 
Quanto à missão: 
• De rotina 
• Eventuais 
• Inopinados 
Quanto à flexibilidade: 
• Flexíveis 
• Inflexíveis 
Seleção do Itinerário: 
• Planejamento inicial 
• Reconhecimento 
• Escolha 
Medidas de segurança nos itinerários: 
• Rotineiras 
• Especiais 
• Inopinadas 
 
SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES 
1) Tipos de Imóveis: 
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• HOTEL 
Vantagens: 
• A administração facilita os serviços de limpeza, arrumação, lavagem de roupas, 
alimentação, etc. 
• Pode-se ocupar o último andar para facilitar o controle de acesso de pessoas. 
Desvantagens: 
• O acesso no Hotel é livre a todos, não se tendo o controle efetivo dos que entram e 
saem. 
• A existência de escadas de incêndios facilita ao acesso de pessoas. 
• APARTAMENTOS 
Vantagens: 
• O acesso ao imóvel geralmente é isolado; 
• Os elementos que circulam no prédio geralmente são conhecidos (vizinhos); 
• As entradas e saídas são em menor número, facilitam ao controle do acesso de 
pessoas. Também poderá ser considerado como desvantagem (Vigilância do elemento 
adverso). 
Desvantagens: 
• O acesso é coletivo, no caso de ser a mesma entrada para salas comerciais; 
• A existência de escadas de incêndio facilita ao acesso de pessoas. 
- CASAS GEMINADAS 
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Desvantagens: 
• As entradas sendo juntas dificultam a adoção de medidas de segurança, principalmente 
o controle do acesso de pessoas; 
• Os telhados normalmente dão acesso de uma para outra casa; 
• Podem-se ouvir conversas através das paredes; 
• A casa vizinha pode ser utilizada como apoio para uma hostilização. 
- CASAS ISOLADAS 
Vantagens: 
• É a situação ideal, facilita a Segurança; 
• Permite em melhores condições, as diversas medidas de proteção (sistema da alarmes, 
comunicações, gerador reserva, etc.), 
• Facilita o controle do acesso de pessoas e veículos; 
Desvantagens: 
• A existência de pontos dominante nas proximidades dificulta a Segurança. 
1) Segurança no Local de Trabalho 
O local de trabalho poderá estar localizado em imóveis conforme as situações acima 
apresentadas e em conseqüência apresentará as mesmas vantagens e desvantagens 
correspondentes. 
• Seleção de Residências 
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Caso seja possível selecionar uma residência, antes da ocupação, devemos nos preocupar com 
os seguintes itens: 
• Privacidade; 
• Cercas e muros (com altura suficiente para proteção); 
• Sem obstáculos entre a casa e o muro; 
• Vários acessos ao local da residência; 
• Distante de pontos dominantes. 
3) Segurança da Residência 
Os itens abaixo correspondem a uma série de medidas de segurança que deveremos utilizar na 
residência. 
• Proteção para todas as aberturas; 
• Inspeções freqüentes nas dependências; 
• Dependências vazias (trancadas e verificadas regulamente); 
• Escolha de empregados; 
• Visitas identificadas; 
• Utilização de alarmes; 
• Emprego de cães. 
4) Cuidados com a correspondência 
No caso de recebimento de cartas ou pacotes suspeitos, verificar os itens abaixo: 
• Remetente procedência; 
• Selos, lacres e carimbos; 
• Peso e espessura; 
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• Cheiro em manchas; 
• Rigidez da embalagem; 
• Envelope duplo. 
5) Cuidado com o automóvel 
A situação ideal é a de que carro permaneça (quando não utilizado) trancado numa garagem 
também fechada. Quando isto não ocorrer, antes de abrir o automóvel devemos examinar: 
ƒ O chão em torno do carro; 
ƒ Os lados do carro; 
ƒ Embaixo do carro (reflexo); 
ƒ O seu interior. 
ESCOLHA DE ITINERÁRIOS 
Dentre as diversas situações vulneráveis em que se pode encontrar uma Autoridade, uma das 
mais críticas é durante um deslocamento a pé ou transportado, quaisquer que sejam as 
precauções tomadas. 
Por esta razão, o planejamento e a escolha de itinerários a serem percorridos por uma 
Autoridade, merecem especial atenção por parte da Segurança com o objetivo de evitar, 
dificultar ou minimizar os efeitos de uma agressão. 
a) Conceito 
ESCOLHA DE ITINERÁRIOS: é a decisão decorrentede um reconhecimento e 
planejamento sobre o deslocamento a pé ou transportado, a ser percorrido por uma 
Autoridade. 
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b) Aspecto a serem observados na escolha de itinerários 
• Classificação dos tipos de deslocamentos; 
• Exame na carta; 
• Reconhecimento; 
• Planejamento; 
• Decisão; 
• Execução. 
1) Classificação dos tipos de deslocamentos: 
a) Quanto a Missão 
ROTINEIROS: deslocamentos efetuados da residência para o trabalho e vice-versa; 
ESPECIAIS: são aqueles realizados para atender às solenidades oficiais e as de cunho social 
(inaugurações, concertos, datas cívicas, jantares); 
INOPINADOS: são os deslocamentos não programados. 
b) Quanto ao Meio de Transporte 
AÉREOS: quando é utilizado avião ou helicóptero; 
AQUÁTICOS: no caso de utilização de navios, lanches, barcos pequenos, etc. Pode ser 
marítimo, fluvial ou lacustre; 
TERRESTRES: realizado utilizando-se automóveis, ônibus e trens. 
c) Quanto ao sigilo 
 56
OSTENSIVOS: quando realizado com o conhecimento do público em geral, seja através da 
divulgação do deslocamento, seja pela fácil identificação pelos transeuntes da passagem da 
Autoridade; 
SIGILOSOS: quando se procura furtar do conhecimento público este deslocamento, agindo 
com discrição e se possível, utilizando transportes que não denunciem o citado deslocamento. 
d) Quanto ao horário 
DIURNOS: realizado à luz do dia, com todas as implicações que um deslocamento nessas 
condições enfrenta (trânsito, pedestres, etc.). Para se diminuir o tempo de deslocamento, 
haverá necessidade de emprego de força policial (trânsito); 
NOTURNOS: as condições são opostas às acima descrita. Não há necessidade de 
envolvimento de grandes efetivos policiais na Segurança. 
e) Quanto à Extensão 
CURTOS: deslocamentos realizados dentro do perímetro urbano; 
LONGOS: grandes deslocamentos fora do perímetro urbano ou mesmo fora da cidade (zona 
rural ou outras cidades). 
f) Quanto à Flexibilidade 
FLEXÍVEIS: quando há possibilidade de mudança no deslocamento (itinerários alternativos) 
para outras opções de acesso e de retiradas dos locais a serem percorridos; 
NÃO FLEXÍVEIS: quando não há esta possibilidade (ex.: todavia sem retorno). 
g) Quanto aos Meios Empregados 
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SIMPLES: deslocamentos que não exigem grande emprego de meios (ex. deslocamentos 
inopinados e sigilosos); 
COMPLEXOS: há necessidade de grande emprego de meios. A utilização de pessoal e 
meios em apoio fica condicionado aos seguintes fatores: 
• Importância da Autoridade; 
• A disponibilidade de pessoal e material; 
• A conjuntura atual. 
h) Quanto às Comunicações 
Qualquer que seja o deslocamento há necessidade de uma rede de comunicações. O comando 
da operação será feito pelo Chefe da Segurança, se necessário, o comando poderá ser feito 
através da Central. 
2) Exame na Carta 
O exame na carta é importante para as fases posteriores de reconhecimento no local e 
planejamento, por parte da Segurança. 
Deverá seguir os seguintes itens: 
• Seleção das estradas que poderão ser utilizados nos diversos itinerários; 
• Escolha das estradas que permitam os deslocamentos sem problemas; 
• Identificar os pontos críticos. É preferível evitá-los, porém se não for possível, reforçar 
a segurança nestes locais. 
3) Reconhecimento 
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O reconhecimento é feito por etapas de acordo com a programação da Autoridade, levando-se 
em consideração o tipo de deslocamento e os dados fornecidos pelo exame na carta; 
Não devemos desprezar nunca a possibilidade de um atentado, por menor que seja; 
Os itinerários deverão ser reconhecidos no mesmo sentido em que a Autoridade se deslocar; 
Caso haja necessidade de mudar o itinerário, por vontade da Autoridade ou decisão do Chefe 
da Segurança, é necessário que o esquema de Segurança (Segurança Velada, Policiamento 
Ostensivo e de Trânsito) tenha condições de se deslocar para o outro itinerário; 
Verificar nos lugares de embarque e desembarque da Autoridade, o tipo de entrada e saída do 
veículo (ortodoxo e não-ortodoxo; mão e contramão). 
4) Planejamento 
Após o reconhecimento, é feita uma reunião para planejar o esquema de Segurança a ser 
empregado; 
O planejamento deve ser o mais detalhado possível, distribuindo missões a todos os 
componentes do esquema de Segurança, de uma forma simples e com clareza; 
Deverá haver bastante entrosamento em todos os setores envolvidos no esquema de 
Segurança, de modo a haver continuidade no desenvolvimento dos trabalhos. 
 
5) Decisão 
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Baseado nos quatro itens anteriores (tipo de deslocamento, exame na carta, reconhecimento e 
planejamento), a decisão será então limitada à escolha do itinerário Principal e dos itinerários 
Alternativos. 
6) Execução 
a) Montagem do Dispositivo 
De acordo com o planejamento feito, cada chefe de setor deverá assumir a sua missão e 
distribuir o seu pessoal, que deverá ter pleno conhecimento de sua atuação; 
Especial atenção para o pessoal empenhado nos pontos críticos e pontos dominantes. 
Infiltração na multidão, da Segurança Velada para sentir a reação do público em face de 
presença da Autoridade; 
Manter sempre uma reserva em condições de reforçar os pontos necessários; 
Verificar durante a montagem do dispositivo, o pleno conhecimento da missão do pessoal em 
apoio: hospital, bombeiros, tropas de choque, helicóptero, etc. 
b) Reconhecimento final 
No dia do evento, após a montagem do dispositivo, com tempo suficiente antes da passagem 
da Autoridade, as equipes Precursora e Vistoria realizam uma última inspeção no dispositivo. 
Etapas equipes deverão manter contato permanente com o Chefe da Segurança para a 
eventualidade de uma mudança de itinerário (se necessário) 
 
 
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7. Conclusão 
A boa execução do esquema de Segurança dependerá do estudo minucioso e aplicação correta 
dos aspectos a serem observa na Escolha de Itinerários, porém devemos estar sempre 
preparados para qualquer eventualidade, até mesmo para improvisações, porque ao elemento 
adverso cabe a iniciativa com quase 100% (cem por cento) de probabilidade de êxito.

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