Buscar

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 ETILISMO 
ACADÊMICOS: Irenaldo Cassiano 
Werhbty klyton Paiva chaves 
Jose Carlos silva Junior 
Josimeire Torres 
Mirdian da Silva Freitas 
Rafaela Ferraz 
 
DISCIPLINA: Gerenciamento Enfermagem PROFESSOR: Fabio Nitao 7° PERÍODO NOITE 
 
 
 
 
 João Pessoa 19 de novembro de 2017 
 A síndrome de dependência do uso de bebidas alcoólicas, também 
conhecida como alcoolismo ou etilismo, é uma doença que afeta 
cerca de 18,6 milhões de brasileiros (10% da nossa população). Os 
efeitos nocivos desta dependência química vão desde sérios 
problemas sociais e familiares até graves complicações de saúde 
como cirrose do fígado, câncer, demência, doenças do coração e 
traumas em geral. 
 
O que é? 
 
A síndrome de dependência do álcool, ou alcoolismo, é uma doença 
crônica que cursa com um desejo incontrolável de beber e, mesmo 
que tente parar, o indivíduo não consegue se livrar desse vício 
sozinho. Com o tempo, o indivíduo passa a consumir maiores 
quantidades de álcool para ter os mesmos efeitos de embriaguez de 
antes. Além disso, começa a apresentar sintomas como suor frio, 
tremedeiras, nervosismo e ansiedade quando fica sem ingerir 
bebidas alcoólicas. 
 
O que causa? 
 
Embora todas as causas do alcoolismo ainda não tenham sido 
descobertas, acredita-se que um dos fatores seja a hereditariedade; 
ou seja, os filhos de pais alcoólatras têm maior predisposição a 
desenvolver a doença. 
Evidentemente, é preciso prestar atenção às causas da 
dependência física ao álcool, mas também é importante levar em 
conta as necessidades psicológicas que levam a pessoa a refugiar-
se na inconsciência de seus efeitos. Na maior parte dos casos, a 
doença é contraída durante a adolescência, fase em que se busca 
aprovação e maior segurança, como uma forma de defesa para 
sentir-se aceito pelo seu grupo social. Em sua maioria, embora nem 
todos levem o vício ao extremo na juventude, os alcoólatras 
começam a beber para se sentirem mais seguros ou engraçados 
entre os amigos. 
Em nossa cultura, tomar uma dose é uma prática associada a 
alguma comemoração, a momentos bons ou divertidos, e por isso, 
atrai em especial os adolescentes. Com o tempo, tudo passa a ser 
motivo para beber, bons ou maus momentos, festas de reencontro 
ou de despedidas. O alcoólatra julga usar o álcool para resolver 
seus problemas, sem se dar conta de que multiplica seus 
desconfortos físicos e emocionais e passa a depender do álcool 
para tudo, até para esquecer que é dependente. O álcool é usado 
muitas vezes e inconscientemente para fugir ou suportar uma 
realidade. De um aliado nas situações de crise, transforma-se em 
vilão do dependente e a pessoa que, no início achava que se 
tornava forte, descobre-se absolutamente fragilizada e merecedora 
do desrespeito alheio. Por isso, em certo estágio avançado, o álcool 
passa a ser considerado como uma forma de autopunição e 
autodestruição. 
 
Quais são as conseqüências? 
 
A cirrose hepática, que se traduz por uma insuficiência ou mau 
funcionamento do fígado, é a doença relacionada ao alcoolismo 
mais conhecida, capaz de levar o indivíduo à morte ou a grande 
incapacidade física. Outras graves doenças relacionadas ao 
consumo do álcool são alguns tipos de câncer (ex: pâncreas, 
esôfago e estômago), demência, doenças dos nervos periféricos, 
infarto do coração, derrame cerebral, desnutrição, traumas diversos, 
acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, depressão, agressões 
domésticas e até mesmo homicídios e suicídios. 
 
Como se faz o diagnóstico? 
 
O diagnóstico é feito de acordo com a presença dos sintomas da 
doença. Deve seguir as diretrizes do Código Internacional de 
Doenças (CID-10), onde a presença de 03 ou mais critérios dos 
descritos abaixo irão caracterizar a dependência do álcool. É 
importante informar que tais critérios são referentes ao histórico de 
saúde do indivíduo do último ano, ocorridos em qualquer momento 
neste período de tempo. 
Desse modo, o diagnóstico de síndrome de dependência do álcool 
corresponde à presença de 03 (três) ou mais dos seguintes 
critérios: 
1. Desejo intenso ou compulsão para ingerir bebidas alcoólicas. 
2. Tolerância: necessidade de doses cada vez maiores de álcool 
para atingir os mesmos efeitos obtidos com doses anteriormente 
inferiores. 
3. Abstinência: síndrome típica e de duração limitada que ocorre 
quando o uso do álcool é interrompido ou reduzido drasticamente, 
levando à agitação, confusão mental, tremores, suor frio, dentre 
outros sintomas. Dentro deste mesmo princípio, o indivíduo pode 
passar também a ingerir bebidas alcoólicas para aliviar os próprios 
sintomas de abstinência. 
4. Aumento do tempo empregado em conseguir, consumir ou 
recuperar-se dos efeitos da substância; abandono progressivo de 
outros prazeres ou interesses devido ao consumo do álcool. 
5. Desejo de reduzir ou controlar o consumo do álcool com 
repetidos insucessos. 
6. Persistência no consumo de álcool mesmo em situações em que 
o consumo é contra-indicado ou apesar de provas evidentes de 
prejuízos, tais como, lesões hepáticas causadas pelo consumo 
excessivo de álcool, humor deprimido ou perturbação das funções 
cognitivas (memória e juízo) relacionadas ao consumo do álcool. 
 
Como prevenir? 
 
Não há nenhum modo absoluto de se prevenir o alcoolismo. Porém, 
o forte apoio da família e as relações sólidas com pessoas que não 
bebem e os amigos, podem ajudar. De forma geral, para qualquer 
tipo de vício, o importante é nunca começar a utilizar a droga 
causadora da dependência em questão e, no caso do alcoolismo, 
esta afirmativa é muito mais importante para aqueles indivíduos que 
têm histórico de outros familiares portadores da doença, já que a 
questão da hereditariedade influi em uma maior facilidade em se 
adquirir a síndrome de dependência do álcool. 
 
Como tratar? 
 
Há, atualmente, várias formas eficazes de se tratar o alcoolismo. O 
método mais simples, para casos mais leves, é a realização de 
consultas periódicas com uma equipe multidisciplinar experiente 
(incluindo psiquiatra e psicólogo) com o apoio da família, onde são 
discutidas as dificuldades de abandonar o vício e encorajados os 
esforços em combatê-lo. Estudos mostram que este é um método 
eficaz em reduzir o uso do álcool, dependendo diretamente da 
freqüência das consultas. 
Outro método muito eficaz são os grupos de auto-ajuda, 
particularmente os alcoólicos anônimos. Esses são baseados em 
variações do programa de 12 passos, além de reuniões freqüentes. 
Os resultados dos AA são difíceis de avaliar, mas aproximadamente 
um terço permanece sóbrio de 1 a 5 anos, e um terço por mais que 
5 anos. 
Casos mais sérios devem ser acompanhados por psiquiatra para 
tratamento psicoterápico e medicamentoso. Muitos alcoólatras 
apresentam distúrbios psiquiátricos que necessitam de tratamento, 
e outros sofrem de sintomas de abstinência quando param de 
beber, conseqüência da dependência física do álcool. 
Geralmente, não é necessária internação para desintoxicação, pois 
a eficácia não é maior. No entanto, certos casos devem 
obrigatoriamente ser internados, como por exemplo: 
– Aqueles que sofrem sintomas de abstinência moderados a 
severos; 
– Aqueles com delirium tremens; 
– Aqueles que são incapazes de seguir acompanhamento diário; 
– Aqueles que possuem outra doença física ou psiquiátrica que 
necessita de internação; 
– Aqueles incapazes de tomar medicação por via oral; 
– Aqueles que já tentaram tratamento fora do hospital, sem 
sucesso. 
Existem medicações específicas para o tratamento do alcoolismo, 
que devem ser prescritas apenas por médicos, tendo eficácia já 
comprovada pela medicina. 
 
Conclusão: 
 
A Síndrome de Dependência do Álcool é um transtorno psiquiátrico 
com severasrepercussões individuais, sociais e econômicas de 
âmbito mundial. 
O seu quadro clínico é bastante estudado e conhecido e, embora 
seus critérios diagnósticos sejam claros e tenham sido 
estabelecidos há vários anos, os transtornos relacionados ao uso 
de álcool ainda constituem um drama para a saúde pública, tanto 
pela dificuldade de seu tratamento quanto pelo desafio que a 
identificação dos casos iniciais e, às vezes, até dos quadros mais 
avançados – representam para os médicos. 
O alcoolismo é uma doença e, como toda doença, deve ser tratada. 
Além do tratamento médico-psicológico, os dependentes do álcool 
devem contar com o apoio e a compreensão de familiares, amigos e 
da sociedade para sua recuperação, que devem abandonar o 
preconceito e tratá-los com respeito e dignidade. 
 
Referências: 
 
GIGLIOTTI, Analice; BESSA, Marco Antonio. Alcohol Dependence 
Syndrome: diagnostic criteria. Rev. Bras. Psiquiatr. , São 
Paulo2008 
Dependência e Uso Nocivo do Álcool. Atualização Terapêutica 
2007, 23ª Edição; 540-541: 1725 – 1735 
JORGE, Stéfano Gonçalves. Alcoolismo e Abuso de 
Álcool. Hepcentro Hepatologia 
Médica; http://www.hepcentro.com.br

Outros materiais