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jogos e brincadeiras III

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Prévia do material em texto

Jogos e Brincadeiras 
na Educação 
Física Escolar
Brincadeiras e jogos simbólicos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Silvana Silva Buchini Bomtorin 
Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
5
• Brincadeiras e jogos simbólicos
• Percepção da imagem do corpo
• Fusão da imagem visual e das sensações 
táteis e cinestésicas 
Nesta unidade, analisaremos o desenvolvimento da compreensão da constituição do 
imaginário e da subjetividade humana por meio de jogos, brinquedos e brincadeiras, 
predominantemente, simbólicas.
A ideia é fazermos a correlação entre: Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Iniciaremos 
nossos estudos com a análise sobre a estrutura imaginária da brincadeira infantil, 
segundo Wajskop (1995). 
Após conceituarmos o termo simbólico, faremos uma investigação do processo do brincar 
da criança, analisando sua consciência em relação à realidade e sua intenção de transformá-
la, a partir da imaginação que vai além de seu comportamento diário.
 Quanto às atividades propostas na unidade, é importante que você realize todas com muito 
interesse e determinação. Avalie seus conhecimentos respondendo às questões sugeridas, 
observe o que você já sabe e o que precisa ainda saber, e amplie seus conhecimentos lendo 
o material complementar.
Tenha um bom estudo e lembre-se de que: em caso de dúvidas, estaremos a sua disposição 
através do ambiente virtual.
 · Nesta unidade, analisaremos o desenvolvimento da 
compreensão da constituição do imaginário e da subjetividade 
humana por meio de jogos, brinquedos e brincadeiras 
predominantemente simbólicas.
 · Então, bom estudo e lembre-se de que: em caso de dúvidas, 
estarei em contato com você através do ambiente virtual.
Brincadeiras e jogos simbólicos
• Brincadeiras Lúdicas
6
Unidade: Brincadeiras e jogos simbólicos
Contextualização
Para o momento de contextualização, sugerimos o filme “O pequeno príncipe” . Direção: 
Stanley Donen. Roteiro: Alan Jay Lerner. Ano de Produção: 1974.
Você pode encontrar em várias versões, inclusive versão dublada no YOUTUBE.
Observe o desenvolvimento das habilidades imaginativas e a importância do processo 
simbólico para a evolução Humana. 
Faça uma reflexão crítica
Bons estudos e reflexões!
7
Brincadeiras e jogos simbólicos
Nesta unidade, analisaremos o desenvolvimento 
da compreensão da constituição do imaginário e da 
subjetividade humana por meio de jogos, brinquedos e 
brincadeiras, predominantemente, simbólicas.
A análise sobre a estrutura imaginária da brincadeira 
infantil para Henriot, apud Wajskop (1995), remete-
nos a observar uma situação organizada, na qual a 
criança faz escolhas constantes, através de diferentes 
simbologias que trazem aos objetos dos quais interagem.
O brincar traz para a criança uma nova noção do que é realidade, no sentido que ela tem 
para transformá-la. O mundo dos adultos é complexo e pode ser muitas vezes imutável. O 
mundo da criança é diferente, porque para ela tudo é fantasia e fácil de ser modificado sem 
imposição a sua maneira de pensar.
Segundo Vygotsky, apud Kishimoto(1994), ao brincar, a criança tem uma consciência em 
relação à realidade, e tem a intenção de transformá-la a partir da imaginação que vai além de 
seu comportamento diário. 
http://migre.me/eAy3c - acesso 10-04-2013 
8
Unidade: Brincadeiras e jogos simbólicos
O jogo simbólico, também chamado de faz-de-conta, caracteriza-se por recriar a realidade 
e utiliza sistemas simbólicos, ele estimula a imaginação e a fantasia da criança e favorece a 
interpretação e ressignificação do mundo real. Tem sido objeto de estudo de diversos autores 
como fundamental para o desenvolvimento, promove a interação com o outro e possibilita a 
expressão das emoções e percepções vivenciadas na relação que a criança estabelece com o 
mundo real. Essa atividade estimula o desenvolvimento psicomotor, cognitivo, emocional, social 
e cultural das crianças. Piaget valoriza a contribuição do jogo simbólico para o desenvolvimento 
cognitivo e afetivo-emocional. Já Vygotsky, enfatiza a relação social proporcionada por essa 
atividade. Le Boulch afirma
A emergência da função de interiorização é que possibilita ao rápido desenvolvimento 
da função simbólica vai passar além do funcional ao jogo simbólico, verdadeira 
atividade projetiva própria para criar um universo mágico onde o real e o imaginário 
se misturam. ( 2001, p.97)
9
Nos primeiros anos de vida da criança, as experiências devem ser estimuladas, resultando 
uma memória corporal significativa, as experiências vividas anteriormente, no entanto pode 
ser estimulada pela atuação do adulto no que se refere à educação tanto nos aspectos da 
instrumentação, como na afetividade. Portanto, trabalhar a criança de forma global resulta o 
estimulo da plasticidade cerebral relacionada às possibilidades de adaptação motoras frente a 
novas situações, criando novos esquemas de coordenação e fixando-os na estrutura nervosa.
No momento que a criança começa a ter a compreensão da imagem de seu corpo, ela passa 
do mundo abstrato –imaginário- para o mundo –concreto- real no qual ela aprenderá noções 
de ordem e, a partir daí exercer sua imaginação criadura para efetivar sua autonomia no que se 
refere ao construção de sua identidade .
A educação perceptiva, na medida em que ela terá como finalidade fazer descobrir á 
criança um universo onde reinam uma organização e uma estrutura, vai ser um ponto 
de apoio necessário para fazê-la passar progressivamente de um mundo mágico, 
sinal do imaginário, a um mundo objetivo, onde poderá exercer sua “imaginação 
criadora. (Le Boulch, 2001, p.99)
Para criança aprender que no contexto social há regras que precisam ser obedecidas, embora 
até a fase dos 2 aos 3 anos seja bastante egocêntrico, e sua forma de ver as outras pessoas é 
entendê-las mais como objetos do que como pessoas; é com a ajuda dos adultos que poderá 
a vir realizar novas ações que refletem seu raciocínio lógico e seu senso crítico. Passando do 
corpo vivido á imagem visual do corpoExistem duas maneiras de verificar os progressos obtidos 
pela criança na busca de uma imagem visual fidedigna em relação a seu corpo: a representação 
da figura humana e a utilização de puzzles.
Grafismo e imagem do corpo: A atividade gráfica da criança pequena, no começo está 
intimamente relacionada aos sentidos. 
Percepção da imagem do corpo 
Arquivo da autora - 2013
10
Unidade: Brincadeiras e jogos simbólicos
A criança deixa de acreditar nas características reais de seu corpo e passa a imaginar formas 
diferentes de representá-lo - através de desenhos (garatujas) - nos quais ela encontra maneiras 
de expressar sentimentos, vontades e atitudes que gostaria de realizar. 
Aos 2 1/2 anos, o controle visual vai influir cada vez mais na execução dos traçados. 
Mas só entre 3 e 4 anos vê-se aparecerem diferentes formas figurativas e não-
figurativas no desenho da criança. Torna-se capaz de dar-se modelos visuais a partir 
representação mental e compreende o valor simbólico que expressa o desenho. (Le 
Boulch, 2001, p.99) 
A primeira representação concreta em relação ao desenho da criança ocorre mais ou menos 
aos 3 anos de idade e, se dá por meio de uma figura circular com linhas feitas em seu interior. 
No entanto, observa-se que nessa etapa há uma oposição entre a noção real da imagem visual 
do corpo, que a criança adquire ao longo das experiências vivenciadas em seu cotidiano e a 
possibilidade da representação gráfica. 
Pouco depois dos 3 anos, a criança desenha um círculo com os olhos, o nariz, a 
boca. Logo, a criança acrescenta ao círculo dois traços, que representam os membros 
inferiores. É importante destacar que,na maioria dos casos descritos pelos autores, 
os membros inferiores estão representados em primeiro lugar, embora osmembros 
superiores e, sobretudo, as mãos, sejam os segmentos do corpo que a criança 
descobre e utiliza primeiro. (Le Boulch, 2001, p.100) 
Na fase dos 4 anos a criança começa a ter a noção de organização corporal, isto é, ela 
desenha as partes do corpo e as coloca em ordem e então entende que seu corpo é formado 
por uma estrutura e assim amplia cada vez mais seu conceito de imagem e identidade.
Aos 4 anos, um círculo representará a cabeça com os olhos, o nariz, a boca, as 
orelhas e às vezes os cabelos. Um segundo círculo representará o tronco de onde 
partem os membros. (Le Boulch, 2001, p.100)
Na idade de 5 anos, a criança já tem uma noção sobre o seu próprio corpo. Então outras 
partes vão ser acrescentadas ao mesmo para deixá-lo mais estruturado e desenvolvido. E assim, 
ela vai desenhá-lo de forma harmoniosa e também consciente.
LOWENFELD - 1997
11
Na fase seguinte (aos 5 anos), aparece a figuração das mãos e dos pés, os dedos 
da mão aparecem sob a forma de traços, os pés sob a forma de excrescência dos 
membros inferiores. Os dedos da mão dispõem-se em raios de roda a partir da 
extremidade do antebraço. Os membros superiores estão representados por duas 
linhas partindo com mais frequência do tronco, mas também da cabeça.” (Le 
Boulch, 2001, p.100) 
Nesta fase a criança já tem um conceito formado sobre seu próprio corpo, enxerga e relaciona 
elementos e detalhes que o distinguem de outras pessoas. Isso pode variar de individuo para 
individuo, pois, cada um é diferente do outro e tem algo que o torna único.
Aos 6-7 anos, a tradução pelo grafismo da imagem visual do corpo tem adquirido 
suas características fundamentais, mas a precisão e a variedade dos detalhes diferem 
muito de uma criança a outra. (Le Boulch, 2001, p.100).
Na utilização dos puzzles a noção que a criança tem de seu corpo deve ser representada de 
maneira ordenada. Entretanto, pode sofrer alterações em relação à estrutura mental e gráfica e 
isso interfere no seu desenvolvimento.
A fidelidade, com a qual se pode apreciar o nível real da representação visual que a 
criança tem de seu corpo através do desenho da figura humana está limitada, pela 
defasagem entre a representação mental e o grafismo. (Le Boulch, 2001, p.100)
Estádios do desenho do corpo
Fonte: FONSECA (2010, p. 156)
12
Unidade: Brincadeiras e jogos simbólicos
A criança adquire noção da imagem de seu corpo através dos sentidos, por exemplo, em sua 
higiene diária ela tem a possibilidade de cuidar de si e começa a se conhecer e ter autonomia. 
Essa experiência deve ser reconhecida pelo adulto e o mesmo deve estimular o indivíduo para 
que ele tenha bons hábitos.
O banho representa um momento privilegiado no 
sentido de favorecer a experiência perceptiva do corpo, 
a utilização do espelho permite associar as informações 
visuais ás informações táteis e cinestésicas. As outras 
atividades da vida cotidiana: vestir-se, rabiscar, abrir 
uma porta, atirar uma bola, rolar no chão, rastejar, 
manipular um objeto, representam tantas outras 
situações favoráveis. Faz falta que o adulto se interesse 
pelos êxitos das tarefas da criança e a incite a prestar 
atenção sobre aquilo que ela sente durante a execução 
da atividade. (Le Boulch, 2001, p.102).
A hora do banho é o momento que a criança se realiza através de ações espontâneas 
que proporcionam prazer e autonomia para que ela conheça seu próprio corpo e suas 
limitações. Isso lhe trará mais confiança para que seja uma pessoa independente e, ativa 
em diferentes situações.
As consequências positivas em relação à evolução psicomotora da criança são que a mesma 
conseguirá ter uma coordenação motora bem desenvolvida e, isso vai influenciar no seu 
comportamento de maneira significativa porque fará com que ela tenha mais confiança em si 
mesma e explore o mundo ao seu redor.
 
 Explore
Parâmetros curriculares Nacionais – Arte/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Edu-
cação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1997. Volume 6: Introdução – p 19.
 Explore
Fusão da imagem visual e das sensações táteis e cinestésicas 
Arquivo da autora – 2013
13
Assim aos 3 anos, a criança manifesta um bem-estar motor global, permitindo-lhe 
explodir na atividade sensório-motora. Este desempenho garante-lhe certa influência 
sobre o meio. Esta intuição motora eficaz encontrar-se-á em outro nível, quando 
possa programar uma resposta a partir de uma representação mental e não reagindo 
a uma situação de forma espontânea, ou seja, ela deverá escolher a forma de agir. 
(Le Boulch, 2001, p.102).
Quando a criança é estimulada através de atividades bem trabalhadas ela terá um bem estar 
geral nas quais irá desenvolver seus aspectos físicos, psicológicos e sociais de forma adequada.
Portanto, é através das atividades psicomotoras que a criança adquire atenção e concentração 
através da união das habilidades de correr e andar, falar, ter noções musicais, desenvolva a 
lateralidade e o equilíbrio, e supere suas limitações. 
A partir dos 5 aos 7 anos as crianças podem praticar exercícios relacionados a atividades 
globais como, por exemplo, atividades de percepção e de tomada de consciência do 
próprio corpo.
Também podem ser trabalhadas a partir do sentido como também a partir dos sentidos: tato, 
audição, visão são componentes essenciais para um bom desenvolvimento psicomotor.
Desde os 5 aos 7 anos, a criança integra progressivamente seu corpo, adquirindo 
consciência do seu corpo “corpo próprio”, com possibilidade ulterior de representação 
mental e de transformação de si em relação à outra pessoa. Nesta etapa podem ser 
propostos, junto aos exercícios de atividade global, exercícios de percepção e de 
tomada de consciência do “próprio corpo”, feitos com verbalização. Neste estagio 
a associação dos dados sinestésicos aos dados de outros sensoriais (tátil, visual 
e sonoro) é fundamental. Um aspecto da associação do campo sonoro a outros 
campos de perceptivos está representado pela associação do símbolo verbal a outras 
sensações do “próprio corpo”. (Le Boulch,1992, p.162)
É importante respeitar o ritmo da criança porque cada indivíduo tem suas necessidades, 
especificidades e potencialidades que precisam ser analisadas como um todo. Isso contribui 
para que ele tenha um desenvolvimento satisfatório.
A atividade psicomotora não tem por objetivo fazer a criança adquirir os ritmos, 
senão favorecer a expressão de sua motricidade natural, cuja característica essencial 
é a ritimicidade. ( Le Boulch,1992, p.181)
O esquema do nosso corpo é dinâmico, aprendemos a descobri-lo através dos movimentos, 
do contato com o meio externo e o retorno que vem desde saber quem somos e como somos.
14
Unidade: Brincadeiras e jogos simbólicos
É importante que o corpo esteja integrado com as demais áreas do conhecimento. O 
corpo vai ocupar um lugar de destaque em suas brincadeiras através do movimento. 
(Piaget, 2004, p.26)
Quando a criança nasce sua primeira expressão e corporal, porém a mesma se comunica, por 
gestos, pois ainda não consegue expressar verbalmente onde só irá adquirir esta habilidade com 
o passar do tempo, os primeiros sinais vem através de gritos.
As operações sensório-motoras e a atenção são partes integradas do comportamento. 
A fala certamente irá introduzir mudanças significativas na forma com que a criança se 
relacionará com as outras funções sensoriais. A criança começa a perceber o mundo 
que a cerca através da voz, também. Anteriormente o seu único instrumento eram os 
olhos. Por meio da palavra a criança pode se expressar e, é importante percebermos 
que, mesmo usado a linguagem verbal as vazes não consegue exprimir o que deseja; 
ai ela experimenta o uso linguagem gestual, facilitando a sua comunicação. A fala, a 
linguagem segundo Vygotsky “é a parte essencial do desenvolvimento conjuntivoda 
criança” (Vygotsky, 1991, p.37) apud Le Boulch, p.32.
O desenvolvimento da fala da criança deve ocorrer naturalmente sem pressões sobre a forma 
correta de falar porque nesta fase ela continuará a falar errado mesmo que os outros a corrijam. 
O desempenho da linguagem verbal da criança só irá ocorrer se ela estiver à língua. Para que 
ela fale corretamente é necessário que os outros também falem e evitem igualar sua fala à dela. 
Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam do 
repertório da cultura corporal na qual estão inseridas.
Entre os mecanismos que devem permear a educação por 
meio das brincadeiras lúdicas é o incentivo, a sociabilidade 
e a afetividade. Outros aspectos como noções de tempo 
e espaço, classificação e seriação podem ser trabalhados. 
Algumas dessas brincadeiras têm sido exploradas há muito 
tempo com as crianças, entre elas:
• Pega-pega 
• Esconde-esconde
• Cabra Cega
Brincadeiras Lúdicas
http://migre.me/eAAal – acesso 05-04-2013
15
• Gato Mia
• Queimada 
• Pula Corda
Outro aspecto a ser observado é a relação que a criança tem com o brinquedo. Nos contatos 
múltiplos e diversificação com o brinquedo a criança passa por várias experiências, tais como: 
sentimentos de posse, desejos, negociações, descobertas, relações afetivas e explorações; 
efetivando o contexto do imaginário. Segundo Brougère (2008), os principais aspectos e 
conceitos que devem ser observados e trabalhados nessas relações são:
- A imaginação: A imaginação varia de acordo com a idade, 
a situação e o sexo da criança, se apoiando em história reais 
e irreais; 
- O toque: Ao tocar em um brinquedo, a criança desenvolve 
sentimentos e a sua lúdica, permitindo assim manipular os 
códigos culturais e sociais; 
- A falta de referência dos pais na vida da criança pode 
ser muito significativa; 
- A socialização da criança vai acontecer através do objeto, 
mas ela não está totalmente condicionada ao brinquedo e 
sim à sua imaginação, que se considera ser o mais importante; 
- O brinquedo, mesmo sendo um objeto, é uma grande fonte 
cultural, traz à criança suporte de ação, conduta lúdica, 
formas, imagens, símbolos, para serem manipulados. 
Portanto a criança passará pelo processo de modificações 
do brinquedo. Brougère, (2008) classifica como:
 
http://migre.me/eAA7l – acesso 05-04-2013
http://migre.me/eAAg2 – acesso em 07-03-2013
16
Unidade: Brincadeiras e jogos simbólicos
Animismo: A criança vai dar características humanas a seres inanimados.
http://migre.me/eAAG3 – acesso – 14-05-2012
Antropomorfismo: A criança forma atribui características ou aspectos humanos a elementos 
da natureza ou animais.
LOWENFELD - 1997
Nesse sentido, é importante ressaltar a importância da aquisição de conhecimento das 
crianças através da Arte, no sentido de uma com¬preensão do mundo na qual a dimensão 
poética esteja presente. Buscando ampliar uma experiência de aprendizagem comunicativa por 
meio das linguagens artísticas e, a interação com o lúdico.
 
 Explore
Para se aprofundar nos conceitos acima citados leia 
BROUGERE, G. Brinquedo e Cultura. 5. Ed., v. São Paulo: Cortez, 2004.
 Explore
17
Material Complementar
Entrou em cartaz, nos cinemas, o filme “Os Croods”, em cópias dubladas e legendadas. Com 
direção de Kirk De Micco e Chris Sanders, essa animação é uma comédia que se passa com 
uma família que vive na Pré-história. Eles partem em busca de uma nova casa, depois que a 
caverna do clã foi destruída. O que os Croods não sabiam era que, além das pedras da caverna 
existia um mundo novo e fantástico, que mudaria suas vidas para sempre. Para quem for assistir 
a uma cópia legendada, poderá conferir o trabalho de dublagem de atores como Nicolas Cage, 
Ryan Reynolds e Emma Stone, que dão vida aos personagens.
Nicolas Cage, conhecido por sua atuação em filmes de ação, dessa vez emprestou sua voz ao 
pai da família, Grug, que tem um papel protetor. Em entrevista à Agência Estado, o ator disse 
que sua participação nesse filme foi a sua preferida na categoria Animação. “Os diretores Chris 
Sanders e Kirk De Micco incorporaram tanta coisa minha ao personagem, não só a voz, que 
consigo me identificar na tela. O 3D torna a aventura maior, mas eu confesso que gosto em 
“Croods” não da dimensão épica, mas da íntima”, disse Cage. Apesar das semelhantes com 
outra família de desenho animado que vivia na Idade da Pedra, os Flintstones, Cage considera 
a trama dos Croods mais complexa.
Na história, quando a família dá início à sua jornada, acaba tendo como agregado o jovem 
Guy, que paquera a filha do clã. As ideias do jovem, a princípio, ganham certa resistência, mas, 
depois, são incorporadas pelo grupo, deixando a mensagem de que a troca de conhecimento 
pode ser benéfica.
Bem, depois de assistir ao filme, quais as conexões que você consegue fazer com a Unidade 
que estamos estudando?
Elabore suas reflexões, participe do fórum de discussões, pois discutir com os amigos é sempre 
muito produtivo.
Participe do fórum, sua opinião é muito importante para nós!
18
Unidade: Brincadeiras e jogos simbólicos
Referências
BOULCH, J. Le. O Desenvolvimento Psicomotor. Do nascimento até os 6 anos. A psicocinética 
na idade pré-escolar. 7ª edição. 2ª reimpressão. Editora: Arimed. 2001.
FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2010
BROUGERE, G. Brinquedo e Cultura. 5. ed. , v. ,São Paulo: Cortez, 2004.
KISHIMOTO, T. M.JOGO, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8. ed. , v. ,São Paulo: 
Cortez, 2005.
KISHIMOTO, T. M.O Brincar e suas Teorias. v. ,São Paulo: Pioneira, 2002.
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Funda-mental. Parâmetros 
curriculares Nacionais – /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação 
Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1997. Volume 1: Introdução – p 19.
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Funda-mental. Parâmetros 
curriculares Nacionais – Temas Transversais /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria 
de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1997. .Volume 6: Introdução – p 19.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na Pré-Escola. 5ª edição. Coleção: Questões da Nossa Época. 
Editora: Cortez – volume: 48. 1995.
19
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

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