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REDUÇÃO DO CuSO4 AQUOSO POR UMA FITA DE ZINCO Autoras: SILVA, Juliany Fonseca da; SILVA, Sabrina Mendes Lima de Souza da; SOUZA, Krishnara Luzia Guedes de. Professor: Dr. Renato Rosseto ANÁPOLIS-GO SETEMBRO DE 2017 RESUMO O cobre pode ser encontrado em diferentes estados de oxidação: 1+, 2+ e 0, sendo o último um estado elementar, sólido do Cu. O Cu sólido que foi obtido provém da redução do cobre (II) do CuSO4 aquoso para Cu0. O fenômeno foi observado pelo depósito de um material com a cor marrom-avermelhada sobre a placa de zinco utilizada. Esta mudança no estado de oxidação foi dada por uma reação redox que é, neste caso, a transferência de elétrons do Zn presente na placa para o Cu do sulfato de cobre. Foi depositado 0,506 g de cobre sobre a placa de zinco. Palavras-Chave: transferência de elétrons; reação redox; cobre INTRODUÇÃO O cobre pode ser obtido pela redução do Cu2+ em Cu+ por agentes redutores, então se há uma variação nos elétrons do íon Cu, houve uma reação redox. (LEE, 2003). Em uma reação redox sempre há a transferência de elétrons (e−) entre um agente redutor (que cede estes “e−”) e um agente oxidante (que recebe estes “e−” cedidos). (RUSSEL, 1994). O zinco é o agente redutor à medida que faz parte da redução dos íons de cobre (II). O zinco desenvolve várias funções no organismo, explicadas em parte pelo papel catalítico e/ou estrutural em mais de 200 enzimas e pela sua ação na estabilização de domínios de proteínas que interagem com DNA ou de proteínas com papel estrutural ou de sinalização (KING, 2000). A participação do zinco no sistema de proteção antioxidante é evidenciada por meio de estudos in vivo, os quais demostram que a deficiência de zinco provoca lesões oxidativas relacionadas à ação de espécies reativas de oxigênio em animais e em humanos, e por meio de estudos in vitro, os quais demostram o antagonismo do zinco à formação de radicais livres em modelos bioquímicos e celulares (POWELL, 2000). O sulfato de cobre (CuSO4) é o agente oxidante neste trabalho. Ele tem largo emprego tanto em processos industriais quanto na agricultura (como fungicida) e na dieta humana (como suplemento alimentar). O Cu é comumente encontrado em diversos compartimentos dos ecossistemas, sendo um poluente de importância significativa. (PRÁ, 2006). Assim, tem-se a seguinte reação: Cu2+(SO4)2-(aq) + Zn2-(s) → Cu(s) + Zn2+(SO4)2-(aq) O objetivo deste experimento foi reduzir uma solução de CuSO4 por uma fita de zinco. MATERIAIS E MÉTODOS Os reagentes usados para a redução do CuSO4 foram: uma tira metálica de zinco e solução de sulfato de cobre (II) 125 M. Os materiais usados foram: Béquer de 250 ml para realizar a reação; Chapa de aquecimento para aquecer a reação. A seguir está descrito o procedimento utilizado: 1º Passo: Adicionou-se 20 ml da solução de sulfato de cobre em um béquer de 250 ml. Pesou-se a placa de zinco, e imergiu-a na solução. 2º Passo: Colocou-se o béquer na chapa de aquecimento por aproximadamente 10 minutos. Retirou-se a tira de zinco da solução e deixou-se o sólido secar na placa de aquecimento. Pesou-se novamente a placa para realizar-se os cálculos de rendimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO Temos inicialmente o Cu2+ que durante o procedimento se reduziu por meio do ganho de 2 elétrons para o Cu0 / Cu (s), assim como o Zn0 / Zn (s) oxidou para o Zn2+ perdendo 2 elétrons. As reações e semirreações estão expostas no Quadro 1. Quadro 1. Reações e semirreações. Devido as reações ocorridas o Cu0 / Cu (s) se depositou na placa e o Zn2+ (aq) foi para a solução. Com base nas massas atômicas do Cu (MA: 63,5 g) e do Zn (MA: 65,4 g), teria que ter ocorrido uma diminuição na massa obtida final da placa de zinco, devido ao Cu ter uma massa menor que o Zn. Mas como o Quadro 2 mostra, houve um ganho de massa no decorrer da deposição. Isto pode ter sido afetado devido as condições como temperatura do laboratório ou até mesmo pelo fato da reação não ter ocorrido em um sistema isolado pois, estes fatores se priorizados, fazem com que o meio seja isolado das suas vizinhanças para não ocorrer troca de calor, pressão, entre outros. Dados: m (depois da deposição do Cu) = 6,106 g m (inicial da placa) = 5,600 g Quadro 2. Massa depositada sobre a placa de zinco. Reação global: CuSO4 (aq) + Zn (s) → Cu (s) + ZnSO4 (aq) Reação iônica: Cu2+ (aq) + Zn (s) → Cu (s) + Zn2+ (aq) Semirreação de redução: Cu2+ (aq) + 2 é → Cu (s) Semirreação de oxidação: Zn (s) → Zn2+ (aq) + 2 é 6,106 g – 5,600 g = 0,506 g de deposição sobre a placa de zinco Como algo “adicional” ao experimento foi-se imersa a placa de zinco que havia a deposição do Cu em uma solução de HNO3. Ao Cu (cobre) da placa reagir com a solução de HNO3 que foi imerso, foi-se observado a formação de um gás marrom que ao ser aerado se tornava incolor. Houve também a reação entre o Zn da placa e a solução de HNO3, formando um gás incolor que se notava a partir de pequenas bolhas no fundo do béquer onde continha a solução e a placa. Posteriormente tem-se a reação entre os outros componentes da placa, como Fe, com a solução de HNO3 que indicou a presença de Fe3+ devido sua cor característica de ferrugem (marrom) que ao ser agitado não se aerou. Conceitos como espontaneidade da reação que é característico da termodinâmica e velocidade da reação que é característico da cinética, foram envolvidos nesta parte adicional à prática realizada. Todas as reações adicionais foram espontâneas o que não quer dizer que se deem de forma imediata. CONCLUSÃO Com este experimento foi possível observar a deposição do cobre na placa de zinco por meio de uma reação redox. A prática foi importante para o entendimento de como ocorre uma reação redox e que é muito utilizada, por exemplo na área de joalherias, nos procedimentos de galvanoplastia que recobre peças com metais preciosos ou semi-preciosos. REFERÊNCIAS RUSSEL, J.B. Química Geral, São Paulo: Makron Books do Brasil. Editora, 1994. King JC, Shames DM, Woodhouse, L. Zinc homeostasis in humans. J Nutr2000; 130: 1360S-6S. Powell SR. The antioxidant properties of zinc. J Nutr 2000; 130:1447S- 54S. LEE, J. D., Química Inorgânica- Não Tão Concisa, Trad. Henrique E. Toma e cols., 5a edição inglesa, Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo, 2003. PRÁ, D. et al. Toxicidade e genotoxicidade do sulfato de cobre em planárias de água doce e camundongos. J Braz Soc Ecotoxicol, v. 2, p. 171-176, 2006. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao professor Dr. Renato Rosseto pela aula ministrada e pelo conhecimento transmitido. Agradecemos também, aos técnicos que nos auxiliaram durante a realização do experimento.
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