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LEDUC A técnica de Leduc é fundamentada em todo caminho dos coletores linfáticos e linfonodos, utilizando duas manobras básicas: de captação ou reabsorção e manobras de evacuação ou demanda. Drenagem dos linfonodos: feita com o contato direto dos nossos dedos indicador e médio com a pele do paciente, que são colocados sobre os nodos e vasos linfáticos fazendo uma linha perpendicular. A pressão é leve e rítmica, como todas as manobras devem ser. Essa manobra objetiva à evacuação da linfa e é obrigatória sobre as regiões dos gânglios. Podem ser feitos movimentos de bomba (pressiona-solta) ou circulares estacionados no local. Dependendo do local esta manobra pode ser feita com todos os dedos juntos ou com os dedos de uma mão sobre a outra. Movimentos circulares com os dedos:são realizados movimentos circulares e concêntricos, usando todos os dedos unidos, com exceção do polegar. A manobra de círculos fixos objetiva a captação de linfa, e é realizada no percurso das vias linfáticas ou em direção a essas vias. Nestes movimentos circulares com os dedos, a pele é deslocada sob os dedos, ou seja, os dedos não deslizam sobre a pele. A pressão deve ser intermitente e não realiza nenhuma pressão durante as manobras. Os círculos devem ser leves, rítmicos e obedecer a uma pressão intermitente na área edemaciada, seguindo o sentido da drenagem fisiológica. Recomenda-se executar de 5 a 7 movimentos no mesmo local. Movimentos circulares com o polegar: realizada da mesma maneira que a anterior, só que apenas com o polegar. Movimentos combinados: é a combinação dos círculos com os dedos e dos círculos com o polegar, manobra de círculos com os dedos também utilizando o polegar. • Bracelete: mais utilizada quando temos inchaço de grandes áreas. Pode ser feita com uma ou as duas mãos de acordo com a necessidade. A manobra de pressão em bracelete visa o aumento do fluxo linfático, a ser recolhido em direção aos linfonodos da região. É realizada por meio de pressões intermitentes, ou seja, pressionar e soltar sucessivas vezes. A fase de pressão deve durar em torno de dois segundos. Segue-se relaxamento com o mesmo tempo de duração e assim por diante. Volder: Dentre as manobras de drenagem propostas por Vodder, distinguem-se quatro tipos de movimentos: círculos fixos, movimentos de bombeamento, movimento doador, movimento de rotação. Círculos Fixos Coloca-se a mão espalmada sobre a pele e com os dedos realizam-se movimentos circulares, que promovem um estiramento do tecido, efetuando uma pressão/descompressão. Os movimentos são realizados de 5 a 7 vezes no mesmo lugar (fixos). Movimento de Bombeamento As mãos são acopladas no tecido a ser drenado, iniciando-se movimentos ondulatórios, com pressões decrescentes da palma para os dedos, de forma intermitente (compressão/descompressão) num total de 5 a 7 movimentos. A direção e o sentido da pressão da drenagem é determinada pela localização das vias. Movimento Doador O movimento é iniciado com as palmas das mãos posicionadas perpendicularmente às vias de drenagem, sendo a técnica baseada em manobras de arraste envolvendo uma combinação de movimentos. Primeiro toca-se com a borda medial da mão a área a ser drenada, seguido dos movimentos de pronação do antebraço e abdução braço. Na seqüência, a outra mão com o polegar em extensão realiza um movimento de arraste com a borda lateral associando movimentos de supinação do antebraço com adução do braço. O movimento é repetido novamente na região imediatamente adjacente à região manipulada. Movimento Giratório ou de Rotação Este movimento é empregado em superfícies planas. O braço é posicionado em leve abdução no plano da escápula, com o antebraço em máxima pronação. A mão que inicia o movimento toca a superfície do segmento com a face palmar e realiza um movimento de desvio ulnar na direção e sentido da drenagem proposta, simultaneamente aos movimentos de supinação e adução. A outra mão terá o mesmo posicionamento e realizará os mesmos movimentos descritos anteriormente, tendo-se o cuidado para que os movimentos sejam sequenciais e rítmicos, alternando-se as mãos para a região imediatamente adjacente. O posicionamento das mãos depende da seqüência realizada, e podem ser posicionadas proximal ou distalmente, seguindo sempre o fluxo da linfa. A paciente encontra-se em decúbito dorsal, com o membro superior afetado em abdução e em posição de declive. A drenagem deve ser iniciada no nível dos linfonodos da pirâmide axilar. A demanda não pode, com efeito, se produzir além da cadeia ganglionar, no entanto, a proximidade da desembocadura terminal do trajeto linfático na circulação venosa permite supor que, no caso de drenagem do braço, não é inútil drenar as vias linfáticas terminais situadas no nível da fossa retroclavicular. Por essa razão inicialmente utilizam-se as manobras circulares com os dedos dirigindo a pressão para o espaço centro-mediastinal. Várias séries de quatro a cinco círculos ajudarão a liberar os grandes coletores linfáticos.A drenagem de demanda propriamente dita começa nos linfonodos axilares. Os dedos são colocados sobre o grupo central. As pressões são orientadas em direção aos linfonodos subclaviculares. A drenagem da via anastomótica que promove curto-circuito nos linfonodos axilares é realizada por meio de movimentos do polegar, inicialmente numa manobra de demanda e, em seguida, com compressão, enquanto a outra mão drena os linfonodos umerais, as duas mãos enlaçam a raiz do braço. As manobras em braceletes mobilizam a linfa ao longo dos coletores superficiais até os linfonodos umerais, ou seja, a pressão é transversal em relação ao braço. Os círculos com os dedos das duas mãos se deslocam em direção ao cotovelos. Os polegares exercem pressões mais profundas afim de atuar sobre os coletores profundos da veia umeral. A pressão dos polegares é axial, ao passo que a dos dedos, de transversal a raiz do braço, se torna oblíqua na medida em que as mãos se deslocam em direção ao cotovelo. A drenagem dos linfonodos supra-epitrocleares, com as pontas dos dedos, envia a linfa em duas direções, uma superficial, até os linfonodos umerais, e outra profunda, até os coletores umerais profundos. Os polegares permanecem sob a prega do cotovelo no local de encontro dos coletores radiais e ulnares anteriores com seus homólogos posteriores que desembocam na face anterior após terem atravessado a membrana interóssea. As mãos progridem por meio de manobras combinadas, polegares e dedos direcionados ao punho. As pressões são orientadas, por um lado, em direção à cadeia ganglionar supra-epitroclear e, de outro, aos coletores profundos. A face externa do cotovelo e do antebraço é drenada em direção à face externa do braço e à prega do cotovelo. No nível do punho, as manobras se limitam a movimentos com as pontas dos dedos e dos polegares ao longo dos coletores radiais e ulnares anteriores e posteriores. A drenagem da mão começa com a drenagem das eminências tênar e hipotênar por meio de círculos com os polegares, com a pressão levando a linfa às evacuações radiais e ulnares. A palma da mão é drenada por meio de círculos com os polegares até as articulações metacarpofalangeanas. Os dedos são drenados por meio de círculos combinados com as pontas dos dedos e do polegar ao longo das massas laterais. FÖLDI A Drenagem linfática manual utilizada por FÖLDI é inspirada no método de Vodder, do qual as técnicas foram analisadas e adaptadas às patologias linfáticas e tratamentos estéticos. A DLM segundo FÖLDI comporta quatro manobras de base e diferentes manobras especificas em função da localização e da qualidade dos tecidos:bombeamento em bracelete,círculos estacionários,pinçamento com mobilização tecidual,mobilização articular e movimento combinado. os principais diferenciais do metodo são a manipulaçãodo nervo vago antes e depois dos procedimentos corporais e faciais, e os movimentos cinestésicos articulares que antecedem e sucedem as manobras. em um vasto leque que permite aos profissionais abordarem os diferentes problemas de maneira especifica. O tratamento de um linfoedema, por exemplo, se distingue do que é usado para e celulite e consiste, nestes dois casos, em drenar os tecidos congestionados. Atualmente, a drenagem linfática manual está padronizada de acordo com o modelo criado por FÖLDI. Isto quer dizer que combina vários meios terapêuticos. O método FÖLDI de drenagem linfática manual está associada a bandagens redutoras com multicamadas, ginástica e exercícios respiratórios descongestionantes. A respeito do tratamento da celulite, o conhecimento terapêutico continua mais diversificado e varia de acordo com cada escola. FÖLDI fala dentro deste contexto de "lipoedema". Para reduzi-la, ele propõe um conjunto de medidas terapêuticas onde a drenagem linfática manual e as compressoes representam meios absolutamente indispensáveis. Godoy A Técnica Godoy & Godoy A técnica de drenagem linfática manual Godoy & Godoy foi desenvolvida pelos professores Prof. Dr. José Maria Pereira de Godoy, médico e cirurgião vascular e pela Profa. Dra. Maria de Fátima Guerreiro Godoy, Terapeuta Ocupacional, que desde 1999 divulgam seus trabalhos sobre a técnica sempre baseada em evidencia cientifica (GODOY, 1999). A técnica de Godoy e Godoy consiste na utilização de roletes que seguem o sentido de fluxo dos vasos linfáticos e mantêm a sequência de drenagem proposta por Vodder. Além dos roletes, pode-se fazer uso das mãos ou de outro instrumento que permita a realização da drenagem linfática seguindo o sentido dos vasos linfáticos ou da corrente linfática, simplificando, desse modo, toda a técnica de drenagem linfática. a técnica de Godoy valoriza o estímulo na região cervical como parte importante da abordagem desses pacientes. Apenas esse estímulo isolado melhora os padrões volumétricos (DE GODOY, 2008). Quanto aos possíveis mecanismos de ação desse estímulo, a hipótese é que ele interfira com a estimulação dos linfonodos através do sistema nervoso. A técnica sugere a eliminação dos movimentos circulares da técnica convencional e a utilização de movimentos mais objetivos, seguindo as regras da hidrodinâmica, da anatomia e da fisiologia do sistema linfático.
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