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Espelho de prata- RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

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ESPELHO DE PRATA 
 
 
 
 
 
Autoras: 
SILVA, Juliany Fonseca da; 
SILVA, Sabrina Mendes Lima de Souza da; 
SOUZA, Krishnara Luzia Guedes de. 
Professor: Dr. Renato Rosseto 
 
 
 
 
 
ANÁPOLIS-GO 
NOVEMBRO DE 2017
 
RESUMO 
O teste de Tollens também conhecido como teste do espelho de prata, envolve 
conceitos termodinâmicos pois são utilizados os potenciais de redução e oxidação 
para determinar se as reações são espontâneas ou não, e conceitos cinéticos pois 
são adicionados reagentes a fim de promover aumento da velocidade da reação. Por 
meio deste experimento além da produção do espelho de prata, é possível distinguir 
a maioria dos aldeídos e cetonas. Os aldeídos podem ser facilmente oxidados sendo, 
portanto, bons agentes redutores. Nesta prática o espelho foi formado, porém a falta 
de limpeza prévia no recipiente em que ele foi formado fez com que o espelho ficasse 
com algumas curvas e manchas pretas, sendo a última ocasionada pelo arraste de 
substâncias durante a deposição da prata nas paredes do recipiente. 
Palavras-Chave: espelho de prata; oxidação; aldeído 
 
INTRODUÇÃO 
Na química inorgânica, 70% dos trabalhos realizados se relacionam aos 
compostos de coordenação, sendo esses compostos denominados complexos 
(apresentam ligantes com cargas) ou adutos (apresentam carga elétrica nula). Um 
complexo é uma combinação de um ácido de Lewis (o átomo metálico central - toda 
espécie química capaz de receber um par eletrônico) com um número de bases de 
Lewis (os ligantes - aquela capaz de doar um par eletrônico) (DALL´OGLIO e 
HOEHNE, 2013). 
Conceitos como: complexação e açúcares redutores conhecido também como 
reativo de Tollens, foram revistos e introduzidos neste procedimento. O reativo de 
Tollens é uma solução amoniacal de AgNO3, utilizada para diferenciar aldeídos de 
 
cetonas. Os aldeídos produzem um precipitado de Ag0 nas paredes do frasco, 
formando um espelho de prata (MENDONÇA, 2013). 
Sais de prata, solúveis ou coloidais, já foram utilizados na antissepsia das 
mucosas, exercendo sua ação através da precipitação do íon Ag (MORIYA; 
MÓDENA, 2008). Sua atividade antimicrobiana é mediada pela reação do íon prata 
com o DNA microbiano, o que impede a replicação bacteriana. Além disso, age sobre 
a membrana e parede celulares, promovendo o enfraquecimento destas, com 
consequente rompimento da célula por efeito da pressão osmótica (MOSER; 
PEREIMA; PEREIMA, 2013). 
O AgNO3 é a solução de sal de prata mais popular para o tratamento tópico de 
queimaduras por possuir alta concentração de prata. Os íons de prata se ligam 
fortemente a grupamentos contendo enxofre, oxigênio e nitrogênio (MARTIN; 
MATSHUSHITA; SOUZA, 2004) e tem alta capacidade de formar complexos. 
(MORIYA; MÓDENA, 2008). 
O NH3 é um gás incolor a temperatura ambiente, que possui um odor 
extremamente forte e é consideravelmente mais leve que o ar (densidade relativa ao 
ar, 0,5963). Apresenta P.F e P.E de –77,7 °C e –33,35 °C, respectivamente, e é 
bastante solúvel em água. (FELIX; CARDOSO, 2004). 
A glicose também pode ser chamada de glucose, dextrose ou açúcar de uva. 
É uma aldo-hexose, com fórmula química C6H12O6. Pode ser encontrada nas uvas e 
em outras frutas. Na indústria é obtida pela hidrólise do amido (SÓ Q. Portal de 
Química: Macromoléculas, s/d). Embora a glicose seja o maior estimulante da 
secreção da insulina, está também pode ser induzida por proteínas e aminoácidos 
(DA SILVA PEREIRA; CAMPOS, 1999). A glicose é açúcar redutor (COSTALLAT, 
 
2007). Está contém em sua fórmula estrutural um aldeído cujo grupo funcional é -
COH. 
Figura 1. Fórmula da glicose – aldeído. 
 
Fonte: SÓ Q. Portal de Química: Macromoléculas. Disponível em: < 
http://www.soq.com.br/conteudos/em/macromoleculas/ >. 
 O objetivo deste experimento é formar um espelho de prata através da 
oxidação da glicose e redução de um complexo de prata. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Utilizou-se as seguintes soluções como reagentes: AgNO3 0,1 mol∙L-1, KOH 0,8 
mol∙L-1, C6H12O6 em solução, NH3 concentrada e HNO3 com concentração 
desconhecida. As vidrarias utilizadas foram: Béquer de 100 mL, Provetas de 10 mL e 
25 mL, Pipeta de Pasteur e Erlenmeyer de 50 mL. 
A seguir está descrito o procedimento desta síntese: 
1° Passo: Adicionou-se NH3 concentrada, cerca de 0,5 mL, por meio de uma pipeta 
de Pasteur aos 15 mL da solução de AgNO3 0,1 mol∙L-1 que estava contida no béquer, 
observou-se a formação de um precipitado marrom. Prosseguiu-se com a adição de 
NH3 concentrada até a solução apresentar-se de forma incolor novamente. 
2° Passo: Posteriormente sobre está solução que estava no béquer, adicionou-se 7,5 
mL da solução de KOH 0,8 mol∙L-1. Sobre está nova solução, adicionou-se cerca de 
0,5 mL de NH3 concentrada e observou-se a formação de um precipitado marrom. 
 
Prosseguiu-se com a adição de NH3 concentrada até a nova solução apresentar-se 
de forma incolor novamente. 
3° Passo: Foi-se medido em uma proveta 5 mL de C6H12O6 em solução. Adicionou-
se a solução anteriormente preparada e rapidamente transferiu-se para um 
erlenmeyer que esteve sobre constante agitação até a formação do espelho de prata. 
4° Passo: Após a formação do espelho, realizou-se o descarte da solução que estava 
no erlenmeyer, em água corrente. 
5° Passo: Para a remoção do espelho de prata formado no erlenmeyer, adicionou-se 
uma quantidade x de HNO3 com concentração desconhecida. Em seguida o 
erlenmeyer foi agitado constantemente até a remoção do espelho com êxito. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A princípio foi adicionado gota a gota, ao de AgNO3, o NH4OH. Vale ressaltar 
que o que foi adicionado na verdade é um equilíbrio entre íons de Ag+ (com moléculas 
de água sendo coordenadas) e íons NO3-; também há um equilibro no NH4OH como 
na reação a seguir: 
NH3 + H2O ⇌ NH4+ + HO- 
Um precipitado marrom foi observado nessa etapa, pode ser que tenha 
formado o AgOH, mas nas condições do experimento, como dito pelo professor, esse 
composto não é possível isolar e deve-se considerar que o precipitado formado é 
majoritariamente Ag2O. 
Por esse precipitado ter sido formado de maneira muito rápida considera-se 
que é um produto cinético, já que nesta reação foi possível alcançar a energia mínima 
para formá-lo facilmente, mas ao adicionar mais NH3 esse precipitado desapareceu e 
o que havia na solução era um composto de coordenação: [Ag (NH3)2]+, e este é o 
 
produto termodinâmico do experimento, pois apesar do Ag2O ter sido formado 
primeiro, ele não era estável suficiente para ser o produto permanente da reação. 
Usar o [Ag (NH3)2]+ na formação do espelho é menos espontâneo do que usar 
diretamente o Ag+, mas se usasse este último o espelho não seria tão homogêneo, 
dessa forma usou-se o complexo e adicionou-se KOH para deixar o meio fortemente 
básico fazendo com que a reação de redox entre o complexo e a glicose ocorra mais 
rapidamente, formando o espelho. 
Na oxidação da glicose, que é um aldeído, ela é o agente redutor e no final da 
reação ela se torna um composto carboxílico. 
O espelho foi formado, mas por causa da falta da limpeza prévia do recipiente, 
o espelho ficou com algumas curvas e manchas pretas, sendo a última causada pelo 
arraste de substâncias durante a deposição da prata nas paredes do erlenmeyer . A 
solução resultante foi jogada na pia com muita água porque a armazenagem dela é 
de alto perigo pelo risco de explosões. 
Para remoção do espelho formado no erlenmeyer foi adicionado HNO3 de 
concentração desconhecida e muito diluída e conforme a vidraria foi agitada o espelho 
se desfez, mas não totalmente por conta da qualidade do ácido utilizado.A destruição do espelho é possível porque o HNO3 tem E° suficiente (+0,96V) 
para que sua reação com o Ag0 (-0,8V) seja espontânea (relação termodinâmica), não 
significa que seja rápido (conceito cinético). 
Semi-reações envolvidas na remoção do espelho de prata: 
 Semi-reação de oxidação: Ag(s)  Ag+(aq)+ 1e- E° = -0,8V 
Semi-reação de redução: 2NO3-(aq) + 8H+(aq) + 6é  2NO(g) + 4H2O(l) E° = +0,96V 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 O método de preparação do espelho de prata realizado no experimento é ainda 
utilizado na fabricação de espelhos. Porém, atualmente existem outros processos 
mais modernos na sua fabricação. Foi observado que a reação de formação do 
espelho ocorre apenas na presença de aldeídos, pois por apresentar hidrogênio 
ligado ao carbono da carbonila, facilita-se a oxidação. As cetonas, por apresentarem 
o carbono da carbonila ligado a outro carbono, apresentam-se menos reativas que os 
aldeídos e não irão formar o espelho de prata. 
Esta prática foi interessante porque envolveu todos conceitos estudados 
durante o semestre, como: síntese, reações redox, compostos de coordenação, 
relações termodinâmicas e cinéticas com o experimento, segurança em laboratório, 
entre outros. 
 
REFERÊNCIAS 
DALL´OGLIO, Camila; HOEHNE, Lucélia. Revista: Destaques Acadêmicos. Vol.5, N. 
4, 2013. CETEC/UNIVATES. Disponível em: < 
http://www.univates.br/revistas/index.php/destaques/article/download/326/321>. 
Acesso em: 10 de novembro de 2017. 
 
MENDONÇA, Andressa Ferreira et al. O uso do experimento “espelho de prata” como 
ferramenta no ensino de química. XVI ENEQ/X EDUQUI-ISSN: 2179-5355, 2013. 
 
MOSER, Heloisa; PEREIMA, Renato Rodrigues; PEREIMA, Maurício José Lopes. 
Evolução dos curativos de prata no tratamento de queimaduras de espessura parcial. 
Rev Bras Queimaduras, v. 12, n. 2, p. 60-7, 2013. 
 
 
MARTIN, Clayton Antunes; MATSHUSHITA, Makoto; SOUZA, Nilson Evelázio de. 
Trans fatty acids: nutritional implications and sources in the diet. Revista de Nutrição, 
v. 17, n. 3, p. 351-359, 2004. 
 
MORIYA, Takachi; MÓDENA, Jose Luiz Pimenta. Assepsia e antissepsia: técnicas de 
esterilização. Medicina (Ribeirao Preto. Online), v. 41, n. 3, p. 265-273, 2008. 
 
FELIX, Erika Pereira; CARDOSO, Arnaldo Alves. Amônia (NH3) atmosférica: fontes, 
transformação, sorvedouros e métodos de análise. Química Nova, p. 123-130, 2004. 
 
DA SILVA PEREIRA, Arione; CAMPOS, Angela. Teor de açúcar em genótipos de 
batata (Solanum tuberosum L.). Ciência Rural, v. 29, n. 1, p. 13-16, 1999. 
 
COSTALLAT, Beatriz L. et al. Resistência à insulina com a suplementação de creatina 
em animais de experimentação. Rev Bras Med Esporte, v. 13, n. 1, p. 22-6, 2007. 
 
SÓ Q. Portal de Química: Macromoléculas. Disponível em: < 
http://www.soq.com.br/conteudos/em/macromoleculas/ >. Acesso em: 17 de 
novembro de 2017. 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos ao professor Dr. Renato Rosseto pela aula ministrada e pelo 
conhecimento transmitido. Agradecemos também, aos técnicos que nos auxiliaram 
durante a realização do experimento.

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