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EDUCAÇÃO ESPECIAL
PEDAGOGIA – PROF. ANA ELISABETE LOPES 
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AULA DE REVISÃO
AV2
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Educação Especial (Parecer CNE/CEB nº 13/2009)- é uma modalidade de ensino da Educação, de caráter complementar e transversal, que deve ser oferecido em todas as etapas, níveis e modalidades. Deve atender alunos com deficiências físicas, mentais, sensoriais, com transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
 
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Revisão dos paradigmas que orientam a Educação:
Escola é para todos.
Direito à diferença nas escolas.
Revisão dos processos e mecanismos de eliminação pelas diferenças.
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Discussão sobre inclusão/exclusão social- mecanismos sócio-culturais que viabilizam, dificultam ou impedem o acesso permanente aos direitos políticos, civis e sociais a todas as pessoas que compõem a sociedade. 
Efeitos da exclusão- danos ao sujeito e ao grupo social, em termos psicológicos, econômicos, políticos e culturais:
-Baixa auto-estima
-Auto-imagem negativa
-Comportamentos desviante, apático, acomodado ou agressivo como forma de resistência ou de defesa. 
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História da Educação Especial no Brasil:
Diferentes paradigmas educacionais:
paradigma médico- assistencialista
paradigma de serviços
paradigma de suportes
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Paradigma médico-assistencialista:
visava o cuidado e a proteção da pessoa com deficiência.
a pessoa era retirada do convívio social e separada de sua família.
prática de confinamento em espaços segregados: conventos, asilos, manicômios. 
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Paradigma de Serviços - século XX (após os anos 60):
Crítica ao paradigma da institucionalização devido a sua ineficiência e inadequação na recuperação ou preparação das pessoas com uma deficiência para a vida em sociedade.
Princípio de normalização- a pessoa com uma deficiência deve adquirir as condições e os padrões de comportamento mais próximos possíveis do que é socialmente determinado como normal.
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Oferta de serviços especializados- escolas especiais, entidades assistencialistas e centros de reabilitação.
Integração parcial- comportamento ou grau de aprendizado definido como padrão para o aluno poder tentar ser integrado em uma classe especial, criada dentro das escolas regulares ou em classes comuns.
Integração parcial- “sistema de cascata”.
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Paradigma de Suporte - (a partir da década de 80)- conceito de inclusão.
- garantir o acesso imediato, irrestrito e contínuo dos alunos com necessidades especiais a todos os espaços comuns da escola regular.
- oferta de uma rede de suporte e apoio para auxiliar o processo de inclusão social e educacional de todos os alunos.
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INCLUSÃO
Contexto educacional brasileiro- Década de 90/2000- nova postura da escola e da sociedade
Inclusão e o paradigma de suporte- escola regular deve propor ações que favoreçam a inclusão de todos os alunos.
Necessidade de oferecer apoio e suporte para alunos e professores no contexto da escola inclusiva.
Valorização da diversidade e respeito em relação às diferenças de todos os tipos.
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Declaração de Salamanca- 1994
Redigida por cerca de cem países reunidos em conferência internacional apoiada pela UNESCO, realizada em Salamanca, na Espanha.
Importante marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com deficiência como cidadão.
Após a Declaração de Salamanca- movimento de educação inclusiva ganha força; vários países passam a orientar suas ações tendo como base os princípios e as propostas redigidas e assinadas em comum acordo.
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A partir da décadas de 90-
 Transformações no sistema educacional brasileiro.
 Parâmetros Curriculares Nacionais (1998)- determinam “o direito ao acesso ao ensino público, preferencialmente na rede regular de ensino, a toda e qualquer criança com necessidades educacionais especiais”.
Legislação- Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96 e documentos norteadores (Resolução do CNE/CEB nº 2/2001- institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica) - ações que procuram garantir o acesso e permanência do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino comum.
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Inclusão no contexto educacional:
Educação é para todos.
A escola deverá se adaptar às particularidades de todos os alunos para concretizar a metáfora do caleidoscópio- inclusão escolar é comparada à forma de organização de um caleidoscópio, onde a diversidade de seus fragmentos em movimento cria composições únicas e harmônicas. 
Metáfora do caleidoscópio- nos faz pensar sobre a riqueza do trabalho que pode ser desenvolvido em grupos heterogêneos, onde o convívio com a diversidade humana e a diferença é valorizado e desejado como um meio de se ampliar as experiências interpessoais e de mobilizar diversificadas formas de construção de conhecimento e de interação social.
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 Deficiência física - comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grande limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.” (Brasil, 2006, p.28). 
 Documento- “Salas de Recursos Multifuncionais: Espaço de Atendimento Educacional Especializado” (MEC/SEESP, 2006)
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Atendimento Educacional Especializado – uso de recursos de Tecnologia Assistiva no ambiente escolar.
 Definição de Tecnologia Assistiva – “auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência” (Bersch, 2006, p.2).
Escola deve oferecer: 
auxílio em atividades de vida diária
 material pedagógico
 comunicação aumentativa e alternativa
 informática acessível
 acessibilidade, adaptações arquitetônicas e do mobiliário
adequação postural e mobilidade. 
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Cegueira- é compreendida como “uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente”. 
A cegueira pode ser:
congênita- quando ocorre desde o nascimento.
adquirida- ocorre após o nascimento em decorrência de diferentes causas orgânicas ou acidentais.
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Baixa visão- apresenta características variadas dependendo do tipo e da intensidade de comprometimentos das funções visuais, que podem englobar desde a capacidade de percepção da luz até a redução da acuidade e do campo visual, que interferem nas ações e no desempenho geral da pessoa (ambliopia, visão subnormal ou visão residual).
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 Processo de escolarização do aluno com cegueira ou baixa visão envolve planejamento de ações integradas entre toda comunidade escolar em relação ao processo de:
alfabetização
 aprendizagem
comunicação
Interação social
locomoção e mobilidade
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Atendimento educacional especializado:
deve ser oferecido de forma a complementar o processo de escolarização regular.
deve garantir ao aluno que necessite o ensino-aprendizado do Sistema Braille de leitura e escrita.
 deve oferecer diferentes recursos adaptados e facilitadores do processo de ensino-aprendizado, tais como: sorobã, maquetes, livro acessível, recursos tecnológicos. 
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O Sistema Braille - é um código universal de leitura e escrita utilizado por pessoas cegas, criado por Louis Braille, em 1825, na França. É constituído espacialmente a partir da combinação de seis pontos básicos, organizados em duas colunas verticais com três pontos à direita e três à esquerda, compondo uma cela básica denominada cela Braille. 
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Deficiência intelectual
- é compreendida como uma “incapacidade caracterizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, expresso em habilidades conceituais, sociais e práticas” ( Paulon & Freitas & Pinho, 2005).
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O aluno com deficiência intelectual:
 apresenta alterações e defasagens nas estruturas mentais para o conhecimento, o que acarreta dificuldades na construção de conhecimentos e na demonstração de sua capacidade cognitiva.
necessita de um espaço de ensino-aprendizado que seja facilitador e estimulador de suas potencialidades.
necessita do respeito a sua forma particular de se apropriar dos conteúdos e de participar das atividades escolares.
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Propostas educacionais devem contemplar aspectos relacionados ao:
desenvolvimento da linguagem
constituição da identidade
relações sociais
independência na locomoção
preparação para o trabalho.
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Tipo de apoio ao educando com deficiência intelectual- varia de tipo e
intensidade e depende da avaliação das habilidades adaptativas de
cada indivíduo.
Apoio é caracterizado como:
Apoio limitado- é intensivo e com tempo de duração limitado, mas não indeterminado.
Apoio extenso- é caracterizado por sua regularidade, em algumas áreas como familiar ou profissional.
Apoio generalizado- é caracterizado pela sua constância e elevada intensidade.
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Vygotsky (1896-1934)- Psicologia e Educação
 - Focar possibilidades e não a deficiência em si ou as impossibilidades dela decorrentes.
 “A educação para estas crianças deveria se basear na organização especial de suas funções e em suas características mais positivas, ao invés de se basear em seus aspectos mais deficitários”. Vygotsky (1987)
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o processo de aprendizagem se constitui no social e é mediado pelo encontro entre diferentes sujeitos, na pluralidade característica das relações humanas.
zona de desenvolvimento proximal- é preciso avaliar tanto aquilo que a criança consegue realizar sozinha quanto o que faz com a ajuda do outro para estabelecermos o nível evolutivo e de desenvolvimento da criança. Este outro tem o papel de mediador e atua como agente de seu desenvolvimento. 
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Acompanhamento na sala de recursos:
Plano de Atendimento Educacional.
Atividades que promovam o êxito do aluno, relacionadas aos seus interesses e que promovam o exercício da livre escolha diante das possibilidades existentes.
Foco no desenvolvimento da autonomia e independência do aluno frente às situações de aprendizagem.
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A Surdez:
clinicamente é compreendida como a redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons devido a fatores que afetam o aparelho auditivo. 
O grau da surdez, a idade ou estágio em que ocorreu a perda auditiva e a forma de comunicação que a pessoa utiliza precisam ser considerados no processo de construção da proposta pedagógica que atenda suas necessidades.
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Atendimento Educacional Especializado:
aluno deve freqüentar a classe regular de uma escola comum e o atendimento educacional especializado, no turno oposto à escolarização regular. 
deve oferecer apoio e suporte para o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o ensino em Libras e o ensino da Língua Portuguesa.
deve oferecer apoio e suporte para o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), o ensino em Libras e o ensino da Língua Portuguesa.
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História da educação da pessoa com surdez
Três tendências educacionais marcaram essa trajetória: 
oralista
comunicação total
bilingüismo.
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Proposta do bilingüismo:
inclusão do aluno surdo na escola regular com atendimento educacional especializado.
ensino das duas línguas distintas: Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte.
reconhece a Libras como primeira língua do surdo. 
ganha força no cenário social e educacional brasileiro, a partir do Decreto 5.626/05. Prevê a organização de turmas bilíngües, constituídas por alunos surdos e ouvintes onde as duas línguas, Libras e Língua Portuguesa são utilizadas no mesmo espaço educacional.
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Os alunos com transtornos 
globais de desenvolvimento:
“apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. 
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Incluem-se nessa definição alunos com:
 autismo clássico
síndrome de Asperger
síndrome de Rett
transtorno desintegrativo da infância (psicoses)
transtornos invasivos sem outra especificação. 
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Esses transtornos têm em comum a redução ou perda das:
habilidades sociais
da comunicação
da imaginação
a presença de padrões atípicos e/ou restritivos de comportamento e interesses.
Esse conjunto de manifestações são apresentadas pela
pessoa com TGD em intensidades e qualidades diversas.
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Objetivos funcionais devem abranger:
o desenvolvimento de habilidades sociais
habilidades na linguagem/comunicação perceptiva e expressiva
habilidades cognitivas (atenção, processamento de informações)
comportamentos adaptativos (controle do stress, independência, convívio em grupo)
habilidades sensoriais
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Processo de ensino-aprendizado do aluno com TGD :
conhecer as especificidades cognitivas, sensoriais, sociais e comportamentais do aluno com TGD.
 
atender suas características individuais criando as mediações facilitadoras de sua escolarização no ambiente inclusivo.
compreender que alunos com TGD percebem o ambiente físico e apresentam condições de aprendizado de uma forma diferenciada dos demais.
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Alterações características do TGD envolvem a
qualidade das interações sociais, da comunicação e do
comportamento do aluno em relação ao processo de
ensino-aprendizado e exigem:
atendimento educacional especializado
utilização de recursos de comunicação alternativa
mediação adequada do educador para a aprendizagem e interação social do aluno.
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Altas Habilidades:
Caracteriza-se pela elevada potencialidade de aptidões, talentos e habilidades que resultam no alto desempenho do educando em uma ou mais áreas de atividade. 
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Tipos de Altas Habilidades/superdotação:
tipo intelectual - capacidade intelectual geral
tipo acadêmico - aptidão acadêmica específica
tipo criativo - pensamento criativo ou produtivo
tipo social - capacidade de liderança
tipo talento especial artístico - talento especial para as artes
tipo psicomotor - capacidade psicomotora
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A superdotação pode existir em somente uma área da aprendizagem acadêmica ou pode ainda ser generalizada em habilidades que se manifestam através de todo o currículo escolar.
Parceria família-escola: é essencial para a avaliação correta das características, dos interesses, potencialidades e necessidades especiais do aluno com altas habilidades.
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Aprendizagem contextualizada e vinculada a oportunidades e atividades de estímulo:
 “As Altas Habilidades / Superdotação não constituem apenas um atributo do indivíduo, mas são resultantes da interação do indivíduo com seu ambiente.” 
(ALENCAR&FLEITH,2001)
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Projetos de Trabalho e a 
perspectiva da educação inclusiva:
Projetos refletem uma atitude pedagógica fundamentada numa concepção de educação que valoriza a construção de conhecimentos.
Projeto- designa o que é proposto para ser realizado e o que será feito para sua realização.
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Arte/Educação e projetos educacionais na
 perspectiva da educação inclusiva:
Compreende o potencial criador como característica de todo ser humano.
Reconhece o potencial da Arte para promover o encontro e a valorização das diferenças.
Valoriza a diversidade humana como fator positivo e facilitador da criação artística.
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Projetos em Arte/Educação na perspectiva inclusiva:
Envolve o fazer artístico, o pensar e o conhecer as linguagens artísticas.
Trabalha com o pensamento divergente.
Enfatiza a livre expressão
e o potencial criador.
Amplia as diferentes formas de interação e comunicação.
Favorece a inclusão educacional e social.
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O campo da arte é um campo aberto para todos.
“Sensibilidade não tem eficiência nem deficiência. Ela simplesmente é.”
Cecília D’Antino
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