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Testes projetivos: Resumo esquemático sobre textos variados

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Prova I 
- Texto 2: Conceitos fundamentados dos métodos projetivos (Rocha Pinto)
São examinados três conceitos: a projeção e suas diferentes variações, a elaboração de fantasias e a personificação.
- O método projetivo foi designado por Frank sendo constituído por uma diversidade de testes que eram utilizados.
- Frank considerava as técnicas projetivas como aquels que ofereciam acesso ao mundo dos sentidos, padrões, significados e sentimentos, revelando aquilo que o sujeito não pode ou não quer dizer, em geral, por não se conhecer bem. Podendo, assim, apreender aspectos latentes ou da personalidade por serem inconscientes.
 Posições contrárias ao uso projetivo aplicado a alguns métodos: 
- As oposições se colocam contra a visão das técnicas a partir da perspectiva psicanalista; 
Diz-se, na visão do autor, que acha justo o uso do termo porque ajudou a identificar as técnicas, através da designação de uma categoria entre as variedades de testes utilizados e que foram submetidos a classificações para facilitar os estudos sobre eles;
- Posição positivista: Considera os testes projetivos com fraco perfil psicométrico e falta de objetividade dos resultados:
É utilizado desde o início do século XX, tendo sido olhado com suspeita pelos psicólogos que procuravam maior segurança nos procedimentos (avaliando as qualidades preditivas), como ocorria com os métodos objetivos, já que a avaliação e integração dos dados brutos, na projeção, dependiam da habilidade e experiência do analista. Tendo, assim, perdido espaço na década de 60 para os testes objetivos. 
Lembra-se que é preciso avaliar os testes projetivos, em termo de validade e confiabilidade, a partir de uma perspectiva diferente da que se usa nos testes objetivos.
A crítica que se faz às interpretações dos métodos projetivos como risco para subjetividades é ingênua, se se ignorar o fato de que a mesma coisa ocorre em relação à entrevista. Este é um forte motivo para completar as observações com outros meios, ao se fazer uma avaliação diagnóstica.Estes instrumentos podem ser escolhidos entre os inúmeros testes que compõem o instrumental clínico, de acordo com cada caso.
Os argumentos para o uso de múltiplas técnicas são de duas ordens: em primeiro lugar está a limitação dos instrumentos. Cada teste é idealizado para avaliar uma determinada característica ou função do sujeito. Uma avaliação mais complexa necessita de diferentes testes, que irão abordar então diferentes dimensões da personalidade. Em segundo lugar, o uso de um conjunto de instrumentos minimiza o erro e maximiza a adequação das avaliações pela validação cruzada, que pode ser alcançada por meio dos entrecruzamentos e superposições dos vários métodos. Assim, é possível conseguir uma amostragem mais ampla do comportamento, diminuindo a probabilidade de especulações.
- Os critérios de organização diferenciam-se para cada autor;
Num esforço de sistematização, Anzieu (1988) classifica os testes em três categorias: 
Técnicas expressivas: configuram situações nas quais há uma ampla liberdade, tanto de instruções, quanto do material utilizado.
As técnicas expressivas podem ser definidas como aquelas que investigam características de personalidade , de um modo mais global e livre já que implica em um intenso grau de criação e elaboração pessoal, através dos padrões dos movimentos e ritmos corporais: oferecem oportunidade para a pessoa reagir de forma característica ou individual, quando maneja e organiza um material. 
É positivo por não necessitar da linguagem falada; pode servir com terapia e instrumento de diagnóstico, embora seja sempre simultaneamente projetivo. 
Entre as técnicas expressivas encontramos o desenho e a pintura, a atividade do brinquedo nas sessões livres, os testes lúdicos e, inclusive, toda a riqueza da mímica e dos movimentos que podem ser observados nas situações psicodramáticas.
Técnicas projetivas: com respostas livres, material definido e padronizado, embora ambíguo. 
- Técnicas estruturais: que oferecem informações referentes à estrutura da personalidade. O protótipo seria o Teste de Rorschach (1921/1967).
- Técnicas temáticas: tarefas que envolvem a preparação de uma história por parte do sujeito. Através da elaboração de temas e contos, a pessoa revela seus conflitos e desejos fundamentais, suas expectativas, modelos de reação, mecanismos de defesa, e os principais momentos da sua trajetória de vida. Todos os relatos livres se incluem como técnicas temáticas. Tais relatos são induzidos por estímulos padronizados, como as pranchas do CAT e do Maps, ou montados como tarefas de complementação, feito as histórias das Fábulas de Duss. 
c) Testes psicométricos: para os quais o material exige uma grande precisão, e em que as respostas adequadas variam muito pouco.
Linhas teóricas basais dos testes projetivos: Gestalt e Psicanálise. 
Perspectiva de Frank:
Diferencia as técnicas (cada uma com seus materiais e tarefas) a partir de sua natureza: não estruturada, ambígua e amorfa (inconsistente): assim, quanto mais definido o material externo, mais próximo da realidade objetiva externa, devendo ser impreciso/indefinido para, de fato, revelar algo do seu mundo interior. 
Projeção: 
Esteve presente na obra de Freud;
O conceito é trabalhado em dois momentos distintos e com perspectivas diferentes, incorporando conteúdos inconscientes e conscientes:
Designa a projeção como mecanismo de defesa (=deslocamento de sistemas hostis sobre outra pessoa): sofre influência de Herbart que tratava na metafísica materialista a “defesa” como central, entendia assim a alma como parte da matéria e que era indivisível da realidade, relacionando-se sempre a noção de energia e matéria. (Baseou-se na ideia de que toda ação provoca uma reação e que a natureza resiste a destruição). Assim, autores como Anzieu, buscam nessa perspectiva ampliar a concepção freudiana, já baseado nesses princípios, querendo ir além do inconsciente e da patologia (Herbart fala disso como “apercepção”=processo no qual se incorpora novas percepções, por meio da assimilação ou combinação com representações antigas ---- A massa aperceptiva seria responsável por controlar a atividade humana sendo um conjunto total de percepções conscientes). 
Para Herbart: a alma responde aos estímulos externos por meio de respostas defensivas (=percepção). Percepção (resposta perceptiva) é a autodefesa da alma.
Para Freud, as percepções internas e externas se entrelaçam formando um corpo de fantasias que constituirá o imaginário
Personalidade: produto de um campo de forças que podem se relacionar entre si (combinadas/divididas, indo ao mesmo sentido ou sendo opostas podendo, até mesmo, excluí-las). (Entende-se por forças=percepção).
A partir das obras de Schreber muda-se a concepção, em Freud.
Histórico do sentido: 1. Defesa que só se referia à expulsão de desejos intoleráveis e inconscientes em si, tendo sempre um viés patológico; 2. A projeção vai sendo aplicada a vários fenômenos que fazem parte de nossa vida quotidiana e com a extensão do conceito, passa-se a utilizar a projeção como explicação para o deslocamento de sentimentos, ideias e emoções consideradas positivas e valorizadas, e, até mesmo, conscientes. Este caráter consciente das projeções vai ser bem esclarecido por Bellak (1967), que prefere outra designação para este fenômeno — externalização.
Anzieu: 
No tipo especular, a pessoa age como se estivesse na frente de um espelho, refletindo em seus trabalhos características que reconhece como suas.
Em uma forma complementar, existiria uma atribuição externa de causalidade, e estas causas servem como justificativa de características próprias.
Na projeção catártica, predominaria o primeiro sentido freudiano, da expulsão de características intoleráveis, quando o sujeito não reconhece determinados sentimentos e ideias como sendo seus, e os atribui a uma origem externa.
Elaboração de fantasias: 
Freud fala sobre o devaneio do artista e fala sobre a criação considerando que há proximidades entre a brincadeirada criança e a obra do artista: ambos criam, para si mesmas, um mundo próprio. Diferem-se por: o artista brinca na sua imaginação e a criança precisa ter onde apoiar essa imaginação (o brinquedo real); 
Quando a criança cresce, substitui o apoio dos objetos reais que usava para brincar pela fantasia apoia-se nos elementos simbólicos já implicados na personalidade, como no caso da linguagem em que a palavra -simbólica- substitui o referente real), criando os sonhos ou devaneios diurnos.
A criação expressa fantasias e desejos que acabam sendo sublimados;
A criação envolve as três dimensões temporais (passado, presente e futuro) perpassadas pelo desejo: algo da vivencia presente se relaciona a algo do passado que se expressa pela fantasia concretizada pela arte que é lançada para o futuro abrindo espaço que ainda está por vir. 
A fantasia surge do mesmo modo que os sonhos, por enlaces múltiplos: ambos procuram realizar anseios e expectativas do sujeito. 
- Deve-se interpretar a obra projetiva considerando a relação temporal e o desejo que flui nos mesmos.
Personificação:
O ego é o real personagem de todos os sonhos: Sendo o Ego o personagem principal destes relatos, é preciso supor que as histórias estejam expressando também sentimentos, ideias, motivações e fantasias conscientes, pois apreendem competências e habilidades que são funções do Ego (tais como memória, tendências artísticas e outras características da personalidade). Fora as funções defensivas, o Ego desenvolve uma ampla série de atividades, que Freud (1925/1948) examina em Inibição, sintoma e angústia.
- Com o brincar, a criança personifica não apenas seu Ego, mas também conteúdo do Id e do Superego, distribuídos pelos diversos personagens pertencentes ao enredo de uma brincadeira. Este recorte é importante para os métodos projetivos, já que alguns se constituem como técnicas lúdicas. (Melanie Klein). 
- Entretanto, entendemos que a personificação não ocorre apenas no brincar. Assim como a criança, ao brincar, vai depositando partes suas nos diversos personagens da trama da brincadeira, o mesmo ocorre quando se pede o relato de uma história diante de uma prancha projetiva, como o TAT de Murray (1943): A personificação pode ocorrer também por meio de animais ou objetos inanimados.
Formação de compromisso
A fantasia é função de uma formação de compromisso (contrato interativo).
Esse compromisso é firmado entre o id, ego e superego com o objetivo de realizar a manutenção do equilíbrio psíquico. 
- Nesta direção trabalham os mecanismos de defesa, que procuram solucionar os conflitos, evitar a angústia e manter a estrutura da personalidade;
É possível afirmar que qualquer ato do ser humano vai ser gerado por meio de uma barganha interativa entre as três instâncias da personalidade, com as defesas desempenhando um papel central na manutenção do equilíbrio psíquico. 
As respostas aos métodos projetivos também serão resultado de uma formação de compromisso.
- Necessita-se de estudos que ampliem o tema das técnicas projetivas;
- Se faz necessário estar atento as interpretações dos materiais projetivos, permitindo-se ser sensível, entretanto deve-se ter cautela para que não revele mais do intérprete do que do sujeito interpretado.
- Texto 3: Técnicas projetivas: o geral e o singular em Avaliação Psicológica – (Guntert)
A ciência em busca do conhecimento válido e confiável: a ciência construiu métodos que pudessem fornecer credibilidade as observações e investigações feitas além dos critérios para o desenvolvimento de tal método. 
O fato de que os critérios positivistas de objetividade máxima não são aplicáveis a maioria dos fenômenos humanos levou ao desenvolvimento de metodologias que pudessem garantir, de outro modo, cientificidade para esses estudos.
Devendo, assim, entender que não há bom ou mal modelo, mas adequado ou inadequado.
- Problemas ideológicos sobre o uso que se fará dos conhecimentos adquiridos. 
- A psicologia e a AP encontram-se diante da constante escolha de trabalhar com o geral ou com o singular nas manifestações humanas.
Mas, todo conhecimento que vise contribuir com o avanço do campo, benefício do ser humano e esteja de acordo com os princípios éticos devem ser considerados e pode-se buscar as melhores estratégias;
Assim, qual o objetivo da AP: comparar os indivíduos e a partir de um padrão de normatividade julgá-los pela possibilidade de ajustamento ou verificar a sua singularidade cujo sofrimento precisa de ajuda?
A questão do tipo observação:
A psicopatologia é um exemplo desse “duelo” positivismo x humanismo, visto que os fatores sociais, históricos e espirituais foram desvinculados das considerações sobre saúde mental sendo adotado as indicações operacionais expostas nos manuais DSM/CID. 
A operacionalização tem um ponto positivo: permite que a troca de informações e a comunicação seja mais efetiva por garantir uma nomenclatura única.
Ponto negativo: a reação dos pacientes diagnosticados com algum transtorno frente a algum tratamento pode variar em função dos demais fatores. – Só se debate a psicopatologia e a psicologia clínica quando é sobre a eficácia dos tratamentos.
Assim, os pesquisadores precisam sempre se colocar de um lado ou de outro: apoio cientifico/positivo x falta de credibilidade por parte da comunidade cientifica em prol de uma visão particularizada dos fenômenos. 
	A escolha do método de investigação já determina, a priori, o destino do conhecimento produzido, indicando em que meios os dados serão aceitos e com todas as implicações econômicas e de prestigio acadêmico em que isso possa resultar.
Um caminho possível:
- A discussão recai no quanti (de caráter nomotético) x quali (de caráter idiográfico).
Nesse contexto, considerando que ambos são relevantes, as técnicas projetivas são úteis conforme os objetivos, visto que permitem uma análise dos dados tanto quanti quanto qualitativa (compreensivo e interpretativo).
- Principais características comuns a todas as técnicas projetivas:
Caráter pouco estruturado do estímulo apresentado ao indivíduo em questão; 
Solicitação de que se execute uma tarefa cujo objetivo é que se exteriorize algo do seu mundo interno sobre o material apresentado. 
Ex.: figuras do TAT, manchas do Rorschach;
 - Freud x AP
O conceito de Freud: conceito inicial que fala de um mecanismo de defesa específico e consiste em projetar para os objetos externos, aspectos internos indesejáveis que deixam, assim, de ser reconhecidos como próprios e passam a ser atribuídos a um outro;
O conceito de AP: ampliando o conceito de Freud, com Herbert e Bellak, se diz que “é um processo pelo qual novas experiências são assimiladas e transformadas por resíduos da experiência passada de um indivíduo, para formar uma nova totalidade” – diz respeito ao que se entende por apercepção, dizendo respeito a um aspecto do processo de percepção que se relaciona a dinâmica da personalidade, não podendo considera-lo um conceito objetivo. A percepção é sempre distorcida por manter relação com as experiências anteriores, de modo que a cadeia de estímulos presente se relaciona aos eventos da memória e permitem fornecer sentido, nomear ou colocar carga afetiva aos eventos presentes. De modo que nenhuma resposta ou atitude de uma pessoa está isenta em menor ou maior grau algo de sua história construindo parte de sua personalidade (isso implica, também, no que se chama de determinismo psíquico).
O determinismo psíquico permite observar não só como funciona a mente do ser mas de que elementos de vivências ela se compõe. Assim, dependendo da técnica pode-se perceber a dinâmica afetiva do indivíduo assim como as habilidades cognitivas, dependendo dos testes um pode ser mais que outro.
- Em função disso, em uma perspectiva clínica se entende que o objetivo se trata de comparar os indivíduos com o que demanda uma avaliação e descobrir o que se aproxima dos outros e o que se afasta para que, após um diagnóstico, se proponha uma intervenção. 
O enfoque clínico é caracterizado pelainteração indivíduo – observador (esse que procura recolher as diversas informações sobre o mundo psíquico, diante de aspectos internos ou externos, do indivíduo).
O problema consiste em que, se espera que diante dessas situações clínicas considere-se cientificamente apenas os aspectos generalizáveis, o que é inadmissível de pensarmos que o contexto clínico abrange questões puramente subjetivas que podem ou não ser generalizadas, mas não se reduz a isso apenas.
Assim, o método projetivo pretende alcançar ambas as aspirações psicológicas: apreender o singular (podendo atender o indivíduo em seus aspectos únicos) ao mesmo tempo em que processa as informações obtidas de modo a torna-las generalizáveis. 
O que tem sido feito?
Alguns testes têm ganhado espaços e proporcionado publicações que demonstram que o campo dos métodos projetivos é rico e fértil, sendo relevante para o avanço embora muitos ainda precisem de avanço nos estudos para garantir maior validade e precisão. 
O método de Rorschach foi um dos primeiros de investigação da personalidade a receber suporte estatístico que o tornaram confiável para a população científica, sendo uma técnica totalmente projetiva em seu sentido mais amplo e implicando em uma das mais utilizadas com um volume grande de publicações na área de pesquisa e clínica. Assim como outros testes, a exemplo: TAT e CAT bem como o trabalho com desenhos passaram a ganhar visibilidade.
- Texto 4: Problemas de Validação (Anzieu)
- Validação de teste: conjunto de operações por meio das quais se comprova que o instrumento apresenta um tríplice valor:
a) discriminação dos sujeitos testados (sensibilidade): capacidade do teste para localizar qualquer modificação na varável independente (objeto medido), na variável dependente (desempenho do sujeito no teste), mas sem ter o mesmo sentido dos testes de aptidão; podendo ser utilizado para utilizar o grau de interferência exercido por um acontecimento ou uma situação sobre a personalidade.
No teste de aptidão: o objetivo é identificar o grau com o qual a aptidão se apresenta no sujeito. A amostra é distribuída ao acaso. Sensibilidade é: a capacidade do teste para distribuir os sujeitos testados segundo uma distribuição normal à amostra estudada. 
No teste projetivo: o objetivo é determinar as características de personalidade que são mais ou menos ligadas entre si e que pertencem a um traço determinado do indivíduo. Assim, a amostra deve ser representativa dos traços de personalidade possuídos pelo sujeito com distribuição raramente feita ao acaso. Sensibilidade é: capacidade apresentada pelo teste de distribuir, em função da sua importância em termos da personalidade em exame, as diversas características dela componentes. – Na prática: é a verificação do instrumento refletir, de modo coerente com a teoria, as mudanças fundamentais que sobrevêm na personalidade, como a idade, doenças ou circunstâncias excepcionais.
Ex. Rorschach é sensível às principais épocas do desenvolvimento da personalidade, como o predomínio de algumas cores na infância. Podendo, no caso de aplicado repetidamente durante uma psicoterapia registrar os progressos e as regressões da personalidade. 
Estabilidade da medida (fidedignidade): é definida por:
- Estabilidade das respostas em aplicações sucessivas, isolando-se o fator aprendizagem (esse ponto pesa mais em testes de aptidão);
- Pela concordância entre juízes diferentes ao levantarem e interpretarem os mesmos protocolos (esse ponto tem peso maior em testes projetivos, podendo ser usado, inclusive, para analisar o grau de experiência e sensibilidade clínica do psicólogo ao trabalhar com o teste).
Envolve dois métodos:
Interpretação às cegas: interpretar sem informações sobre o sujeito além de sexo, idade e, às vezes, nível socioeconômico e de inteligência. 
Emparelhamento: ou acasalamento: fornece ao juiz dois documentos: o psicograma do teste e a descrição da personalidade resultante da interpretação. Os documentos referem-se a diversos sujeitos e são estregues ao juiz sem especificações do correspondente, de modo que ele precisa juntar o psicograma que ele considera correspondente a descrição. 
c) pertinência ao objeto medido (validade): pode ser investigada a partir de dois caminhos:
i) através de métodos psicométricos tradicionais: - correlação com um critério externo: significa compreender as ligações entre os fatores, no caso de um teste projetivo, enquanto nos demais refere-se a estabelecer uma ligação estatística. Assim, a dificuldade em estabelecer diferenciações nosológicas simples pode indicar a sensibilidade do teste, já que a personalidade do indivíduo vai além de um rótulo;
- ou análise de correlações entre variáveis internas do teste: se trata de uma inter correlação de fatores ou a correlação dos fatores com o score total. 
ii) métodos mais específicos como a predição: um método geral que tomam noção de sua dimensão diante dos testes projetivos. É fundamental para a validação dos testes projetivos: apresenta-se a observação clínica detalhada de um caso e a partir dela o psicólogo prediz configurações de sinais se deve esperar encontrar nos protocolos de um ou vários testes projetivos do mesmo sujeito, sendo estes protocolos apresentados depois: introduz a psicologia dinâmica da personalidade. 
Os procedimentos se diferenciam para os testes projetivos, visto que:
Os testes projetivos não exploram uma única variável: descrevem o indivíduo em termos de um esquema dinâmico de variáveis de Inter correlação.
Sua validação se resume em verificar se os indivíduos testados se ordenam segundo o grau em que neles se manifesta a variável única. 
Assemelha-se mais ao processo científico de validação das hipóteses.
De onde provém a importância do sistema de interpretação?
- Um teste projetivo implica na transformação de uma massa de dados qualitativos em uma forma manipulável, onde antes de codificar é preciso estabelecer as categorias em função das quais as respostas serão classificadas.
Assim, cada sistema interpretativo se prende a um sistema de classificação de respostas que só tem sentido, por sua vez, a partir da interpretação que os sistemas promovem.
O valor da classificação depende mais da fidedignidade ao invés da validade.
Progressos referentes a validação:
É preciso padronizar, ainda mais, a aplicação das técnicas: essa padronização deve ser baseada em aplicações de técnicas que são experimentalmente justificadas, garantindo que as técnicas não serão aplicadas de modo diferenciado conforme os pesquisadores promovendo a anulação dos trabalhos. Os testes projetivos possuem instruções imprecisas que são discutíveis, embora sejam admitidos na prática em função do que se chama “pseudoliberdade”. – Uma solução é que, ao invés da aplicação única dos testes, se faça aplicações sucessivas.
Estudo experimental da relação sujeito-pesquisador foram iniciadas. Ex.: O sexo do pesquisador exerce influência quase nula. – Essas pesquisas precisam ser continuadas e sistematizadas.
Diz-se que os testes projetivos têm como defeitos a análise intuitiva, mesmo que tentando se afastar de uma análise individualista (atomista): segundo a teoria dinâmica da personalidade, é preciso interpretar configuracionalmente, mas, a priori, deve-se ter uma etapa intermediária (comparar o indivíduo, a partir de algum aspecto, com a tabela normativa, ex. comparar ele com seu grupo de idade). 
A necessidade de uma abordagem para se basear nas análises das questões não implica a exclusão da possibilidade de analisar algumas questões a partir de uma perspectiva geral, que não deve ser puramente estatística mas deve se preocupar em compreender os comportamentos e fenômenos psicológicos que são exprimidos através das técnicas projetivas.
A análise dispõe de quatro métodos:
- Experiência em laboratório;
- Análise fisiopatológica: comparam protocolos de casos com lesões corticais ou sub corticais; 
- A introspecção experimental: uma pesquisa sistemática para investigar o que o sujeito pensou quando respondeuàs perguntas, quando leu as próprias respostas e sobre o esforço para explicar o que se passou dentro dele nesses casos.
- Análise matemática: ex. análise fatorial.
e) É relativamente fácil criar e validar técnicas projetivas simples.

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