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ARTIGO CIENTIFICO FINAL

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A CONTABILIDADE GERENCIAL E SUA IMPORTÂNCIA NA ATUALIDADE
Edna Maria Pereira Savino¹
Sérgio Luís Sartori²
RESUMO
Este artigo tem como objetivo pesquisar, identificar e analisar o conceito e as características da contabilidade gerencial; o conceito de contabilidade, sua evolução histórica, objetivos, informações: gerencial, contábil e econômica. A contabilidade gerencial utiliza sistemas com dados monetários ou não, métodos de mensuração e avaliação, medidas de desempenho e novos modelos de gestão. A dinâmica globalizada das organizações tem levado às mudanças na busca de eficiência e eficácia. Certamente o planejamento é uma técnica utilizada para transformar suposições em ações concretas e realistas. A pesquisa considerou as características da nova estrutura organizacional centralizada ou descentralizada, suas principais vantagens e o seu compromisso com a sustentabilidade. Inquestionavelmente nas últimas décadas um grande contingente feminino ingressou no mercado de trabalho. Foi feita uma pequena abordagem referente ao cenário atual da educação no Brasil e em específico no estado do Pará. O resultado da pesquisa mostra que a função atual da contabilidade gerencial está focalizada na utilização eficaz dos recursos, na criação de valor, no emprego das tecnologias e do conhecimento para auxiliar as organizações à tomada de decisão. A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida com base em materiais já elaborados, os dados foram coletados principalmente em livros e artigos científicos, e sites pesquisados na Internet.
Palavra chave: Contabilidade gerencial 1. Informação 2. Planejamento 3. Nova estrutura organizacional 4. 
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1 Edna Maria Pereira Savino (Pós-graduação em Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal do Centro Universitário Internacional Uninter). 
2 Sérgio Luís Sartori, Bacharel em Ciências Contábeis (Faculdade de Economia e Administração – FAE de Curitiba), Especialista em Gestão de Negócios pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), orientador de TCC do Grupo Uninter.
1 INTRODUÇÃO
Diante do cenário competitivo e globalizado, em que as organizações estão inseridas, existe a necessidade de adequar-se às constantes mudanças, por este motivo se faz necessário cada vez mais á utilização de técnicas de gestão. O presente artigo tem por objetivo expor a importância da contabilidade gerencial no auxílio aos gestores, através de sistemas de informações que disponibilizam dados sobre a situação financeira, para que todos os setores trabalhem de forma integrada, facilitando a gestão dos departamentos e da organização, para melhor tomada de decisão, no sentido de sempre alcançar os objetivos pretendidos. 
O planejamento, mola propulsora das atividades gerenciais, representa um importante método que antecede às medidas a serem adotadas. A aptidão do gestor em prevalecer-se da contabilidade gerencial como ferramenta e base ao planejamento fornece intensamente o crescimento da organização. Neste sentido a contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações aos gestores.
Abordaremos, no caso, as novas formas de estrutura da organização quanto à centralização ou descentralização das decisões, suas vantagens e desvantagens, e também o ingresso em peso das mulheres no mercado de trabalho.
Não se pode negar que os empregos estão exigindo cada vez mais educação formal e técnica. O Estado, porém, não consegue programar políticas eficazes para melhorar o nível de ensino que atenda a maior parte da população.
A contabilidade gerencial, portanto, utiliza-se de temas de outras disciplinas e caracteriza-se pôr ser uma área contábil autônoma, pelo tratamento dado à informação contábil, enfatizando o planejamento, o controle e a tomada de decisão. 
2 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL 
Para proporcionar o entendimento do que vem a ser Contabilidade Gerencial, faz-se necessário compreender primeiramente o que é Contabilidade.
Nessas condições Marion (2008), apresenta um dos conceitos de contabilidade, por outro lado, é a ciência que estuda, registra, controla e informa os atos e fatos econômico-financeiros que afetam o patrimônio de uma empresa, seja ela pública ou privada, assim, o objeto da contabilidade é o próprio patrimônio.
O patrimônio é composto pelo conjunto de BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES pertencentes a uma pessoa física ou jurídica. Tem-se, assim, uma balança, onde de um lado estão os bens e diretos e, de outro, as obrigações. É possível considerar a contabilidade como geradora de informações orientadoras para os administradores, gestores e investidores, nas diversas situações do cotidiano, encontradas diante de uma decisão ou atitude que possa influenciar o patrimônio. O objetivo da contabilidade é revelar como se encontra e quais os fatores que proporcionaram mutações. 
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões. (MARION, 2008, p. 23).
Com base em Castro (2010), o autor exibe um resumido histórico da contabilidade pública no Brasil, durante anos a contabilidade foi vista apenas como um sistema de informações tributárias; na atualidade ela passa a ser vista também como um instrumento gerencial que se utiliza de um sistema de informações para registrar as operações da organização, para elaborar e interpretar relatórios que mensurem os resultados e forneçam informações necessárias para o processo de gestão: planejamento (definição do problema), execução (pôr em prática a alternativa escolhida=ação) e controle (avaliação dos resultados) para tomada de decisões.
A Contabilidade Pública no Brasil foi marcada por fases bem distintas. A primeira fase teve inicio após um fato de proporções política e econômica que acabou por produzir o Código de Contabilidade Pública. Tudo começou quando, em 1914, o então Ministro da Fazenda não teve condições de realizar operações de crédito com banqueiros ingleses por incapacidade de oferecer garantias para os empréstimos. O motivo era a falta de uma Contabilidade organizada que produzisse informação consistente sobre a situação financeira, econômica e patrimonial do Governo.
Na época, a Contabilidade do Governo se resumia à escrituração do livro caixa.
A partir desse incidente, o Governo Federal e a sociedade civil somaram esforços para implantação de técnicas de contabilidade na área pública com padronização de registro, orientação metodológica e controle dos atos de gestão em todos os seus níveis. Foram aprovadas legislações especificas que viabilizam a implantação de controles internos no país, através da Contabilidade. (CASTRO, 2010, p. 101).
A contabilidade, como linguagem de interpretação e mensuração dos resultados de uma organização, tem como alicerce básico a tecnologia da informação empregada para acelerar processos e confeccionar relatórios precisos e adequados.
Conforme Sá (1971), A contabilidade gerencial, através de um sistema de informações, de métodos e conhecimento da organização e da utilização do planejamento, fornecerá informações para atender a necessidade de seus usuários, com relatórios que demonstram os resultados por atividades, comparando-se o planejado com o realizado, para análise da gestão organizacional. 
Entendemos por contabilidade gerencial, como conceito básico, formador do método que orientará o conjunto de conhecimentos contábeis organizado para observar objeto da ciência sob o aspecto administrativo, notadamente sob os da tomada de decisões. (SÁ, 1971, p. 29). 
Com relação ao aspecto administrativo, certamente a contabilidade gerencial auxilia os gestores na tomada de decisões.
De acordo com Crepaldi (1998), Indubitavelmentea contabilidade gerencial é uma organização de conhecimentos científicos para conseguir efeitos práticos na direção dos empreendimentos, utiliza-se da doutrina e da técnica existente para a correta administração do patrimônio.
O ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informações gerenciais. (CREPALDI, 1998, p.18).
Dessa forma, pode-se observar que a contabilidade gerencial é um processo com a finalidade de produzir informações estratégicas, econômicas e de gestão das operações, de custos e das demais atividades organizacionais, para o avanço decisório e de controle, com medidas de desempenho e empregar utilmente os recursos econômicos, neste sentido o IMAP apresenta a evolução da contabilidade gerencial em estágios.
Em março de 1998, a Internacional Federation of Accountants (IFAC) divulgou o pronunciamento Internacional Management Accounting Practice 1 (IMAP 1), pelo qual descreve a evolução da contabilidade gerencial em quatro estágios:
Estágio 1 – antes de 1950, o foco foi sobre a determinação dos custos e do controle financeiro, por meio da utilização do orçamento e contabilidade de custos.
Estágio 2 – em 1965, o foco tinha se deslocado para o fornecimento de informações para o planejamento e controle gerencial, por meio da utilização de tecnologias, tais como análise de decisão e contabilidade por responsabilidade.
Estágio 3 – em 1985, a atenção centrou-se sobre a redução dos desperdícios de recursos utilizados nos processos empresariais, por meio da utilização das tecnologias de análise do processo e de gerenciamento dos custos.
Estágio 4 – em 1995, a atenção se deslocou para a geração ou a criação de valor por meio da utilização eficaz dos recursos, com o emprego de tecnologias que examinam os direcionadores de valor para os clientes e acionistas e de inovação organizacional. (PARISI & MEGLIORINI, 2011, p. 11).
Atualmente, a contabilidade gerencial adapta-se às necessidades organizacionais e diante da globalização, vem adequando-se às mudanças para proporcionar melhorias nos relatórios gerenciais que são capazes de mostrar com precisão a situação real das organizações.
Contudo a contabilidade gerencial tem como premissa básica, fornecer informação contábil útil ao processo organizacional. E é através do processo de identificação e quantificação da informação contábil, que já existe na Contabilidade Financeira, que a contabilidade gerencial irá fazer a análise, interpretação e apresentação dessas informações através de relatórios gerencias, para tomada de decisões.
A dinâmica globalizada das organizações tem levado às mudanças na busca de eficiência e eficácia. O planejamento é uma técnica utilizada para transformar suposições em ações concretas e realistas, outro ponto importante é a constante revisão de propósitos e disposições do plano de negócios, o que é essencial para que esta ferramenta de gestão auxilie as organizações a atingirem seus objetivos. Diante desse cenário a globalização é um fenômeno social que o corre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em carater econômico, social, cultural e político entre diferentes países. 
A contabilidade gerencial é uma ferramenta de apoio e orientação aos gestores no processo de gestão organizacional, pois se vale das informações que já existem no sistema contábil, transformando-as em gerencial, para tomada de decisões. Os modernos modelos de gestão, seja pública ou privada, exigem a concentração e empenho nos objetivos fixados, para atingir os resultados planejados. Todos os meios devem se focar nos fins! Eficiência, eficácia e economicidade são fatores importantes para a gestão em busca dos resultados, mas é a efetividade que garante a real sobrevivência das instituições. 
De acordo com a citação de Iudícibus (1998), as organizações destas novas gerações agregam seus valores com base na tecnologia da informação que se afirma como um poderoso instrumento, sendo também uma ferramenta facilitadora na adaptação às mudanças e está evoluindo em ritmo acelerado, em velocidade e capacidade de armazenamento das informações, gerando simultaneamente reduções significativas de custo. À medida que a tecnologia da informação prossegue sua trajetória de continua evolução, surgem várias inovações que influenciam as operações nas organizações e as aprimoram cada vez mais. 
A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços, etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico, numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório. 
A Contabilidade Gerencial, em um sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 21).
De certo a contabilidade Gerencial tem por objetivo a avaliação de desempenho, elaborar planos administrativos e instrumentos de apoio ás funções, focando a avaliação de resultados. Auxiliar no gerenciamento de departamento, corrigir problemas, ajudar a organização a crescer, aplicar com eficiência seus recursos. Nota-se que as organizações estão em constantes mudanças, cada vez mais necessita de controles precisos e de informações oportunas para adequar as suas operações às novas situações. A Contabilidade utiliza-se de uma mesma linha de raciocínio, e pressuposto que a contabilidade gerencial, serve de ferramenta de tomada de decisão.
Em suma o autor Oliveira (2009), expõe as características do contador gerencial, também conhecido como Controller, que tem a função principal de assessor na moderna contabilidade gerencial. 
O processo de gestão é um processo de controle organizacional que tem por objetivo garantir a eficácia da empresa. Nesse processo, são tomadas decisões em vários momentos. Trata-se de um processo organizado de planejamento, execução e controle. (OLIVEIRA, 2009, p. 21). 
O contador gerencial deve garantir que as informações cheguem às pessoas certas no tempo certo, fazer planejamento perfeito com objetivo de se chegar a um controle eficaz, elaborar relatórios padrões, quanto melhor a qualidade das informações mais segurança terá para optar pelo caminho certo e identificar possíveis oportunidades, comparar o desempenho esperado com o real, propor medidas corretivas. Ele deve ser uma pessoa altamente qualificada, com profundo conhecimento dos princípios contábeis e das leis vigentes.
Portanto afirma Iudícibus (1987), o contador gerencial tem papel importante no processo de tomada de decisões, não como tomadores de decisões, mas como coletores e relatores de dados relevantes. Muitos gestores querem que o contador ofereça sugestões sobre uma decisão, mesmo que a decisão final sempre pertença ao executivo operacional.
Saber tratar, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados esparsos, contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como juntar tais uniformes com outros conhecidos não especificamente ligados á área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório. Deve estar ciente de certos conceitos de microeconomia e observar as reações dos administradores quanto á forma e conteúdo dos relatórios. Deve ser elemento com formação bastante ampla, inclusive de conhecimento, senão das técnicas, pelo menos dos objetivos ou resultados que podem ser alcançados com métodos quantitativos. (lUDÍCIBUS Id, 1987, p. 23).
O profissional da área contábil evolui de um perfil construído ao longo dostempos para acompanhar o curso das mudanças no mundo dos negócios. A função contábil revigorou-se com tais mudanças e tornando-se ainda mais significativas para todas as áreas de atuação do ser humano. Ele planeja, organiza, coordena, motiva e controla. Entre tais atividades, a mais importante talvez seja o planejamento, pois antes de planejar, o contador gerencial precisa definir objetivos, prioridades e sempre orientar. Serão pessoas mais treinadas e hábeis nas técnicas gerenciais e nas habilidades interpessoais, se antes eles eram os que reagiam prontamente às mudanças do ambiente, agora o que se procura são aqueles com habilidades para antever os movimentos do mercado, que tenham atitudes pró-ativas. 
Inquestionavelmente, nas últimas décadas um crescente contingente feminino ingressou na força de trabalho, assumindo cargos que anteriormente eram ocupados somente por homens, sem dúvidas existem inúmeras contadoras gerencias, praticamente não há setor ou cargo que não seja ocupado por mulheres em todo o mundo – exceção dos países de forte tradição islâmica.
Por certo, bons profissionais fazem tudo que lhe pedem, enquanto que excelentes profissionais surpreendem, fazem além do solicitado, previnem erros, trabalham em equipe, lutam pelo cérebro do time e usam o elogio. Em resumo os bons profissionais são atropelados em um mercado altamente competitivo, só os excelentes sobrevivem, profissionalismo é a principal receita do sucesso.
A fim de formar excelentes profissionais, espera-se que governo resolva a educação no Brasil, pois é preciso primeiro melhorar a formação dos docentes, visto que o desenvolvimento dos professores implica no desenvolvimento dos alunos e da escola, o que poderia resultar em dados positivos para a sociedade. Sobretudo os empregos estão exigindo cada vez mais educação formal e técnica. O Estado, porém, não consegue programar políticas eficazes para melhorar o nível de ensino que atende a maior parte da população, em consequência, esta força de trabalho está virtualmente fora da disputa pelos melhores postos de trabalho, muitos universitários estão se formando sem decifrar minimamente os códigos da inteligência. Saem hábeis para conviver com máquinas e animais, mas não com pessoas e nem com seus conflitos. O aluno compreende, mas não entende, em relação à incapacidade dos que sabem ler e escrever, mas não têm habilidade para interpretar e usar na sua vida àquilo que aprenderam. Só fazem o trivial, só realizam o esperado, não surpreendem, não motivam, não entendem que aprender a pensar e surpreender vale mais do que muitos diplomas. 
Quando a rota do IDEB alcança o Pará, este apresenta como um dos estados com os piores resultados na educação pública e privada, o Brasil precisa investir em educação comprometida com a vida contemporânea e adotar qualidade de ensino. A saída de curto prazo seria o maior investimento das organizações em educação corporativa. As que atuam em mercados de alta tecnologia já fazem este investimento. Algumas estão abrindo suas próprias instituições, outras fazendo convênios de treinamento com entidades estabelecidas. 
O mundo dos negócios está se deslocando de sua base tradicional industrial para uma economia de serviços, baseada na informação. Isto representa uma mudança estrutural tão importante quanto à passagem da economia agrícola para o mercantilismo. Isto provocará uma mudança no perfil dos empregos. Hoje e nos próximos anos será o da tecnologia da informação e do processamento de informações, que abrigará os chamados trabalhadores da informação: programador de computadores, professor, pesquisador, advogado, consultores. Esta tendência está sendo verificada há três décadas. Estes novos empregos trarão mudanças na prática da administração. A produtividade será medida de forma diferente do que numa linha de produção e os gerentes terão de ser especialistas em motivação, pois estarão tratando com trabalhadores mais qualificados que os de chão de fábrica. 
A informação é um patrimônio, é algo que possui valor. Quando digital não se trata apenas de um monte de bytes aglomerados, mas sim de um conjunto de dados classificados e organizados de forma que uma pessoa ou qualquer outra entidade possa utilizar em prol de algum objetivo. 
É preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial. Além disso, é necessário buscar soluções que tragam bons resultados, isto é, que permitam transformar as informações em algo de maior valor ainda, principalmente se isso for feito considerando o menor custo possível. Para que escolhas entre alternativas sejam realizadas, são necessárias informações confiáveis, a cada decisão a ser tomada em uma entidade econômica, o gestor depara-se com o risco e a incerteza.
Segundo Oliveira (2009), a geração de informações gerenciais visa, em especial, minimizar os riscos e incertezas para que a tomada de decisões possa ser a mais assertiva possível. Uma vez que o processo de gestão compreende as fases de planejamento, execução e controle, a Controladoria deve prover todas as informações gerenciais para atender essas fases. Em decorrência da evolução trazida pela tecnologia, a informação também foi modificada, sendo armazenada e retirada de diferentes fontes e processo, entre elas do ambiente digital. 
O surgimento dos microcomputadores e as redes locais permitiram às empresas acesso a uma tecnologia de informação de custo mais acessível, a qual possibilitou a um grande número de organizações a substituição dos onerosos Centros de Processamento de Dados de forma integral ou parcial. (OLIVEIRA, Ibidem, p. 92).
O cenário tecnológico tem dois caminhos paralelos: novidades em ritmo cada vez maior e queda nos preços. Isto tem levado a popularização do uso de computadores e colocado a Internet como um importante canal de comunicação entre pessoas e organizações, criando um novo mercado de consumo, o mercado virtual. Os gerentes e as organizações não podem desprezar as oportunidades e ameaças ao negócio que a informática apresenta. O sistema de informação é o conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros, agregados segundo uma sequência lógica, para o processamento dos dados e tradução em informações úteis à administração.
Elaboração dos Relatórios Gerenciais:
- Forma: clara, rápida e dirigida.
- Características: comparabilidade, confiança, gerado em tempo hábil, rapidez na informação, detalhado e com exatidão.
As organizações devem manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, em rigorosa ordem cronológica, como suporte às informações. São características do registro e da informação contábil:
Compreensibilidade
Verificabilidade
Representatividade
Comparabilidade
Confiabilidade
Fidedignidade
Tempestividade
Uniformidade
Objetividade
Estrutura organizacional: centralização ou descentralização, outra forma de analisar a estrutura da organização é quanto à centralização ou descentralização das decisões. Não há uma maneira correta, ambas têm vantagens e desvantagens. Podemos afirmar que o uso de uma forma ou de outra depende das condições do ambiente onde a organização está inserida. Quando se precisa de respostas rápidas, a descentralização é vantajosa. Entretanto, se não há pessoal treinado o suficiente, a centralização é necessária. 
As principais vantagens da centralização são:
• melhor uso de técnicos especializados;
• controle mais rígido das operações;
• uniformidade das decisões.
As principais vantagens da descentralização são:
• melhor adaptação das decisões ao ambiente local;
• respostas mais rápida;
• treinamento contínuo dos escalões inferiores.
As organizações inovadoras do futuro serão aquelas planejadas como sistemas de aprendizado que colocam ênfase especial em estar abertas à investigação e autocrítica. 
A organização inovadora será aquela em que atitudes inovadoras e habilidades desejadas do todo estarão contidas nas partes. O desafio de planejar organizaçõesque possam inovar é sim um desafio de planejar organizações que possam auto-organizar-se, pois a não ser que uma organização, seja capaz de mudar para acomodar as ideias e valores que produz, ficará suscetível a eventualmente bloquear as suas próprias inovações.
Características das novas organizações:
a) Maior flexibilidade de gerenciamento; 
b) Descentralização das empresas e sua organização em redes, tanto nas relações internas quanto nas externas; 
c) Individualização e diversificação cada vez maior das relações de trabalho; 
d) Incorporação maciça das mulheres na força de trabalho remunerada;
e) Sensibilidade à intervenção estatal, que desregula mercados e diminui o alcance de leis de proteção social;
f) Atenção ao aumento da concorrência global em um ambiente onde as fronteiras geopolíticas dos países deixaram de ser barreira ao comércio.
O pesquisador Silva (2012), vice-presidente executivo da “Conservação Internacional” uma das mais importantes Organizações não governamentais de maior relevância no mundo, enfatiza. 
A consciência ecológica é cada vez maior, não é possível mais ficar distante do assunto, as pessoas descobriram duas coisas importantes, a primeira, que um meio ambiente saudável e bem conservado é essencial para a economia de um país e a base para que pessoas possam prosperar, a segunda que a nova economia global é uma economia baseada no conhecimento e investir em educação, ciência e tecnologia, é a única forma de se posicionar de forma inteligente e audaz frente a esta nova situação. (SILVA, 2012, jornal Diário do Pará).
A sustentabilidade ambiental é de responsabilidade de toda a sociedade e não somente dos ambientalistas. Assim, novas formas de organização do trabalho podem ser esperadas. O trabalho, mesmo reestruturado, continuará como importante vetor das relações entre indivíduos e sociedades. 
O que parece ser um ponto convergente entre os vários estudiosos é que a nova organização do trabalho deixará de ser baseada em recursos e passará a ser alicerçada no conhecimento. O conhecimento será a fonte de inovações contínuas, de competitividade e da sobrevivência final. A nova estrutura organizacional estimulará a criatividade para que ocorra a construção do conhecimento. Para que isso ocorra, haverá um aumento da flexibilidade e autonomia nas funções. 
As organizações do futuro serão aquelas capazes de alinhar a responsabilidade e capacidade de aprender de cada indivíduo, talvez mais importante ainda, onde existe a possibilidade de aprender e crescer em todos os níveis de sua estrutura, ou seja, em que todos aprendem juntos e têm a oportunidade de seguir crescendo profissionalmente. Toda e qualquer organização, para crescer e alcançar o topo precisa ter por trás uma equipe afinada e que literalmente vista a camisa do projeto. 
O presente estudo considera a identificação do problema, com alicerce em fundamentos teóricos, conceituais e bibliográficos, o objetivo da pesquisa visa uma combinação de assuntos relevantes e atualizados.
A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida com base em materiais já elaborados, os dados foram coletados principalmente em livros e artigos científicos, visitas em algumas organizações e sites pesquisados na Internet.
A Contabilidade Gerencial na prática está presente nas instituições públicas e privadas, sendo que nas públicas, o processo de evolução e mais lento, devido à burocratização dos serviços públicos, já nas instituições privadas a sua evolução é bastante acelerada, o motivo dessa aceleração é a concorrência, pois as empresas precisam modernizar-se rapidamente. 
Atualmente, existem organizações desenvolvendo suas atividades econômicas de forma desorganizada, as consequências dessas desorganizações podem ser evidenciadas através de questões administrativas ineficientes, aliadas a falta de implantação de softwares, que contenha programação completa, que possa gerar relatórios eficientes, com informações confiáveis, por exemplo: relatórios contábeis e gerenciais em menor tempo possível, para suprir as necessidades diárias de trabalho, desenvolvendo melhor: controle, avaliação e auxilio aos gestores na tomada de decisão. 
Após visita em diversas organizações identificou-se a utilização de planilhas de controles, elaboradas no Microsoft Office Excel, sem dúvida que é um processo demorado, deste modo supre emergencialmente a necessidade, pois essas planilhas fornecem segurança nas informações coletadas e são extremamente confiáveis, além disso, os dados são extraídos de documentos físicos onde comprova sua credibilidade. Depois de prontas essas planilhas de controles, as mesmas são reconferidas, para confirmar a autenticidade da informação. Esse é um recurso emergencial para abrandar o problema, enquanto não são providenciados os ajustes necessários nos programas de computadores para o controle eficiente da gestão. Para solucionar o problema, certamente essas organizações deveriam priorizar o ajuste dos programas (softweres), conforme a necessidade de cada organização, obtendo a valorização do tempo de trabalho, pois na execução do trabalho de forma manual consumiria muito tempo, por outro lado as contratações de profissionais qualificados resolveriam as pendências existentes. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo expõe a contabilidade gerencial como instrumento de apoio aos gestores, para administrarem de maneira eficiente, com as mudanças sociais, políticas e econômicas que vem ocorrendo no mundo, o aumento da concorrência e a escassez de recursos disponíveis têm contribuído para as constantes mudanças na gestão dos negócios. 
Atualmente, as organizações têm objetivos comuns sem dúvida à aquisição de lucro, este viabilizado com recursos próprios e de terceiros. A contabilidade gerencial se revela parte fundamental na gestão, com a utilização de seus recursos, essa pode prever muitos problemas ou antecipar soluções. 
Decerto ao identificar os benefícios da utilização da contabilidade gerencial, verificou-se que esta vertente da contabilidade auxilia no desenvolvimento das estratégias de futuras decisões, com informações claras, precisas e úteis sobre a atual realidade da organização, se bem interpretadas, facilitam as ações a serem tomadas, tornando mais fácil, o planejamento e o controle das operações. Certamente as ferramentas gerenciais mais utilizadas e apontadas nesta pesquisa, como fundamentais para o bom desempenho da contabilidade gerencial, destaca-se a utilização do planejamento e a geração de relatórios gerenciais eficientes.
Inegavelmente nas últimas décadas ingressou no mercado de trabalho um crescente contingente feminino, assumiu cargos que anteriormente eram ocupados somente por homens, praticamente hoje não há setor ou cargo que não seja ocupado por mulheres em todo o mundo. Com toda certeza no Brasil o governo precisa investir em educação comprometida com a vida contemporânea e também adotar qualidade de ensino, para o perfeito desenvolvimento do país. 
Conclui-se que a Contabilidade Gerencial é de grande importância para sobrevivência das organizações atuais, aconselha-se para pesquisas futuras primeiramente, avaliar as mudanças que poderão ocorrer na Contabilidade e na sua legislação, pois este ramo da ciência social não é estável, recomenda-se ainda novas possibilidades de pesquisas e aprimoramento do tema estudado, além disso, implantação de novas ferramentas gerenciais, ou seja, criação de novos programas de computador que emitam relatórios gerenciais completos e que atendam as necessidades das inúmeras organizações. 
REFERÊNCIAS
CASTRO, Domingos Poubel. Auditória, Contabilidade e controle interno no setor público 3° ed. São Paulo: Atlas, 2010.
CREPALDI, Silvio A. Contabilidade rural: uma abordagem decisorial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1987.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 1998.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 14° ed. São Paulo:Atlas, 2008.
OLIVEIRA, A. B. S. Controladoria: fundamentos do controle empresarial. São Paulo: Saraiva, 2009.
PARISI, Cláudio; MEGLIORINI, Evandir (Org.). Contabilidade Gerencial. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2011. 
SÁ, A. L. de. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Atlas, 1971. 
SILVA, José Maria Cardoso da. Diretório dos grupos de pesquisa no Brasil. http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=6929517840401044
www.conservacao.org

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