Buscar

Descriminalização da Maconha

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Descriminalização da Maconha
	Em países de primeiro mundo, a maconha já é vendida em estabelecimentos licenciados com regras muito bem estabelecidas quanto a quantidade vendida, e para quem é vendido. A maior parte dos estabelecimentos, se não todos, tem como clientela, indivíduos que utilizam a maconha pelo canabidiol, fazem uso medicinal da planta.
	De acordo com dados obtidos em meados desse ano, 8% de toda a população brasileira já utilizou maconha de forma casual, isso corresponde a 1,5 milhões de pessoas. Maconha é considerada uma droga ilícita em nosso país, e acredito que deva continuar assim, por ser a principal porta de entrada à outras drogas. 	No entanto, a exemplos de países como Canadá, EUA e Alemanha, deveríamos considerar a liberação medicinal dessa planta.
	Mesmo sendo uma droga ilícita não podemos deixar de lembrar que ela também é uma planta medicinal e que o canabidiol, princípio ativo dela, tem muitos efeitos benéficos, tais como náusea e vômito de pacientes que fazem quimioterapia, dores crônicas de pessoas que sofrem com esclerose múltipla. O que dá o “barato” da maconha é o THC (tetraidrocanabiol), enquanto o que tem efeitos benéficos, é o canabidiol.
	Com os avanços da agro tecnologia, atualmente já é possível produzirmos lotes de vegetais geneticamente modificados para conterem mais de uma substância e menos de outras. Se descriminalizássemos o uso medicinal da planta, formulássemos um sistema adequado de venda e regulação, com retenção de receitas semelhantemente ao que ocorre com os opióides, controlássemos os lotes de acordo com a percentagem de canabidiol e a mínima possível de THC, estaríamos evitando milhares de processos judiciais de liberação do uso medicinal. Evitaríamos que uma mãe sofresse buscando judicialmente um alivio para as convulsões diárias do filho.
	Não estamos falando de maconha para uso recreativo, e sim de uma forma natural e medicinal de aliviarmos paliativamente os sintomas de algumas patologias. Seguindo o exemplo dos opióides, não estaríamos liberando a heroína, nem a morfina com venda livre, mas sim o medicamento morfina, com venda restrita e regularizada pela vigilância sanitária. Maconha medicinal sendo vendida regularmente, controlada pela vigilância sanitária de forma a melhorar a qualidade de vida dos pacientes, e não como alucinógeno de adolescentes.

Outros materiais