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05 Nocoes de Direito Administrativo

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Câmara Legislativa do Distrito Federal 
Técnico Legislativo - Categoria: Técnico Legislativo 
 
Conceito de Administração Pública. .................................................................................................... 1 
 
Atos administrativos. ........................................................................................................................... 7 
 
Contratos Administrativos. ................................................................................................................ 24 
 
Poderes da Administração. ............................................................................................................... 47 
 
Lei nº 8429/1992. .............................................................................................................................. 58 
 
Lei nº 8.666/1993. ............................................................................................................................. 74 
 
Legislação do servidor público do Distrito Federal: Lei Complementar distrital nº 840/2011. .......... 141 
 
Lei Complementar distrital nº 769/2008. ......................................................................................... 195 
 
Lei federal nº 9.784/1999, recepcionada pela Lei distrital nº 2.834/2011. ....................................... 218 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1371781 E-book gerado especialmente para MARIA DANIELA GOMES DA CONCEICAO
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
A expressão “Administração Pública” abrange diversas concepções. Inicialmente, temos 
Administração Pública em sentido amplo (lato sensu), como o conjunto de órgãos de governo (com função 
política de planejar, comandar e traçar metas) e de órgãos administrativos (com função administrativa, 
executando os planos governamentais). Num sentido estrito (stricto sensu), podemos definir 
Administração Pública como o conjunto de órgãos, entidades e agentes públicos que desempenham a 
função administrativa do Estado. Ou seja, num sentido estrito, a Administração Pública é representada, 
apenas, pelos órgãos administrativos. 
 
Administração Pública 
Sentido amplo Sentido estrito 
órgãos governamentais (políticos) + órgãos 
administrativos 
exclusivamente, órgãos administrativos. 
 
Sentido formal, subjetivo ou orgânico 
 
Sob esse aspecto, a expressão Administração Pública confunde-se com os sujeitos que integram a 
estrutura administrativa do Estado, ou seja, com quem desempenha a função administrativa. Assim, num 
sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades que 
desempenham a função administrativa. O conceito subjetivo representa os meios de atuação da 
Administração Pública. 
Entes, Entidades ou Pessoas: são as pessoas jurídicas integrantes da estrutura da Administração 
Direta e Indireta. 
Os Entes Políticos são a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (todas com 
personalidade jurídica de Direito Público). 
Os Entes Administrativos são as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista (todas com personalidade jurídica de Direito Público e/ou Privado). Nesse 
caso, temos entidades integrantes da Administração Pública que não desempenham função 
administrativa, e sim atividade econômica, como ocorre com a maioria das empresas públicas e 
sociedades de economia mista (CF, art. 173). 
Órgãos Públicos são centros de competência, despersonalizados, integrantes da estrutura de uma 
pessoa jurídica, incumbidos das atividades da entidade a que pertencem. A Lei nº 9.784/99 os conceitua 
como unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração Direta ou Indireta. 
Agentes Públicos: segundo o art. 2º, da Lei nº 8.429/92, são todos aqueles que exercem, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
forma de investidura ou vínculo, mandato, emprego ou função pública, ou seja, são pessoas físicas 
incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. 
Há ainda as Entidades Privadas, não integrantes da Administração Pública formal, que exercem 
atividades identificadas como próprias da função administrativa, a exemplo das concessionárias de 
serviços públicos (delegação) e das organizações sociais (atividades de utilidade pública). As atividades 
exercidas dessas entidades privadas não integram a Administração Pública, uma vez que o Brasil se 
baseia no critério formal. 
Embora seja certo que a acepção formal ou subjetiva não deva levar em conta a atividade realizada, 
é frequente os autores a esta se referirem, identificando a Administração Pública, em sentido subjetivo, 
com a totalidade do aparelhamento de que dispõe o Estado para a execução das atividades 
compreendidas na função administrativa, como exemplo temos a definição de Maria Sylvia Di Pietro, “o 
conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do 
Estado”. 
Conceito de Administração Pública. 
1371781 E-book gerado especialmente para MARIA DANIELA GOMES DA CONCEICAO
 
. 2 
Pela acepção formal / subjetiva / orgânica, deve-se perquirir tão somente “quem” o ordenamento 
jurídico considera Administração Pública, e não “o que” (critério objetivo, material, funcional). 
 
Sentido material, objetivo ou funcional 
 
Nesse sentido, a Administração Pública confunde-se com a própria função (atividade) administrativa 
desempenhada pelo Estado. O conceito de Administração Pública está relacionado com o objeto da 
Administração. Não se preocupa aqui com quem exerce a Administração, mas sim com o que faz a 
Administração Pública. 
Ressaltamos que a função administrativa é exercida predominantemente pelo Poder Executivo, porém, 
os demais Poderes também a exercem de forma atípica. A doutrina majoritária entende que as atividades 
administrativas englobam: 
1) Prestação de serviço público: é toda atividade que a administração pública executa, direta ou 
indiretamente, sob regime predominantemente público, para satisfação imediata de uma necessidade 
pública, ou que tenha utilidade pública. 
2) Polícia administrativa: são restrições ou condicionamentos impostos ao exercício de atividades 
privadas em benefício do interesse público, exemplo as atividades de fiscalização. 
3) Fomento: incentivo à iniciativa privada de utilidade pública, exemplo: concessão de benefícios ou 
incentivos fiscais. 
4) Intervenção administrativa: abrange toda intervenção do Estado no setor privado, exceto a sua 
atuação direta como agente econômico. Inclui-se a intervenção na propriedade privada(desapropriação, 
tombamento) e a intervenção no domínio econômico como agente normativo e regulador (agências 
reguladoras, medidas de repressão a práticas tendentes à eliminação da concorrência, formação de 
estoques reguladores etc. 
Alguns autores consideram a atuação do Estado como agente econômico inclusa no grupo de 
atividades de administração em sentido material descrito como “intervenção”, nos termos do art. 173 da 
CF. Todavia, quando o Estado atua dessa maneira, isto é, como agente econômico, está sujeito 
predominantemente ao regime de direito privado, exercendo atividade econômica em sentido estrito. 
Nessa acepção, estaríamos adotando uma concepção subjetiva, atribuindo relevância à pessoa que 
exerce a atividade, caracterizando uma contradição incontornável, porque se estará abandonando o 
critério objetivo (o que é realizado?) e conferindo primazia ao critério subjetivo (quem realiza?) em uma 
acepção que, por definição, deveria ser objetiva. 
 
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em dois 
sentidos: 
 
- Objetivo (material/funcional): "Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública 
pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de 
direito público, para a consecução dos interesses coletivos”. 
É a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em sua 
função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos. É 
a administração da coisa pública (res publica). 
 
- Subjetivo (Formal/Orgânico): “Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir 
Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o 
exercício da função administrativa do Estado". 
É o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar atividades administrativas. 
 
Em resumo: 
 
Administração Pública 
Sentido formal / subjetivo / orgânico órgãos + agentes + entidades (quem faz a 
Adm. Pública?) 
Sentido material / objetivo / funcional atividade administrativa (o que faz a Adm. 
Pública?) 
 
 
 
1371781 E-book gerado especialmente para MARIA DANIELA GOMES DA CONCEICAO
 
. 3 
Características da Administração Pública 
 
A Administração Pública possui algumas características próprias que são: 
 
- a prática de atos de execução realizados por seus órgãos e agentes, que não devem ser 
necessariamente públicos. Os atos de execução são conhecidos como atos administrativos. 
 
- exercer atividade voltada ao cumprimento da lei e não à política. 
 
- a área da Administração Pública é limitada, pois cada órgão só poderá agir dentro do seu limite. 
 
- apresenta caráter instrumental, já que o Estado utiliza-se da Administração Pública para atingir seus 
objetivos. 
 
- manter conduta hierarquizada, mantendo obediência entre os diversos poderes administrativos. 
 
- buscar a perfeição técnica de seus atos. 
 
Questões 
 
01. (SEGEP/MA - Agente Penitenciário – FUNCAB/2016). Considerando que a Administração 
Pública pode ser, em sentido estrito, analisada sob dois aspectos: objetivo ou material; e subjetivo ou 
orgânico ou formal, é correto afirmar que: 
(A) a Administração Pública é uma "máquina" composta por órgãos e entidades organizados sem 
hierarquia sob a direção de um chefe de Estado. 
(B) no aspecto objetivo a Administração Pública pode ser considerada o conjunto de órgãos e de 
pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função econômica. 
(C) a Administração Pública é uma atividade subjetiva do governo, objetivando a realização das 
necessidades individuais. 
(D) a Administração Pública é uma atividade concreta do Estado, objetivando a realização das 
necessidades individuais. 
(E) o objeto da Administração Pública é a função pública, que abrange o fomento, a polícia 
administrativa e o serviço público. 
 
02. (MPOG - Atividade Técnica - Direito, Administração, Ciências Contábeis e Economia – 
FUNCAB/2015). O oferecimento de saneamento básico, transporte coletivo e educação caracterizam 
atividades da denominada “administração pública". A expressão, quando reveste esse caráter, é escrita 
com letras minúsculas e revela sentido: 
(A) material. 
(B) subjetivo. 
(C) personalista. 
(D) formal. 
(E) orgânico. 
 
03. (AL-GO -Assistente Legislativo - Assistente Administrativo – CS-UFG). Em sentido estrito, a 
Administração Pública compreende, 
(A) sob o aspecto objetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto subjetivo, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
(B) sob o aspecto subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
(C) sob o aspecto objetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto formal, apenas a função 
administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função política. 
(D) sob o aspecto subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto hierárquico, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
 
1371781 E-book gerado especialmente para MARIA DANIELA GOMES DA CONCEICAO
 
. 4 
04. (TJ/CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária – CESPE/2014). Assinale a opção correta no que 
se refere aos poderes e deveres dos administradores públicos. 
(A) Caracteriza-se desvio de finalidade quando o agente atua além dos limites de sua competência, 
buscando alcançar fins diversos daqueles que a lei permite. 
(B) Há excesso de poder quando o agente, mesmo que agindo dentro de sua competência, exerce 
atividades que a lei não lhe conferiu. 
(C) Em caso de omissão do administrador, o administrado pode exigir, por via administrativa ou judicial, 
a prática do ato imposto pela lei. 
(D) No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos 
agentes subordinados, para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e 
ainda aplicar sanções. 
(E) O poder de agir da administração refere-se à sua faculdade para a prática de determinado ato de 
interesse público. 
 
05. (TRE/AL - Analista Judiciário - Engenharia Civil – FCC). Sobre os deveres do administrador 
público é correto afirmar que 
(A) o ato do Presidente da República que atentar contra a probidade na administração constitui crime 
de responsabilidade. 
(B) o dever de prestar contas abrange a prestação de contas aos munícipes das atividades particulares 
do administrador público. 
(C) a obrigação do administrador público de agir com retidão, lealdade, justiça e honestidade, diz 
respeito ao dever de eficiência. 
(D) o dever da eficiência abrange a produtividade do ocupante do cargo ou função, mas não tem 
relação com a qualidade do trabalho desenvolvido. 
(E) pela inobservância do dever de probidade que caracterize improbidade administrativa, o 
administrador público está sujeito, dentre outras sanções, à perda da função pública, porém não à 
suspensão dos direitos políticos. 
 
06. (SUSEP - Analista Técnico – ESAF). No exercício de seus poderes e deveres, ao administrador 
público cumpre saber que: 
(A) o uso do poder discricionário possui como limite o juízo valorativo, e não a lei. 
(B) exceto quando delegado a entidades privadas, o poder de polícia é ilimitado. 
(C) é imprescritível a ação civil pública cujo objeto seja o ressarcimento de danos ao erário. 
(D) o ato administrativo não pode ser revisto pelo Poder Judiciário. 
(E) o dever de prestar contas se restringe aos gestores de bens ou recursos públicos.07. (TJ/CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2014). Assinale a opção correta no 
que se refere aos poderes e deveres dos administradores públicos. 
(A) Em caso de omissão do administrador, o administrado pode exigir, por via administrativa ou judicial, 
a prática do ato imposto pela lei. 
(B) No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos 
agentes subordinados, para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e 
ainda aplicar sanções. 
(C) O poder de agir da administração refere-se à sua faculdade para a prática de determinado ato de 
interesse público. 
(D) Caracteriza-se desvio de finalidade quando o agente atua além dos limites de sua competência, 
buscando alcançar fins diversos daqueles que a lei permite. 
(E) Há excesso de poder quando o agente, mesmo que agindo dentro de sua competência, exerce 
atividades que a lei não lhe conferiu. 
 
 
08. (TCE/CE- Analista de Controle Externo-Auditoria Governamental – FCC/2015). A 
Administração pública burocrática 
(A) caracteriza-se pelo controle rígido, exercido prioritariamente por indicadores de gestão. 
(B) baseia-se no princípio do mérito profissional e enfatiza a definição de metas para a atuação dos 
servidores públicos e, consequentemente, a sua progressão na carreira. 
(C) baseia-se no princípio do mérito profissional e enfatiza a importância do cumprimento de regras e 
procedimentos rígidos. 
1371781 E-book gerado especialmente para MARIA DANIELA GOMES DA CONCEICAO
 
. 5 
(D) baseia-se no princípio do mérito profissional e atribui grau limitado de confiança aos servidores e 
políticos, recomendando, para isso, o contrato de gestão. 
(E) foi adotada em substituição à Administração patrimonial, que distinguia o patrimônio público do 
patrimônio privado. 
 
09. (DETRAN/MT - Auxiliar do Serviço de Trânsito – UFMT/2015). Poder centralizado, apego às 
normas e regulamentos, comunicação formal, concentração no processo e na documentação, 
atendimento às demandas do cidadão são características da Administração Pública 
(A) Patrimonialista. 
(B) Gerencial. 
(C) Moderna. 
(D) Burocrática. 
 
10. (SUDENE/PE - Agente Administrativo – FGV/2013). Na Administração Pública, a gestão por 
resultados está relacionada à 
(A) Administração Gerencial. 
(B) Administração Patrimonialista. 
(C) Administração Centralizada. 
(D) Administração Burocrática. 
(E) Administração Descentralizada. 
 
11. (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Administrativa – FCC/2012). Em seu sentido subjetivo, a 
administração pública pode ser definida como 
(A) a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob o regime de direito público, para a 
realização dos interesses coletivos. 
(B) o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a Lei atribui o exercício da função 
administrativa do Estado. 
(C) os órgãos ligados diretamente ao poder central, federal, estadual ou municipal. São os próprios 
organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias. 
(D) as entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para realizar atividades de 
Governo de forma descentralizada. São exemplos as Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e 
Sociedades de Economia Mista. 
(E) as entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital 
exclusivo da União, se federal, criadas para exploração de atividade econômica que o Governo seja 
levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa. 
 
12. (PC/SP - Delegado de Polícia – VUNESP/2014). A Administração Pública, em sentido 
(A) objetivo, material ou funcional, designa os entes que exercem a atividade administrativa. 
(B) amplo, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa. 
(C) estrito, subjetivamente considerada, compreende tanto os órgãos governamentais, supremos, 
constitucionais, como também os órgãos administrativos, subordinados e dependentes, aos quais 
incumbe executar os planos governamentais. 
(D) estrito, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa. 
(E) subjetivo, formal ou orgânico, compreende a própria função administrativa que incumbe, 
predominantemente, ao Poder Executivo. 
13. Assinale certo ou errado para a assertiva abaixo: 
( ) Em sentido objetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades 
que desempenham a função administrativa. 
 
14. (AGEHAB - Analista Técnico – Contador – FUNDAÇÂO SOUSÂNDRADE). A professora Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro, ao conceituar administração pública, revela que esta possui dois sentidos: 
subjetivo e objetivo. Considerando o ponto de vista desta doutrinadora, assinale a alternativa CORRETA. 
(A) A administração pública em sentido subjetivo é também chamada de material ou funcional. 
(B) A administração pública em sentido objetivo é também chamada de material ou funcional. 
(C) A administração pública em sentido subjetivo é também chamada de funcional. 
(D) A administração pública em sentido objetivo é também chamada de formal. 
(E) A administração pública em sentido objetivo abrange todos os entes aos quais a lei atribui o 
exercício da função administrativa. 
 
1371781 E-book gerado especialmente para MARIA DANIELA GOMES DA CONCEICAO
 
. 6 
Respostas 
 
01. Resposta: E 
Em sentido objetivo, a Administração Pública corresponde às diversas atividades exercidas pelo 
Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. Nessa 
acepção material, a Administração Pública engloba as atividades de fomento, polícia administrativa, 
serviço público e intervenção administrativa. 
Fomento = atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante incentivos fiscais, 
dentre outros. 
Polícia administrativa= compreende as atividades relacionadas ao controle, fiscalização e execução 
das denominadas limitações administrativas 
Serviço público= é toda atividade concreta que a Administração exerce, por si ou por meio de terceiros. 
 
02. Resposta: A 
Ao tratar da Administração Pública em sentido material, busca-se o objeto da Administração, as 
atividades administrativas exercidas, a própria função administrativa, predominantemente exercida pelo 
Poder Executivo. Conforme a doutrina, abrange as atividades de serviço público, polícia administrativa, 
fomento e intervenção 
 
03. Resposta: B 
Administração pública Objetiva/material/funcional: equivale à função administrativa. É a atividade 
administrativa 
Administração pública Subjetiva/Formal/Orgânica: equivale às pessoas, aos órgãos e aos agentes 
públicos. 
 
04. Resposta: C 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho assim nos ensina: 
"Corolário importante do poder-dever de agir é a situação de ilegitimidade de que se reveste a inércia 
do administrador: na medida em que lhe incumbe conduta comissiva, a omissão (conduta omissiva) 
haverá de configurar-se como ilegal. Desse modo, o administrado tem o direito subjetivo de exigir do 
administrador omisso a conduta comissiva imposta na lei, quer na via administrativa, o que poderá fazer 
pelo exercício do direito de petição (art. 5º, XXXIV, "a", da CF), quer na via judicial, formulando na ação 
pedido de natureza condenatória de obrigação de fazer (ou, para outros, pedido mandamental )." 
 
05. Resposta: A 
A probidade está ligada a ideia de honestidade na Administração Pública. Não basta a legalidade 
formal, restrita, da atuação administrativa, é preciso também a observância de princípios éticos, de 
lealdade, de boa-fé, de regras que assegurem a boa administração e a disciplina interna na Administração 
Pública. A Carta Magna prevê como crime de responsabilidade os atos do Presidente da República que 
atentem contra a probidade na Administração,fato que enseja sua destituição do cargo (CF/1988, art. 85, 
V) 
 
06. Resposta: C 
Art. 37, CF A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:....... 
(...) 
5º. A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou 
não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. 
 
07. Resposta: A 
O mandado de segurança, remédio constitucional que serve para amparar lesão ou ameaça de lesão 
a direito líquido e certo, é o meio comumente utilizado para combater os casos em que se verifica omissão 
administrativa. 
 
08. Resposta: C 
Segundo (Pdrae, 1995). 
“A Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado 
liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios 
1371781 E-book gerado especialmente para MARIA DANIELA GOMES DA CONCEICAO
 
. 7 
orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a 
impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal. Os controles administrativos visando 
evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. 
 
09. Resposta: D 
São caraterísticas da Administração Burocrática: 
 
Formalidade – a autoridade deriva de um conjunto de normas e leis, expressamente escritas e 
detalhadas. 
Impessoalidade – Os direitos e deveres são estabelecidos em normas. As regras são aplicadas de 
forma igual a todos, conforme seu cargo em função na organização. 
Profissionalização – As organizações são comandadas por especialistas, remunerados em dinheiro (e 
não em honrarias, títulos de nobreza, sinecuras, prebendas, etc.), contratados pelo seu mérito e seu 
conhecimento (e não por alguma relação afetiva ou emocional). 
 
10. Resposta: A 
A Administração pública gerencial é aquela construída sobre bases que consideram o Estado uma 
grande empresa cujos serviços são destinados aos seus clientes, outrora cidadãos; na eficiência dos 
serviços, na avaliação de desempenho e no controle de resultados, suas principais características. 
 
11. Resposta: B 
O sentido Subjetivo da Administração Pública compreende as Entidades (pessoas jurídicas), os 
Órgãos (unidades despersonalizadas) e os Agentes (pessoas naturais), ou seja seus sujeitos. 
Sentido subjetivo quer dizer quem são os sujeitos da relação. 
 
12. Resposta: B 
A Administração pública em sentido amplo compreende os órgãos do governo, os quais exercem a 
função política, bem como os órgãos e pessoa jurídicas que desempenha função meramente 
administrativa. 
 
13. Resposta: errada 
Em sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades 
que desempenham a função administrativa. 
 
14. Resposta: B 
Em sentido objetivo, a expressão administração pública confunde-se com a própria atividade 
administrativa. 
 
Em sentido subjetivo, a administração pública confunde-se com os próprios sujeitos que integram a 
estrutura administrativa. 
 
 
 
Ato administrativo é toda manifestação lícita e unilateral de vontade da Administração ou de quem 
lhe faça às vezes, que agindo nesta qualidade tenha por fim imediato adquirir, transferir, modificar ou 
extinguir direitos e obrigações. 
Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado ou por alguém que esteja em nome dele. 
Logo, pode-se concluir que os atos administrativos não são definidos pela condição da pessoa que os 
realiza. Tais atos são regidos pelo Direito Público. 
Deve-se diferenciar o conceito de ato administrativo do conceito de ato da Administração. Este último 
é ato praticado por órgão vinculado à estrutura do Poder Executivo. 
Nem todo ato praticado pela Administração será ato administrativo, ou seja, há circunstâncias em que 
a Administração se afasta das prerrogativas que possui, equiparando-se ao particular. 
 
O que qualifica o ato como administrativo é o fato que sua repercussão jurídica produz efeitos a uma 
determinada sociedade, devendo existir uma regulação pelo direito público. Para que esse ato seja 
Atos administrativos. 
1371781 E-book gerado especialmente para MARIA DANIELA GOMES DA CONCEICAO
 
. 8 
caracterizado, é necessário que ele seja emanado por um agente público, quer dizer, alguém que esteja 
investido de munus público, podendo atuar em nome da Administração. 
 
Esse ato deve alcançar a finalidade pública, onde serão definidas prerrogativas, que digam respeito à 
supremacia do interesse público sobre o particular, em virtude da indisponibilidade do interesse público. 
 
Embora existam divergências, a doutrina mais moderna entende que os atos administrativos podem 
ser delegados, assim os particulares recebem a delegação pelo Poder Público para prática dos referidos 
atos. 
 
Conceitos de acordo com alguns doutrinadores: 
 
Para Hely Lopes Meirelles: “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, 
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e 
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”.1 
 
Para Maria Sylvia Zanella di Pietro ato administrativo é a “declaração do Estado ou de quem o 
represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito 
público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”.2 
 
Requisitos: 
 
São as condições necessárias para a existência válida do ato. Do ponto de vista da doutrina 
tradicional (e majoritária nos concursos públicos), os requisitos dos atos administrativos são cinco: 
 
Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz, trata-se de requisito vinculado. Para que um 
ato seja válido deve-se verificar se foi praticado por agente competente. 
No Direito Administrativo quem define as competências de cada agente é a lei, que deverá limitar sua 
atuação e fazer as atribuições de cada agente. 
 
O ato deve ser praticado por agente público, assim considerado todo aquele que atue em nome do 
Estado, podendo ser de qualquer título, mesmo que não ganhe remuneração, por prazo determinado ou 
vínculo de natureza permanente. 
 
Podem ser englobados como agentes, os agentes políticos, que são os detentores de mandatos 
eletivos, secretários e ministros de Estado, considerando ainda os membros da magistratura e do 
Ministério Público. Os atos ainda poderão ser praticados por particulares em colaboração com o poder 
público, podendo se considerar aqueles que exercem função estatal, sem vínculo definido, como acontece 
com jurados e mesários, por exemplo. 
 
Além da competência para a prática do ato, se faz necessário que não exista impedimento e suspeição 
para o exercício da atividade. 
Deve-se ter em mente que toda a competência é limitada, não sendo possível um agente que contenha 
competência ilimitada, tendo em vista o dever de observância da lei para definir os critérios de legitimação 
para a prática de atos. 
 
Finalidade: O ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato praticado 
não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder. 
 
Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de exteriorização e demais procedimentos 
prévios que forem exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra, os atos devem ser 
escritos, permitindo de maneira excepcional atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam 
produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os casos dos semáforos, por exemplo. 
 
A forma específica se dá pelo fato de que os atos administrativos decorrem de um processo 
administrativo prévio,que se caracterize por uma série de atos concatenados, com um propósito certo. A 
exigência de forma para a prática dos atos da Administração Pública decorre do Princípio da Solenidade, 
 
1 Direito administrativo brasileiro, p. 145. 
2 Direito administrativo, p. 196. 
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. 9 
que pertence à atuação estatal, como forma de garantia de que os cidadãos serão contemplados com 
essa ação. 
 
Você deve estar se perguntando, qual seria a forma correta dos atos administrativos? 
 
Simples, os atos devem ser escritos, mesmo que não haja dispositivo legal que estabeleça essa 
obrigatoriedade, em língua portuguesa. Há, contudo, exceções que são definidas por lei específica, que 
é o caso de uma semáforo que se manifesta através de sinais. Ex: quando se acende a luz verde, significa 
que os condutores de veículos podem seguir. 
Não esquecer: 
 
A forma não configura a essência do ato, mas apenas o instrumento necessário para que a conduta 
administrativa atinja seus objetivos. Valendo-se, portanto, do princípio da instrumentalidade das formas, 
sabe-se que a forma não é essencial para à prática do ato, mas apenas o meio, definido em lei, em 
que o poder público conseguirá atingir seus objetivos. 
 
Motivo: Este integra os requisitos dos atos administrativos tendo em vista a defesa de interesses 
coletivos. Por isso existe a teoria dos motivos determinantes; 
O motivo será válido, sem irregularidades na prática do ato administrativo, exigindo-se que o fato 
narrado no ato praticado seja real e tenha acontecido da forma como estava descrito na conduta estatal. 
 
Difere-se de motivação, pois este é a explicação por escrito das razões que levaram à prática do ato. 
 
Objeto lícito: É o conteúdo ato, o resultado que se visa receber com sua expedição. Todo e qualquer 
ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas referentes 
a pessoas, coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública. 
 
Entende-se por objeto, aquilo que o ato dispõe, o efeito causado pelo ato administrativo, em 
decorrência de sua prática. Trata-se do objeto como a disposição da conduta estatal, aquilo que fica 
decidido pela prática do ato. 
 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
Atributos são prerrogativas que existem por conta dos interesses que a Administração representa, são 
as qualidades que permitem diferenciar os atos administrativos dos outros atos jurídicos. Decorrem do 
princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. 
 
Por este princípio, o ato administrativo goza de prerrogativas conferidas pela doutrina. Tais regras, 
diferenciam os atos administrativos dos outros que sejam praticados pelo poder público e das atividades 
de particulares regularizadas pelo direito privado. 
 
São eles: 
 
1. Presunção de Legitimidade: É a presunção de que os atos administrativos devem ser 
considerados válidos, até que se demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação dos serviços 
públicos. Isso não significa que os atos administrativos não possam ser contrariados, no entanto, o ônus 
da prova é de quem alega. 
 
O atributo de presunção de legitimidade confere maior celeridade à atuação administrativa, já que 
depois da prática do ato, estará apto a produzir efeitos automaticamente, como se fosse válido, até que 
se declare sua ilegalidade por decisão administrativa ou judicial. 
 
2. Imperatividade: É o poder que os atos administrativos possuem de gerar unilateralmente 
obrigações aos administrados, independente da concordância destes. É a prerrogativa que a 
Administração possui para impor determinado comportamento a terceiros. 
 
3. Exigibilidade ou Coercibilidade: É o poder que possuem os atos administrativos de serem exigidos 
quanto ao seu cumprimento sob ameaça de sanção. A imperatividade e a exigibilidade, em regra, nascem 
no mesmo momento. 
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. 10 
Excepcionalmente o legislador poderá diferenciar o momento temporal do nascimento da 
imperatividade e o da exigibilidade. No entanto, a imperatividade é pressuposto lógico da exigibilidade, 
ou seja, não se poderá exigir obrigação que não tenha sido criada. 
 
Caso não seja cumprida a obrigação imposta pelo administrativo, o poder público, se valerá dos meios 
indiretos de coação, realizando, de modo indireto o ato desrespeitado. 
 
4. Autoexecutoriedade: É o poder de serem executados materialmente pela própria administração, 
independentemente de recurso ao Poder Judiciário. A autoexecutoriedade é atributo de alguns atos 
administrativos, ou seja, não existe em todos os atos (Exemplo: Procedimento tributário, desapropriação, 
etc.). Poderá ocorrer em dois casos: 
a) Quando a lei expressamente prever; 
b) Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso deverá haver a soma dos seguintes 
requisitos: 
- situação de urgência; e 
- inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, evitar a lesão. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Dentre as inúmeras formas de classificação dos atos, a doutrina traz as que são mais relevantes: 
 
Quanto à formação: Os atos se dividem em simples, complexo e compostos. 
 
Simples: depende de uma única manifestação. Assim, a manifestação de vontade de um único órgão, 
mesmo que seja de órgão colegiado, torna o ato perfeito, portanto, a vontade para manifestação do ato 
deve ser unitária, obtida através de votação em órgão colegiado ou por manifestação de um agente em 
órgãos singulares. 
 
Complexo: decorre da manifestação de dois ou mais órgãos; de duas ou mais vontades que se unem 
para formar um único ato. Neste tipo, somam-se as vontades dos órgãos públicos independentes, em 
mesmo nível de hierarquia, de modo que tenham a mesma força, não se falando em dependência de uma 
relação com a outra. Aqui, os atos que formarão o ato complexo serão expedidos por órgãos públicos 
distintos. 
 
Exemplo: Decreto do prefeito referendado pelo secretário. 
 
Composto: manifestação de dois ou mais órgãos, em que um edita o ato principal e o outro será 
acessório. Como se nota, é composto por dois atos, geralmente decorrentes do mesmo órgão público, 
em patamar de desigualdade, de modo que o segundo ato deve contar com o que ocorrer com o primeiro. 
Exemplo: nomeação de ministro do Superior Tribunal feito pelo Presidente da República e que 
depende de aprovação do Senado. A nomeação é o ato principal e a aprovação o acessório. 
 
Quanto a manifestação de vontade: 
 
Atos unilaterais: Dependem de apenas a vontade de uma das partes. Exemplo: licença 
 
Atos bilaterais: Dependem da anuência de ambas as partes. Exemplo: contrato administrativo; 
 
Atos multilaterais: Dependem da vontade de várias partes. Exemplo: convênios. 
 
Quanto aos destinatários 
 
Gerais: os atos gerais tem a finalidade de normatizar suas relações e regulam uma situação jurídica 
que abrange um número indeterminado de pessoas, portanto abrange todas as pessoas que se 
encontram na mesma situação, por tratar-se de imposição geral e abstrata para determinada relação. 
Esses atos dependem de publicação para que possam produzir efeitos e devem prevalecer sobre a 
vontade individual. 
 
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. 11 
Exemplo: a Administração cria uma norma interna para que os servidores se reúnam todas as 
segundas com o chefe. Como se percebe, o ato não individualiza nenhum sujeito específico, e será 
aplicado de forma ampla a todos aqueles que estiverem nesse local. 
 
Individuais: são aqueles destinados a um destinatário certo, impondo a norma abstrata ao caso 
concreto. Nesse momento, seus destinatários são individualizados,pois a norma é geral restringindo seu 
âmbito de atuação. 
Não se fala em atividade em geral, mas sim de modo específico de quais agentes devem se submeter 
às disposições da conduta. 
 
Exemplo: promoção de servidor público 
 
Quanto à supremacia do poder público: 
 
- Atos de império: Atos onde o poder público age de forma imperativa sobre os administrados, 
impondo-lhes obrigações. Exemplos de atos de império: A desapropriação e a interdição de atividades. 
A Administração Pública atua com prerrogativa de poder público, valendo-se da supremacia do 
interesse público sobre o privado. Aqui, o poder público impõe obrigações, aplica penalidades, sem que 
se tenha que recorrer aos meios judiciais, em razão da aplicação das regras que exorbitam o direito 
privado, em prol do interesse da coletividade. 
 
Se os atos praticados contrariarem às normas vigentes, eles poderão ser anulados pela Administração 
ou pelo Judiciário, podendo ainda ocorrer a sua revogação por motivos de interesse público, se forem 
justificadas devidamente. 
 
Exemplo: autos de infração, por descumprimento das normas de trânsito. 
 
- Atos de gestão: são aqueles realizados pelo poder público, sem as prerrogativas do Estado, sendo 
que a Administração irá atuar em situação de igualdade com o particuar. Nesses casos, a atividade será 
regulada pelo direito privado, de modo que o Estado não irá se valer das prerrogativas que tenham relação 
com a supremacia do interesse público. 
Trata-se de condutas que não restringem ou ainda que não admitem que o ente estatal possa se valer 
dos meios coercitivos para que haja uma execuão. 
 
Exemplo: a alienação de um imóvel público inservível. 
 
- Atos de expediente: São aqueles destinados a dar andamento aos processos e papéis que tramitam 
no interior das repartições. Os atos de gestão (praticados sob o regime de direito privado). 
 
Exemplo: contratos de locação em que a Administração é locatária) não são atos administrativos, mas 
são atos da Administração. Para os autores que consideram o ato administrativo de forma ampla 
(qualquer ato que seja da administração como sendo administrativo), os atos de gestão são atos 
administrativos. 
 
Quanto à natureza do ato: 
 
- Atos-regra: Traçam regras gerais (regulamentos). 
 
- Atos subjetivos: Referem-se a situações concretas, de sujeito determinado. 
 
- Atos-condição: Somente surte efeitos caso determinada condição se cumpra. 
 
Quanto ao regramento: 
 
- Atos vinculados: Possui todos seus elementos determinados em lei, não existindo possibilidade de 
apreciação por parte do administrador quanto à oportunidade ou à conveniência. Cabe ao administrador 
apenas a verificação da existência de todos os elementos expressos em lei para a prática do ato. Caso 
todos os elementos estejam presentes, o administrador é obrigado a praticar o ato administrativo; caso 
contrário, ele estará proibido da prática do ato. 
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- Atos discricionários: O administrador pode decidir sobre o motivo e sobre o objeto do ato, devendo 
pautar suas escolhas de acordo com as razões de oportunidade e conveniência. A discricionariedade é 
sempre concedida por lei e deve sempre estar em acordo com o princípio da finalidade pública. O poder 
judiciário não pode avaliar as razões de conveniência e oportunidade (mérito), apenas a legalidade, os 
motivos e o conteúdo ou objeto do ato. 
 
Quanto aos efeitos: 
 
- Constitutivo: Gera uma nova situação jurídica aos destinatários. Pode ser outorgado um novo direito, 
como permissão de uso de bem público, ou impondo uma obrigação, como cumprir um período de 
suspensão. 
 
Exemplo: autorização para usode bem público a um particular que pretende montar um show na 
cidade. 
 
- Declaratório: Simplesmente afirma ou declara uma situação já existente, seja de fato ou de direito. 
Não cria, transfere ou extingue a situação existente, apenas a reconhece. Também é dito enunciativo. É 
o caso da expedição de uma certidão de tempo de serviço. 
 
- Modificativo: Altera a situação já existente, sem que seja extinta, não retirando direitos ou 
obrigações. A alteração do horário de atendimento da repartição é exemplo desse tipo de ato. 
 
- Extintivo: Pode também ser chamado desconstitutivo, é o ato que põe termo a um direito ou dever 
existente. Cite-se a demissão do servidor público. 
 
Quanto à abrangência dos efeitos: 
 
- Internos: Destinados a produzir seus efeitos no âmbito interno da Administração Pública, não 
atingindo terceiros, como as circulares e pareceres. 
Via de regra, não dependem de publicação oficial, tendo em vista sua destinação interna aqueles que 
estão vinculados à estrutura da entidades. 
 
Exemplo: circular que exige que os servidores usem sapatos pretos fechados. 
 
- Externos: Têm como destinatárias pessoas além da Administração Pública, e, portanto, necessitam 
de publicidade para que produzam adequadamente seus efeitos. 
 
Exemplos: a fixação do horário de atendimento e a ocupação de bem privado pela Administração 
Pública. 
 
Quanto à validade: 
 
- Válido: É o que atende a todos os requisitos legais: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. 
Pode estar perfeito, pronto para produzir seus efeitos ou estar pendente de evento futuro. 
 
- Nulo: É o que nasce com vício insanável, ou seja, um defeito que não pode ser corrigido. Não produz 
qualquer efeito entre as partes. No entanto, em face dos atributos dos atos administrativos, ele deve ser 
observado até que haja decisão, seja administrativa, seja judicial, declarando sua nulidade, que terá efeito 
retroativo, ex tunc, entre as partes. Por outro lado, deverão ser respeitados os direitos de terceiros de 
boa-fé que tenham sido atingidos pelo ato nulo. 
Cite-se a nomeação de um candidato que não tenha nível superior para um cargo que o exija. A partir 
do reconhecimento do erro, o ato é anulado desde sua origem. Porém, as ações legais eventualmente 
praticadas por ele, durante o período em que atuou, permanecerão válidas. 
 
- Anulável: É o ato que contém defeitos, porém, que podem ser sanados, convalidados. Ressalte-se 
que, se mantido o defeito, o ato será nulo; se corrigido, poderá ser "salvo" e passar a ser válido. Atente-
se que nem todos os defeitos são sanáveis, mas sim aqueles expressamente previstos em lei. 
 
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- Inexistente: É aquele que apenas aparenta ser um ato administrativo, mas falta a manifestação de 
vontade da Administração Pública. São produzidos por alguém que se faz passar por agente público, sem 
sê-lo, ou que contém um objeto juridicamente impossível. 
Os atos inexistentes não podem ser convalidados, sendo que os seus efeitos que já foram produzidos, 
não poderão ser ressalvados, ,mesmo que em relação aos destinatários de boa-fé. 
 
Exemplo do primeiro caso é a multa emitida por falso policial; do segundo, a ordem para matar alguém. 
 
Quanto à exequibilidade: 
 
- Perfeito: É aquele que completou seu processo de formação, estando apto a produzir seus efeitos. 
Perfeição não se confunde com validade. Esta é a adequação do ato à lei; a perfeição refere-se às 
etapas de sua formação. 
 
- Imperfeito: Não completou seu processo de formação, portanto, não está apto a produzir seus 
efeitos, faltando, por exemplo, a homologação, publicação, ou outro requisito apontado pela lei. 
 
- Pendente: Para produzir seus efeitos, sujeita-se a condição ou termo, mas já completou seu ciclo de 
formação, estando apenas aguardando o implemento desse acessório, por isso não se confunde com o 
imperfeito. Condição é evento futuro e incerto, como o casamento. Termo é evento futuro e certo, como 
uma data específica. 
 
- Consumado: É o ato que já produziu todosos seus efeitos, nada mais havendo para realizar. 
Exemplifique-se com a exoneração ou a concessão de licença para doar sangue. 
 
ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO 
 
Existem diversas classificações que trata das espécies dos atos administrativos. Ainda considerando 
a simplicidade do presente trabalho, trataremos apenas das principais espécies apresentadas pela 
doutrina. 
Para facilitar o estudo, dividimos a análise do ato administrativo utilizando dois critérios distintos: o 
conteúdo e a forma. 
 
Quanto ao conteúdo, os atos administrativos podem ser classificados em autorização, licença, 
admissão, permissão, aprovação, homologação, parecer e visto. 
 
1. Autorização: ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta 
ao particular o uso de bem público (autorização de uso), ou a prestação de serviço público (autorização 
de serviço público), ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse 
consentimento, seriam legalmente proibidos (autorização como ato de polícia). 
 
2. Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que 
preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. A diferença entre licença e autorização é 
nítida, porque o segundo desses institutos envolve interesse, “caracterizando-se como ato discricionário, 
ao passo que a licença envolve direitos, caracterizando-se como ato vinculado”. Na autorização, o Poder 
Público aprecia, discricionariamente, a pretensão do particular em face do interesse público, para outorga 
ou não a autorização, como ocorre no caso de consentimento para porte de arma; na licença, cabe à 
autoridade tão somente verificar, em cada caso concreto, se foram preenchidos os requisitos legais 
exigidos para determinada outorga administrativa e, em caso afirmativo, expedir o ato, sem possibilidade 
de recusa; é o que se verifica na licença para construir e para dirigir veículos automotores. A autorização 
é ato constitutivo e a licença é ato declaratório de direito preexistente. 
 
3. Admissão: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que 
preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público. É ato vinculado, tendo em vista 
que os requisitos para outorga da prestação administrativa são previamente definidos, de modo que todos 
os que os satisfaçam tenham direito de obter o benefício. São exemplos a admissão nas escolas públicas, 
nos hospitais e nos estabelecimentos de assistência social. 
 
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4. Permissão: em sentido amplo, designa o ato administrativo unilateral, discricionário, gratuito ou 
oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta a execução de serviço público ou a utilização privativa 
de bem público. O seu objeto é a utilização privativa de bem público por particular ou a execução de 
serviço público. 
 
5. Aprovação: é ato unilateral e discricionário pelo qual se exerce o controle a priori ou a posteriori do 
ato administrativo. No controle a priori, equivale à autorização para a prática do ato; no controle a 
posteriori equivale ao seu referendo. É ato discricionário, porque o examina sob os aspectos de 
conveniência e oportunidade para o interesse público; por isso mesmo, constitui condição de eficácia do 
ato. 
 
6. Homologação: é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a 
legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de 
legalidade, no que se distingue da aprovação. É o caso do ato da autoridade que homologa o 
procedimento da licitação. 
 
7. Parecer: é o ato pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem opinião sobre assuntos 
técnicos ou jurídicos de sua competência. O parecer pode ser facultativo, obrigatório e vinculante. O 
parecer é facultativo quando fica a critério da Administração solicitá-lo ou não, além de não ser vinculante 
para quem o solicitou. Se foi indicado como fundamento da decisão, passará a integrá-la, por 
corresponder à própria motivação do ato. O parecer é obrigatório quando a lei o exige como pressuposto 
para a prática do ato final. A obrigatoriedade diz respeito à solicitação do parecer (o que não lhe imprime 
caráter vinculante). O parecer é vinculante quando a Administração é obrigada a solicitá-lo e a acatar a 
sua conclusão. Por exemplo, para conceder aposentadoria por invalidez, a Administração tem que ouvir 
o órgão médico oficial e não pode decidir em desconformidade com a sua decisão. Se a autoridade tiver 
dúvida ou não concordar com o parecer, deverá pedir novo parecer. Apesar do parecer ser, em regra, ato 
meramente opinativo, que não produz efeitos jurídicos, o STF tem admitido a responsabilização de 
consultores jurídicos quando o parecer for vinculante para a autoridade administrativa, desde que 
proferido com má-fé ou culpa. 
 
8. Visto: é o ato administrativo unilateral pelo qual a autoridade competente atesta a legitimidade 
formal de outro ato jurídico. Não significa concordância com o seu conteúdo, razão pela qual é incluído 
entre os atos de conhecimento, que são meros atos administrativos e não encerram manifestações de 
vontade. Exemplo de visto é o exigido para encaminhamento de requerimento de servidores subordinados 
a autoridade de superior instância; a lei normalmente impõe o visto do chefe imediato, para fins de 
conhecimento e controle formal, não equivalendo à concordância ou deferimento do seu conteúdo. 
 
Quanto à forma, os atos administrativos podem ser classificados em decreto, resolução e portaria, 
circular, despacho, alvará. 
 
1. Decretos: São atos emanados pelos chefes do Poder Executivo, tais como, prefeitos, governadores 
e o Presidente da República. Podem ser dirigidos abstratamente às pessoas em geral (decreto geral), ou 
a pessoas, ou a um grupo de pessoas determinadas. (decreto individual). O decreto geral é ato normativo, 
apresentado efeitos e conteúdos semelhantes à lei. 
 
2. Resoluções e Portarias: São atos emanados por autoridades superiores, mas não os chefes do 
Poder Executivo. Ou seja, é a forma pelo qual as autoridades de nível inferior aos Chefes do Poder 
Executivo fixam normas gerais para disciplinar conduta de seus subordinados. Embora possam produzir 
efeitos externos, as resoluções e portarias não podem contrariar os regulamentos e os regimentos, 
limitando-se a explicá-los. 
 
3. Circular: É o instrumento usado para a transmissão de ordens internas uniformes, incumbindo de 
certos serviços ou atribuições a certos funcionários. É o ato que envolve a decisão da Administração 
sobre assuntos de interesse individual ou coletivo submetido a sua apreciação. 
 
4. Despacho: Quando a administração, por meio de um despacho, aprova parecer proferido por órgão 
técnico sobre determinado assunto de interesse geral, este despacho é denominado de despacho 
normativo. O despacho normativo deverá ser observado por toda administração, valendo como solução 
para todos os casos que se encontram na mesma situação. 
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5. Alvará: é instrumento pelo qual a Administração se vale para conferir ao administrado uma licença 
ou autorização. Ou seja, é o formato pelo qual são emitidas as licenças e autorizações. Como se pode 
notar, enquanto as licenças e autorizações representam o conteúdo, o alvará representa a forma. 
 
Ainda cabe trazer ao estudo a classificação apresentada por Hely Lopes Meirelles, onde podemos 
agrupar os atos administrativos em 5 cinco tipos: 
 
a) Atos normativos: São aqueles que contém um comando geral do Executivo visando o cumprimento 
de uma lei. Podem apresentar-se com a característica de generalidade e abstração (decreto geral queregulamenta uma lei), ou individualidade e concreção (decreto de nomeação de um servidor). 
Os atos normativos se subdividem em: 
 
Regulamentos – São atos normativos posteriores aos decretos, que visam especificar as disposições 
de lei, assim como seus mandamentos legais. As leis que não forem executáveis, dependem de 
regulamentos, que não contrariem a lei originária. Já as leis auto-executáveis independem de 
regulamentos para produzir efeitos. 
 
Regulamentos executivos: são os editados para a fiel execução da lei, é um ato administrativo que não 
tem o foto de inovar o ordenamento jurídico, sendo praticado para complementar o texto legal. Os 
regulamentos executivos são atos normativos que complementam os dispositivos legais, sem que ivovem 
a ordem jurídica, com a criação de direitos e obrigações. 
 
Regulamentos autônomos: agem em substituição a lei e visam inovar o ordenamento jurídico, 
determinando normas sobre matérias não disciplinadas em previsão legislativa. Assim, podem ser 
considerados atos expedidos como substitutos da lei e não facilitadores de sua aplicação, já que são 
editados sem contemplar qualquer previsão anterior. 
 
Nosso ordenamento diverge acercada da possibilidade ou não de serem expedidos regulamentos 
autônomos, em decorrência do princípio da legalidade. 
 
Instruções normativas – Possuem previsão expressa na Constituição Federal, em seu artigo 87, inciso 
II. São atos administrativos privativos dos Ministros de Estado. 
 
Regimentos – São atos administrativos internos que emanam do poder hierárquico do Executivo ou da 
capacidade de auto-organização interna das corporações legislativas e judiciárias. Desta maneira, se 
destinam à disciplina dos sujeitos do órgão que o expediu. 
 
Resoluções – São atos administrativos inferiores aos regimentos e regulamentos, expedidos pelas 
autoridades do executivo. 
 
Deliberações – São atos normativos ou decisórios que emanam de órgãos colegiados provenientes de 
acordo com os regulamentos e regimentos das organizações coletivas. Geram direitos para seus 
beneficiários, sendo via de regra, vinculadas para a Administração. 
 
b) Atos ordinatórios: São os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta 
funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico, isto é, podem ser expedidos por chefes de 
serviços aos seus subordinados. Logo, não obrigam aos particulares. 
 
São eles: 
Instruções – orientação do subalterno pelo superior hierárquico em desempenhar determinada função; 
 
Circulares – ordem uniforme e escrita expedida para determinados funcionários ou agentes; 
 
Avisos – atos de titularidade de Ministros em relação ao Ministério; 
 
Portarias – atos emanados pelos chefes de órgãos públicos aos seus subalternos que determinam a 
realização de atos especiais ou gerais; 
 
Ofícios – comunicações oficiais que são feitas pela Administração a terceiros; 
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Despachos administrativos - decisões tomadas pela Administração. 
 
 
c) Atos negociais: São todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta 
a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições 
impostas ou consentidas pelo Poder Público. 
 
Licença – ato definitivo e vinculado (não precário) em que a Administração concede ao Administrado 
a faculdade de realizar determinada atividade. 
 
Autorização – ato discricionário e precário em que a Administração confere ao administrado a 
faculdade de exercer determinada atividade. 
 
Permissão - ato discricionário e precário em que a Administração confere ao administrado a faculdade 
de promover certa atividade nas situações determinadas por ela; 
 
Aprovação - análise pela própria administração de atividades prestadas por seus órgãos; 
 
Visto - é a declaração de legitimidade de deerminado ato praticado pela própria Administração como 
maneira de exequibilidade; 
 
Homologação - análise da conveniência e legalidade de ato praticado pelos seus órgãos como meio 
de lhe dar eficácia; 
 
Dispensa - ato administrativo que exime o particular do cumprimento de certa obrigação até então 
conferida por lei. Ex. Dispensa de prestação do serviço militar; 
 
Renúncia - ato administrativo em que o poder Público extingue de forma unilateral um direito próprio, 
liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração Pública. A sua principal 
característica é a irreversibilidade depois de consumada. 
 
d) Atos enunciativos: São todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar 
um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos 
públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo. 
 
Atestado - são atos pelos quais a Administração Pública comprova um fato ou uma situação de que 
tenha conhecimento por meio dos órgãos competentes; 
 
Certidão – tratam-se de cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos existentes em 
processos, livros ou documentos que estejam na repartição pública; 
 
Pareceres - são manifestações de órgãos técnicos referentes a assuntos submetidos à sua 
consideração. 
 
e) Atos punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela 
Administração, visando punir as infrações administrativas ou condutas irregulares de servidores ou de 
particulares perante a Administração. 
Esses atos são aplicados para aqueles que desrespeitam as disposições legais, regulamentares ou 
ordinatórias dos bens ou serviços. 
Quanto à sua atuação os atos punitivos podem ser de atuação externa e interna. Quando for interna, 
compete à Administração punir disciplinarmente seus servidores e corrigir os serviços que contenham 
defeitos, por meio de sanções previstas nos estatutos, fazendo com que se respeite as normas 
administrativas. 
 
VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE 
 
No ato vinculado, o administrador não tem liberdade para decidir quanto à atuação. A lei previamente 
estabelece um único comportamento possível a ser tomado pelo administrador no caso concreto; não 
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podendo haver juízo de valores, o administrador não poderá analisar a conveniência e a oportunidade do 
ato. 
 
Celso Antônio Bandeira de Mello dispõe que os atos vinculados seriam aqueles em que, por existir 
prévia e objetiva tipificação legal do único possível comportamento da Administração em face de situação 
igualmente prevista em termos de objetividade absoluta, a Administração, ao expedi-los, não interfere 
com apreciação subjetiva alguma. 3 
 
O ato discricionário é aquele que, editado sob o manto da lei, confere ao administrador a liberdade 
para fazer um juízo de conveniência e oportunidade. A diferença entre o ato vinculado e o ato 
discricionário está no grau de liberdade conferido ao administrador. Tanto o ato vinculado quanto o ato 
discricionário só poderão ser reapreciados pelo Judiciário no tocante à sua legalidade, pois o judiciário 
não poderá intervir no juízo de valor e oportunidade da Administração Pública. 
 
Não confundir: Ato discricionário é # de arbitrariedade. 
 
Na discricionariedade, há uma margem de escolha a ser feita, com base na lei. Por exemplo: escolher 
dentre duas modalidades de licitação, qual melhor ser adequa. Na arbitrariedade, não há a essa margem 
de escolha com base na lei. 
 
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
CASSAÇÃO: Ocorre a extinção do ato administrativo quando o administrado deixa de preencher 
condição necessária para permanência da vantagem, ou seja, o beneficiário descumpre condição 
indispensável para manutenção do ato administrativo. 
Exemplo: habilitação cassada porque o condutorficou cego.4 
 
ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO (DESFAZIMENTO): É a retirada, o desfazimento do ato 
administrativo em decorrência de sua invalidade, ou seja, é a extinção de um ato ilegal, determinada pela 
Administração ou pelo judiciário, com eficácia retroativa – ex tunc. 
A anulação pode acontecer por via judicial ou por via administrativa. Ocorrerá por via judicial quando 
alguém solicita ao Judiciário a anulação do ato. Ocorrerá por via administrativa quando a própria 
Administração expede um ato anulando o antecedente, utilizando-se do princípio da autotutela, ou seja, 
a Administração tem o poder de rever seus atos sempre que eles forem ilegais ou inconvenientes. Quando 
a anulação é feita por via administrativa, pode ser realizada de ofício ou por provocação de terceiros. 
A anulação de um ato não pode prejudicar terceiro de boa-fé. 
 
Vejamos o que consta nas Súmulas 346 e 473 do STF: 
 
SÚMULA 346 
A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
 
SÚMULA 473 
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, 
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
Um ponto muito discutido pela doutrina diz respeito é o caráter vinculado ou discricionário da anulação. 
Os que defendem que deve-se anular, embasam esse entendimento no princípio da legalidade e outros 
defender como a faculdade de invocar o princípio da predominância do interesse público sobre o 
particular. 
 
O entendimento por nós defendido, em regra, tem o dever de anular os atos ilegais. 
 
REVOGAÇÃO: É a retirada do ato administrativo em decorrência da sua inconveniência ou 
inoportunidade em face dos interesses públicos. Somente se revoga ato válido que foi praticado de acordo 
com a lei. A revogação somente poderá ser feita por via administrativa. 
 
3 Mello, Celso Antonio Bandeira de – Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 26ª edição, 2009. 
4 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4ª edição. 2014. 
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Quando se revoga um ato, diz-se que a Administração perdeu o interesse na manutenção deste, ainda 
que não exista vício que o tome. Trata-se de ato discricionário, referente ao mérito administrativo, por set 
um ato legal, todos os atos já foram produzidos de forma lícita, de modo que a revogação não irá retroagir, 
contudo mantem-se os efeitos já produzidos (ex nunc). 
 
Não há limite temporal para a revogação de atos administrativos, não se configurando a decadência, 
no prazo quinquenal, tendo em vista o entendimento que o interesse público pode ser alterado a qualquer 
tempo. 
Não existe efeito repristinatório, ou seja, a retirada do ato, por razões de conveniência e oportunidade. 
 
CONVALIDAÇÃO ou SANATÓRIA: É o ato administrativo que, com efeitos retroativos, sana vício de 
ato antecedente, de modo a torná-lo válido desde o seu nascimento, ou seja, é um ato posterior que sana 
um vício de um ato anterior, transformando-o em válido desde o momento em que foi praticado. Alguns 
autores, ao se referir à convalidação, utilizam a expressão sanatória. 
O ato convalidatório tem natureza vinculada (corrente majoritária), constitutiva, secundária, e eficácia 
ex tunc. 
Há alguns autores que não aceitam a convalidação dos atos, sustentando que os atos administrativos 
somente podem ser nulos. Os únicos atos que se ajustariam à convalidação seriam os atos anuláveis. 
Existem três formas de convalidação: 
a) Ratificação: É a convalidação feita pela própria autoridade que praticou o ato; 
b) Confirmação: É a convalidação feita por autoridade superior àquela que praticou o ato; 
c) Saneamento: É a convalidação feita por ato de terceiro, ou seja, não é feita nem por quem praticou 
o ato nem por autoridade superior. 
 
Verificado que um determinado ato é anulável, a convalidação será discricionária, ou seja, a 
Administração convalidará ou não o ato de acordo com a conveniência. Alguns autores, tendo por base 
o princípio da estabilidade das relações jurídicas, entendem que a convalidação deverá ser obrigatória, 
visto que, se houver como sanar o vício de um ato, ele deverá ser sanado. É possível, entretanto, que 
existam obstáculos ao dever de convalidar, não havendo outra alternativa senão anular o ato. 
 
Os obstáculos ao dever de convalidar são: 
 
Impugnação do ato: Se houve a impugnação, judicial ou administrativa, não há que se falar mais em 
convalidação. O dever de convalidar o ato só se afirma se ainda não houve sua impugnação. 
 
Decurso de tempo: O decurso de tempo pode gerar um obstáculo ao dever de convalidar. Se a lei 
estabelecer um prazo para a anulação administrativa, na medida em que o decurso de prazo impedir a 
anulação, o ato não poderá ser convalidado, visto que o decurso de tempo o estabilizará – o ato não 
poderá ser anulado e não haverá necessidade de sua convalidação. 
 
CONVERSÃO: Conversão é o ato administrativo que, com efeitos retroativos, sana vício de ato 
antecedente, transformando-o em ato distinto, desde o seu nascimento, ou seja, aproveita o ato 
defeituoso como ato válido de outra categoria. Exemplo: Concessão de uso sem prévia autorização 
legislativa; A concessão é transformada em permissão de uso, que não precisa de autorização legislativa, 
para que seja um ato válido – conversão. 
Não se deve confundir a convalidação com a conversão do ato administrativo. O ato nulo, embora não 
possa ser convalidado, poderá ser convertido, transformando-se em ato válido. 
 
Questões 
 
01. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2017). Sobre a revogação dos atos administrativos, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
(A) Nem todos os atos administrativos podem ser revogados. 
(B) A revogação de ato administrativo é realizada, ordinariamente, pelo Poder Judiciário, cabendo-lhe 
ainda examinar os aspectos de validade do ato revogador. 
(C) Considerando que a revogação atinge um ato que foi praticado em conformidade com a lei, seus 
efeitos são ex nunc. 
(D) Pode a Administração Pública se arrepender da revogação de determinado ato. 
(E) O fundamento jurídico da revogação reside no poder discricionário da Administração Pública 
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02. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2017). Assinale a alternativa CORRETA sobre os 
atos administrativos. 
(A) Atos individuais, também chamados de normativos, são aqueles que se voltam para a regulação 
de situações jurídicas concretas, com destinatários individualizados, como instruções normativas e 
regulamentos. 
(B) Em razão do formalismo que o caracteriza, o ato administrativo deve sempre ser escrito, sendo 
juridicamente insubsistentes comandos administrativos verbais. 
(C) Aprovação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade 
de um ato jurídico. 
(D) Tanto os atos vinculados como os atos discricionários podem ser objeto de controle pelo Poder 
Judiciário. 
(E) Os provimentos são exclusivos dos órgãos colegiados, servindo especificamente para demonstrar 
sua organização e seu funcionamento. 
 
03. (CONFERE - Assistente Administrativo VII - INSTITUTO CIDADES/2016). A anulação do ato 
administrativo: 
(A) Pode ser decretada à revelia pelo administrador público. 
(B) Pode ser decretada somente pelo poder judiciário, desde que exista base legal para isso. 
(C) Pode ser decretada tanto pelo poder judiciário como pela administração pública competente. 
(D) Não pode ser decretada em hipótese alguma, pois o ato administrativo tem força de lei. 
 
04. (TRT/14ª Região (ROe AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2016). Sobre atos 
administrativos, considere: 
I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação e revogação. 
II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento podem ser revogados. 
III. A competência para revogar é intransferível, salvo por força de lei. 
Está correto o que se afirma em 
(A) III, apenas. 
(B) I, II e III. 
(C) I e III, apenas. 
(D) I e II, apenas. 
(E) II, apenas. 
 
05. (Câmara Municipal de Atibaia/SP - Advogado – CAIP-IMES/2016). Assinale a alternativa 
incorreta. 
Os atos administrativos: 
(A) decorrem de manifestação bilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa 
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou 
impor obrigações aos administrados, apenas. 
(B) decorrem de manifestação unilateral de vontade da Administração Pública no exercício da função 
administrativa típica. 
(C) decorrem de manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa 
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou 
impor obrigações aos administrados ou a si própria. 
(D) decorrem de manifestação unilateral de vontade da Administração Pública, portanto são de 
exclusividade do Poder Executivo no exercício da função típica. Contudo, os demais poderes (Judiciário 
e Legislativo) também podem exercê-los, atipicamente. 
 
06. (Prefeitura de Goiânia/GO - Auditor de Tributos – CS-UFG/2016). Os atos administrativos, 
segundo lição de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, podem ser definidos como “manifestação ou 
declaração de vontade da administração pública, nessa qualidade, ou de particulares no exercício de 
prerrogativas públicas, que tenha por fim imediato a produção de efeitos jurídicos determinados, em 
conformidade com interesse público e sob regime predominante de direito público (2015, p. 480/481). 
Diante disso, no tocante à extinção dos atos administrativos, conclui-se que 
(A) a caducidade, que na maioria das vezes funciona como uma sanção, é a forma de extinção 
decorrente da desobediência pelo beneficiário dos requisitos outrora impostos. 
(B) a revogação é a extinção do ato quando, no âmbito da discricionariedade administrativa, tenha se 
tornado inoportuno e inconveniente. São suscetíveis de revogação, por exemplo, os atos consumados. 
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(C) a cassação ocorre quando surge novo diploma legislativo, com requisitos diferentes daqueles que 
fundamentaram a edição do ato, obstando, desse modo, a permanência dele no mundo jurídico. 
(D) a anulação é a retirada do ato, do mundo jurídico, pela constatação de um vício, sanável ou não, 
relativo à legalidade e legitimidade. Sendo o vício insanável, a anulação é obrigatória. 
 
07. (TJ/RS - Juiz de Direito Substituto – FAURGS/2016). No que se refere aos atos administrativos, 
assinale a alternativa correta. 
(A) Em face de sua competência para apreciar a legalidade de quaisquer atos administrativos para fins 
de registro, a declaração de invalidade ou anulação por vícios legais desses atos é exclusiva do Poder 
Legislativo respectivo. 
(B) O direito da Administração de anular seus próprios atos de que decorram efeitos favoráveis aos 
destinatários prescreve em 3 (três) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada 
má-fé. 
(C) A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode 
revogá-los por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
(D) Têm natureza política e são excluídos de apreciação pelo Poder Judiciário os atos administrativos 
dotados de vinculação resultantes do exercício do poder de polícia administrativa que limitam ou 
disciplinam direito, interesse ou liberdade dos administrados. 
(E) Os atos administrativos eivados de vício que os tornem ilegais somente podem ser declarados 
inválidos ou revogados pelo Poder Judiciário. 
 
08. (CNMP -Técnico do CNMP – Administração – FCC/2015). Ato administrativo é: 
(A) realização material da Administração em cumprimento de alguma decisão administrativa. 
(B) sinônimo de fato administrativo. 
(C) manifestação bilateral de poder da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por 
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar direitos e impor obrigações aos 
administrados. 
(D) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que visa impor obrigações aos 
administrados ou a si própria ou alguma realização material em cumprimento a uma decisão de si própria. 
(E) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha 
por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor 
obrigações aos administrados ou a si própria. 
 
09. (DPE/PE - Estagiário de Direito - DPE-PE/2015). São elementos do ato administrativo: 
(A) presunção de legalidade, economicidade, eficiência e motivação. 
(B) competência, forma e vinculação. 
(C) presunção de legitimidade e impessoalidade. 
(D) competência, forma, objeto, finalidade e motivo 
(E) vinculação e discricionariedade. 
 
10. (PC/CE - Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe – VUNESP/2015). São atos administrativos 
ordinatórios, entre outros, 
(A) os Decretos, os Despachos, os Regimentos e as Resoluções. 
(B) os Despachos, os Avisos, as Portarias e as Ordens de Serviço. 
(C) os Decretos, as Instruções, os Provimentos e os Regimentos. 
(D) as Instruções, as Deliberações, as Portarias e os Regulamentos. 
(E) os Regulamentos, as Instruções, os Regimentos e as Deliberações. 
 
11. (PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe – VUNESP/2015). Diz-se que os atos 
administrativos são vinculados quando 
(A) observam corretamente os princípios constitucionais da moralidade administrativa. 
(B) a lei estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de forma 
determinada. 
(C) o administrador público os pratica ultrapassando os limites regrados pelo sistema jurídico vigente. 
(D) a autoridade competente deixa de observar dispositivo constitucional obrigatório, quando deveria 
fazê-lo. 
(E) a lei estabelece várias situações passíveis de apreciação subjetiva pela autoridade competente. 
 
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12. (UFRB - Assistente em Administração – FUNRIO/2015). Quanto a seus destinatários, os atos 
administrativos se classificam em 
(A) simples e compostos. 
(B) gerais e individuais. 
(C) fechados e abertos. 
(D) unilaterais e complexos. 
(E) internos e especiais. 
 
13. (DPE/MA - Defensor Público – FCC/2015). No que tange à competência para revogar atos 
administrativos, é correto afirmar que 
(A) a revogação de atos que se sabem eivados de nulidade é possível, desde que devidamente 
motivada por razões de interesse público. 
(B) a competência para revogar é sempre delegável. 
(C) atos já exauridos podem ser revogados, desde seja expressamente atribuído efeito retroativo ao 
ato revocatório. 
(D) atos ineficazes, porque ainda não implementada condição deflagradora de sua eficácia, estão 
sujeitos à revogação. 
(E) é possível revogar atos vinculados, desde que sua edição seja de competência autoridade que 
editará o ato revocatório 
 
14. (DPE/RS - Defensor Público Sobre atos administrativos – FCC/2014) É correto afirmar: 
(A) A autoexecutoriedade é um atributo de alguns atos administrativos que autoriza a execução 
coercitiva, independente da concorrência da função jurisdicional. 
(B) A autoexecutoriedade constitui atributo dos atos administrativos negociais, que, como contratos, 
dependem da concorrência

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