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Ferramentas ergonômicas: Moore e Garg (índice de esforço) Liliane Blaya Ferramentas ergonômicas - Agilizam a análise e apontam o grau crítico que o trabalhador está submetido ao realizar determinada atividade. - Através delas, é possível diagnosticar situações que mais prejudicam a saúde do trabalhador. Critério de Moore e Gang - É um método que analisa se os trabalhadores, ao executar suas funções, estão expostos ao risco de desenvolver doenças musculoesqueléticas da parte distal dos membros superiores, devido aos movimentos repetitivos. - Avalia os esforços sobre os músculos e tendões das extremidades dos membros superiores durante a tarefa. - Quanto maior o resultado encontrado, maior será o risco de se desenvolver lesões. Movimentos repetitivos - É o conjunto de movimentos contínuos mantidos com uma determinada frequência durante um trabalho que implica a ação conjunta dos músculos, ossos, articulações e nervos. - Mais de 50% da jornada realizando a mesma tarefa; ciclos repetidos com menos de 30 segundos de duração. - Este tipo de movimento provoca fadiga muscular, sobre- esforços, dores e em casos extremos doenças. Limitações do método - O índice não pode prever distúrbios fora da extremidade distal dos membros superiores, como em ombro, pescoço e coluna. - Não foi proposto para analisar tarefas múltiplas. Quando for esse caso, cada tarefa de um trabalho deve ser analisada separadamente. Parâmetros de análise do método - FIE – Fator Intensidade do Esforço - FDE – Fator Duração do Esforço - FFE – Fator Frequência do Esforço - FPMP – Fator Postura da Mão e Punho - FRT – Fator Ritmo de Trabalho - FDT – Fator Duração do Trabalho Fator intensidade do esforço - FIE - É o esforço requerido para realizar a tarefa. Um dos pontos a se analisar é a expressão facial. Fator duração do esforço - FDE - O percentual de duração do esforço se calcula medindo a duração do esforço durante um período de observação. Fator frequência do esforço - FFE - O fator frequência do esforço nada mais é do que o número de esforços que ocorre durante um período de observação. Classificação Multiplicador < 4 por minuto 0.5 4-8 por minuto 1.0 9-14 por minuto 1.5 15-20 por minuto 2.0 > 20 por minuto 3.0 Fator postura da mão e punho- FPMP - A postura de mão e punho é uma estimativa da posição destas regiões corporais em relação à posição neutra. Fator ritmo de trabalho- FRT - O fator ritmo do trabalho é uma estimativa da rapidez que a pessoa está trabalhando. Segundo a classificação do método o ritmo pode variar desde muito lento à muito rápido. Fator duração do trabalho- FDT - O fator duração do trabalho expressa, em horas, o tempo em que a pessoa fica exposta a atividade de trabalho. Cálculo - Inseridos todos os “fatores de multiplicação” procede- se ao cálculo, que nada mais é do que o produto (multiplicação) de todos os fatores. (FIE X FDE X FFE X FPMP X FRT X FDT) Critérios de interpretação < ou igual a 3,0 –> trabalho seguro; 3,0 a 5,0 –> duvidoso, questionável; 5,0 – 7,0 –> risco de lesão da extremidade distal do membro superior; > 7,0 –> Alto risco de lesão; Considerações finais - Assim como todas as ferramentas ergonômicas Moore e Garg não deve ser utilizado como ferramenta de diagnóstico e sim de auxílio no diagnóstico. - Se bem utilizada, o critério de Moore e Garg permite uma quantificação do risco em membros superiores por sobrecarga funcional, permite simulações de melhoria no posto de trabalho e adequação do posto de trabalho perante órgãos fiscalizadores. Considerações finais - Devemos tomar cuidado com a finalidade da ferramenta, pois se ocorrem deslocamentos no posto (por ex. andar por curtas distâncias) não devemos aplicar o método. - Cautela na coleta, conhecimento do que se está avaliando e precisão nas medições garantem um bom trabalho de campo e uma análise concisa e de qualidade.
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