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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FREDERICO FERNANDO FERREIRA DE ALMEIDA 
 
ADITIVOS CONTRATUAIS EM OBRAS PÚBLICAS DE UNIDADES 
BÁSICAS DE SAÚDE: UM ESTUDO DE CASO DAS SOLICITAÇÕES DE 
ADITAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA, PI 
2017 
FREDERICO FERNANDO FERREIRA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADITIVOS CONTRATUAIS EM OBRAS PÚBLICAS DE UNIDADES 
BÁSICAS DE SAÚDE: UM ESTUDO DE CASO DAS SOLICITAÇÕES DE 
ADITAMENTO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
coordenação do Curso de Engenharia Civil do Centro 
Universitário Uninovafapi como requisito parcial à 
obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. 
 
Orientador: Prof. Esp. José Soares Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A447a Almeida, Frederico Fernando Ferreira de. 
 
Aditivos contratuais em obras públicas de unidades básicas de 
saúde: um estudo de caso das solicitações de aditamento / Frederico 
Fernando Ferreira de Almeida. – Teresina: Uninovafapi, 2017. 
 
Orientador (a): Prof. Esp. José Soares Junior. Co-Orientador (a): 
Prof. Esp. David Brandão Nunes: Centro Universitário UNINOVAFAPI, 
2017. 
 
75. p.; il. 23cm. 
 
Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – UNINOVAFAPI, 
2017. 
 
 1. Obra Pública. 2. Aditivo. 3. Impacto Financeiro. I. Título. II. 
Soares Junior, José. III. Nunes, David Brandão. 
CDD 691 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS 
Figura 1 – ESTRUTURA DO PROCESSO DE LICITAÇÃO, FONTE BRASIL 2010 ......... 18 
Figura 2 – Gráfico: Valores Iniciais ......................................................................................... 34 
Figura 3 – Gráfico: Hipótese da Semelhança dos Orçamentos ................................................ 35 
Figura 4 - Gráfico: Porcentagem de representação das UBS ................................................... 36 
Figura 5 - Gráfico: Relação Quantidade com Porcentagem ..................................................... 38 
Figura 6 - Planilha de Aditivos - A .......................................................................................... 38 
Figura 7 - Planilha de Aditivos - B ........................................................................................... 39 
Figura 8 - Planilha de Aditivo (Memória de cálculo) ............................................................... 42 
Figura 9 - Gráfico: Relação entre Valores Finais de cada UBS .............................................. 60 
Figura 10 - Gráfico: Grau de impacto dos Pacotes de Serviços ............................................... 64 
Figura 11 - Gráfico: Representação das Causas dos Aditivos .................................................. 65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - UBS/DADOS .......................................................................................................... 32 
Tabela 2 - Valores Iniciais ........................................................................................................ 33 
Tabela 3 - Aditivos 1.1 ............................................................................................................. 36 
Tabela 4 - Aditivos 1.2 ............................................................................................................. 37 
Tabela 5 - Aditivos 1.3 ............................................................................................................. 37 
Tabela 6 - Aditivos UBS AA .................................................................................................... 44 
Tabela 7 - ADITIVOS UBS AA .............................................................................................. 45 
Tabela 8 - ADITIVOS UBS AA .............................................................................................. 46 
Tabela 9 -ADITIVOS UBS AA ............................................................................................... 47 
Tabela 10 - ADITIVOS UBS CVN .......................................................................................... 48 
Tabela 11 - ADITIVOS UBS CVN .......................................................................................... 49 
Tabela 12 - ADITIVOS UBS CVN .......................................................................................... 50 
Tabela 13 - ADITIVOS UBS MOCA ...................................................................................... 51 
Tabela 14 - ADITIVOS UBS MOCA ...................................................................................... 52 
Tabela 15 - ADITIVOS UBS NT ............................................................................................. 53 
Tabela 16 - ADITIVOS UBS NT ............................................................................................. 54 
Tabela 17 - ADITIVOS UBS NT ............................................................................................. 55 
Tabela 18 - ADITIVOS UBS NT ............................................................................................. 56 
Tabela 19 - ADITIVOS UBS SA ............................................................................................. 57 
Tabela 20 - ADITIVOS UBS SA ............................................................................................. 58 
Tabela 21 - ADITIVOS UBS SA ............................................................................................. 59 
Tabela 22 - Valores Finais ........................................................................................................ 60 
Tabela 23 - Resumo da Variação Provocada pelo Aditivo ....................................................... 61 
Tabela 24 - Impacto dos Pacotes de Serviços........................................................................... 63 
Tabela 25 - Impacto das Causas dos Aditivos .......................................................................... 65 
Tabela 26 - Relação entre Pacotes de Serviços e a Frequências das causas ............................. 67 
Tabela 27 - Pacotes mais Impactantes e suas Causas mais Frequentes .................................... 68 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
DNIT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES 
EPG - EMPREITADA POR PREÇO GLOBAL 
EPU - EMPREITADA POR PREÇO UNITÁRIO 
PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO 
RDC - REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO 
SINAPI - SISTEMA DE PREÇOS CUSTOS E ÍNDICES 
SISMOB - SISTEMA DE MONITORAMENTO DE OBRA 
SUS - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
TCU - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 
UBS - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE 
LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.0 - INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10 
 1.1 - PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................ 11 
 1.2 - HIPÓTESES .......................................................................................................... 12 
 1.3 - OBJETIVOS .......................................................................................................... 13 
 1.3.1 - Objetivo Geral ................................................................................................13 
 1.3.2 - Objetivos Específicos ..................................................................................... 13 
 1.4 - JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14 
2.0 - REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 17 
2.1 - LICITAÇÃO NA ENGENHARIA ........................................................................ 17 
2.2 - GESTÃO DE CONTRATOS ................................................................................ 19 
2.3 - PLANEJAMENTO ................................................................................................ 21 
2.4 - IMPREVISTOS ..................................................................................................... 22 
2.5 - PROJETO BÁSICO ............................................................................................... 23 
2.6 - ORÇAMENTO ...................................................................................................... 24 
2.7 - PROJETOS E SUAS COMPATILIZAÇÕES ....................................................... 25 
2.8 - ADITIVOS ............................................................................................................ 26 
3.0 - MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................... 27 
3.1 - PROCEDIMENTOS DE PESQUISA ................................................................... 28 
4.0 - ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................... 29 
4.1 - ASPECTOS GERAIS DO CONTRATO .............................................................. 30 
4.2 - INFORMAÇÕES RELATIVAS A CADA UBS .................................................. 32 
4.3 - ANÁLISE DETALHADA DAS PLANILHAS DE ADITIVOS .......................... 39 
4.4 - DETALHAMENTO DOS ADITIVOS ................................................................. 43 
5.0 - ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................. 60 
5.1 - IMPACTO DOS PACOTES DE SERVIÇOS ....................................................... 62 
5.2 - IMPACTO DAS CAUSAS .................................................................................... 64 
5.3 - RELAÇÃO ENTRE PACOTES DE SERVIÇOS E AS CAUSAS ....................... 66 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 69 
ANEXOS ................................................................................................................................ 71 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
A construção civil, constitui importante setor para o desenvolvimento economico do país e no 
caso do Brasil não é diferente. Ao que se refere a obras públicas, os investimentos são maciços, 
contribuindo para o crescimento de diversos setores da economia. Contudo, as obras públicas 
enfrenta problemas concernetes, dentre outras, o excesso de aditivo contratuais, que levam ao 
prolongamento dos prazos de conclusão das obras e aumento dos custos orçados. O trabalho 
trata de maneira geral, sobre o impacto dos aditivos em obras públicas, mais especificamente em 
obras, consideradas básicas, no caso foram analisadas 6 obras de unidades básicas de saúde, nas 
quais produziram 17 aditivos de valor, provocando uma variação de aproximadamente 21% no 
valor de referência licitado, montante que se mostrou significativo para obras, que não são 
consideradas complexas em comparação a obras estruturantes. Desta forma, a investigação das 
causas dos aditivos contratuais pode ser uma maneira viável de encontrar pontos estratégicos que 
levam a solução destas variações. Foram coletados dados de todos os aditivos a serem analisados, 
após a coleta, os aditivos foram classificados em 3 grupos principais: projeto, planejamento e 
imprevistos. A classificação foi feita de duas formas, uma considerando apenas a frequência de 
aditivos por cada uma das 3 causas principais e outra considerando o valor financeiro gasto em 
cada uma das causas consideradas. Após a análise da classificação, verificou-se que o item 
projeto é apontado como a principal causa de aditivos, com frequência de 98%, que resultou em 
impacto financeiro de 96% de todo o valor gasto com aditivos. Assim, foram encontradas etapas 
que exigem mais atenção do que foi dado nesse empreendimento para se construir com ainda 
mais qualidade e eficiência, minimizando a incidência de aditivos. 
 
Palavras-Chaves: Obra pública; Aditivo; Impacto financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Civil construction is an important sector for the country's economic development, and Brazil is 
no different. As far as public works are concerned, investments are massive, contributing to the 
growth of various sectors of the economy. However, public works faces problems related to, 
among others, the excess of contractual additives, which lead to the extension of deadlines for 
completion of works and increase of budgeted costs. The work deals in general with the impact 
of the additives in public works, more specifically in works, considered basic, in the case were 
analyzed 6 works of basic health units, in which they produced 17 additives of value, causing a 
variation of approximately 21 % In the reference value bid, which amount was significant for 
works, which are not considered complex compared to structuring works. In this way, the 
investigation of the causes of the contractual additives can be a viable way of finding strategic 
points that lead to the solution of these variations. Data were collected from all the additives to 
be analyzed, after the collection, the additives were classified into 3 main groups: design, 
planning and contingencies. The classification was made in two ways, one considering only the 
frequency of additives for each of the 3 main causes and another considering the financial value 
spent in each of the causes considered. After analyzing the classification, it was verified that the 
item project is indicated as the main cause of additives, with a frequency of 98%, which resulted 
in a financial impact of 96% of all the value spent with additives. Thus, steps were found that 
require more attention than was given in this project to build with even more quality and 
efficiency, minimizing the incidence of additives. 
 
 
Key words: Public work; Additive; Financial impact. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1.0 - INTRODUÇÃO 
 
As Unidades Básicas de Saúde (UBS), popularmente conhecidas como postos de 
saúde desempenham um papel central na garantia de acesso a uma saúde de qualidade. As UBS 
oferecem uma diversidade de serviços realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 
incluindo acolhimento, consultas de enfermagem, médicas e de saúde bucal, distribuição e 
administração de medicamentos, vacinas, visitas domiciliares, atividade em grupo nas escolas, 
nas associações e de educação em saúde. 
O Ministério da Saúde disponibiliza projetos de arquitetura para a construção de 
UBS no país. Com essa medida pretende-se reduzir o tempo para a conclusão das obras, bem 
como a ambiência e as condições de trabalho para os profissionais de saúde. 
Segundo o Ministério da Saúde para cada porte de UBS prevista no programa há 
um modelo arquitetônico disponível: 
 UBS de Porte I (mínimo de uma equipe de atenção básica), com área construída de cerca 
de 300 m²; 
 UBS de Porte II (mínimode duas equipes de atenção básica), com área construída de 
cerca de 415 m²; 
 UBS de Porte III (mínimo de três equipes de atenção básica), com área construída de 
cerca de 500 m²; 
 UBS de Porte IV (mínimo de quatro equipes de atenção básica), com área construída de 
cerca de 580 m². 
Juntamente com o Projeto Executivo de Arquitetura são disponibilizados o 
memorial descritivo, a planilha orientativa de serviços e as perspectivas internas e externas da 
UBS. 
De acordo com o Minitério da Saúde, os projetos foram desenvolvidos a partir de 
terrenos hipotéticos. Assim, cada município deve adequar a implantação da UBS ao lote que 
tiver disponível para sua construção, desde que esse tenha uma inclinação máxima de 3% e 
disponha de dimensões suficientes para acomodar o novo edifício deixando livres os recuos 
necessários para a circulação de veículos e pedestres, e respeitando a legislação local existente. 
A utilização desse Projeto não é obrigatória. Trata-se de uma alternativa para dar 
agilidade e promover economia de recursos, cabendo ao gestor utilizá-la ou não. 
 
11 
 
Tanto a adesão ao programa quanto o registro do andamento das obras são 
realizados pelo SISMOB (Sistema de Monitoramento de Obras), ferramenta que possibilita ao 
gestor maior controle sobre o andamento das obras e, com os registros em dia, garante a 
continuidade dos repasses realizados pelo Ministério da Saúde. 
Em obras públicas como as UBS, de Teresina, há o órgão responsável que elabora 
e desenvolve planejamentos e a gestão desses postos de saúde. Desse modo esta instituição e 
especificamente no seu setor de engenharia e arquitetura é responsável por analisar e fiscalizar 
as unidades de saúde quanto a necessidade de uma possível reforma ou ampliação. Também faz 
levantamento das demandas de uma região, quanto a escassez de atendimento, quando isto 
acontece é solicitado à administração a construção de uma nova unidade de saúde, neste caso, 
o processo é criado e passado pela apreciação da administração, setor de financias e jurídico, 
onde é avaliado segundos as Leis Orçamentarias e de Responsabilidade Fiscal e então é 
encaminhado para o setor competente onde será feito todo o procedimento técnico, como os 
estudos preliminares, elaboração do projeto arquitetônico, orçamento, ou seja, o projeto básico, 
onde então será celebrado o processo de licitação. 
Neste trabalho, são estudadas seis obras de unidades de saúde do tipo IV, 
construídas na cidade de Teresina, onde essas foram feitas com o apoio do Ministério da Saúde 
e, portanto, com suas diretrizes. Além dessas obras há também outras unidades que foram 
licitadas no mesmo lotes, mas que não farão parte neste projeto, pois para uma melhor 
identificação e levantamento dos dados foi necessário, buscar uniformizar e padronizar as 
informações e, portanto, a especificação quanto ao tipo de UBS. 
 
1.1 - PROBLEMATIZAÇÃO 
 
Este trabalho deverá apontar as causas que vêm levado a empresa, responsável pela 
construção das seis UBS em Teresina, a solicitar aditivos. Neste contexto vale destacar um 
possível problema de planejamento e gestão como também falhas nos projetos iniciais. São 
situações que Tisaka (2006) chama de “extracontratuais”. 
a) O orçamento da obra encontra-se devidamente detalhado (planilha de quantitativos e 
preços unitários) e acompanhado das composições de todos os custos unitários de seus 
serviços? 
 
12 
 
b) Houve alterações no projeto arquitetônico? O projeto básico estava devidamente 
detalhado, as soluções técnicas eram as mais adequadas para cada serviço? Houve 
incompatibilidade entre os projetos? 
c) Ocorreu casos de retrabalho por falta de comunicação entre a contratante e a empresa 
contratada? 
d) Foram constatadas situações imprevistas? 
e) A semelhança entre orçamento licitado e o orçamento da proposta vencedora, 
representam pequenas alterações? 
f) Há relação entre valor aditivado e quantidade de aditivo? 
g) Caso os valores de aditivos sejam semelhantes, isto significa que suas causas são 
também semelhantes? 
h) A ocorrência de aditivos de valor foi mais impactante em qual etapa de serviços? Quais 
serviços sofreram maiores variações? 
i) Qual a causa de maior frequência e maior impacto financeiro? 
j) Na relação serviço e causa, qual teve maior impacto de valor? 
k) Qual etapa dos serviços tanto a administração quanto a empresa contratada devem ter 
maior atenção afim de minimizar as solicitações de aditivos? 
 
1.2 - HIPÓTESES 
 
A hipótese inicial se trata de possíveis falhas na elaboração das planilhas iniciais 
(quantitativos, preço unitários, composições), alterações no projeto arquitetônico durante a 
obra, quando previsto no contrato podem ser feitos alterações de acréscimo ou diminuição do 
projeto, há casos também de falhas, deficiências e incompatibilidade dos projetos, como 
serviços com solução técnica incorreta, com detalhamento incompleto e projetos que tiveram 
que ser readaptados pois não eram compatíveis com os outros projetos, casos como a falta de 
compatibilização entre projetos de estruturas e fundações, instalações e arquitetônico. 
A ausência de “boas práticas” de gestão, tanto por parte da contratante como 
também da empresa contratada, onde essas práticas exigem, planejamento e entrosamento entre 
as partes, essa aproximação e acompanhamento mutuo evitaria que muitos problemas de 
execução ocorressem, casos como, dificuldades na interpretação do contrato e retrabalho. 
 
13 
 
Por fim, existe a matéria relacionada aos imprevistos ocorridos em obra, eventos 
que estão além do planejamento e dos projetos, sendo assim, dificilmente evitados com 
antecedência, podendo ocorrer em qualquer esfera, humana, meio ambiente, econômica, 
política e social. 
 
1.3 - OBJETIVOS 
 
1.3.1 - Objetivo Geral 
O objetivo geral desse trabalho é identificar, através de estudo de caso as causas 
que levou a uma construtora a solicitar aditamento nessas obras. 
 
1.3.2 - Objetivos Específicos 
 
 Coletar dados dos contratos, como; planilhas de aditivos, planilhas de memória de 
cálculo dos aditivos e suas justificativas e os demais anexos referentes a estas obras. 
 Analisar os orçamentos iniciais de referências e os orçamentos iniciais da empresa para 
cada UBS, de forma anônima, e suas alterações no andamento da obra. 
 Analisar os aditivos solicitados em cada obra, elaborar parâmetros de comparação das 
discrepâncias orçamentarias levantadas e de suas possíveis causas. 
 Destacar os serviços com maior número de alteração no contrato, como também aquele 
com maior valor aditivado. 
 Verificar e classificar, a fim de sistematizar as causas de cada aditivo, quanto à 
frequência e quanto valor impactado. 
 Fazer uma correlação entre os serviços aditivados e sua causa, desta forma, os resultados 
irão colaborar para que a administração pública desenvolva soluções que evitem a 
solicitação de aditivo. 
 
 
 
 
14 
 
1.4 - JUSTIFICATIVAS 
 
A construção civil constitui num dos setores da atividade econômica que fomenta 
o desenvolvimento do país, mesmo com dificuldades como, insegurança jurídica, economia 
instável, falta de técnicas e mão de obra qualificada, esta indústria é responsável por 
movimentar um grande percentual do PIB (Produto Interno Bruto) e determinar o grau de 
desenvolvimento do país. Teixeira (2010) afirma que, 
A construção civil e o desenvolvimento econômico estão intrinsecamente 
ligados, a indústria da construção promove incrementos capaz de elevar o 
crescimento econômico. Isso ocorre principalmente pela proporção do valor 
adicionado total das atividades, como também pelo efeito multiplicador de 
rendae sua interdependência estrutural. 
 
Obras públicas, são fundamentais para sociedade, tem por finalidade o investimento 
adequado dos recursos públicos destinados à satisfação das demandas sociais, políticas e 
estratégicas. Embora possa se imaginar que obras estruturantes, estas a pesar de serem mais 
representativas e alavancar grandes recurso, tem um volume financeiro menor que obras mais 
simples como postos de saúde, creches, e outra edificações de pequeno porte, ou seja, há mais 
investimento em obras comuns que em obras complexas. Logo não se devem negligenciar as 
pequenas obras, as quais em seu conjunto tem um peso considerável no orçamento público. 
O setor público figura como importante promotor da expansão na construção civil 
e enfrenta problemas concernentes, dentre outros, o excesso de aditivos que levam ao 
prolongamento dos prazos de conclusão das obras e aumento dos custos orçados. 
O gestor municipal, muitas vezes, se vê diante da escolha entre qual regime legal 
adotar nas licitações de suas obras para educação ou saúde, sejam as licitações tradicionais da 
Lei 8.666/1993, sejam as regidas pelo RDC. É importante destacar que para os casos abordados 
no decorrer deste trabalho, tem um rito regulamentado e fundamentado pela Lei 12.462/2011, 
um novo regime de licitações públicas, o Regime Diferenciado de Contratação (RDC). 
A principal vantagem da Lei 8.666/1993 é que nela há sempre a obrigação de 
elaborar o projeto básico de forma completa e precisa, enquanto que no RDC há, além dessa 
opção, a possibilidade de repassar a elaboração do projeto básico ao contratado por meio da 
contratação integrada. Um projeto básico bem elaborado reduz o risco de futuras falhas na obra 
e de obter altos preços, uma vez que, com riscos menores, as licitantes tenderão a ofertar preços 
mais competitivos. 
15 
 
Segundo GOMES (2007), com o advento da lei 8.666/1993, o menor preço passou 
a ser critério absoluto ao julgamento das propostas apresentadas pelas construtoras. 
Naturalmente, esta regra mudou substancialmente o comportamento das construtoras que 
operavam com obras públicas e a forma de competir entre as mesmas. 
GOMES (2007) também destaca que a prevalência do preço sobre os demais 
aspectos envolvidos numa obra conduziu as construtoras a orientarem seus orçamentos 
focando, acima de tudo, o preço. Consequentemente, este aspecto obriga maior atenção à 
qualidade de serviços e materiais na construção da obra pública. 
A administração pública brasileira tem uma tradição de contratação da 
execução das obras públicas que visa ao menor custo, através das licitações 
do tipo menor preço global ou menor preço unitário. É preciso salientar que 
embora vigore a cultura do menor preço, os valores originalmente contratados 
são majorados ora por aditivos, ora por superfaturamentos e sobre preços, o 
que é um contrassenso, pois se há uma priorização do menor preço na 
contratação, dever-se-ia buscar o menor preço também na execução. 
(ALBUQUERQUE, 2012) 
 
Por outro lado, o RDC traz instrumentos muito inovadores e interessantes, como a 
fase de propostas precederem a fase de habilitação, dando maior celeridade ao processo, ou a 
possibilidade de combinar modos de disputa fechado e aberto, instigando a concorrência entre 
as empresas e assim possibilitando que a administração selecione propostas mais vantajosas. 
Os fatores mais críticos para o aumento de custos nas obras são a modificação do 
escopo do projeto aliado à existência de projetos incompletos e cujas especificações são 
ausentes ou insuficientes no decorrer da obra. 
Muitos dos prejuízos financeiros são retratados em forma de aditivos. Aditivos 
contratuais são conhecidos por retratar a deficiência em partes do processo 
produtivo e na gestão durante a construção de uma obra. Tendo isso em vista, 
deve ser feito todo o esforço necessário para se evitar a necessidade de criação 
dos mesmos. Desta forma, a investigação das causas dos aditivos contratuais 
pode ser uma maneira viável de encontrar pontos estratégicos que levam a 
prejuízos. (AURIONE, PRATTI E CARVALHO, 2015). 
 
O presente trabalho apresenta um diagnóstico sobre o aumento de custos das novas 
unidades de saúde, onde estas foram licitadas no regime de contrato do tipo empreitada global, 
modalidade menor preço, mais especificamente a construção de 6 (seis), Unidades Básicas de 
Saúde do tipo IV, no município de Teresina no biênio de 2014/2015, onde todas estas constaram 
solicitações de aditivos. Tendo em vista isto, vale destacar as suas possíveis causas e as 
consequências para o patrimônio público onde esse habito de solicitar aditivo, já tão comum no 
pais, vem a destacar a falta de planejamento e gestão das obras. 
16 
 
Levando-se em conta as peculiaridades do setor de obras públicas, fica evidente a 
necessidade de uma atenção específica para o tema exposto. A fim de se obter uma noção geral 
do caso e sua dimensão para economia e desenvolvimento do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2.0 - REFERÊNCIAL TEÓRICO 
 
2.1 - LICITAÇÃO NA ENGENHARIA 
 
Os processos licitatórios são regulados por lei em obras públicas e exigem um 
processo burocrático que nem sempre acontece na construção de obras privadas. Apesar de não 
ter regulação específica, as licitações, fechamentos de contratos e aditivos da parcela privada 
da construção acabam muitas vezes por se basear nos empreendimentos públicos para que assim 
se estabeleça um parâmetro de procedimentos. 
De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU, 2013), obra pública é 
toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de bem 
público. Logo, nas obras públicas deve haver previamente um levantamento 
administrativo das necessidades da população, inclusão no plano plurianual, 
aprovação legislativa através da Lei Orçamentária, para, somente então, 
proceder-se à licitação, empenho, execução, fiscalização e entrega. Portanto, 
quando se programa uma obra pública se está cumprindo a Lei Orçamentária 
e seus gastos, os quais configuram atos administrativos vinculados (GOMES, 
2007). 
 
Como foi dito, anteriormente, este trabalho envolve obras públicas, com as quais, 
foram licitadas de acordo com o art. 12° da Lei n° 12.462, de 2011, Regime Diferenciado de 
Contratação – RDC Presencial, de regime empreitada global e tipo menor preço. Desta forma 
é importante ressaltar de forma didática todo o processo para se fazer uma obra pública, para 
que se possa compreender melhor o tema. Sendo assim destaca-se a baixo um fluxograma 
retirado de BRASIL (2010), onde a partir dele podem-se visualizar melhor as etapas do 
processo licitatório e assim poder explicar de forma mais eficiente as causas dos aditivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Figura 1 – ESTRUTURA DO PROCESSO DE LICITAÇÃO 
FONTE BRASIL 2010. 
19 
 
2.2 - GESTÃO DE CONTRATOS 
 
Em um contrato está refletida a vontade das partes, que decidiram com total 
autonomia da vontade, expressando a forma como deve ser conduzido o seu objeto. 
Tribunal de Contas da União (2017) a gestão de contratos é uma atividade dos 
órgãos que realizam obras públicas e tem por objetivo o controle, acompanhamento e 
fiscalização da execução dos contratos. Consiste em verificar se as cláusulas assumidas pelas 
partes em virtude do processo licitatório estão sendo cumpridas. Caso essas obrigações não 
sejam obedecidas, além do risco de rescisão do contrato, o gestor pode sofrer penalidades. 
Trata-se então de uma ferramenta de gestão. 
Tribunal de Contas da União (2017)fatos supervenientes, alterações das condições 
geológicas, hidrológicas, pluviométricas, mudanças de legislação, modificações dos projetos 
arquitetônicos, de instalação, de acabamento, detalhes construtivos, necessidades não previstas 
da contratante e tantos outros, estarão sempre exigindo revisões do contrato, em forma de 
pleitos, por isso a grande importância de debater o contrato, está obrigação não pode ser só por 
parte da contratada como também do contratante, afim de, cada vez mais aperfeiçoa-lo. 
Logo, para Tribunal de Contas da União (2017) uma adequada gestão de contrato é 
sem dúvida de crucial importância, seja qual for o objeto tratado e por isso, não é diferente, ao 
que se refere à licitação de obras públicas, sendo estas sempre complexas. É praticamente 
impossível que os fatos se desenvolvam exatamente dentro dos parâmetros estabelecidos, ou 
que tenham as partes conseguido antever todas as condições e detalhes que irão ocorrer durante 
o seu desenrolar. Assim sendo imprescindível para que se estabeleça o equilíbrio contratual. 
São os principais erros cometidos na gestão de contratos de obras: MORO (2016). 
 Não identificar corretamente o objeto do contrato 
 Não realizar o acompanhamento da execução da obra 
 Não acompanhar a execução financeira do contrato 
 Não estar atento ao percentual máximo de aditivo permitido para cada tipo de 
obra 
Boa prática: Leitura frequente do contrato 
 Leituras periódicas auxiliam o conhecimento profundo do contrato. 
 Pode ser feito em grupo para que todos tenham o mesmo nível de conhecimento 
e entendimento. 
 Garantir que toda a equipe possua conhecimento do contrato. 
20 
 
Empreitada por preço global (EPG) 
Tribunal de Contas da União (2017) na empreitada por preço global, a obra será 
contratada “por preço certo e total”. Tendo em vista essa definição, esse regime é indicado 
quando os quantitativos dos serviços a serem executados puderem ser definidos com precisão. 
Por essa razão, o regime de empreitada por preço global exige um detalhamento completo de 
todos os componentes da obra, a fim de que haja incerteza mínima na orçamentação da obra. 
 
Empreitada por preço unitário (EPU) 
Tribunal de Contas da União (2017) consoante a Lei de Licitações e Contratos, a 
empreitada por preço unitário consiste na execução da obra ou do serviço por preço certo de 
unidades determinadas. Disso decorre que é o regime mais indicado para obras cujos 
quantitativos não puderem ser definidos com adequada precisão. 
De modo geral, as diferenças básicas entre os regimes de empreitada por preço 
global e empreitada por preço unitário residem: 
i) Na maneira como são realizadas as medições da obra; 
ii) No risco assumido pela contratada na execução da obra, em função da diferença 
no modo de medir e pagar. 
Tribunal de Contas da União (2017) na empreitada por preço unitário, há a 
necessidade de uma fiscalização que acompanhe a execução de cada unidade de serviço. As 
medições em empreitada por preço unitário devem ser bastante detalhadas e trazer boletins que 
fundamentem com precisão essas quantidades. 
Tribunal de Contas da União (2017) já na empreitada por preço global, as medições 
são efetuadas com base em etapas de serviço, de acordo com o cronograma físico-financeiro da 
obra ou com as etapas definidas objetivamente e previamente no edital de licitação. 
Por exemplo, um edital de licitação de uma obra a ser contratada pelo regime de 
empreitada por preço global pode definir que seja pago o valor global das fundações, após a 
conclusão dessa etapa. Concluída a estrutura da obra, o valor previsto para essa etapa deverá 
ser pago, e assim sucessivamente, até a conclusão da obra. 
Por isso, na empreitada por preço global, eventuais e pequenas imprecisões nos 
quantitativos da planilha orçamentária deverão ser suportadas pelo contratado. E também em 
razão desse modo de medir e pagar uma obra sob o regime de empreitada por preço global, o 
esforço da fiscalização é menor. 
 
21 
 
2.3 – PLANEJAMENTO EM OBRAS 
 
Atualmente, vem se diversificando e ganhando grande importância o estudo do 
Planejamento de obras públicas, sendo esta apontada como principal etapa da construção civil. 
Contudo devido a conjuntura sistêmica que o país vem passando, ainda impende que essa noção 
técnica ganhe obrigatoriedade. Ou seja, o planejamento em vez de ser algo técnico é na verdade 
político. 
A deficiência do planejamento pode trazer consequências desastrosas 
para uma obra e, por extensão, para a empresa que a executa. Não são 
poucos os casos conhecidos de frustração de prazo, estouros de 
orçamentos, atrasos injustificados, indisposição do construtor com seu 
cliente (contratante) e até mesmo litígio judiciais para recuperação de 
perdas e danos. (MATTOS, 2010). 
 
MATTOS (2010) diz que a melhor maneira de minimizar esses impactos é produzir 
um planejamento lógico e racional, pois assim se dispõe de um instrumento que se baseia em 
critérios técnicos, fácil de manusear e interpretar. 
Durante muito tempo, o costume de construir sem um planejamento adequado 
prévio era comum, pois os desperdícios eram “aceitáveis”, valorizava-se aquele engenheiro 
“tocador de obra”, onde este tinha a postura de tomar decisões rápidas, apenas com base na 
experiência e na intuição. Essa pratica provou-se ser útil a curto prazo, no entanto não abrange 
seus efeitos no âmbito geral. 
Segundo MATTOS (2010) a informalidade reside no hábito de achar que o 
planejamento são ordens transmitidas pelo engenheiro de campo a seus mestres de obra. 
Procedendo-se assim, perde-se o conceito sistêmico de planejamento, com a visão de longo 
prazo sendo obstruída pelo imediatismo das atividades de curto prazo. 
Em 2006, o TCU realizou trabalho de auditoria e identificou 400 (quatrocentas) 
obras inacabadas vinculadas a órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, tais como 
Ministério da Educação, Ministério da Saúde, Ministério da Integração Nacional, Ministério da 
Ciência e Tecnologia, Ministério das Cidades, Ministério das Comunicações, Ministério do 
Turismo e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT. 
 
Para GUSMÃO (2008) a principal causa apontada para a paralisação dos referidos 
empreendimentos foi a ausência de planejamento na concepção inicial, ocasionando 
interrupções no fluxo orçamentário financeiro do projeto, contratações com projetos 
22 
 
deficientes, questionamentos por parte dos órgãos de controle e rescisões dos contratos 
celebrados. 
Com a complexidade dos empreendimentos atuais e demanda de maior 
rapidez a gestão do projeto é diretamente impactada. Por isso, a 
atividade de coordenação deve gerir o desenvolvimento dos projetos, 
independentemente da disciplina, no intuito de que todos estejam 
integrados e que erros devido a incompatibilidade entre os mesmos seja 
evitada. Contudo a problemática da ausência de interação entre os 
projetos só se agrava à medida que se tem empreendimentos mais 
complexos e mais informações a serem administradas. (AURIONE, 
PRATTI E CARVALHO, 2015). 
 
Segundo AURIONE, PRATTI E CARVALHO (2015) dessa forma, como solução 
e minimização desses problemas, alguns autores apontam a adoção de certas medidas, tais 
como: a padronização dos projetos para obter melhor eficiência e menor custo; reuniões 
periódicas de acompanhamento na obra pelos projetistas; análise das causas de atrasos de 
processos e o controle semanal por meio de checklist e planilhas. 
 
2.4 - IMPREVISTOS 
 
Segundo Pedroso (2016), de acordo com a Lei 8666/1993 os fatos imprevisíveis 
para os quais podem ser celebrados aditivos contratuais em obras públicas são os de força maior,caso fortuito, fatos do príncipe e/ou fatos da administração. 
A Teoria da Imprevisão, fundamenta-se na ocorrência de fatos imprevisíveis, 
anormais, alheios a ação dos contraentes, e que torna o contrato ruinoso para uma das partes, 
acarreta situação que não pode ser suportada unicamente pelo prejudicado, e para que haja o 
restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, há a necessidade de que 
ocorram cumulativamente os seguintes requisitos: 
 Fatos imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis; 
 Independente de vontade das partes; 
 Inevitáveis; 
 Ocorridos ou descobertos após a contratação e que causem onerosidade excessiva ao 
contrato. 
Assim, se torna relevante a posição de Tisaka (2006), sobre imprevistos em setores 
que movimentam uma diversificação muito alta de serviços. 
23 
 
As obras e serviços de construção civil estão enquadrados como indústria no 
Código Nacional de Atividades Industriais e é considerado um dos setores de 
maior risco econômico-financeiro por tratar-se de uma atividade onde seus 
custos são baseados na data da elaboração da proposta de preços e sujeitos a 
uma série de fatores previsíveis e imprevisíveis que podem alterar a equação 
econômico-financeira inicial da proposta (TISAKA, 2006). 
 
Muitas vezes existe a necessidade de alteração ou mesmo exclusão desses contratos 
diante do aparecimento de situações imprevistas. Ainda de acordo com Fiuza (2006), para tanto, 
são feitos pactos com o objetivo de fazer alterações e até mesmo o distrato para o cancelamento 
do contrato. Os pactos celebram adendos e aditivos. 
Não se pode dizer que todos os documentos técnicos serão perfeitos e com todos os 
detalhes necessários, pois durante uma obra podem ocorrer diversos imprevistos, entretanto ao 
anular possíveis erros iniciais, o transcorrer do processo terá suas modificações e divergências 
minimizadas trazendo apenas vantagens ao órgão solicitante. 
 
2.5 - PROJETO BÁSICO 
 
O projeto básico é, sem dúvida alguma, um dos elementos mais importantes tanto 
para a licitação e a contratação como para a execução de obras públicas. Nele define-se 
detalhadamente o objeto a ser licitado/ executado e seu respectivo custo. O projeto básico é tão 
importante que, como regra geral, tanto a lei de licitações (Lei 8.666/93) como a lei que instituiu 
o RDC (Lei 12.462/2011) proíbem a contratação de obras públicas sem que ele tenha sido 
devidamente elaborado e aprovado. A única exceção é a contratação integrada, que admite o 
uso do anteprojeto para se contratar a obra. 
Ao contrário do que seu nome possa sugerir projeto básico não deve ser interpretado 
como um projeto simplório ou formado por poucos elementos, mas sim como um projeto 
essencial, que vai servir de base para a contratação e execução da obra, sua definição pode ser 
expressa da seguinte forma: 
Projeto Básico é o conjunto de desenhos, memoriais descritivos, 
especificações técnicas, orçamento, cronograma e demais elementos técnicos 
necessários e suficientes à precisa caracterização da obra a ser executado, 
atendendo às Normas Técnicas e à legislação vigente, elaborado com base em 
estudos anteriores que assegurem a viabilidade e o adequado tratamento 
ambiental do empreendimento. (INSTITUTO BRASILEIRO DE 
AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS, 2006). 
 
As irregularidades causadas por projetos básicos incompletos, deficientes ou 
desatualizados são encontradas com frequência nas auditorias realizadas pelo TCU e podem 
24 
 
causar uma série de problemas seja durante a execução da obra ou após a sua conclusão, gerando 
prejuízo ao funcionamento e à durabilidade da construção. 
A lei de licitações especifica ainda que os projetos básicos devem conter os 
seguintes elementos: 
a) Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e 
identificação clara de todos os seus elementos; 
b) Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a 
minimizar a necessidade de modificações durante as fases de elaboração do projeto 
executivo e de realização das obras e montagem; 
c) Identificação de todos os serviços a executar e especificação de todos os materiais e 
equipamentos a serem utilizados; 
d) Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações 
provisórias e condições organizacionais para a obra; 
 
2.6 - ORÇAMENTO 
 
Orçamento é um documento técnico, no qual se registram as operações de cálculo 
de todos os custos da construção. Deve-se obedecer ao projeto aprovado e o estabelecido nas 
especificações técnicas, não omitindo nenhum dos serviços necessários à construção do 
empreendimento. 
O orçamento da construção tem por objetivo efetuar um estudo criterioso dos 
preços de todos os insumos integrantes da obra de modo a reduzir o grau de 
incerteza na tomada de decisão, analisando a viabilidade econômica do 
empreendimento e o retorno do investimento. Para uma construtora prestar 
serviço para o poder público é necessária a participação em licitação, devendo 
analisar os critérios exigidos para a apresentação de sua proposta. Ressalta-se 
que o preço proposto não deve ser tão baixo a ponto de não permitir lucro e 
nem tão alto a ponto de não ser competitivo na disputa com os demais 
proponentes. É essencial a avaliação do edital de publicação do objeto a ser 
licitado de modo a auxiliar no planejamento orçamentário para atingir as 
metas necessárias, garantindo a empresa maiores chances de vencer a 
concorrência. (SANTOS; SILVA; OLIVEIRA, 2012). 
 
TISAKA (2011) afirma que o orçamento ao ser elaborado, deverá conter todos os 
serviços a serem executados na obra, compreendendo o levantamento dos quantitativos físicos 
do projeto e da composição dos custos unitários de cada serviço, das leis sociais e encargos 
complementares, apresentados em planilha. 
25 
 
Em 2014 a Controladoria Geral do Estado do Acre conclui ação de 
controle referente a Projetos Básicos em Licitação de Obras de 
Engenharia e verificou que o projeto básico tem total relação com 
qualidade dos orçamentos e o número de aditivos contratuais. Dessa 
forma, percebe-se que os órgãos de controle estão atuantes. No entanto, 
é importante que a partir dessas constatações a Administração Pública 
melhore nos pontos chaves, que são planejamento e estudos 
preliminares a fim de obter projetos básicos de qualidade e orçamentos 
precisos. (ACCORSI, 2015). 
 
Vale destacar que essas obras foram realizadas com o apoio do governo federal e 
segundo, Tisaka (2006), do que se depreende do Art. 125 da LDO de 2012, todas as obras que 
receberem recursos orçamentários da União estão obrigadas a adotar valores menores ou a 
mediana dos valores da composição de custos unitários do SINAPI, independentemente serem 
obras de edificações ou de infraestrutura. 
 
2.7 - PROJETOS E SUAS COMPATIBILIZAÇÕES 
 
O projeto de edificações era composto por um projeto de arquitetura associado a 
projetos complementares, ou seja, projetos técnicos ou de engenharia. Esse arranjo tradicional 
de projetos era desenvolvido de forma isolada e desintegrada. Em contrapartida, as mudanças 
no setor contribuíram para a criação de um grande número de especialidades de projeto 
(disciplinas), imprimindo um caráter multidisciplinar ao processo de projeto. (JÚNIOR; 2013). 
Conforme se depreende dos dispositivos legais transcritos, não obstante a 
elaboração de um projeto básico nos moldes legais, com nível de detalhamento 
adequado, prorrogações dos prazos de obra previstos em contrato existem, seja 
por responsabilidade do contratante ou alteração de projeto, seja por motivos 
alheios às vontades das partes, comocaso fortuito ou força maior. As 
mudanças existentes de escopo contratual são comuns em todos os contratos 
e até esperadas, principalmente em se tratando de contratos de grandes 
construções de engenharia. A princípio, não há irregularidade nessas 
mudanças. Tanto é que a própria Lei de Licitações trata da matéria, 
regulamentando-a. (ANDRADA, 2007). 
 
Ao longo das etapas de projetos e execução, devido à falta de uma eficaz 
coordenação de atividades uma grande quantidade de informações geradas é perdida. 
Consequentemente, este fato resulta em uma série de serviços refeitos e alterações improvisadas 
decorrentes de projetos não compatibilizados, com ausência de detalhes, e ao mesmo tempo, as 
decisões são tomadas por pessoas não capacitadas ou em momentos inadequados. (AURIONE, 
PRATTI E CARVALHO, 2015). 
26 
 
2.8 – ADITIVOS EM OBRAS PÚBLICAS 
 
Segundo Rasmussen (2013) o aditivo de contrato é o instrumento jurídico utilizado 
para que se possa alterar limites de tempo e de serviço, sem que haja a necessidade de rescisão 
de contrato e da elaboração de um novo processo licitatório. 
Aditivos contratuais são extensões dos contratos previamente assinados em 
que se altera, cria ou extingue uma ou algumas cláusulas contratuais com 
concordância de ambas as partes. O estudo desses aditivos e a identificação 
da origem dos mesmos se faz importante pelo impacto financeiro e no 
cronograma da obra que esses aditivos podem representar. (AURIONE, 
PRATTI E CARVALHO, 2015) 
 
A lei de licitações não prevê limites para os aditivos de prazo, os mesmos apenas 
têm que atender aos critérios dispostos pela mesma. 
Já para valores, a Lei 8666/1993 estabelece limites que os contratos devem seguir 
para alterações contratuais, sendo de 25% de acréscimo ou de supressão para obras e serviços 
de engenharia e de 50% para reforma de edifício ou de equipamento, ainda de acordo com a 
mesma lei, supressões de comum acordo entre as partes não são limitadas. 
TISAKA (2011) ainda afirma que termos aditivos específicos devem ser realizados 
quando da ocorrência de fatos absolutamente imprevisíveis e extraordinários e que provoquem 
o desequilíbrio da equação econômico-financeira do contrato inicial. 
TISAKA (2011) afirma que aditivos contratuais em licitações de obras públicas 
ocorrem principalmente pela ineficácia de planejamento nos órgãos públicos, pela má qualidade 
dos projetos básicos contratados pelos mesmos, por deficientes critérios de orçamentação 
estabelecidos pelo governo, porque em alguns casos a própria administração acaba não 
cumprindo disposições normativas e legais, pela demora na liberação das áreas para a execução 
das obras, por restrições ambientais não previstas oportunamente e por aumento excessivo dos 
preços dos insumos no mercado. 
 
 
 
 
 
27 
 
3.0 - MATÉRIAIS E MÉTODOS 
 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa exploratória do tipo estudo de caso. O 
estudo envolveu uma análise quantitativa de aditivos de valor dessas obras ao longo de dois 
anos. 
São analisadas seis (6) obras de Unidades Básicas de Saúde tipo IV, licitadas pela 
prefeitura municipal de Teresina, através do seu órgão competente, no período de janeiro de 
2014 a dezembro de 2015. Vale destacar que os recursos para estas obras também provem da 
parceria do município com o governo federal, através do termo de convênio. 
A pesquisa irá focar nas causas das solicitações de aditivos por parte da construtora 
e para isso, são reunidos dados e informações referentes a esse tema. 
Os temas abordados foram; contratos, planejamento, projeto básico e aditivos. É 
importante frisar que todos esses temas serão voltados para caracterizar a circunstância da 
formalização de um aditivo. Por isso serão investigados e analisados os contratos firmados. 
Tendo em vista um restrito campo de pesquisa bibliográfica a cerca deste tema, para 
uma melhor analise, o método visou proporcionar, a partir de uma expressiva quantidade de 
informações, a classificação, a frequência e o impacto financeiro das causas das solicitações de 
aditivos. 
Conciliar as informações comuns aos contratos e agrupa-las. Ao final da pesquisa 
e elaboração dos gráficos das ocorrências dos tipos de aditivos, deverá se destacar as principais 
solicitações e estas serão estudadas especificamente para uma melhor compreensão de sua causa 
e consequência ao patrimônio público. 
Os dados levantados para a pesquisa, são; contrato, e toda sua conjuntura, o edital 
de licitação, comparação entre os orçamentos inicial e da proposta vencedora e os orçamentos 
finais, planilhas de aditivos em conjunto com memória de cálculo e justificativa de cada aditivo. 
Logo o contrato de licitação como um todo, estas informações proporcionaram um caráter 
cientifico ao trabalho. 
Para isso foi, necessario a requisição destas informações junto ao orgão competente, 
atraves de um processo de solicitação, dado entrada junto ao protocolo desse orgão, conforme 
o anexo A. 
De posse destas informações, montou-se planilhas onde procurou-se organizar os 
aditivos de cada UBS, para isso foram criadas planilhas para cada UBS, discriminando os 
principais fatores relevantes ao tema abordado. 
28 
 
Inicialmente, destaca-se as principais informações do contrato da licitação, 
posteriormente, é reunido as informações sobre os valores iniciais, ou seja, os orçamentos de 
referencias, os valores das propostas vencedoras, as quantidades de aditvos, os valores 
aditivados de cada UBS e o somatorio destes valores. Em seguida, é detalhado cada aditivo, 
classificando os serviços aditivados quanto a sua causa, e por fim, demonstra-se os resultados 
obtidos na pesquisa destes aditivos, com o foco em apresentar os serviços e as causas de maior 
impacto e a relação entre eles, afim de desenvolver uma solução eficaz para minimizar estes 
eventos. 
Limitações da pesquisa: O estudo ira somente classificar como consequência 
quanto à onerosidade. 
 
 
3.1 - PROCEDIMENTOS DE PESQUISA 
 
Com acesso ao contrato de licitação das obras, primeiramente foi feito um 
levantamento dos aspectos mais importantes contidos no contrato, montando uma lista, cuja, 
especifica a contratante, a empresa contratada, BDI, tipo do contrato, regime do contrato, 
modalidade do contrato, valor do contrato, objeto a ser licitada, natureza dos recursos e data da 
ordem de serviço. 
Afim de manter anônimos, como foi solicitado, tanto a contratante como também a 
empresa contratada estão mantidas em sigilo, vale destacar também que as UBS estudadas terão 
seus nomes também substituídos por pseudônimos. 
Ao se obter as planilhas de aditivos, o primeiro a ser feito, é a pesquisa dos serviços 
aditivados, observando a quantidade, o valor e sua porcentagem. Esta verificação, exigiu a 
elaboração de planilhas para cada UBS, onde procurou-se discriminar os principais pacotes de 
serviços do orçamento, destacando seu valor da proposta vencedora, o valor de cada aditivo e 
a porcentagem destes e por fim a relação de cada valor aditivado com o valor total aditivado, 
em forma de porcentagem. Estes dados, possibilitaram analisar de forma especifica onde os 
aditivos tem maior impacto. 
Foram obtidos também as justificativas de cada subpacotes de serviços, estes dados 
foram agrupados e classificados para facilitar a análise das causas que abrange três categorias 
principais: 
29 
 
 Projeto: quando o aditivo poderia ter sido evitado durante a elaboração do projeto, 
ou foi causado por uma falha na elaboração do mesmo; 
Para a causa relacionada a Projetos, a análise levou a uma nova subdivisão nos itens: 
 Projeto incompleto; 
 Projeto com linguagem incorreta; 
 Projetocom incompatibilidades 
 Projeto com solução incorreta 
 Planejamento: quando uma falha no planejamento da obra desencadeou o aditivo 
e poderia ter sido evitado; 
 Imprevistos: um custo gerado que não poderia ter sido previsto ou evitado 
Um total de 16 aditivos de valor foram identificados e cada um foi analisado quanto 
aos itens: 
 UBS estudada; 
 Número do Aditivo; 
 Discriminação do Pacote de Serviço; 
 Classificação da causa do aditivo; 
 Valor do aditivo de cada pacote de serviços; 
 Relação do valor do aditivo com o valor total aditivado em cada aditivo da UBS 
estudada; 
 Valor total do aditivo analisado; 
 Porcentagem do aditivo em relação ao preço proposto; 
Para análise do impacto financeiro, cada UBS foi investigado separadamente. Para 
esta análise foram considerados os quantitativos de frequência e seu percentual de impacto no 
custo. 
Por fim, as análises indicam as principais causas e impactos financeiros dos aditivos 
contratuais. 
 
4.0 - ANÁLISE DOS DADOS 
 
Nesta etapa são apresentados os dados obtidos no estudo de caso. Primeiramente, 
serão exibidos os dados relativos ao contrato estudado, apresentando seus principais aspectos, 
30 
 
em seguida as informações relativas a cada UBS e os valores que as respectivas representam, 
por meio de tabelas e gráficos. 
 
4.1 - ASPECTOS GERAIS DO CONTRATO 
CONTRANTE: (FUNDA), pessoa jurídica de direito público da administração 
indireta da prefeitura Municipal de Teresina. 
CONTRATADA: EMPRESA (ECP) 
TIPO DO CONTRATO: REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES – 
RDC PRESENCIAL 
REGIME DE CONTRATO: EMPREITADA GLOBAL 
MODALIDADE DO CONTRATO: MAIOR DESCONTO 
VALOR DO CONTRATO - REFERENTE AO LOTE III: R$ 7.260.027,37 
BDI (BENEFÍCOS E DESPESAS INDIRETAS): 20,00% 
 
OBJETO DO CONTRATO: 
A execução de obras de construção de Unidades básicas de Saúde Tipo IV, em 
diversos bairros de Teresina – PI, descritas em Lote: 
LOTE III: 
UBS AA... ..................................................... .............................TÉC. RESP. 01 
UBS CVN ..................................................... .............................TÉC. RESP. 01 
UBS MOCA ................................................. .............................TÉC. RESP. 02 
UBS NT ........................................................ .............................TÉC. RESP. 02 
UBS AS ........................................................ .............................TÉC. RESP. 03 
UBS SAT ...................................................... .............................TÉC. RESP. 04 
UBS CRISTO ............................................... .....(NÃO CONSTARÁ NO TCC) 
UBS MEMO.......................................................(NÃO CONSTARÁ NO TCC) 
UBS REAL ................................................... .....(NÃO CONSTARÁ NO TCC) 
OBS 1: Os pseudônimos são utilizados para facilitar a organização do trabalho. 
OBS 2: Existem vários técnicos responsáveis por cada UBS ou conjunto de UBS. 
NATUREZA DOS RECURSOS: 
FONTES DE RECURSOS: Oriunda de convênio com o governo federal 
31 
 
 Transferências Federais – 212 
 Tesouro Municipal – 102 
 FUNDA – 214 
CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTARIAS: 
 Melhorias / Construção de Unidades de Saúde – FONTE 212 
 Administração da (FUNDA) – FONTE 102 
 Construção de Unidades Básicas de Saúde – FONTE 214 
 
PRAZO PREVISTO PARA ENTREGA DAS OBRAS – 180 DIAS, contados a 
partir da data de recebimento pela contratada, da Ordem de Serviço emitida pela (FUNDA). 
 
ORDEM DE SERVIÇO: 
 DATA DE EMISSÃO; 23/05/2014. 
 DATA DE RECEBIDO; 28/05/2014. 
 
De forma resumida, tem-se constatado os valores de referência, proposta vencedora, 
defletor, a diferença entre esses valores, as quantidades de aditivos valores, assim como também 
o valor total da obra, para que possa se dar início ao estudo de cada UBS. Pode ser visto na 
tabela 1.0 – UBS/DADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
4.2 - INFORMAÇÕES RELATIVAS A CADA UBS 
Tabela 1 - UBS/DADOS 
UBS/DADOS UBS AA UBS CVN UBS MOCA UBS NT UBS S A UBS SAT TOTAL 
Valor de 
Referência 
C/ (BDI) 
 R$ 
789.073,10 
 R$ 
795.457,84 
 R$ 
843.568,98 
 R$ 
851.607,73 
 R$ 
789.314,32 
 R$ 
803.223,01 
 R$ 
4.069.021,97 
Valor da 
Proposta 
Vencedora 
S/ (BDI) 
 R$ 
657.428,63 
 R$ 
662.749,25 
 R$ 
673.601,94 
 R$ 
680.043,22 
 R$ 
657.629,67 
 R$ 
669.191,07 
 R$ 
3.331.452,71 
Valor da 
Proposta 
Vencedora 
C/ (BDI) 
 R$ 
788.914,36 
 R$ 
795.299,10 
 R$ 
808.322,33 
 R$ 
816.051,86 
 R$ 
789.155,60 
 R$ 
803.029,28 
 R$ 
3.997.743,25 
Defletor 0,999798822 0,999800442 0,958217226 0,95824854 0,999798919 0,999758814 - 
Diferença 
entre Valor 
do Contrato 
e Proposta 
Vencedora 
 R$ 158,74 R$ 158,74 
 R$ 
35.246,65 
 R$ 
35.555,87 
 R$ 158,72 R$ 193,73 
 R$ 
71.278,72 
Número de 
Aditivos de 
Valor 
4 3 2 4 3 1 16 
Valor Total 
Aditivado 
Sem (BDI) 
 R$ 
164.065,60 
 R$ 
81.103,89 
 R$ 
163.003,59 
 R$ 
133.545,79 
 R$ 
157.747,81 
 R$ 
214.518,06 
 R$ 
699.466,68 
Valor total 
Aditivado 
Com (BDI) 
 R$ 
196.878,72 
 R$ 
97.324,67 
 R$ 
195.604,31 
 R$ 
160.254,94 
 R$ 
189.297,38 
 R$ 
257.421,67 
 R$ 
839.360,01 
Porcentagem 
Total de 
Aditivos de 
Valor 
24,96% 12,24% 24,20% 19,64% 24,00% 32,06% - 
Valor Total 
da Obra com 
Aditivos S/ 
(BDI) 
 R$ 
821.494,23 
 R$ 
743.853,14 
 R$ 
836.605,53 
 R$ 
813.589,01 
 R$ 
815.377,48 
 R$ 
883.709,13 
 R$ 
4.030.919,39 
Valor Total 
da Obra com 
Aditivos C/ 
(BDI) 
 R$ 
985.793,07 
 R$ 
892.623,77 
 R$ 
1.003.926,64 
 R$ 
976.306,81 
 R$ 
978.452,98 
 R$ 
1.060.450,96 
 R$ 
4.837.103,27 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
Uma observação a ser feita a respeito da UBS SAT. Como pode ser visto, sua 
porcentagem total de aditivo de valor foi de 32,06%, valor este superior ao valor limite de 
25,00% determinado pela lei 8666/93. Ao se estudar as planilhas de aditivos desta unidade, 
foram constatados erros que provocaram alterações no valor final. Tais erros se justificam pelo 
fato, do responsável técnico somar os valores suprimidos aos valores aditivados, provocando 
uma distorção no somatório dos aditivos, ou seja, os valores suprimidos não deveriam ter sido 
33 
 
somados aos valores aditivados. Este equívoco, só foi percebido, quando foram somados apenas 
os valores aditivados, resultando em valores superiores aos que constavam na planilha 
disponibilizada pela FUNDA. 
Tendo em vista, esta situação a UBS SAT, é estuda de forma resumida, destacando 
a penas seus valores iniciais e proposta vencedora, por conta disso, também deve-se observar 
que os valores totais da tabela 1.0, estão suprimidos, ou seja, não contem os valores da UBS 
SAT. É importante salientar a causa daquele equívoco. Uma possível causa, falta de treinamento 
técnico aos profissionais responsáveis pela elaboração das planilhas orçamentarias. 
A respeito dos valores iniciais destas UBS, montou-se uma tabela específica, com 
o propósito de compara-los, afim de traçar a hipótese dos valores semelhantes, que será 
verificada mais adiante. 
Tabela 2 - Valores Iniciais 
UBS 
Valor de 
Referência C/ 
(BDI) 
Valor da Proposta 
Vencedora C/ 
(BDI) 
DIFERENÇA 
UBS AA R$ 789.073,10 R$ 788.914,36 R$ 158,74 
UBS CVN R$ 795.457,84 R$ 795.299,10 R$ 158,74 
UBS MOCA R$ 843.568,98 R$ 808.322,33 R$ 35.246,65 
UBS NT R$ 851.607,73 R$ 816.051,86 R$ 35.555,87 
UBS S A R$789.314,32 R$ 789.155,60 R$ 158,72 
UBS SAT R$ 803.223,01 R$ 803.029,28 R$ 193,73 
TOTAL R$ 4.872.244,98 R$ 4.800.772,54 R$ 71.472,44 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
Nesta tabela, considera-se os valores da UBS SAT, pois estes valores não estão 
incorretos, porém segue a diretriz de não considerar esta UBS, ao que se refere ao tema aditivo, 
portanto nota-se que os valores totais da Tabela 2 são diferentes da Tabela 1. 
34 
 
Figura 2 – Gráfico: Valores Iniciais 
 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
Através da figura 2 – Gráfico: Valores Iniciais, percebe-se que houve pequenos 
decréscimos em relação ao valor de referência e o valor da proposta vencedora, as únicas UBS 
com variações expressivas são as UBS MOCA e UBS NT. Vale destacar a hipótese, que 
variações pequenas significa orçamentos semelhantes e, portanto, alterações pequenas. O 
gráfico a baixo foi montado para análise desta hipótese, onde os valores listados a esquerda são 
as diferenças e os valores listados a direita são os aditivos. 
 
R
$
7
8
9
.0
7
3
,1
0
 
R
$
7
9
5
.4
5
7
,8
4
 
R
$
8
4
3
.5
6
8
,9
8
 
R
$
8
5
1
.6
0
7
,7
3
 
R
$
7
8
9
.3
1
4
,3
2
 
R
$
8
0
3
.2
2
3
,0
1
 
R
$
7
8
8
.9
1
4
,3
8
 
R
$
7
9
5
.2
9
9
,1
0
 
R
$
8
0
8
.3
2
2
,3
9
 
R
$
8
1
6
.0
5
1
,8
6
 
R
$
7
8
9
.1
5
5
,6
0
 
R
$
8
0
3
.0
2
9
,2
8
 
U B S A A U B S C V N U B S M O C A U B S N T U B S S A U B S S A T
VALORES INICIAISORÇAMENTO INICIAL (R$) PROPOSTA VENCEDORA (R$)
35 
 
Figura 3 – Gráfico: Hipótese da Semelhança dos Orçamentos 
 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
Observando a figura 3 - Gráfico: Hipótese da Semelhança dos Orçamentos, fica 
nítido que não há correlação, entre valor inicial orçado com valor da proposta vencedora, no 
que diz respeito a sua variação no decorrer da obra, ou seja, mesmo o valor da proposta 
vencedora seja próximo ao valor de referência, ainda sim houve grandes alterações, como é o 
caso das UBS AA, UBS CVN e UBS S A. 
A partir dos dados da tabela 1 pode-se determinar outros parâmetros, como; qual 
UBS de maior valor aditivado, maior porcentagem de aditivo e quantidade de aditivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
R$158,72 R$158,74 
R$35.246,59 R$35.555,87 
R$158,72 R$193,73 
R$203.130,77 
R$97.324,67 
R$195.604,31 
R$159.232,22 
R$190.745,96 
R$257.421,67 
 R$-
 R$50.000,00
 R$100.000,00
 R$150.000,00
 R$200.000,00
 R$250.000,00
 R$300.000,00
 R$-
 R$5.000,00
 R$10.000,00
 R$15.000,00
 R$20.000,00
 R$25.000,00
 R$30.000,00
 R$35.000,00
 R$40.000,00
UBS AA UBS CVN UBS MOCA UBS NT UBS S A UBS SAT
DIFERENÇA ADITIVO
36 
 
Tabela 3 - Aditivos 1.1 
ADITIVOS 1.1 
UBS 
Valor Total Aditivado Com 
(BDI) 
Porcentagem Total de 
Aditivos de Valor 
UBS AA R$ 196.878,72 24,96% 
UBS CVN R$ 97.324,67 12,24% 
UBS MOCA R$ 195.604,31 24,20% 
UBS NT R$ 160.254,94 19,64% 
UBS S A R$ 189.297,38 24,00% 
TOTAL R$ 839.360,01 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
 
Figura 4 - Gráfico: Porcentagem de representação das UBS 
 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
A figura 4 - Gráfico: PORCENTAGEM DE REPRESENTAÇÃO DAS UBS, 
representa a proporção dos aditivos de cada UBS, pode-se perceber, uma aproximação entre as 
porcentagens de aditivos e como os valores aditivados das UBS são também semelhantes, estes 
dados acabam provocando a suposição de que as causas dos aditivos são parecidas. Esta ideia 
será debatida na conclusão após a análise detalhada dos aditivos. 
 
 
24%
11%
23%
19%
23%
PORCENTAGEM DE REPRESENTAÇÃO DAS 
UBS
UBS AA UBS CVN UBS MOCA UBS NT UBS S A
37 
 
Tabela 4 - Aditivos 1.2 
ADITIVOS 1.2 
UBS 
Valor de Referência C/ 
(BDI) 
Valor Total Aditivado 
Com (BDI) 
% 
UBS AA R$ 789.073,10 R$ 196.878,72 24,95% 
UBS CVN R$ 795.457,84 R$ 97.324,67 12,24% 
UBS MOCA R$ 843.568,98 R$ 195.604,31 23,19% 
UBS NT R$ 851.607,73 R$ 160.254,94 18,82% 
UBS S A R$ 789.314,32 R$ 189.297,38 23,98% 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
Mesmo em relação aos valores de referência a porcentagem dos aditivos não variou 
muito pois a diferença entre valores de referência e valor da proposta vencedora são muito 
pequenas. 
Continuando ao que diz respeito aos Aditivos, destaca-se mais um parâmetro a ser 
debatido, a relação entra a porcentagem de aditivo e a quantidade de aditivos, pleiteados por 
cada UBS. 
 
Tabela 5 - Aditivos 1.3 
ADITIVOS 1.3 
UBS 
Porcentagem Total de 
Aditivos de Valor 
QTD DE ADITIVOS 
UBS AA 24,96% 4 
UBS CVN 12,24% 3 
UBS MOCA 24,20% 2 
UBS NT 19,51% 4 
UBS S A 24,00% 3 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
 
38 
 
Figura 5 - Gráfico: Relação Quantidade com Porcentagem 
 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
A figura 5 – Gráfico: Relação Quantidade com Porcentagem, serve para 
mostrar que, mesmo aquelas com porcentagens altas de aditivo tiveram poucas quantidades de 
aditivos, ou seja, a relação alta porcentagem de aditivo não equivale à altas quantidades de 
aditivos, como é o caso da UBS MOCA, onde esta, teve porcentagem alta de aditivo e 
quantidade baixa, em contrapartida a UBS NT, cuja, teve 4 aditivos, porém sua porcentagem 
de aditivo foi uma das menores. Sendo assim, existe também a possibilidades das causas dos 
aditivos de cada UBS serem diversas e por isso impactando cada obra de maneira diferente. 
Esta hipótese também será objeto de análise, no detalhamento dos aditivos. 
O pleito feito pela ECP, é solicitado ao corpo técnico da FUNDA, em posse do 
processo, o técnico responsável por cada obra deve ir analisar e fiscalizar a solicitação, através 
de uma visita técnica, onde será feito a medição dos itens realizados e analise da conformidade 
da execução, a partir dos dados recolhidos nessa visita, o responsável técnico irá elaborar uma 
planilha de aditivos ou de supressão, onde está terão os itens realizados, os itens pleiteados, 
memória de cálculo e justificativa. Este modelo será detalhado mais a frente, na figura 2, 3 e 4. 
Tendo em vista este procedimento, conclui-se que a cada medição poderá ser 
impetrada ou não um aditivo. 
 
 
25,75%
12,24%
24,20%
19,51%
24,17%
32,06%
4
3
2
4
3
1
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
UBS AA UBS CVN UBS MOCA UBS NT UBS S A UBS SAT
PORCENTAGEM TOTAL ADITIVADA QUANTIDADE DE ADITIVOS
39 
 
4.3 - ANÁLISE DETALHADA DAS PLANILHAS DE ADITIVOS 
 
Através das planilhas cedidas pela FUNDA, foi elaborado esquemas para 
caracterizar os aditivos. Nas tabelas 6 a 21 estão listados os aditivos de cada UBS estudada, 
número do aditivo, discriminação do pacote de serviço, classificação da causa do aditivo, 
representação em forma de porcentagem da relação, valor do aditivo do determinado pacote de 
serviço e valor total do aditivo analisado, valor total aditivado e a porcentagem em relação ao 
valor da proposta vencedora. Em seguida é feita uma análise dos resultados de cada pacote de 
serviço, como também das causas, para indicação do impacto financeiro que estes provocam. 
Inicialmente, deve ser exposto o modelo de planilha de aditivos executados pelos 
responsáveis técnicos da FUNDA. Segue a baixo recortes destes modelos e em seguida sua 
explicação. Figuras 6, 7 e 8. 
 
Figura 6 - Planilha de Aditivos - A 
 
40 
 
Figura 7 - Planilha de Aditivos - B 
 
 
As duas figuras as cimas fazem parte de uma planilhaúnica, como seu formato 
original é na horizontal, extrapolaria os limites da folha do presente trabalho, portanto foi 
necessário dividi-la em duas partes. Estas deveram está uma do lado da outra, assim 
complementando a planilha. 
As Planilhas de aditivos, são compostas de 13 pacotes principais de serviços, são 
eles: 
1. MOBILIZAÇÃO-CANTEIRO DE OBRAS-DEMOLIÇÕES 
2. MOVIMENTO DE TERRA 
3. COBERTURA 
4. FUNDAÇÃO E ESTRUTURA 
5. ALVENARIA - VEDAÇÃO 
6. IMPERMEABILIZAÇÃO 
7. REVESTIMENTO - PISOS, PAREDES E TETOS 
41 
 
8. ESQUADRIAS 
9. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
10. INSTALAÇÕES HIDRAULICAS 
11. REDE DE AR COMPRIMIDO 
12. COMUNICAÇÃO VISUAL 
13. DIVERSOS E LIMPEZA DA OBRA 
Cada pacote tem sua composição determinada por um conjunto de subpacotes, estes 
são calculados os quantitativos, valores unitários e valor real total, como pode ser visto na figura 
6. 
O que ocorre no caso de aditivos, são alterações nestes conjuntos de subpacotes, 
podendo haver a criação de um novo subpacote, alteração na quantidade destes ou no valor 
unitário. 
Tomando como exemplo o item discriminado nas figuras 6, 7 e 8, 
“COMPACTACAO MECANICA, SEM CONTROLE DO GC (C/COMPACTADOR PLACA 
400 KG)”, temos que este pertence ao pacote principal “MOBILIZAÇÃO DE TERRA”, 
percebe-se que seu quantitativo inicial é zero, pois se trata de um item novo, assim, deve ser 
aplicado os valores atualizados da tabela SINAPI, destacado também nessa figura. 
Na figura 7, percebe-se que a coluna relacionada à aditivo de valor, onde esta 
contêm o quantitativo real (quantidade necessária para execução do serviço), o saldo (diferença 
entre a quantidade real e a quantidade inicial), valor real (produto entre saldo e valor unitário), 
no caso do exemplo acima, têm-se; 
 
Quantitativo inicial = 0,00 m³ 
Valor Unitário = R$ 1,89 
Quantitativo real = 1317,73 m³ 
Saldo = 1317,73 – 0 
Saldo = 1317,73 m³ 
Valor Real = R$ 1,89 x 1317,73 m³ 
Valor Real = R$ 2.490,51 
Observação importante, o valor realmente aditivado, não necessariamente será o 
mesmo que o Valor Real. Quando se trata de itens novos, onde estes são aplicados valores da 
tabela SINAPI, ocorre que esses valores devem ser corrigidos, através do defletor calculado 
para cada obra. 
42 
 
O defletor é a simples relação entre o Valor da Proposta Vencedora sobre o Valor 
de Referência, para cada obra. Por sua vez temos; 
Valor Unitário Corrigido = R$ 1,89 x 0,9582 
Valor Unitário Corrigido = R$ 1,81 
Valor Aditivado = R$ 1,81 x 1317,73 m³ 
Valor Aditivado = R$ 2.385,09 
 
Figura 8 - Planilha de Aditivo (Memória de cálculo) 
 
As Planilhas de Aditivos Memória de Cálculo, são uma extensão das planilhas de 
Aditivo, elas contêm apenas os itens modificados. Para o deferimento dos pleitos feitos pela 
empresa contratada, são exigidos justificativas, juntamente, com a memória de cálculo. 
O exemplo da FIGURA 8 – Planilha de Aditivo (Memória de cálculo), onde trata 
sobre o subpacotes, “COMPACTACAO MECANICA, SEM CONTROLE DO GC 
(C/COMPACTADOR PLACA 400 KG)”, este como foi analisado, anteriormente, é um item 
que não foi previsto na planilha inicial, tendo, portanto, seus quantitativos iniciais zerados. 
Logo em sua memória de cálculo, só há o volume a ser realizado. Abaixo da memória de cálculo 
segue a justificativa, onde esta se deve mostrar pertinente e de acordo com as exigências do 
contrato. 
 
43 
 
4.4 - DETALHAMENTO DOS ADITIVOS 
 
Neste tópico, serão abordados os detalhes dos aditivos de cada Unidade Básica de 
Saúde, através de tabelas, em seguida é feita uma descrição dos motivos que levaram a 
ocorrência daquele. 
Ao se observar as descrições dos aditivos abaixo, percebe-se que cada pacote de 
serviço pode ter várias causas ao mesmo tempo, contudo, de modo a simplificar a análise dos 
resultados, elegeu-se a causa de maior impacto financeiro àquele pacote de serviço. 
Para um melhor entendimento do critério de classificação tem-se abaixo exemplos 
explicativos para cada causa. 
 
1- PROJETOS 
a) PROJETO INCOMPLETO: 
Ocorre em casos em que o quantitativo orçado inicialmente não foi o suficiente para 
a viabilização da obra ou também, em casos em que a administração contratante deseja 
implementar um novo serviço. 
b) PROJETO COM LINGUAGEM INCORRETA: 
Em fase de execução percebe-se que um determinado serviço tem falhas ou 
deficiências no seu detalhamento, provocando ao construtor a execução de forma incorreta. 
c) PROJETO COM IMCOMPATIBILIDADE: 
Existe grande dificuldade por parte dos projetistas em interagir os diferentes 
projetos a fim de compatibiliza-los, esta causa, ocorre então, por conta de projetos 
arquitetônicos, fundação e estrutura, elétricos e hidráulicos não estarem compatíveis, ocorrendo 
à necessidade de alterações no decorrer da obra. 
d) PROJETO COM SOLUÇÃO INCORRETA: 
Envolve a solução técnica que foi projetado inicialmente não ser a melhor opção, 
ou seja, casos como alterar o tipo de fundação, alterar tipo de revestimento, e por isso houve 
casos em que o projeto concebia uma solução e quando ao executar, percebeu-se que essa 
solução não estava de acordo com as exigências técnicas normativas apropriadas para o caso. 
2- PLANEJAMENTO 
Esta causa tem conceito muito amplo, pois atua desde antes do projeto até depois 
da conclusão da obra, englobando tudo, logo para simplificar, só será usada em casos em que 
44 
 
há falta de atuação e comunicação dos fiscais e do construtor em se evitar que a execução 
decorra de forma errada, onde essa ausência acaba gerando retrabalho. 
 
3- IMPREVISTOS 
Acontecimentos decorrentes fora das demais causas, onde não foi possível por 
ambas as partes de evita-las. 
 
Tabela 6 - Aditivos UBS AA 
UBS AA 
1 º ADITIVO 
PACOTES DE SERVIÇOS 
ALTERADOS 
CLASSIFICAÇÃO DA CAUSA DOS 
ADITIVO 
VALOR 
% 
REPRESENTAÇÃO 
MOBILIZAÇÃO-CANTEIRO 
DE OBRAS-DEMOLIÇÕES 
PROJETO INCOMPLETO R$ 839,70 1,68% 
MOVIMENTO DE TERRA PROJETO INCOMPLETO R$ 2.316,40 4,62% 
FUNDAÇÃO E ESTRUTURA PROJETO INCOMPLETO R$ 38.183,38 76,18% 
ALVENARIA - VEDAÇÃO PROJETO INCOMPLETO R$ 5.369,82 10,71% 
REVESTIMENTO - PISOS, 
PAREDES E TETOS 
PROJETO INCOMPLETO R$ 3.414,81 6,81% 
VALOR TOTAL ADITIVADO S/ (BDI) R$ 50.124,11 
VALOR TOTAL ADITIVADO C/ (BDI) R$ 60.148,93 
PORCENTAGEM 1º ADITIVO 7,62% 
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA 
Descrição do Ocorrido: 
Devido a necessidade de informar a população a participação da Prefeitura 
Municipal de Teresina através da FUNDA da construção da UBS acrescentou outra placa com 
esta informação. Item deficiente em todas as outras obras. 
Após realização do projeto estrutural e escavações feitas no local da obra verificou-
se a necessidade do aumento do volume das escavações, como também o volume de alvenarias 
de pedra rachão, após o entendimento da necessidade desses serviços, determinou-se a execução 
do contrapiso antes do lançamento da alvenaria em pedra rachão. 
A execução de muro em tijolo cerâmico incluindo movimento de terra, fundação, 
alvenaria, revestimento e pintura, em atendimento as especificações de projeto e adequação ao 
terreno definido. Alteração feita pela Administração contratante. 
Instalação de Piso de Borracha, serviço necessário na área de circulação externa 
para constituir alerta ou linha guia, perceptível para pessoas com deficiência. 
45 
 
Tabela 7 - ADITIVOS UBS AA 
UBS AA 
2 º ADITIVO 
PACOTES DE SERVIÇOS 
ALTERADOS 
CLASSIFICAÇÃO DA CAUSA DOS 
ADITIVO 
VALOR 
% 
REPRESENTAÇÃO 
COBERTURA 
PROJETO COM SOLUÇÃO 
INCORRETA 
 R$ 31.445,50 53,28% 
ALVENARIA - VEDAÇÃO 
PROJETO COM SOLUÇÃO 
INCORRETA 
 R$ 7.814,57

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