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Importância de espaços não formais de educação

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A importância da aprendizagem em espaços não-formais
A educação está sofrendo, frequentemente, variados processos de mudança que são ocasiondas devido ao processo de avanço da tecnologia, produções incenssantes de conhecimento, pelos meios de comunicação que buscam eliminar as exigências do mundo moderno (Almeida, 2014). De acordo com Libâneo (1999) a sociedade atual possui uma imensa necessidade de processos educacionais, implicando em objetivos sociopolíticos ou condições específicas para educação, com o intuito de proporcionar aos envolvidos a participação ativa e crítica na sociedade.
Segundo Padilha (2011) o processo educativo se inicia a partir do momento em que o indivíduo observa, entende, aprende e reproduz essa expriência. Sendo assim, esse processo não se limita à uma sala de aula, e sim, em conjunto com os diferentes povos, lugares, classes sociais. Resumindo, a educação acontece em qualquer lugar, hora ou diferentes situações.
 Tozetto, Romaniw e Morais (2011) ressaltam então, que o ato de educar não deve ser preso apenas aos espaços formais de educação, sendo possível acontecer em diversos locais e realizada por diferentes maneiras. Com isso, Brandão (1994) afirma que não há uma modalidade única de educação. Podendo então, relatar a existência de três modalidades de educação: educação formal, não formal e informal que se divergem em relação a forma como se aplica (Ferreira & Medeiros, 2012).
Essa forma de educação alternativa contribui fielmente para a educação formal, mas não pode substituí-la (Anelo, 2012). Pois, de acordo com Barros e Costa (2012) sabe-se que o ambiente não-formal não tem interesse em proporcionar essa educação de forma direta, mas baseia-se nela para se desenvolver e expandir seus objetivos. A educação não-formal tem seu próprio espaço e visa apenas formar o cidadão independente da idade, classe socioeconômica, etnia, sexo ou religião para a vida (Gonh, 2014). A união entre educação formal e não-formal irá auxiliar para uma integração maior relacionando com os direitos humanos, de modo com que reforce o modelo de aprendizagem (Gadotti, 2005).
A educação em espaço não-formal tem sido bastante utilizada por pesquisadores em educação, professores das mais variadas vertentes do conhecimento e profissionais que lidam com divulgação científica (Jacobucci, 2007). Ou seja, o espaço escolar não é o único onde ela ocorre e provavelmente não seja a melhor opção em algumas situações (Brandão 1994).
Bonatto et al. (2016) define como educação não-formal aquela que acontece nos diversos espaços alternativos das cidades, levando em consideração o meio em que estamos inseridos, o modo de viver, nossas escolhas e os tipos de programas que realizamos, fazendo com que todo esse contexto se transforme em aprendizagem, como já foi visto. Sendo assim, esse método de educação surge através dos acontecimentos do dia-a-dia, os conteúdos são originados por meio das necessidades, podendo considerar que os modelos metodológicos podem ser construídos ou reconstruídos de acordo com acontecimentos que envolvem o ser humano, se diferenciando do padrão de educação que visa preparar as pessoas para o trabalho (Gohn, 2006).
Essa educação deve se sobrepor aos conteúdos, precisa ter intuito emocional, ser marcada pela vivência. O método não formal promove essa possibilidade, quando as pessoas conseguem interagir umas com as outras, poder aprender e compartilhar suas experiências de vida, dando significado ao estudo e viabilizar maiores possibilidades de aprendizagem ao educando (Bonatto, 2016). Em contrapartida, o tempo de aprendizagem nessa modalidade de educação é maleável, possuindo o intuito de respeitar as diferenças e dificuldade de cada um. Sendo uma das principais características da educação-não formal, essa sua flexibilidade que relaciona a criação e recriação dos seus mais variados espaços (Gadotti, 2005).
Esses espaços não devem, de forma alguma, permanecer ausentes ou desligados dos métodos de ensino-aprendizagem, mas serem integrados a ele de forma planejada, sistematizada e articulada (Pozo; Crespo, 2009). Sendo assim, as aulas de campo não devem ser vistas como forma de lazer ou recreação, mas como atividades que se buscam a construção de conhecimentos científicos e a formação social dos estudantes (Nascimento et al. 2014).
Então, a educação não-formal é sistematizada, organizada, praticada e formada por objetivos claros, mas que acontece muito além dos muros das escolas (Ferreira & Medeiros, 2012). A aprendizagem através da educação não-formal é realizada por meio do desenvolvimento de habilidades e competências que ocorrem na forma prática e não somente através de um currículo organizado, de conteúdos programáticos, como acontece na educação formal. Esse tipo de aprendizagem valoriza o “aprender a ser” e ocorre com a ajuda de uma visão holística do ser humano, priorizando a aprendizagem ao longo da vida (Bonatto, Costa e Schimer, 2017). Entretanto, a educação-não formal,não se trata de apenas instruir os educandos em diversas habilidades, nem de levá-los a se apropriarem de de uma gama de conhecimentos, busca amadurecer o pensar próprio, como base da construção de sua autonomia pessoal, levando em consideração o respeito ao ser humano (Sales, 2013). 
De acordo com o que foi visto, conclui-se que a educação é a peça chave para o desenvolvimento e sustentação da sociedade, pois se envolve com questões de cunho intencional e institucional, disseminando esse conhecimento e contribuindo para o crescimento das pessoas na cidadania e no mercado de trabalho (Barros, 2012). Sendo assim, o professor é chave principal nesse quesito, pois é mediador do conhecimento, enquanto o aluno é o responsável pela sua formação, necessariamente construindo e reconstruindo conhecimentos a partir do seu trabalho realizado (Gadotti, 2005).
Referências:
ALMEIDA, M. S. B; Educação não formal, informal e formal do conhecimento científico nos diferentes espaços de ensino e aprendizagem. Produção Didático-Pedagógica, Paraná, 2014.
ANELO, G. P; SOUZA, A. M. Aprendizagem no espaço não escolar. Revista e-Ped – FACOS/CNEC Osório Vol.2 – Nº1 – 2012.
BARROS, D. F; COSTA, M. G. Práticas educativas em ambientes escolares e não escolares: Atribuições profissionais do pedagogo social, empresarial e hospitalar. Campina Grande, REALIZE Editora, 2012.
BONATTO, L., COSTA, C., & Schirmer, M. (2016). Um olhar sobre as práticas educativas nos espaços não escolares. FACCAT.
BRANDÃO, Zaia (org.). A crise dos paradigmas e a educação (Posfácio). São Paulo, Cortez, 1994.
FERREIRA, H. P. A; MEDEIROS, N. F. M. As práticas pedagógicas nos espaços não escolares: Contextos, sujeitos e aprendizagens. GT: Pesquisa fora do contexto educacional/n.19. São Cristovão-SE, 2012.
GADOTTI, Moacir. A questão da educação formal/não formal. 2005. Disponível em: http://www.vdl.ufc.br/solar/aula_link/lquim/A_a_H/estrutura_pol_gest_educacional/aula_01/imagens/01/Educacao_Formal_Nao_Formal_2005.pdf. Acesso em: 18/11/2017.
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e 
estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval.pol.públ.Educ., Rio de Janeiro, V. 14, n. 50, p.27-38, jan/mar. 2006.
GOHN, Maria da Gloria. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010.
JACOBUCCI, D. F. C. (2008). Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação da cultura científica. Em extensão, 7(1).
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1999.
GOHN, Maria da Gloria. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010.
PADILHA, M. L. T; A atuação do pedágogo em espaços não escolares. Trabalho de conclusão de curso (graduação). Faculdade Alfredo Nasser.
POZO, J. I; CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de Ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5º ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
PARK, Margareth Brandini;FERNANDES, Renata Sieiro; CARNICEL, Amarildo. Palavras Chave em Educação não-formal. Campinas, SP: UNICAMP/CMU; Holambra, SP: Editora Setembro, 2007.
SALES, R. Gestão da educação em espaços não escolares: possibilidades e desafios de uma prática vivida. Universidade de Santa Maria. Monografia: especialização em Gestão Educacional. Tio Hugo, RS. 2013.
TOZETTO, S.S; ROMANIW, G; MORAIS, J. O trabalho do pedagogo nos espaços educativos não formais. 2011.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA EM ESPAÇO NÃO FORMAL
ESCOLA: Colégio Estadual Teixeira de Freitas;
PROFESSOR: Neuber Duarte;
TURMA: Eixo VA (9º ano do ensino fundamental);
LOCAL: Projeto Tamar – Salvador, Bahia;
DURAÇÃO: 3 horas;
TEMA: A importância da conservação dos espécimes de tartarugas marinhas para a biodiversidade.
OBJETIVO GERAL: 
Explanar e aprimorar o conhecimento acerca das tartarugas marinhas, compreendendo a importância desses animais para o ecossistema, bem como, sua preservação e métodos para evitar a extinção desses indivíduos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Observar e conhecer o local onde funciona o projeto;
Reconhecer a diversidade marinha;
Conhecer as espécies preservadas no local;
Entender o quão os impactos causados pela ação humana prejudica a fauna marinha;
Compreender a relação social intra e interespecífica.
CONTEÚDOS:
Biologia dos animais aquáticos;
Interações ecológicas relacionadas ao ambiente marinho;
Preservação marinha e recuperação das espécies.
MATERIAIS:
Caderneta para anotações;
Caneta ou lápis;
Celulares ou câmeras;
Exemplares de espécimes a serem observados.
ETAPAS:
1º momento: Em sala de aula, a turma será dividida em grupos de seis componentes. Cada grupo irá observar o local, realizará anotações, na medida que as informações mais importantes forem transmitidas para construção do relatório técnico.
2º momento: Inicialmente os alunos serão recebidos pelos biólogos que prestam serviços ao Projeto Tamar em Salvador – Bahia. Será abordado o contexto histórico do Projeto, incluindo as cidades que são comtempladas pelo programa, bem como, as intervenções que já foram e estão sendo realizadas para preservar essas espécies atualmente.
3º momento: Logo após, os alunos farão uma tour pelo local para observar as espécies de tartarugas (cinco) e os outros espécimes marinhos que estão sendo, atualmente, preservadas pelo Projeto Tamar. Podendo conhecer a biologia e particularidade de cada indivíduo e constatar o risco de extinção de cada espécie.
4º momento: Após o término do passeio no local, os alunos deverão ser levados para um espaço de reunião, onde deverão ouvir palestras dos biólogos a repeito das ações humanas que extinguem a biodiversidade marinha, também as medidas tomadas para a recuperação desses animais, a conversação deles, a importância desse indivíduos para o ecossistema e a importância da preservação dos animais e habitat deles. Os alunos poderão fazer questionamentos acerca do projeto e as devidas anotações.
Avaliação:
Relatório de visita técnica sobre as atividades realizadas pelo Projeto Tamar.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DEDC – CAMPUS VII
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
NEUBER SANTOS DUARTE
A importância da aprendizagem em espaços não escolares.
Novembro, 2017

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