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DVA – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

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FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DO TRIÂNGULO MINEIRO
CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS
LAÍS OLIVEIRA MANZAN
DVA – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
UBERABA-MG
2015
LAÍS OLIVEIRA MANZAN
DVA – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Trabalho apresentado à Disciplina de Teoria da Contabilidade II como requisito parcial para aprovação. 
Professor: Guilherme Augusto de Carvalho
UBERABA-MG
2015
CONTEXTO LEGAL
LEGISLAÇÃO
Obrigatoriedade da Demonstração do Valor Adicionado - DVA
Base Legal: A Lei 6.404/76 após a publicação da Lei 11.638/07 passou a ter nova redação no Art. 176 o qual trata sobre as demonstrações financeiras a serem elaboradas com base na escrituração contábil.
 
Entre as demais alterações, houve a inclusão da Demonstração do Valor Adicionado – DVA na relação de demonstrações financeiras de companhias abertas.
 
Obrigação da Elaboração: A legislação apresenta como obrigada a elaborar a DVA apenas as Companhias Abertas (S/A).
Contudo para as demais sociedades, seja sociedade de Capital Fechado (S/A) e a sociedade LTDA (sociedade enquadrada como de grande porte ou não) orienta-se que elaborem esta demonstração mesmo que apenas para fins gerenciais.
 
Períodos de Elaboração: A DVA deverá ser elaborada de forma anual ao final de cada período, junto com as demais demonstrações contábeis.
 
Publicação: As Companhias Abertas ou Fechadas S/A são obrigadas a elaborar e publicar suas demonstrações, inclusive a DVA.
Fonte: Departamento de Consultoria Fiscoweb - Publicada em: 07/02/2012
LEI Nº 11.638, DE 28 �� HYPERLINK "http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.639-2008?OpenDocument" DE�� HYPERLINK "http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.638-2007?OpenDocument"  DEZEMBRO DE 2007.
Art. 1o  Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam a vigorar com a seguinte redação:
 “Art. 176.........................................................
.......................................................................
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
.......................................................................
§ 6º  A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.” (NR)
Art. 188.  As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo:
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos;
II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.
....................................................................... ”(NR)
“Reserva de Lucros a Realizar
 PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 09
Demonstração do Valor Adicionado
Observação: Este sumário, que não faz parte do Pronunciamento, está sendo apresentado apenas para identificação dos principais pontos tratados, possibilitando uma visão geral do assunto.
SUMÁRIO
Objetivo
O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer critérios para elaboração e divulgação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), a qual representa um dos elementos componentes do Balanço Social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período.
Sua elaboração deve levar em conta o Pronunciamento Conceitual Básico deste CPC Estrutura Conceitual Básica para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis; e seus dados, em sua grande maioria, são obtidos principalmente a partir da Demonstração do Resultado do Exercício.
Alcance e Apresentação
A entidade deve elaborar a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e apresentá-la como parte integrante das suas demonstrações contábeis divulgadas ao final de cada período.
A elaboração da DVA consolidada deve basear-se nas demonstrações consolidadas e evidenciar a participação dos sócios não controladores conforme modelo apresentado.
A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza criada pela empresa em determinado período, bem como a forma pela qual tais riquezas foram distribuídas.
A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma: a) pessoal e encargos; b) impostos, taxas e contribuições; c) juros e aluguéis; d) juros sobre o capital próprio (JSCP) e dividendos; e) lucros retidos/prejuízos do exercício.
Características das informações da DVA
A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar, eliminados os valores que representam dupla-contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país onde essas operações estiverem sendo realizadas.
A ciência econômica, para cálculo do PIB, baseia-se na produção, enquanto a contabilidade utiliza o conceito contábil da realização das receitas, isto é, baseia-se no regime contábil de competência. Admitindo-se a inexistência de estoques inicial e final, os valores encontrados com a utilização de conceitos econômicos e contábeis tenderão a convergir.
Para os investidores e outros usuários, essa é uma demonstração que proporciona o conhecimento de informações de natureza econômica e social e oferece a possibilidade de uma melhor avaliação das atividades da entidade dentro da sociedade que a abriga. A decisão de recebimento por uma comunidade (Município, Estado e a própria Federação) de um investimento poderá ter nessa demonstração um instrumento de extrema utilidade e com informações que a demonstração de resultados por si só não é capaz de oferecer.
Formação da riqueza
Riqueza criada pela própria entidade
A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a riqueza produzida pela entidade por meio dos seguintes componentes: vendas de mercadorias, produtos e serviços, outras receitas e a constituição ou reversão da provisão para créditos de liquidação duvidosa, diminuídas dos insumos adquiridos de terceiros: custos das matérias-primas, embalagens, outros materiais, mercadorias, energia, outras utilidades, serviços e outros.
Valor Adicionado recebido em transferência
Nesse item serão incluídas as receitas e resultados gerados por outras entidades e transferidas na forma de resultado de equivalência patrimonial, receitas financeiras, dividendos de investimentos avaliados ao custo, aluguéis, royalties, direitos de franquia etc.
Distribuição da riqueza
A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a seguir: Remuneração dos Recursos Humanos, Remuneração dos Emprestadores de Capital, Governo e Remuneração do Capital Próprio. Daí os detalhes do tipo Pessoal, Impostos, Taxas e contribuições, juros, aluguéis, juros sobre o capital próprio (JSCP), dividendos e lucros destinados às reservas etc.
Na demonstração da DVA, os valores são obtidos da demonstração do resultado e controles internos.
Nesta demonstração estão colocados os valores detalhados para melhor entendimento, porém a demonstração deve ser apresentada de forma reduzida.
O caso especial das instituições financeiras bancárias
Há uma forma diferenciada na elaboração da DVA reconhecida internacionalmente: no caso das instituiçõesfinanceiras bancárias, as despesas com a remuneração da captação de recursos são dadas como de natureza operacional e consideradas como redutoras das receitas pela aplicação dos recursos; e esse diferencial, que é o Resultado da Intermediação Financeira, é considerado como Geração de Recursos. Nas demais entidades, as receitas financeiras são valor adicionado recebido em transferência e as despesas financeiras são distribuição do valor adicionado. Nas instituições financeiras bancárias, portanto, ambos os valores são juntados e o saldo líquido é considerado geração de recursos.
DVA – Demonstração do Valor Adicionado
A DVA foi inserida pela Lei nº 11.638/2007, (artigo 176, inciso V), no conjunto de demonstrações financeiras que as companhias abertas devem apresentar ao final de cada exercício social, estando, portanto, sujeita a todas as regras de aprovação. 
No artigo 188, inciso II da Lei das S/A, informa que a Demonstração do Valor Adicionado indicará: o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. 
O valor adicionado de uma empresa, elaborado na forma contábil, representa o quanto de valor ela agrega aos insumos que adquire num determinado período e é obtido, de forma geral, pela diferença entre vendas e o total dos insumos adquiridos de terceiros. Este valor terá também o significado de toda a remuneração dos esforços aplicados na atividade da empresa. 
Sob uma abordagem mais ampla, a Contabilidade utiliza a Demonstração do Valor Adicionado, para identificar e divulgar quanto à atividade da empresa gera de recursos adicionais para a economia local, como e para quem os distribui. 
Esta é uma informação de fundamental importância para a gestão econômica governamental regional, dado que a instalação de uma empresa consome, necessariamente, recursos públicos, por meio da implementação de infraestrutura básica como: asfalto, rede de água e esgoto etc ou na forma de subsídios, redução de impostos permanente ou temporariamente. 
Para avaliação de investimentos faz-se necessário identificar os benefícios que podem gerar (ou que estão gerando) frente aos recursos que consomem de modo a se aferir as vantagens da permissão de sua instalação ou continuidade.
Ou, ainda, para induzi-las à melhoria de seu comportamento social e econômico. 
Idealmente, a empresa instalada em um determinado município deve empregar a mão-de-obra local, gerar benefícios para estes e seus familiares, além da comunidade que a cerca. Vivemos sob uma forma de administração pública descentralizada, ou seja, cada município recebe uma verba dos governos estadual e federal, e a completa com impostos municipais arrecadados, devendo gerenciar o atendimento das necessidades básicas de infraestrutura e urbanização da cidade. Claro está que há necessidade de fomentar a criação de atividades econômicas que gerem impostos para complementar recursos e também ocupar a mão-de-obra disponível. 
Empregar a mão-de-obra local implica em reduzir os serviços assistenciais do governo e em incentivar a criação de novos postos de trabalho e de geração de impostos, como as atividades comerciais e de serviços, além, obviamente, de elevar a renda da comunidade.
Contudo, se uma indústria obtém autorização para funcionamento em um município, mas utiliza mão-de-obra de outros municípios, os recursos distribuídos a título de remuneração serão consumidos neste outro município, desestimulando com isso a criação de atividades econômicas que pudessem absorver tais recursos e a força de trabalho disponível. No entanto, a indústria terá consumido os recursos municipais com o uso da infraestrutura que lhe foi entregue. 
Imagine-se uma empresa que consome todos os recursos já mencionados, o único benefício que propícia é o emprego dos moradores da cidade e não adiciona nenhum valor durante o seu processo produtivo. Esta é uma situação não muito comum, mas configuraria poucas alternativas de continuidade, dado que esta requer o reinvestimento dos resultados positivos, ou seja, dos lucros, na manutenção da empresa. Os sócios não podem estar permanentemente aportando novos recursos à companhia, esta deve ter condições para sua auto- manutenção. É necessário que seja agregado algum valor aos produtos da empresa de forma a justificar um sobre preço que permita sua continuidade. 
O valor adicionado constitui-se da receita de venda deduzido dos custos dos recursos adquiridos de terceiros como: matéria-prima, mercadorias para revenda, serviços de terceiros, energia elétrica, enfim todos os insumos adquiridos de terceiros e consumidos durante o processo operacional.
O resultado representa o que a empresa adicionou aos insumos/serviços adquiridos de terceiros para chegar ao seu produto/serviço final; corresponde, portanto, à riqueza gerada. É o que tem se convencionado denominar Valor Adicionado Bruto. 
Todavia, a empresa utiliza-se também de instalações, máquinas, equipamentos e outros ativos de vida útil mais extensa, diminuindo-lhes o potencial de uso. Tal redução de potencial de uso na Contabilidade é refletida pela depreciação, amortização e exaustão. Assim sendo, dada a essencialidade do consumo parcial destes ativos para a geração da riqueza, seu valor deve ser deduzido do valor adicionado bruto, conduzindo ao valor adicionado líquido, o qual reflete a efetiva contribuição da empresa para a economia local.
Há ainda que se mencionar os valores recebidos de outras empresas sem sacrifícios operacionais, como o caso do resultado de participações societárias. A investidora realizou o investimento em algum momento passado, e nos períodos posteriores apenas receberá os frutos desta aplicação, sem qualquer esforço, pelo menos em princípio. O mesmo acontece com as receitas financeiras. Não há esforço da investidora, ela apenas aplica seus recursos no mercado e, dependendo das oscilações destes é que será sua receita. 
Assim, o valor adicionado líquido somado às receitas recebidas em transferência demonstrará o total dos recursos distribuídos. 
A distribuição do valor adicionado reflete quem são os beneficiados com o desempenho da empresa como: empregados, governo, terceiros, acionistas, os quais estão representados pela remuneração do pessoal e encargos sociais; impostos sobre vendas, produção e serviços, taxas e contribuições; juros sobre capital de terceiros e próprio, dividendos, aluguéis de móveis e imóveis e por fim pode ser retido a título de reinvestimento na organização. 
A análise da distribuição do valor adicionado identifica a contribuição da empresa para a sociedade e os setores por ela priorizados. Este tipo de informação serve para avaliar a performance da empresa no seu contexto local, sua participação no desenvolvimento regional e estimular ou não a continuidade de subsídios e incentivos governamentais. E, em um contexto maior, pode servir de parâmetro para definição do comportamento de suas congêneres. 
Note-se, novamente, que o banco de dados necessário para a elaboração desta demonstração já está disponível na Contabilidade, fazendo-se necessário apenas um estímulo para que seja utilizado. 
Ter informações sobre a conduta operacional, econômica e financeira das empresas é um fator primordial para a gestão governamental, seja municipal, estadual ou federal, principalmente no que se refere à alocação dos escassos recursos. O instrumento já existe: a Contabilidade. Por meio da identificação, mensuração e divulgação dessas referidas informações a Contabilidade pode contribuir muito com o governo e com a sociedade em geral, na busca de soluções para os emergentes e crescentes problemas sociais, principalmente no Brasil, país em desenvolvimento, com notória carência de recursos financeiros.
Modelo Básico de DVA:
1 – RECEITAS 
Vendas de mercadorias, produtos e serviços.
 Vendas de Mercadorias 
 Vendas de Produtos 
 Vendas de Serviços
ProvisãoP/créditos duvidosos
 Constituição da Provisão para Créditos Duvidosos
 Reversão da Provisão para Créditos Duvidosos 
Outras Receitas e Outras Despesas Operacionais 
Vendas do Imobilizado 
Custo de Vendas do Imobilizado
 2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 
2.1) Custos das mercadorias e serviços vendidos 
2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 
2.3) Perda/Recuperação de valores ativos 
2.4) Outras (especificar) 
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 
4 – RETENÇÕES 
4.1) Depreciação, amortização e exaustão 
5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (1-2-3)
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 
6.1) Resultado de equivalência patrimonial 
6.2) Receitas financeiras 
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (4+5) 
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO: 
8.1) Pessoal e encargos 
8.2) Impostos, taxas e contribuições 
8.3) Juros e aluguéis 
8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos
 8.5) Lucros retidos/prejuízo do exercício
Detalhamentos dos grupos contábeis formadores de tal demonstrativo:
1 – RECEITAS
Vendas de mercadorias, produtos e serviços 
Inclui os valores do ICMS e IPI incidentes sobre essas receitas, ou seja, corresponde á receita bruta ou faturamento bruto. 
Devem ser deduzidas as devoluções, os abatimentos incondicionais e os cancelamentos. 
Para fins de facilitar a compreensão dos termos empregados neste grupo, define-se:
Mercadorias - valores de revenda de produtos adquiridos de terceiros. Exemplo: uma farmácia adquire medicamentos de um distribuidor, e revendeos. Trata-se de mercadorias, e não de produtos. 
Produtos - valores de venda de produtos de produção própria (indústria). Exemplo: uma indústria farmacêutica adquire insumos, industrializa-os e vende-os a distribuidores. Trata-se de produtos de produção própria vendidos.
Serviços – valores de venda de serviços executados por contrato ou tarefa. Exemplo: serviços de auditoria independente, executados para um cliente. 
Provisão p/créditos duvidosos 
Inclui os valores relativos à constituição de provisão para créditos duvidosos, bem como da reversão da mesma. 
Outras Receitas Operacionais 
Inclui valores considerados fora das atividades principais da empresa, tais como venda de imobilizado ou investimentos.
2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS . 
2.1) Custos das mercadorias e serviços vendidos 
Somam-se neste item todos os materiais (incluindo materiais de embalagem, materiais secundários, etc.) consumidos no custo dos produtos e serviços vendidos.
 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 
Compreende todas as demais despesas operacionais não incluídas em outros itens, como energia elétrica aplicada na administração e vendas, serviços de terceiros não compreendidos como custo de produção, despesas administrativas e comerciais.
 2.3) Perda/Recuperação de valores ativos 
Inclui valores relativos a provisões para ajuste ao valor de mercado de estoques e investimentos, etc. 
2.4) Outras
 Especificar
 4 – RETENÇÕES 
4.1) Depreciação, amortização e exaustão 
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 
Inclui os valores recebidos como dividendos e lucros relativos a investimentos avaliados ao custo.
 6.2) Receitas financeiras
Compreende todas as receitas financeiras independentemente de sua origem, como juros sobre aplicações financeiras, juros sobre duplicatas de clientes, descontos obtidos, juros sobre atualizações de impostos recuperáveis, etc. 
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
8.1) Pessoal e encargos 
Nesse item deverão ser incluídos salários, férias, 13º salário, FGTS, seguro de acidentes de trabalho, assistência médica, alimentação, transporte, etc.
8.2) Impostos, taxas e contribuições 
Além das contribuições devidas ao INSS, comporão este item o imposto de renda da pessoa jurídica, contribuição social sobre o lucro, PIS, COFINS, ISS, CPMF e todos os demais impostos, taxas e contribuições. 
8.3) Juros e alugueis 
Devem ser consideradas as despesas financeiras e as de juros relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto às instituições financeiras, empresas do grupo ou outras e os aluguéis (incluindo-se os custos e despesas com leasing) pagos ou creditados a terceiros.
8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos 
Inclui os valores pagos ou creditados aos acionistas, sócios ou titular. 
8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício 
Devem ser incluídos os lucros do período destinados a reservas de lucros e eventuais parcelas ainda ser destinação especifica.
Elaboração – Exemplo Prático 
A Cia. Golfinho apresentou seu balanço em 2007, com os seguintes saldos: 
Durante o exercício de 2008, realizou as seguintes operações: 
1. Aquisição a vista de mercadorias no valor de R$ 2.000,00 com incidência de 18% de ICMS. Assim, o valor das compras líquidas foi de R$ 1.640,00 e o ICMS incluso no valor bruto das compras foi de R$ 360,00
 2. Venda total das mercadorias, a vista, por R$ 6.000,00 destacando-se o ICMS de R$ 1.080,00.
 3. No período, 10% das mercadorias vendidas foram devolvidas, ou seja, R$ 600,00. No valor dessa devolução, estão inclusos R$ 108,00 relativos ao ICMS que foi faturado no momento da venda. O custo das mercadorias que ora estão sendo devolvidas foi de R$ 200,00 e, portanto, o ICMS incluso nesse valor é de R$ 36,00. 
4. Pagamento de pessoal no valor de R$ 290,00 
5. Despesas administrativas pagas correspondem ao consumo de materiais de escritório no valor de R$ 112,00
 6. Venda a vista de imobilizado por R$ 600,00, cujo custo de aquisição foi de R$ 500,00 e já estava depreciado em R$ 150,00. Ou seja, a empresa obteve lucro de R$ 250,00 nessa transação.
 7. O Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados à alíquota de 24% sobre o lucro liquido.
A empresa apresentou as seguintes demonstrações contábeis em 2008:
Descrição dos itens que compõem a DVA: 
Vendas de mercadorias, produtos e serviços:
Corresponde ao valor da receita bruta, deduzidos das devoluções de vendas e dos abatimentos. O valor de R$ 5.400,00 refere-se às receitas de vendas no montante de R$ 6.000,00, deduzidas das devoluções de R$ 600,00.
Outras Receitas: 
Inclui valores considerados fora da atividade principal da empresa, no caso, os valores referem-se ao valor total obtido com a venda do imobilizado, isto é R$ 600,00 e o custo da baixa, valor R$ 350,00. Este valor corresponde à diferença entre o custo de aquisição R$ 500,00 e o valor da depreciação acumulada R$ 150,00.
 2.2 Custo das mercadorias e produtos vendidos: 
São considerados os valores brutos de aquisição das mercadorias que foram vendidas no exercício. Portanto o valor de R$ 1.800,00 corresponde a R$ 1.476,00 relativos ao custo líquido mais R$ 324,00 de ICMS que foram incluídos no valor das compras.
Custo líquido compras 100% vendidas R$ 1.640,00
Devolução (Retido no Estoque) (R$ 164,00) [R$ 200,00 – R$ 36,00] 
Custo líquido R$ 1.476,00
ICMS compras R$ 360,00
ICMS (Retido do Estoque) R$ 36,00 
ICMS R$ 324,00
2.3 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros:
 Refere-se ao montante gasto com material de escritório no valor de R$ 112,00.
Distribuição do Valor Adicionado 
8.1 Pessoal e encargos: 
Trata-se do montante de R$ 290,00 de gastos com pessoal. 
8.2 Impostos, taxas e contribuições: 
Corresponde a parcela da riqueza criada pela empresa e destinada ao governo. É a soma de IR/CS de R$ 672,00, com o ICMS líquido de R$ 648,00 (diferença entre R$ 972,00 sobre vendas e R$ 324,00 incidentes sobre as mercadorias adquiridas e vendidas). 
8.5 Lucros retidos/prejuízos do exercício:
Corresponde ao valor do lucro do exercício R$ 2.128,00.
CONCLUSÃO
	A DVA é um demonstrativo que avalia qual o valorda riqueza gerada durante certo período, e as informações a serem utilizadas para ser feito esse demonstrativo é tirado da contabilidade e da DRE. E por incrível que pareça a DVA é bem mais eficaz e concreta do que o resultado obtido na DRE.
	Através da Demonstração do Valor adicionado, podemos obter índices do desempenho na geração de riqueza para a economia, baseado nos fatores de produção de determinada empresa.
	Essa demonstração vem para mostrar o quanto ela irá ser utilizada nos setores econômicos, financeiros e sociais. Trazendo e mostrando resultados para trabalhadores, investidores e para o Governo, cada qual com seu intuito e finalidade, seja ela de mostrar aos trabalhadores o quanto seu esforço no trabalho obteve resultados ou não. Já para os investidores possibilita mostrar como está a situação da empresa e e como está inserida dentro da sociedade a sua volta e por último o Governo consegue visualizar o quanto determinada empresa contribuiu para o desenvolvimento da sociedade, através de tributos recolhidos sobre seu faturamento.
	É por isso que cada vez mais é importante que os profissionais de contabilidade, desenvolvam e façam demonstrativos como estes, para divulgação e análise dos dados a serem utilizados em beneficio da empresa, dos funcionários, sócios ou acionistas, além claro, do Governo. Mostrando assim, a geração de riquezas pela entidade, podendo cada vez mais ser transparente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JÚNIOR, Theodoro Versolato. DVA - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (ELABORAÇÃO E ANÁLISE). Disponível em: <http://www.essenciasobreaforma.com.br/colunistas_base.php?id=4>. Acesso em: 20/09/2015.
SUMÁRIO DO PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 09, DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/contabil/cpc09sumario.htm>. Acesso em: 20/09/2015.
LEI Nº 11.638, DE 28 �� HYPERLINK "http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.639-2008?OpenDocument" DE�� HYPERLINK "http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.638-2007?OpenDocument"  DEZEMBRO DE 2007. Art. 176; § 6º. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 20/09/2015.

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