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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Parte 2 : Design de Processos Químicos Ana Maria Furtado ANATOMIA DO PROCESSO QUÍMICO Recebimento e Estocagem de Matéria- prima Preparo da Matéria- prima Reação ou Mistura Separação do Produto Embalagem e estocagem do Produto Produto Venda Reciclo de Matéria- prima não reagida Subprodutos Rejeitos Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5 MP Compra ANATOMIA DO PROCESSO QUÍMICO Recebimento e Estocagem de Matéria- prima Preparo da Matéria- prima Reação ou Mistura Separação do Produto Embalagem e estocagem do Produto Produto Venda Reciclo de Matéria- prima não reagida Subprodutos Rejeitos Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5 Estágio 1: • Estoque para garantir a fabricação em caso de flutuações ou interrupções de fornecimento. Planta adjacente: estoque de horas ou dias. Fornecimento local: estoque de dias ou semanas. Importações: estoque de meses. • Garantir a qualidade da MP (isolamento térmico, refrigeração etc.) Equipamentos: Exemplos: Tanques, silos, armazéns MP Compra ANATOMIA DO PROCESSO QUÍMICO Recebimento e Estocagem de Matéria- prima Preparo da Matéria- prima Reação ou Mistura Separação do Produto Embalagem e estocagem do Produto Produto Venda Reciclo de Matéria- prima não reagida Subprodutos Rejeitos Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5 Estágio 5: • Estoque: Quantidade = função da natureza do produto e do mercado. • Qualidade do produto. • Embalagem e transporte dependem da natureza do produto. Meios de transporte (exemplos): Líquido: Tambores e caminhões tanque Sólidos: Sacos, caixas,fardos, bigbag, Bulk Truck (carreta silo) Gas: cilindros/balas, caminhão tanque MP Compra Bigbag Bulk truck (carreta silo) ANATOMIA DO PROCESSO QUÍMICO Recebimento e Estocagem de Matéria- prima Preparo da Matéria- prima Reação ou Mistura Separação do Produto Embalagem e estocagem do Produto Produto Venda Reciclo de Matéria- prima não reagida Subprodutos Rejeitos Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5 Estágio 2: Retirar a MP do estoque e colocá-las no reator/misturador atendendo as condições de operação (T, P, fase, quantidades etc). Exemplos: Garantir o grau de pureza especificado. Eliminar contaminantes que possam envenenar o catalisador. Líquidos: vaporizados para reação na fase gasosa. Sólidos: moagem e classificação (granulometria). Sólidos: Pesados, misturados em suspensões ou soluções. Transporte: Líquidos (bombas); gases (compressores); sólidos (esteiras transportadoras). MP Compra Estágio 4: Fazer que o produto atenda a especificação Design de Processos Químicos SÍNTESE SIMULAÇÃO ou ANÁLISE OTIMIZAÇÃO Normalmente, as metodologias utilizadas no design de processos são compostas por três atividades : Criar/idealizar o processo. Prever o comportamento. Selecionar a opção/condição ótima a partir de um conjunto de soluções possíveis. Design de Processos Químicos - Síntese A Síntese de um processo químico envolve duas atividades: a) Seleção os equipamentos ??? b) Conectar as equipamentos gerando opções de fluxogramas do processo Design de Processos Químicos - Síntese Definição: É uma metodologia que visa selecionar os elementos do processo e definir como estes serão interconectados de modo a obter estruturas completas candidatas ao atendimento dos objetivos do projeto. Resultado da síntese: Fluxogramas. Design de Processos Químicos - Síntese Exemplos de atividades realizadas na síntese: Estabelecer o número e o tipo dos reatores, separadores, trocadores de calor etc. Estabelecer malhas de controle A síntese de processos engloba a seleção de opções considerando as diversas tecnologias, configurações e condições operacionais. Como resultado: Elevado número de possibilidades! Design de Processos Químicos – Síntese Exemplo 1 Objetivo: • Separar o produto do subproduto. • Reciclar alimentação não convertida. CHEMICAL PROCESS DESIGN – ROBIN SMITH CHEMICAL PROCESS DESIGN – ROBIN SMITH Fluxograma – (Reator A) Opção 1 Alimentação não convertida é reciclada Troca térmica: Fluidos oriundas das utilidades (ineficiente no uso da energia). Exemplo 1 Exemplo 1 CHEMICAL PROCESS DESIGN – ROBIN SMITH Fluxograma – (Reator A) Opção2 : Com integração energética Resumo: A etapa de síntese produz diversas configurações de processos. Na maioria das aplicações, o número de alternativas pode ser muito elevado (em alguns casos, infinito). Consiste em prever e avaliar o desempenho de cada equipamento do processo gerado na Síntese, permitindo obter no final a avaliação do todo (fluxograma). Técnicas de análises: Modelos matemáticos, correlações empíricas, ferramentas computacionais. Avaliação e validação do desempenho através de experimentos de laboratório, em escalas de planta piloto ou outras facilidades. Prever a composição, vazão, temperatura e pressão do produtos de cada corrente. Conversão, seletividade e produtividade. Balanços de massa e de energia. Avaliação econômica e de desempenho. Fixar as condições da Alimentação: composição, vazão, temperatura e pressão. Alterações feitas no projeto visando melhorar o desempenho. Processo iterativo de síntese e análise visando obter soluções que atendam ao objetivo do projeto. A otimização envolve a seleção da melhor solução a partir do conjunto de soluções possíveis. OTIMIZAÇÃO é a busca da solução ótima de um problema com múltiplas soluções Desempenho (Análise) FIM Criação do Processo (Síntese) Objetivos (Especificação) atendidos? NÃO SIM Design de Processos Químicos Como fazer a Síntese???? Que metodologia utilizar??? Fatores considerados na seleção do Processo Patente. Segurança e Meio ambiente. Restrições impostas por Lei. Experiência e Confiabilidade. “Se um processo é amplamente adotado por muitas empresas, então é provável que seja fácil de aplicar numa nova planta.” “Uma tecnologia que só foi construída uma ou duas vezes ainda pode ter problemas e portanto, ser de difícil implementação”. Duas Metodologias podem ser empregadas no projeto: Estrutura Irredutível Estrutura redutível ou Superestrutura CHEMICAL PROCESS DESIGN – ROBIN SMITH Metodologias apresentadas no livro de Robin Smith 1) Estrutura Irredutível: Esta técnica é baseada no projeto hierárquico, os seja, segue a sequência do diagrama cebola (Smith, 1995). Ao final será criado um fluxograma que não pode mais ser simplificado (irredutível). ANATOMIA DO PROCESSO QUÍMICO Recebimento e Estocagem de Matéria- prima Preparo da Matéria- prima Reação ou Mistura Separação do Produto Embalagem e estocagem do Produto Produto Venda Reciclo de Matéria- prima não reagida Subprodutos Rejeitos Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Estágio 5 MP Compra Sequência:Sequência: 1) O projeto começa pelo REATOR. 2) O reator determina o SISTEMA DE SEPARAÇÃO E RECICLO. 3) O reator e o sistema de separação e reciclo juntos determinam como será a REDE DE TROCA DE CALOR (INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA). 4) O que não puder ser incluído no sistema é chamado de UTILIDADES EXTERNAS. 5) O último estágio envolve as considerações AMBIENTAIS, DE SEGURANÇA/SAÚDE. REATOR SISTEMA DE SEPARAÇÃO E RECICLO SISTEMA DE TROCA DE CALOR (integração energética) UTILIDADES TRATAMENTO DE EFLUENTES/H2O 1) Estrutura Irredutível: À cada camada do diagrama, as decisões devem ser tomadas com base nas informações disponíveis na respectiva etapa (visão local). Assim, o equipamento somente é adicionado se for tecnicamente e economicamente viável. REATOR A principal vantagem desta técnica é que a equipe pode manter o controle das decisões (tangíveis e intangíveis) e interagir com o projeto a medida que este se desenvolve. Principais Desvantagens: Como diferentes opções são possíveis em cada estágio do projeto, diversos fluxogramas podem ser elaborados, analisados e otimizados, com o intuito de se encontrar a melhor opção. Apesar disso, o processo descrito acima não garante que a melhor decisão será tomada, já que podem existir complexas interações entre diferentes equipamentos do processo. ??? SISTEMA DE SEPARAÇÃO E RECICLO SISTEMA DE TROCA DE CALOR (integração energética) UTILIDADES TRATAMENTO DE EFLUENTES/H2O Outro Exemplo de Hierarquia utilizada no desenvolvimento de um processo químico Douglas, J.M., Conceptual Design of Chemical Processes, McGraw-Hill, NY, 1988 Hierarquia: Sequência de etapas e decisões. 1. Decidir se o processo será BATELADA OU CONTÍNUO. 2. Identificar a estrutura de ENTRADA E DE SAÍDAS do processo (diagrama conceitual do processo). 3. Identificar e definir a estrutura do RECICLO. 4. Identificar e projetar a estrutura do SISTEMA DE SEPARAÇÃO. 5. Identificar e projetar a REDE DE TROCA TÉRMICA E DE RECUPERAÇÃO DE ENERGIA. < 500 ton/ano 1.4 ton/dia > 5000 ton/ano 14 ton/dia IDENTIFICAR AS ESTRUTURAS DE ENTRADAS E SAÍDAS DO DIAGRAMA CONCEITUAL DO PROCESSO EXEMPLO: OBTENÇÃO DO BENZENO DIAGRAMAS GENÉRICOS DIAGRAMA CONCEITUAL GENÉRICO - Exemplo Preparo da Alimentação (separação) Separação do produto Matéria- prima Produto Subproduto Reciclo Rejeito Tratamento de efluentes Descarte REATOR/ MISTURADOR DIAGRAMA CONCEITUAL GENÉRICO - Exemplo REATOR/ MISTURADOR Preparo da Alimentação (separação) Separação do produto Matéria- prima Produto Subproduto Reciclo Rejeito Tratamento de efluentes Descarte DIAGRAMA CONCEITUAL GENÉRICO - Exemplo Duas Metodologias podem ser empregadas no projeto: Estrutura Irredutível Estrutura redutível ou Superestrutura CHEMICAL PROCESS DESIGN – ROBIN SMITH Metodologias apresentadas no livro de Robin Smith Definição: É uma técnica que envolve o desenvolvimento de uma sistemática que inclui TODAS as configurações de interesse. FLUXOGRAMA Deve conter todas opções possíveis de equipamentos e suas respectivas interconexões (candidatas ao projeto ótimo) X Consequência: Obtém-se um fluxograma contendo equipamentos/configurações redundantes, ou seja, FLUXOGRAMA DA SUPERESTRUTURA. Objetivo é para garantir que as configurações que possam fazer parte da solução ótima não sejam perdidas. Opção 2: Separar o metano através de membrana H2 contendo metano como impureza Opção 1: Não separar o metano H2 e tolueno (+ CH4) são misturados e pré-aquecido no forno a temperatura de reação. Duas opções de reatores: adiabático e isotérmico O Projeto da superestrutura é formulado como um problema de programação matemática. Equações de projeto: São modelos que descrevem as unidades e suas especificações incluídas como restrições do problema. Variáveis de projeto: contínuas e descontínuas Variáveis Contínuas: são aquelas que descrevem cada uma das unidades, o tamanho, custo e lucro: Exemplos: vazão, composição, temperatura, pressão, volume, área de troca térmica, custo, lucros etc. Variáveis Discretas: São aquelas que definem a estrutura do fluxograma do processo, descrevendo a existência ou não de uma unidade em particular ou de uma conexão. A solução do problema é obtida através da utilização de um algoritmo de otimização, normalmente para o custo/lucro da estrutura. Função Objetivo z = f (x , y) (maximizar/minimizar) Restrições de igualdade e desigualdade x representa as variáveis contínuas y representa as variáveis discretas Quando uma variável discreta assume valor nulo, como resultado da otimização, a característica correspondente a esta variável é removida da superestrutura, reduzindo a complexidade da mesma. Assim, a superestrutura inicial é otimizada até reduzi-la a seu projeto final. Desvantagens: A condição de processo ótimo somente será obtida se for incluída na estrutura inicial, ou seja, quanto maior for o número de opção incluídas maior será a probabilidade de ter a condição ótima. Vantagens: Multiplicidades de opções. Desvantagens: Complexidade na análise e otimização, isto é, se as operações unitárias são representadas com grande acurácia, os modelos matemáticos serão extensos e a função objetivo a ser otimizada poderá ser irregular. As tomadas de decisão por parte do projetista é limitada. Renovação/modificação (Revamp) e Modernização (Retrofit) de plantas existentes • Requer acesso a uma planta operacional, aos respectivos dados de processo e as metas que deverão ser atingidas. • Motivos para fazer o Revamp/Retrofit: Eliminar gargalos. Mudança de matéria-prima Implantação de novos produtos Aumento de capacidade, rendimento etc. Redução de custo operacional Atendimento a legislações de segurança e ambiental
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