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HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES - QUESTÕES
1 - Durante o período colonial, havia atritos entre os padres jesuítas e os habitantes locais por que:
R: Os colonos pretendiam escravizar os indígenas e os padres eram contra, pois queriam colocá-los em aldeias em missões.
2 - A colaboração dos indígenas com os europeus baseada na troca de produtos por serviços ficou conhecida sob o nome de: 
R: Escambo.
3 - "Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se:
R: À catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão de obra nas propriedades da Companhia de Jesus.
4 - Uma das discussões mais presentes sobre as sociedades ameríndias no Brasil versa sobre o canibalismo. Relatos como o de Hans Staden dão tons tenebrosos a esta prática, vendidos no espaço europeu como a maior significação de seu atraso. Sobre esta prática podemos afirmar que entre os ameríndios:
R: Mais do que o fenômeno canibal, relatado em algumas sociedades, destaca-se a antropofagia.
5 - Sobre as tribos indígenas que ocupavam a maior parte do nosso território é correto dizer:
R: Que a maioria se apresentava como nômade ou seminômade.
6 - A carta de Pero Vaz de Caminha é um dos documentos que nos permite notar elementos da sociedade ameríndia que predominava no litoral brasileiro. Na observação do marinheiro português aqueles grupos eram politicamente:
R: Pero Vaz fala em lideranças, chefes, que se "vestiam" de forma diferente e eram ouvidos pelos demais para tomada de determinadas ações.
7 - Por que a conversão dos índios ao catolicismo pode ser tida como um importante fator de aculturação?
R: Porque através das aulas de catequese o índio recebia instrução não só religiosa, a ele eram ensinados a língua portuguesa e os valores morais. Ou seja, aprenderam costumes e hábitos socialmente aceitos.
8 - Sobre a formação da identidade brasileira podemos afirmar que:
R: Sem negar que diferentes culturas deram origem ao brasileiro é, entretanto, necessário perceber que as relações entre esses diferentes povos não foi pacífica, conflitos, hierarquizações, desigualdades, injustiças e discriminações ocorreram.
9 - “Não existe história indígena, no máximo antropologia”. Esta construção é famosa e recorrente durante séculos, e ainda hoje presente no imaginário do senso comum. Nossa visão é de um mundo desenvolvido encontrando uma sociedade atrasada e ignorante. Sobre a relação entre História e Antropologia nos estudos das sociedades ameríndias, podemos afirmar que:
R: São complementares, desde que observem que seus objetos são diferentes e que uma tem muito a acrescentar a visão da outra.
10 - De que forma o sincretismo religioso pode ser entendido como forma de resistência?
R: O sincretismo religioso consiste na introdução de elementos das culturas indígena e negra na religião oficial católica, uma vez que eram proibidos de praticar sua própria religião abertamente, mesclavam-na com o catolicismo.
11 - A alteridade é um conceito fundamental para evitarmos preconceitos na sociedade contemporânea. Para o historiador atual, a alteridade significa a/o:
R: Natureza ou condição do que é outro, do que é distinto a um povo. Como oposto à identidade, este conceito é fundamental, pois auxilia o historiador a compreender e respeitar a diversidade cultural dos povos.
12 - “Os ventos e as marés constituíam um entrave considerável ao tráfico de escravos índios pela costa do Atlântico Sul. Nos anos 1620, houve transporte de cativos "tapuias" do Maranhão para Pernambuco, mas parte do percurso foi feita por terra, até atingir portos mais acessíveis no litoral do Ceará. Ao contrário, nas travessias entre Brasil e Angola, zarpava-se com facilidade de Pernambuco, da Bahia e do Rio de Janeiro até Luanda ou a Costa da Mina”. (Adaptado de ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul (séculos XVI e XVII). São Paulo: Companhia das Letras, 2000. pp. 61-63).
A partir do texto e de seus conhecimentos, explique de que maneiras o sistema de exploração colonial da América portuguesa foi influenciado pelas condições geográficas.
No século XVI, assim que os portugueses iniciaram a produção açucareira no Brasil, se inicia um debate sobre qual força de trabalho poderia ser empregado nesse tipo de negócio. Afinal de contas, para que o açúcar desse lucro em pouco tempo, era necessário uma produção em larga escala sustentada por um grande número de trabalhadores. Desse modo, os colonizadores se dispuseram a promover a escravidão dos índios que ocupavam as terras ou dos africanos disponíveis do outro lado do oceano.
Mesmo sendo mais acessível, a escravização dos indígenas mostrava-se problemática por uma série de fatores conjunturais. Primeiramente, devemos destacar que os índios não eram acostumados a uma rotina de trabalho extensa, tendo em vista que privilegiavam uma economia de subsistência. Por outro lado, muitos deles morriam ao contrair as doenças trazidas pelo europeu, e aqueles que eram escravizados articulavam facilmente a sua fuga mediante o conhecimento do território.
Não bastando tais explicações, devemos salientar que a Igreja também teve enorme peso para que a escravidão indígena não ganhasse força no espaço colonial. Tal influência explica-se pelo fato de a Igreja ter o claro interesse em converter os índios à crença católica. Naturalmente, se esses índios fossem submetidos à escravidão, logo demonstrariam uma resistência maior em aceitar a religião do colonizador. Por fim, vemos que o próprio governo de Portugal expediu várias leis proibindo o apresamento indígena.
Por outro lado, a escravidão africana mostrava-se como uma alternativa mais viável, tendo em vista que os portugueses já tinham fixado, desde o século XV, vários entrepostos ao longo do litoral africano. Ao mesmo tempo em que já dominavam essas rotas, o governo português logo percebeu que o tráfico de escravos para a América seria interessante, já que essa atividade também poderia gerar divisas para os cofres do Estado.
Para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano apresentava um melhor desempenho no trabalho com a lavoura, e o investimento em sua aquisição mostrava-se bastante rentável. Não bastando essas explicações de cunho econômico, a própria Igreja considerava que a escravidão africana seria um “castigo de Deus” contra os vários povos daquele continente, tomado pelas crenças politeístas e a própria religião islâmica.
Dessa forma, vemos que a escravidão africana se tornou predominante no espaço colonial brasileiro. Contudo, em certas regiões de menor desempenho econômico, vemos que a escravidão indígena se tornou em uma alternativa bastante comum. Geralmente, um escravo índio custava metade de um escravo vindo da África. Com isso, percebemos que os dois tipos de escravidão acabaram se mantendo ao longo de nossa história.
13 - Recentemente, uma historiadora norte-americana, especialista em história da África, admitiu com grande franqueza que a “historiografia sobre a África ainda não capturou o horror e o terror que acompanharam a dimensão africana do tráfico de escravos. Dentro da história mundial, é à narrativa daqueles que vieram a serem escravos nos Estados Unidos que tem sido dado lugar de honra e que tem exemplificado uma crônica universal de sofrimento, angústia e triunfo eventual. Mas a agenda política contemporânea dos descendentes de africanos tem provocado o desvio da atenção dos historiadores das abordagens complexas e das narrativas contraditórias das circunstâncias sob as quais estas pessoas foram escravizadas, assim como da história dos africanos escravizados que não foram enviados às Américas, ao além Saara e oceanoÍndico, mas que permaneceram no continente africano. Em outras palavras, este silêncio assustador cria um vazio em que as vozes e experiências dos africanos no continente deveriam ser articuladas”. Ver Carolyn A. Brown, Epilogue: Memory as Resistance: Identity and the Contested History of Slavery in Southeastern Nigeria, an Oral History Project¿, in Diouf (org.), Fighting the Slave Trade, p. 219.
 
Cultura. Olhar difícil de ser explicado. Pensar que o horror de um sistema tão violento como o escravista pode mesmo assim deixar suas marcas na História. Apresente o papel do negro na colônia brasileira do século XVII - XVIII. 
A participação dos negros no Brasil Colonial aconteceu a partir do momento em que a experiência colonial portuguesa estabeleceu a necessidade de um grande número de trabalhadores para ocuparem, em princípio, as grandes fazendas produtoras de cana-de-açúcar. Tendo já realizada a exploração e dominação do litoral africano, os portugueses buscaram nos negros a mão de obra escrava para ocupar tais postos de trabalho.
Foi daí que se estabeleceu o tráfico negreiro, uma prática que atravessou séculos e forçou diversos negros a saírem de seus locais de origem para terem seus corpos escravizados. Além da demanda econômica, a escravidão africana foi justificada pelo discurso religioso cristão da época, que definiu a experiência escravocrata como um tipo de “castigo” que iria aproximar os negros do cristianismo.
Em terras brasileiras, a força de trabalho dos negros foi sistematicamente empregada pela lógica do abuso e da violência. As longas jornadas de trabalho estabeleciam uma condição de vida extrema, capaz de encurtar radicalmente os anos vividos pelos escravos. Ao mesmo tempo, a força das armas e da violência transformavam os castigos físicos em um elemento eficaz na dominação.
Durante a exploração colonial, a mão de obra negra foi amplamente utilizada em outras atividades como na mineração e nas demais atividades agrícolas que ganharam espaço na economia entre os séculos XVI e XIX. Mesmo destacando tais abusos, também devemos sinalizar a contrapartida desse contexto exploratório, com a presença de várias formas de resistência à escravidão.
As rebeliões eram realizadas a partir das articulações dos escravos e, em diversos relatos, aparecem como uma preocupação constante dos senhores de escravo. Paralelamente, as fugas e a formação de quilombos também se tornaram práticas que rompiam ativamente com o universo de práticas que definia o sistema colonial. De tal forma, vemos a presença de uma resposta a essa prática que cristalizou o abuso e a discriminação dos negros em nossa sociedade.
Do século XV ao século XIX, a escravidão foi responsável, em todo o continente americano, pelo trânsito de mais de 10 milhões de pessoas e pela morte de vários indivíduos que não sobreviveram aos maus tratos vivenciados já na travessia marítima. Ainda hoje, a escravidão deixa marcas profundas em nossa sociedade. Entre estas, destacamos o racismo como a mais evidente.
14 - Qual a importância econômica da escravidão indígena na era colonial?
R: A escravidão indígena tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole.
15 - Levando em conta as teorias apresentadas durante o curso, quantos e quais seriam os povos presentes na base da formação da identidade brasileira?
R: Três povos, negros, brancos e índios.
16 - A escravidão de origem africana nasceu no Brasil colonial e se fortaleceu em locais conhecidos como plantation. Esses locais ganharam seu formato mais conhecido na época colonial, na região litorânea do nordeste brasileiro. Ali, a plantation pode ser definida como o sistema de:
R: Plantação de cana-de-açúcar, feita em larga escala por mão de obra escrava de origem africana, que visava o mercado exportador europeu.
17 - Do ponto de vista do índio e do negro, o que representava ser ou não convertido?
R: Significava que ao converterem-se, índios e negros passavam a gozar de certa proteção por parte da Igreja, era comum a intervenção de representantes dessa Instituição em castigos tidos como cruéis ou exagerados e, no caso dos negros, pertencer a uma Irmandade religiosa significava muitas vezes obter ajuda na compra de alforrias, garantia de funeral e enterro e, auxílio à esposa e/ou filhos menores após o falecimento do escravo homem.
18 - Sobre a formação da identidade brasileira podemos afirmar que:
R: Sem negar que diferentes culturas deram origem ao brasileiro é, entretanto, necessário perceber que as relações entre esses diferentes povos não foi pacífica, conflitos, hierarquizações, desigualdades, injustiças e discriminações ocorreram.
19 - COM EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas abaixo apresentam acontecimentos relacionados às formas de resistência dos escravos negros à dominação escravista na experiência histórica do Brasil, desde o século XVI. Assinale-a.
I - Surgido em terras de um abolicionista, o quilombo do Jabaquara constituiu-se em exemplo da complexa negociação social e política que distinguiu a resistência escrava nos anos finais da escravidão.
II - Ao reivindicarem o direito de "brincar, folgar e cantar", por ocasião do levante no Engenho Santana de Ilhéus, em 1789, os escravos demonstravam que também lutavam por uma vida espiritual autônoma. 
III - Ocorrida em Salvador no ano de 1835, a revolta dos malês somava-se às revoltas escravas de 1814 e 1816 na Bahia, embora a elas não se comparasse em amplitude.
IV - Foi durante o período da ocupação holandesa no atual Nordeste que o quilombo dos Palmares consolidou sua posição de "Estado negro" encravado na colônia escravista.
V - Incorreta: A publicação do livro "O Abolicionismo", de Joaquim Nabuco, em 1883, constituiu-se em significativo libelo antiescravista ao afirmar que o escravo e o senhor eram dois tipos contrários e, no fundo, os mesmos.
20 - As leis portuguesas do século XVI são dúbias com relação aos indígenas, proíbem a escravização do indígena, mas ao mesmo tempo abrem essa possibilidade em caso de "guerra justa". Para os portugueses "guerra justa" significava:
R: Aquela no qual o indígena tomava a iniciativa de agressão contra o branco.
21 - “Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu ainda mais. No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles como costumam”. (Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, Maranhão.) Este documento do Padre Antônio Vieira revela:
R: Que o ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes.
22 - Sobre a relação das populações indígenas com os povos europeus que aqui chegavam, pode-se dizer:
R: Que muitos embates ocorreram com algumas tribos se aliando aos colonizadores (portugueses), outras a comerciantes e possíveis conquistadores (franceses) e algumas que se recusaram a fazer alianças com qualquer um dos dois lados.
23 - Dentre as formas de resistência negra e indígena à escravidão, pode-se destacar:
R: A recusa em desempenhar algumas das funções dadas pelo senhor, o banzo, as revoltas e a fuga para quilombos.
24 - Ao estabelecermos uma comparação do modelo de escravidão indígena e africana no século XVI no Brasil, podemos afirmar que eram:
R: Muito diferentes.
25 - À medida que a empresa açucareira se expandia no Brasil, fez-se opção pela mão de obra escrava de origem africana, em substituição ao trabalho indígena. Esta opção pode ser explicada, por que:
R: O uso de escravos africanosalimenta o tráfico negreiro, tornando-o um dos mais lucrativos setores do comércio colonial.
26 - Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Como?
R: Graças à poupança feita por seus ‘irmãos’ de credo, que tinham como fim comprar a alforria de um membro.
27 - Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus seguidores, o que fazia deles um dos principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiam, pois:
R: Existiam um panteão e uma gama de rituais religiosos arraigados na identidade e organização dos grupos.
28 - A combinação de crenças dos tupinambás no paraíso terrestre, com a hierarquia e os símbolos do cristianismo deu origem a qual movimento de resistência?
R: Santidade.
29 - No ano de 1996, foram comemorados os 300 anos da morte de Zumbi, o líder maior do Quilombo de Palmares. Segundo as historiadoras Elza Nadai e Joana Neves, "o século XVI foi marcado por uma guerra sem tréguas aos quilombos de Palmares". Sobre a resistência negra à escravidão no Brasil, é correto afirmar que:
R: Além das revoltas e dos quilombos, os escravos cometiam assassinatos, crimes, suicídios, mutilações e outras formas de resistir à condição de escravo.
30 - Os africanos eram trazidos ao Brasil e tentavam manter alguns traços de sua cultura, ainda que misturados aos elementos da cultura hegemônica europeia. Esse processo é denominado:
R: Resistência adaptativa.
31 - Para a grande maioria dos cativos, a resistência ao cativeiro se fazia dia a dia, da hora em que se levantava para trabalhar até o momento de se recolher para dormir. Onde quer que tenha existido escravidão também houve resistência escrava. E tal resistência foi experimentada em diferentes níveis durante toda a história da escravidão no Brasil. Como exemplos de resistência, nós podemos citar:
R: As Irmandades, as fugas e os quilombos.
32 - Quem formulou a teoria acerca do "criminoso nato" que preconizava que, pela análise de determinadas características somáticas seria possível antever aqueles indivíduos que se voltariam para o crime?
R: Cesare Lombroso.
33 - Tal movimento trouxe para o cenário intelectual da época importantes debates sobre a questão indígena na história brasileira, embora a figura vencedora pouco se assemelhasse aos rebeldes Aimberê e Canindé. Foi ainda a fonte inspiradora para autores magistrais da literatura brasileira, como José de Alencar e Gonçalves Dias, além de pintores como Victor Meirelles. Estamos falando do:
R: Indianista.
34 - Sobre o romantismo brasileiro é correto afirmar que:
R: Idealizou o índio, que foi considerado o principal representante da genuína nacionalidade brasileira.
35 - Em fins do século XIX e início do século XX, teóricos como Sílvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha, estudaram a sociedade brasileira e construíram um discurso que possibilitou o surgimento de teorias raciais científicas que desvalorizavam/inferiorizavam negros e mestiços. Qual foi a forma de pensamento existente que fundamentou tais teorias?
R: O Evolucionismo.
36 - Quando falo que uma "cozinha" pode representar mais que uma simples prática, mas uma tradição, um preparo, um jeito, uma cultura, quero dizer que devo ter um olhar mais atento ao mundo que me cerca, notar que suas estruturas são complexas e importantes de serem analisadas. A partir da observação dos fenômenos das cozinhas contemporâneas e da interação História e Antropologia podemos definir como traços indígenas em nossa cozinha:
R: Mandioca
37 - Em fins do século XIX e início do século XX, teóricos como Sílvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha, estudaram a sociedade brasileira e construíram um discurso que possibilitou o surgimento de teorias raciais científicas que desvalorizavam/inferiorizavam negros e mestiços. A respeito dessas teorias podemos afirmar que:
R: Herdeiras do evolucionismo, essas teorias raciais definiram, no Brasil, uma identidade nacional pautada na superioridade branca, legitimaram o passado escravista recente, e explicaram a não inserção política e social de determinados grupos, mesmo após a proclamação da República.
38 - Sobre a influência das culturas afrodescendente e indígena na composição atual da sociedade brasileira, é correto afirmar:
R: Que estas culturas permanecem muito presentes em nossa composição atual. Podendo estas serem notadas em hábitos culinários, linguísticos, religiosos, bem como outras formas culturais.
39 - O que a ECO-92 representou para as populações indígenas no que diz respeito à sua relação com questões da modernidade?
R: Dentro do contexto do meio ambiente também foram incluídas temáticas relativas a saneamento básico, tratamento de esgoto, despoluição de rios, lagoas, baías e oceanos, reciclagem de lixo etc., ou seja, medidas que possibilitassem não só a proteção do meio ambiente, mas também melhorassem a qualidade de vida, inclusive de populações indígenas que estivessem alijadas desses serviços.
40 - "...aquela parcela da população brasileira que apresenta problemas de inadaptação à sociedade brasileira, motivados pela conservação de costumes, hábitos ou meras lealdades que a vinculam a uma tradição pré-colombiana.". Esta definição, presente no texto "Culturas e línguas indígenas do Brasil", é de qual antropólogo brasileiro?
R: Darcy Ribeiro
41 - A escravidão foi abolida em 1888, mas anos depois, no inicio da república, seu legado ainda se fazia presente. Em 1910 eclode uma revolta na Armada, e dentre seus principais motivos podemos destacar:
R: A prática de castigos corporais na marinha.
42 - Dentro do contexto da formulação das teorias racialistas do século XIX, o Indianismo é um movimento que pode ser entendido como:
R: A forma por meio da qual a elite brasileira conseguiu criar um herói nacional que representasse o ideal do brasileiro ao mesmo tempo em que não apresentava perigos políticos.
43 - Nos últimos anos, o movimento negro ganhou poder e influência na sociedade brasileira, o que provocou várias mudanças na sociedade brasileira. Entre as opções abaixo, assinale aquele que apresenta uma dessas mudanças.
R: A lei 11.645, de 2008, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira na educação básica brasileira.
44 - Ao retratar a trajetória do samba no Brasil, o cantor e compositor Cartola mostrou que o ritmo musical que nasceu com as quitandeiras baianas na Praça Onze conseguiu vencer os preconceitos e ganhar o estrangeiro. Hoje, o samba é uma das marcas do Brasil. Cite outros exemplos do legado afrodescendente:
R: Acarajé e atabaques.
45 - Dentre as políticas públicas adotadas e apoiadas pelo governo brasileiro a partir da década de 90, que visavam atender a demandas específicas do movimento negro, NÃO pode ser destacado:
A instituição de cotas raciais em universidades estaduais;
O Grupo de Trabalho Interministerial GTI (colegiado composto por oito integrantes da sociedade civil e dez representantes governamentais);
Incorreta: A Conferência Rio-Eco-92;
A 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, sob os auspícios da ONU, realizada em Durban, África do Sul;
A realização do1º Seminário Nacional de Saúde da População Negra, realizado em agosto de 2004, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi instalado o Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Ministério da Saúde.
46 - "O combate ao racismo e à desigualdade racial no país tem tido, como principal ferramenta de enfrentamento, a instituição de políticas públicas específicas, direcionadas à população negra do país e orientadas pelo princípio da equidade a partir de ações afirmativas, reparatóriase compensatórias." Assinale a opção que contém ações afirmativas:
R: Cotas e campanhas de valorização da pessoa negra e de enfrentamento ao racismo.
47 - Qual a importância econômica da escravidão indígena na era colonial?
R: A escravidão indígena tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole.
48 - A Antropologia tem em torno de si uma historicidade. Como uma ciência que há muitos séculos é presente, uma vez que homens estudando a sociedade e as formas de se portar de homens em outras sociedades são comuns de Homero à Pero Vaz de Caminha. No entanto, é o movimento colonialista que dá novo impulso a estes fenômenos, lhe oferecendo formatos, relatos, discussões. Sobre a visão das sociedades estabelecidas no espaço brasileiro nos século XVI temos vários discursos que versam sobre:
R: A descoberta do paraíso, o estranhamento com os hábitos e relatos dos degredados.
49 - Os indígenas colaboraram com os portugueses no início da colonização, trocando sua mão de obra por artigos de pouco valor para os europeus. A explicação mais correta para essa atitude dos indígenas é:
R: Eles tinham uma concepção de valor diferente; o que não tinha valor para os europeus, para eles, era útil.
50 - O bandeirismo foi uma atividade paulista do século XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas em dois grandes ciclos:
R: Da caça ao índio e o de busca do ouro.
51 - Qual fator fez dos Guaranis uma cobiçada fonte de mão de obra pelos paulistas, espanhóis e jesuítas?
R: Por seu conhecimento e prática de formas de agricultura sedentária.
53 - A substituição da mão de obra indígena pela africana ocorreu, sobretudo, ao (s) seguinte (s) fator (res):
I. Falta de adaptação do indígena ao conceito de produção com intuito de acumulação. (Correta).
II. Menor lucro advindo do tráfico negreiro em detrimento da escravização do indígena.
III. Decréscimo populacional indígena em virtude de epidemias e extermínios associados aos europeus. (Correta).
54 - Os portugueses, no início da colonização, utilizaram quase que exclusivamente a mão de obra indígena. Essa postura vai ser mudada ainda no século XVI, com a introdução do escravo de origem africana nas plantações de cana de açúcar. Em relação à escravidão indígena é correto afirmar que:
R: Foi diminuindo nas áreas voltadas para a exportação, mas continuou maciça em áreas ligadas à produção interna.
55 - Fruto de uma importante discussão teológica em 1570 a Coroa Portuguesa:
R: Proibiu a escravização dos gentios.
56 - Sobre a postura do governo e sociedade branca aos Quilombos podemos afirmar que:
R: Houve a tentativa constante de combater estas organizações.
57 - Uma das formas de organização estabelecidas entre os escravos era a chamada família extensa. Perdidos os laços africanos passavam a adotar táticas de criar conjuntos de laços amplos entre seus membros. Uma destas práticas é o:
R: Apadrinhamento.
58 - "Em 1711, Antonil afirmava que os escravos eram as mãos e os pés dos senhores de engenho, porque, sem eles no Brasil, não é possível conservar, aumentar fazenda nem ter engenho corrente" Antonil - "Cultura e Opulência do Brasil" Sobre o trabalho e a resistência do negro à escravidão, é correto afirmar que:
R: O engenho tinha no escravo negro a base de toda a produção; qualquer reação era punida violentamente. As fugas, os quilombos e a prática do suicídio eram evidências da resistência dos negros à escravidão.
59 - Entre 1554 e 1567, ocorreu uma revolta dos tupinambás contra a escravização. Estamos falando de qual movimento?
R: Confederação dos Tamoios.
60 - Tal movimento trouxe para o cenário intelectual da época importantes debates sobre a questão indígena na história brasileira, embora a figura vencedora pouco se assemelhasse aos rebeldes Aimberê e Canindé. Foi ainda a fonte inspiradora para autores magistrais da literatura brasileira, como José de Alencar e Gonçalves Dias, além de pintores como Victor Meirelles. Estamos falando do:
R: Impressionismo.
61 - Sobre Arthur Ramos podemos afirmar que:
R: Chamou a atenção para desigualdade socioeconômica vivida pelos negros na sociedade brasileira.
62 - Esta obra, publicada em 1933, rompe com o discurso racial que dominava as ciências humanas no país e inaugura um novo olhar sobre a miscigenação e as relações sociais e étnicas no Brasil. Ressalta a mestiçagem e defende a existência de um equilíbrio nas relações étnicas que caracterizaria o Brasil. Estamos falando de:
R: Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre.
63 - Qual era o principal objetivo do Serviço de Proteção ao Índio (SPI)?
R: Proteger os índios da escravidão que estava ocorrendo no Norte do Brasil e promover a integração dos mesmos, transformando-os em proprietários rurais ou urbanos.
64 - "Enfim, em finais do século XIX, se a primeira vista a noção de evolução surgia como um conceito que parecia apagar diferenças e oposições, na prática reforçou perspectivas opostas: de um lado os evolucionistas sociais, que reafirmavam a existência de hierarquias entre os homens, porém acreditavam numa unidade fundamental entre estes; de outro os darwinistas sociais, que entendiam a diferença entre as raças como uma questão essencial". Lilia Schwarcz. "Usos e Abusos da Mestiçagem e da Raça no Brasil". Sobre as noções de evolução humana de fins do século XIX é correto afirmar que:
R: Todas as teorias desenvolvidas defendiam a existência de raças humanas que ocupavam lugares distintos da escala evolutiva.
65 - Sobre a Constituição de 1988 é correto afirmar:
R: Foi a primeira a citar em seu texto o repúdio a qualquer prática racista ocorrida no Brasil.
66 - Apesar de políticas afirmativas direcionadas à população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9%, os pardos 32% e os indígenas menos de 1%. Qual e a política afirmativa que visa corrigir essa disparidade?
R: Cotas para afrodescendentes e indígenas.
67 - Sobre a formação social brasileira, é correto afirmar:
R: A constituição de uma sociedade brasileira mestiça e multiétnica foi resultado das relações estabelecidas entre índios, africanos e brancos e, posteriormente, asiáticos, ao longo da história do Brasil.

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