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manifestacoes culturais III

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Manifestações e 
Culturais Esportivas II
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Ivan Luis dos Santos
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
O Ensino dos Esportes nas Aulas de Educação Física: 
Princípios Curriculares
• O Reconhecimento do Patrimônio Cultural e Esportivo da Comunidade 
e a Articulação com o Projeto Político-Pedagógico da Escola
• O Ensino dos Esportes sob uma Perspectiva Justa e Descolonizada
• Ancoragem Social dos Conhecimentos Esportivos
 · Identificar e analisar os princípios fundantes de um currículo de 
Educação Física, capaz de promover uma educação crítica e demo-
crática diante das diversas manifestações esportivas, bem de seus 
códigos e representantes.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
O Ensino dos Esportes nas Aulas de 
Educação Física: Princípios Curriculares
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE O Ensino dos Esportes nas Aulas de Educação Física: 
Princípios Curriculares
Contextualização
Quando chegam à escola, as crianças trazem consigo uma série de experiências 
acumuladas juntos aos esportes. Sejam aquelas que ingressam nas escolas de Educação 
Infantil, sejam as com mais idade, que transitam pelo Ensino Fundamental e Médio, 
todas, certamente, já tiveram contato com os textos esportivos difundidos pelos fami-
liares, pela mídia, pelos jogos realizados nas ruas, pela própria instituição escolar.
Mediante todo patrimônio cultural esportivo das crianças e adolescentes, de 
que maneira a escola e as aulas de Educação Física podem levar os estudantes a 
perceberem a construção de suas próprias identidades culturais? De que maneira o 
currículo tem se “esforçado” para garantir uma distribuição equilibrada das diversas 
manifestações esportivas, considerando os diferentes grupos culturais que coabi-
tam a escola?
Partindo de questões como as arroladas acimas, nessa unidade iremos nos deter 
a reconhecer os princípios fundantes de um currículo de Educação Física, capaz de 
promover uma educação crítica e democrática diante das diversas manifestações 
esportivas, bem de seus códigos e representantes. Para tal, debateremos sobre as 
possibilidades de tematização dos esportes nas aulas de Educação Física, mediante 
o reconhecimento do patrimônio cultural e esportivo da comunidade, bem como, 
a articulação com o projeto pedagógico institucional. Falaremos, ainda, sobre 
a necessidade de uma distribuição justa e descolonizada dos conhecimentos no 
âmbito do currículo da Educação Física, de maneira a se valorizar a diversidade de 
manifestações esportivas, seus sujeitos e toda produção social, histórica e política 
que os atravessam.
Esperamos que, ao final desta unidade, tenhamos construído os “alicerces” 
curriculares necessários para se pensar o planejamento dos temas, conteúdos e 
atividades de ensino, no que se refere ao trabalho com as manifestações culturais e 
esportivas no âmbito escolar.
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O Reconhecimento do Patrimônio Cultural 
e Esportivo da Comunidade e a Articulação 
com o Projeto Político-Pedagógico da Escola
Pense numa escola instalada numa cidade litorânea. Agora imagine outra situada 
no campo. Ou ainda, uma escola localizada na periferia de uma grande cidade. Quais 
são as práticas esportivas que compõem o patrimônio cultural E corporal destas três 
realidades? Como os sujeitos partícipes de suas respectivas comunidades atribuem 
significados às diferentes práticas esportivas, seja em relação àquelas produzidas 
regionalmente, seja em relação àquelas massificadas e difundidas pela grande mídia?
Estas indagações são imprescindíveis para a organização do currículo, se o objetivo 
for a valorização das raízes culturais da comunidade na qual a escola está inserida. Nos 
dizeres de Candau (2008), a escola deve promover o entendimento dos enraizamentos 
culturais, bem como dos processos de negação e silenciamento de determinados 
pertencimentos, a fim de reconhecê-los e trabalhá-los criticamente.
Ou seja, é no interior de cada comunidade, que o futebol, os jogos com taco e 
raquete, a bocha, dentre outras manifestações esportivas historicamente produzidas, 
adquirem representatividade. Dessa forma, reconhecer o patrimônio esportivo dos 
alunos significa desenvolver uma prática pedagógica em profunda sintonia com a 
cultura de chegada, comumente vista como subordinada pela cultura dominante.
Pensemos no caso específico do futebol, retomando os três contextos apresentados 
anteriormente: o litoral, o campo e a periferia da cidade. Parte-se do princípio que a 
produção cultural dessa manifestação esportiva adquire sentido próprio em cada um 
desses contextos. Além disso, os textos produzidos regionalmente aparecem marcados 
pelos diferentes discursos que atravessam as raízes culturais e a forma com a qual as 
práticas do futebol são mencionadas. Isso nos leva a pensar que, em cada escola, 
em cada comunidade, o processo de ressignificação do futebol precisa ser levado em 
consideração pelos agentes proponentes do currículo, como ponto de partida para as 
escolhas didático-pedagógicas que se sucederão.
Sob essa perspectiva, o futebol de várzea, o futebol de tampinha, o futebol de rua, o 
futebol soçaite, o futebol de 5, o futebol de areia, o futebol no vídeo game dentre outros, 
podem transformar-se em temas a serem estudados em aulas de Educação Física, 
dadas as possíveis ocorrências sociais dessas manifestações culturais, no âmbito de 
cada comunidade. Somente assim, acredita-se ser possível a valorização das diferentes 
características das raízes culturais das famílias de cada um dos alunos, do próprio 
contexto de vida, do bairro, etc. De acordo com Kincheloe e Steinberg (1999), o que 
se quer fazer é prestigiar no currículo, também, a cultura dos grupos subordinados. Os 
autores não querem, com isso, marcar fronteiras a fim de garantir a pureza da cultura 
9
UNIDADE O Ensino dos Esportes nas Aulas de Educação Física: 
Princípios Curriculares
de origem ou dos modos de identificação com os quais as manifestações interpelamseus sujeitos. O que se está a defender é que os temas relativos à cultura corporal 
subordinada componham a agenda dos debates escolares por terem sido historicamente 
desdenhados ou tergiversados.
Neira (2011) ressalta que o absoluto predomínio dos produtos esportivos na sua 
formatação euroamericana, branca, cristã e heterossexual colabora na formação de 
identidades superiores para os alunos que percorrem esses currículos, com relativo 
sucesso e na perpetuação das condições de marginalizados para aqueles que reagem ao 
patrimônio imposto, nele fracassando, devido ao pouco ou nenhum traço identitário.
Santos Junior (2009) ao justificar a escolha do tema que elegeu para desenvolver 
com os alunos nas aulas de Educação Física, numa escola localizada na periferia da 
zona sul da cidade de São Paulo, apontou em seu relato que:
“Após a discussão com os estudantes e entre eles, selecionei o futebol de 
várzea como tema de estudo. A escolha dessa prática foi favorecida pelo 
conhecimento que os estudantes carregavam e o quanto estava enraizada 
na família de alguns. Além disso, a cerca de 2 km da escola há um campo 
onde se pratica a modalidade e muitos alunos transitam por lá.” (SANTOS 
JUNIOR, 2009, p. 3)
Saiba mais sobre o relato de experiência, acessando: https://goo.gl/kjAEHC
Ex
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Enquanto um tema subordinado no currículo – o “futebol de várzea” – ao longo 
de toda a ação pedagógica, o professor buscou, dentre outras coisas, destacar 
como os sentidos atribuídos a prática corporal foram produzidos, questionando os 
códigos e os artifícios pelos quais se apresenta ou é representada. Daí emergiram 
discursos preconceituosos relacionados a gênero e a local de moradia; discussões 
sobre o papel das ONGs e das escolinhas de futebol na comunidade; etc.
Conforme aponta Neira (2011), a multiplicidade de vozes no currículo não só 
permite descobrir novas dimensões de muitas experiências, como também revela 
outras formas de ver a manifestação esportiva que está sendo estudada. Para o 
autor, em decorrência do longo tempo de permanência num estado de opressão e 
esquecimento, a possibilidade de reconhecer as manifestações corporais dos grupos 
subordinados pode sinalizar um novo caminho para definições mais complexas da 
teoria social e da autoridade ética.
Nessa direção, Souza (2013) ao tematizar o “futebol de rua” com os alunos de 
sua escola fez os seguintes destaques:
“O futebol de rua, objeto de estudo do meu trabalho é uma manifestação 
corporal que está ou esteve presente na infância e na juventude de 
10
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muitas pessoas. Embora não pareça, ao analisar o futebol de rua nesta 
comunidade, percebemos que ele aparece em diversos lugares e contextos 
(garagens, quintais, corredores, becos, vielas, calçadas, estacionamentos e 
principalmente nos pátios das instituições escolares, durante os recreios/
intervalos, entradas e saídas), além das ruas e nos seus variados tipos 
de jogos (timinho/golzinho, golzão, linha, melê, gol a gol, vinte e um/
bobinho, artilheiro e outros). De fato, o futebol de rua está presente 
dentro das instituições escolares e nas ruas da comunidade local, mas 
poucas vezes é tratado com seriedade no currículo da Educação Física 
Escolar. [...] O projeto contribuiu para que os educandos ampliassem e 
aprofundassem seus conhecimentos sobre os diferentes tipos de jogos 
de futebol de rua, partindo de seus próprios conhecimentos. O diálogo 
entre todos os envolvidos [...] possibilitou aos educandos momentos de 
analises, reflexões, discussões, debates e, sobretudo, de valorização de 
seus conhecimentos sobre os jogos estudados, bem como de exercício da 
criticidade.” (SOUZA, 2013, p. 29)
Saiba mais sobre o relato de experiência, acessando: https://goo.gl/H8Z28F
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Percebe-se, então, que apenas reconhecer as práticas esportivas da comunidade 
e incorporá-las ao currículo não é suficiente, dado o risco desse reconhecimento se 
apoiar em categorias que são, em grande parte, elaboradas por quem está no poder 
e, por conseguinte, construídas à imagem dele. Para que se evite esse risco, é impres-
cindível que o processo pedagógico inclua leituras críticas da manifestação estudada, a 
fim de fazer emergir as representações para serem problematizadas e desnaturalizadas.
Por fim, recuperando os ensinamentos freireanos, é sempre importante recordar 
que não estamos sugerindo permanecer na cultura dos alunos, reproduzindo aquilo 
que eles já fazem fora da escola. Trata-se 
de reconhecer os saberes provenientes 
da cultura corporal local, favorecendo o 
entrecruzamento com o repertório corporal 
disponível em outras culturas. Daí a 
importância de se articular as ações curriculares da Educação Física que consideram 
o patrimônio cultural esportivo da comunidade com os objetivos institucionais mais 
amplos, explicitados, sobretudo, no projeto político-pedagógico da escola.
Concebendo a Educação Física como componente curricular participante da 
formação dos sujeitos pretendidos pela unidade escolar, sobretudo quando os 
objetivos educacionais são frutos de debates e decisões coletivas, a tematização das 
práticas esportivas deve buscar, no reconhecimento do patrimônio cultural corporal 
da comunidade, o elo com o projeto político-pedagógico.
que não estamos sugerindo permanecer na cultura dos alunos, reproduzindo aquilo que não estamos sugerindo permanecer na cultura dos alunos, reproduzindo aquilo 
Paulo Freire os explicita, sobretudo, 
no seu livro “Pedagogia do Oprimido” 
(FREIRE, 2005).
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UNIDADE O Ensino dos Esportes nas Aulas de Educação Física: 
Princípios Curriculares
Importante!
A partir de Gadotti (2000) e Padilha (2004) estamos entendendo projeto político-
pedagógico como um instrumento capaz de articular os diferentes atores da comunidade 
educativa, possibilitando que todas as vozes sejam ouvidas e suas ideias consideradas no 
que se refere, principalmente, ao direito à aprendizagem de todos e à emancipação social.
Importante!
Por exemplo, Colombero (2010) relata que:
“[...] percebi que parte dos alunos (as) frequentavam as aulas de educação 
física com a camisa do seu time de futebol preferido. A partir dessa 
observação realizei uma pesquisa com duas turmas de 3º ano (7ª série) e 
quatro turmas do 4º ano (8ª série) do Fundamental II perguntando para 
que time torciam. Surgindo como resposta: São Paulo Futebol Clube, 
Corinthians, Palmeiras, Santos. Flamengo, gerando grande interesse entre 
todos. A partir desta constatação, considerei a manifestação corporal 
futebol pertinente para o desenvolvimento do projeto, articulando-o ao 
tema do projeto da unidade escolar que naquele ano era: Respeito, Ética, 
Cidadania e Valorização do Conhecimento.” (Colombero, 2010, p. 1)
Saiba mais sobre o relato de experiência, acessando: https://goo.gl/y1PnRn
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Neira (2011) adverte que não se trata de uma operação corriqueira. Para o au-
tor, além de possuir clareza sobre as intenções educativas da escola em que atua, 
o professor necessita extrair, dentre o vasto repertório cultural corporal acessado 
pelos alunos, um tema cujo estudo se aproxime com os objetivos institucionais. 
Adotada essa precaução, quando do caso da tematização de uma manifestação es-
portiva, assume-se que esta esteja considerando as decisões coletivas estabelecidas 
com a comunidade escolar.
Nesse sentido, a experiência pedagógica com as manifestações esportivas em 
aulas de Educação Física deverá abrir espaços para a participação, reflexão, e 
discussões coletivas a respeito do patrimônio da cultura corporal da comunidade, 
atentar e acolher as decisões coletivas e assentar-se em ações voltadas para o 
desenvolvimento da capacidade de análise crítica da realidade.
O Ensino dos Esportes sob uma Perspectiva 
Justa e Descolonizada
Um trabalho com as manifestações esportivas na escola encaminhado de forma 
justamantém-se atento ao modo como se privilegiam certos conhecimentos em 
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detrimento de outros, certos discursos em detrimento de outros, certas identidades 
em detrimento de outras, atuando no sentido de promover uma distribuição 
equilibrada das diversas manifestações esportivas no decorrer do planejamento. De 
acordo com Neira (2011), essa medida visa romper com a exclusividade de valores 
que intensificam noções de superioridade/inferioridade e que, consequentemente, 
atribuem conotações discriminatórias aos setores sociais em desvantagem nas 
relações de poder.
É o caso, por exemplo, de se problematizar a presença feminina em algumas 
manifestações esportivas.
Para tal, convido-o a assistir ao vídeo “Invisible players”: https://youtu.be/XoZrZ7qPqio
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Após assistir ao vídeo, tente pensar sobre o que levou as pessoas (entrevistadas) a 
afirmarem a autoria “masculina” do “gol”, da “cesta”, da “onda surfada”. Segundo 
a afirmação de uma das mulheres entrevistadas, “quando se pensa em atleta, logo 
se pensa no homem, por primeiro”. O que leva as pessoas a construírem este tipo 
de representação sobre o futebol, o basquete, o surfe? De que maneira as aulas de 
Educação Física podem contribuir com a desconstrução desses discursos que estão 
naturalizados no imaginário social?
A tematização dos esportes populares ou midiáticos na escola, por si só, já 
se constitui numa boa ilustração da justiça curricular. Torres Santomé (1998) 
enfatiza que pela atenta seleção dos conteúdos e das atividades de ensino já se 
pode conquistar um espaço de valorização dos diversos saberes culturais e, em 
função disso, permitir com que os alunos compreendam a heterogeneidade social 
e valorizem os diversos sujeitos que compõem o universo da cultura corporal.
Neira (2011), com base nos trabalhos de dois estudiosos do currículo, Tomaz 
Tadeu da Silva e Marisa Cristina Vorraber Costa, aponta que as atividades de ensino 
atentas à justiça curricular promovem, entre outras situações, a desconstrução da 
maneira hegemônica de descrever o Outro cultural. Continua o autor:
“Desconstruir não é destruir, desconstruir requer procedimentos de análise 
do discurso, ‘que pretendem mostrar as operações, os processos que 
estão implicados na formulação de narrativas tomadas como verdades, 
em geral, tidas como universais e inquestionáveis’. A desconstrução põe a 
nu as relações entre discurso e poder.” (NEIRA, 2011, p. 70)
No caso da participação feminina nas manifestações esportivas, basta lembrar-
mos que o esporte moderno surgiu, desenvolveu-se e se difundiu como uma prática 
masculina. O discurso preconceituoso culturalmente instituído aludiu a uma certa 
“inferioridade biológica” da mulher, bem como aos perigos da prática esportiva 
para a gestação. A influência desses discursos era tamanha que, até 1979, a legis-
lação brasileira proibia as mulheres de jogarem futebol.
13
UNIDADE O Ensino dos Esportes nas Aulas de Educação Física: 
Princípios Curriculares
Conforme nos conta Neira (2014), as primeiras modalidades praticadas 
pelas mulheres foram justamente aquelas consideradas mais apropriadas à sua 
“natureza” (patinação, tênis, esqui, etc.). Posteriormente, continua o autor, o rol de 
possibilidades foi ampliado com a criação de esportes exclusivamente femininos, 
como o nado sincronizado. Reforçando aspectos característicos da chamada 
feminilidade (flexibilidade, graça, equilíbrio, coordenação motora), as questões 
estéticas despontavam como atributos principais enquanto as praticantes ficavam 
protegidas do confronto direto.
Dessa forma, temos que, um aspecto primordial do processo de escolarização 
das manifestações esportivas com vistas à construção de identidades democráticas 
é, justamente, priorizar o questionamento da maneira com que são construídas 
as representações do Outro, do diferente. Neira (2011) aponta que a postura 
questionadora do professor busca evitar os riscos de perpetuação dos preconceitos, 
ou mesmo, da abordagem da diferença numa perspectiva da tolerância.
Por exemplo: Em 2014, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), dados os 
inúmeros casos manifestos de racismo no esporte brasileiro, lançou a campanha 
“Somos todos iguais”.
Campanha CBF “Somos Iguais”: https://youtu.be/blWU_ez7ux0
Ex
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CBF lança nova campanha contra o preconceito no futebol do País: https://goo.gl/yMJV8x 
Ex
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Em nota publicada em seu site oficial, a CBF declarou que “o objetivo da 
campanha é a conscientização e o repúdio sobre qualquer ato de preconceito, 
seja racial, econômico, religioso, social, sexual, dentre outros”. O teor louvável da 
campanha não nos exime de questionar o seu próprio slogan, afinal, somos todos 
iguais mediante as nossas diferenças históricas? Nossas diferentes lutas? Nossos 
diferentes sofrimentos?
Para Neira (2011), quando os desacordos são camuflados em nome da coopera-
ção ou do bom andamento das coisas, tem-se “o que Canen (2008) denomina de 
multiculturalismo folclórico. Nesse tipo de discurso ocultam-se as discriminações e 
relações desiguais entre sujeitos e universos culturais diversos” (p. 72-3), cujo resul-
tado é a formação do dominante tolerante e do diferente submisso. “Este último, 
vê diante da imposição da aceitação da benevolência por parte daquele que já é 
valorizado pela sociedade” (p. 73).
Como forma de justiça curricular e de combate à questão dos preconceitos, Canen 
(2007) propõe uma análise das formas como as diferenças são construídas para 
14
15
que se possa identificar as marcas da linguagem impregnadas nas manifestações 
esportivas por uma perspectiva ocidental, colonial, branca e masculina. Afinal, 
o que explica a pouca presença dos negros nas competições de natação? Nos 
contentaríamos com as “rasas” explicações anátomo-fisiológicas?
Recomendamos que leia a reportagem “O negro na natação mundial”. Para tal, acesse o link: 
https://goo.gl/7UCJwsEx
pl
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A reportagem em destaque pode se configurar como um material didático 
interessante para se problematizar a manifestação esportiva “natação”, de maneira 
a levar os alunos a perceberem que as identidades são culturalmente construídas, 
em meios aos discursos atuantes na validação dos significados. Além disso, é preciso 
que se garanta um espaço para que os alunos descrevam o modo como a natação 
é acessada em seus bairros, quais locais estão disponíveis para essa prática, quem 
são as pessoas que participam das aulas, dentre outros aspectos da cultura local.
Quando o trabalho pedagógico se articula ao contexto local de ocorrência das 
manifestações esportivas, torna-se possível elaborar propostas que atentam não 
somente para o reconhecimento da existência histórica das respectivas manifesta-
ções, mas também o entendimento de que as culturas são híbridas, se entrecruzam 
no contexto escolar e não se reproduzem de forma estável e padronizada. Por 
exemplo, talvez você já esteja trabalhando (ou ainda vai trabalhar) numa escola cuja 
inserção das crianças em aulas de natação seja fomentada por um grande número 
de projetos sociais existentes na comunidade. Isso, certamente, produzirá repre-
sentações distintas (daquelas problematizadas na reportagem) no que se refere à 
inserção dos negros nessa prática corporal. Ao mesmo tempo, talvez seja possível 
reconhecer que as academias particulares do bairro, abarcam um número maior de 
crianças brancas, quando comparado ao número de negros frequentadores.
Observando-se a trajetória histórica da Educação Física, percebe-se a intenção 
de se legitimar durante as aulas deste componente curricular os valores da cultura 
esportiva eurocêntrica, sobretudo, no que se refere aos saberes que a constituíram. 
Quanto a isso, Neira (2011) faz os seguintes destaques:
“Nos currículos convencionais do componente, identifica-se a preocupação 
com o ensino da bandeja do basquete,o desenvolvimento da lateralidade 
ou a memorização da fórmula para o cálculo do índice de massa corporal, 
sem que se estabeleçam quaisquer análises das motivações que fizerem 
eleger esses conhecimentos como merecedores de espaço no currículo 
ou da sua trajetória sócio-histórica, a subjetividade que transportam, seus 
contextos de origem, a quem beneficiam, etc.” (NEIRA, 2011, p. 79)
15
UNIDADE O Ensino dos Esportes nas Aulas de Educação Física: 
Princípios Curriculares
Uma proposta de intervenção pedagógica descolonizada destaca os conheci-
mentos e as práticas esportivas dos grupos dominados. Privilegia, também, as his-
tórias de luta, valoriza e reconhece a diversidade identitária da população, pro-
porciona o ambiente necessário para que as narrativas sejam efetuadas a partir 
da própria cultura, de forma a relatar suas condições de opressão, resistência e 
superação (APPLE, 2001, apud NEIRA, 2011).
Isso possibilita aos alunos o questionamento do processo de construção identitária 
que experimentaram mediante as práticas esportivas que acessaram, como também 
daquelas experiências corporais divulgadas como as únicas válidas para a aprendi-
zagem social. É nesse processo que os grupos subordinados adquirem um conheci-
mento sobre aqueles que tentam dominá-los, ao mesmo tempo em que procuram 
informar-se dos mecanismos diários de opressão. “[...] fundamenta-se na ideia de que 
uma pessoa educada de forma multiculturalmente orientada sabe mais sobre a cultura 
dominante que o simples conhecimento validado” (NEIRA, 2011, p. 82).
Assim, em vez de silenciar os conflitos, ao estudar as manifestações esportivas 
junto com os alunos, o professor necessita validar o dissenso, ou seja, as diferentes 
formas de representar o mundo, a cultura mais ampla, a cultura corporal, os esportes. 
Diante da heterogeneidade que caracteriza a sala de aula e a fim de reconhecer as 
leituras e interpretações dos alunos sobre a manifestação esportiva tomada como 
objeto de estudo, o professor poderá recorrer a uma variedade de atividades de 
ensino – assistência de vídeos, modos variados de participar das vivências corporais, 
construção de blogs, filmagens e fotografias, análises de textos e imagens presentes 
nas mídias, elaboração de vídeos clipes, demonstrações, construção de materiais, 
entrevistas, conversas com convidados, elaboração de apresentações, etc. – para 
estimular, ouvir e discutir todos os posicionamentos. “O resultado final é a elevação 
dos diferentes grupos à condição de sujeitos da transformação e construção da 
manifestação” (NEIRA, 2011, p. 91).
Observe a imagem a seguir. Trata-se de um registro realizado pelo professor Pedro 
Xavier Russo Bonetto, durante a tematização da manifestação cultural esportiva 
“Atletismo”, numa escola da rede municipal de São Paulo. As anotações realizadas 
na lousa evidenciam os posicionamentos iniciais dos alunos encaminhados a partir 
da questão lançada pelo professor: Quem são as pessoas que praticam atletismo? 
(VIEIRA; BONETTO, 2015)
Saiba mais sobre o relato de experiência, acessando: https://goo.gl/G3uV8e
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Figura 1
Fonte: usp.br
Dentre as anotações no quadro, foram destacadas pelo professor Pedro:
“[...] Quenianos, negões, magros, altos, rápidos, ‘Wilson Bolt’, jamaicanos, 
angolanos, africanos, porque não têm muita comida, pernas longas, vida 
sofrida, bom condicionamento físico, coxa monstra, correr das bombas, 
raça evoluída, aqueles que representam seus países, os melhores são: 
China, EUA, Rússia, Canadá, Japão e República Tcheca, Olimpíadas, 
São Silvestre, maratona, César Cielo, Daiane dos Santos, Arthur Zanetti, 
corredores, os que fazem natação, ciclismo, atletismo, ginástica. Também 
retornaram com indagações: Ginástica é atletismo? É natação? É 
ciclismo?” (VIEIRA; BONETTO, 2015)
Nesse momento o professor pode identificar as representações atribuídas ao 
atletismo e aos seus praticantes. A partir dessas representações culturais o professor 
encaminhou algumas atividades de ensino com o intuito de ampliar as leituras sobre 
essa manifestação esportiva, bem como, de problematizar os discursos que atuam 
(em meio às relações de poder) para a sua ocorrência social.
17
UNIDADE O Ensino dos Esportes nas Aulas de Educação Física: 
Princípios Curriculares
Ancoragem Social dos 
Conhecimentos Esportivos
Moreira e Candau (2003) denominam ancoragem social dos conhecimentos 
à estratégia pedagógica voltada ao estabelecimento de conexões entre discursos 
históricos, políticos, sociológicos, culturais e outros, com o objetivo de perceber as 
origens e os processos de transformações experimentados pela sociedade.
Tomando de empréstimo as ideias das autoras e considerando que estamos 
adotando como ponto de partida para o trabalho pedagógico como os esportes e 
as suas respectivas formas de ocorrência na sociedade mais ampla, a ancoragem 
social dos conhecimentos possibilitará a compreensão e o posicionamento crítico 
dos alunos frente aos contextos de produção e reprodução das práticas esportivas.
Mencionamos acima o exemplo do Atletismo. Diante dos sincretismos manifes-
tados sobre essa prática esportiva e seus participantes, é a ancoragem social que 
ajudará na desconstrução das representações distorcidas ou fantasiosas, mas que 
adquirem sentido de verdade na cultura. Sendo assim, dada a necessidade de lastre-
ar os conhecimentos trabalhados, Neira (2011) sugere que seja devolvida durante a 
ação didática uma genealogia arqueológica das manifestações esportivas, ou seja, 
que se forneça aos alunos “possibilidades de análise dos contextos de pensamento 
e conjunto de verdades que validam ou negam as manifestações culturais” (p. 96).
Para esse mesmo autor, a ancoragem social dos conhecimentos requer profun-
didade no tratamento dos temas, cuja possibilidade tem como condicionantes o en-
gajamento do professor na proposta, a investigação do assunto, a seleção de ma-
teriais adequados e a preparação de atividades específicas. “Uma eventual falta de 
sincronia entre esses elementos significará uma abordagem superficial das questões 
sócio-históricas e políticas alusivas às práticas corporais” (NEIRA, 2011, p. 97).
Durante a tematização do Atletismo (VIEIRA; BONETTO, 2015), ao trabalhar 
com alguns vídeos sobre as provas de arremesso do peso e lançamentos, o professor 
Pedro deparou-se com o seguinte discurso: “a atleta negra, gorda e grande é 
nojenta”. O professor retomou essa afirmação dizendo que:
“[...] não somos obrigados a achar ninguém bonito, apenas devíamos 
entender como esse processo ocorre. Disse também que, atribuir valor 
estético é algo que aprendemos desde cedo na sociedade e, por conta 
de tanta mídia e tanta propaganda, somos quase convencidos a adotar 
somente uma forma estética.” (VIEIRA; BONETTO, 2015, p. 13)
Para problematizar os padrões de beleza dos corpos femininos, instituídos, 
sobretudo pela mídia, o professor Pedro, dentre outras atividades de ensino, 
selecionou uma reportagem, cujo título era: “Atleta plus size posa nua e é capa 
de revista nos EUA”
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Atleta plus size posa nua e é capa de revista nos EUA: https://goo.gl/KXp6aQ
Ex
pl
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Após alguns meses tematizando o atletismo, os alunos tiveram oportunidades 
para compreender as relações de poder que atuam na produção dos padrões 
de beleza hegemônico. Além disso, puderam entender que as pessoas que não 
apresentam as características que compõem os padrões de beleza – e que, 
portanto, são rotuladas como diferentes – devem ser reconhecidas e legitimadas 
enquanto pessoas de direitos. Que sentir nojo ou comentar pejorativamente suas 
características são ações bastante preconceituosas (VIEIRA; BONETTO, 2015).
Neira (2011) aponta que qualquer didática insípida, marcada pela ausência da 
crítica e da contextualização requeridas pela ancoragem social dos conhecimentos, 
emnada contribuirá para a compreensão mais ampla do papel social das práticas 
esportivas. “Quando a natureza das ações pedagógicas é descontextualizada e 
desprovida de conflitos, a essência das experiências fica dissimulada” (p. 98).
O que está sendo proposto é que o trabalho escolar com os conhecimentos 
referentes às manifestações culturais esportivas contribua para a análise das razões 
que impulsionam determinadas representações sobre os sujeitos participantes dessas 
manifestações. Neste sentido, os fatores relativos às questões de etnia, classe social, 
gênero, local de moradia, entre outros, precisam ser obrigatoriamente desocultados. 
Neira (2011) destaca que, quando isso não é feito, os alunos permanecem à mercê 
de perspectivas distorcidas que relacionam as práticas esportivas a finalidades 
mercadológicas de consumo ou estéticas, quase sempre embebidas de posições 
preconceituosas para com os grupos que recusam submeter-se.
Mediante ao que foi exposto, a ancoragem social dos conhecimentos esportivos, 
somada aos princípios curriculares anteriormente vistos – reconhecimento do 
patrimônio cultural esportivo da comunidade, a articulação com o projeto político-
pedagógico escolar, justiça e descolonização – agrega de forma contextualizada as 
histórias das manifestações esportivas, preferivelmente reconhecendo seu ponto 
de apego tanto na comunidade quanto na sociedade mais ampla. 
Sendo assim, convidamos você a refletir sobre as manifestações esportivas que 
estão presentes nos arredores do seu bairro, da sua escola ou mesmo na sua cidade. 
Quais práticas esportivas são essas? O que está sendo dito ou produzido sobre elas? 
De que maneira dialogam com o contexto nacional ou internacional? Como se dão as 
estratégias de poder que atuam para validar determinados posicionamentos? Como 
essas estratégias foram se estabelecendo (e se sustentando) ao longo do tempo? 
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UNIDADE O Ensino dos Esportes nas Aulas de Educação Física: 
Princípios Curriculares
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Futebol e Modalidades Lúdicas
https://goo.gl/dPBvYA
 Vídeos
O Golfe na Aula de Educação Física
https://youtu.be/4hrQoC0t290
O Basquete na Aula de Educação Física
https://youtu.be/1tRxZHC22uo
 Leitura
Educação Física Escolar versus Projeto Social Esportivo: “Quando os Donos da Casa Perdem o Jogo”
SILVA, S. S. Educação Física Escolar versus projeto social esportivo: “Quando os 
donos da casa perdem o jogo”. Dissertação de Mestrado. FEUSP, São Paulo, 2010.
https://goo.gl/Xmztuy
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Referências
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Outros materiais