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O USO DE DIFERENTES LINGUAGENS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

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1 
 
 
 
O USO DE DIFERENTES LINGUAGENS NO ENSINO DE 
GEOGRAFIA 
 
Breno Henrique da Silva Barbosa 
UEG – Câmpus Porangatu/GO 
brenohenrique133cel@gmail.com 
Dandara Cristiane Batista 
UEG – Câmpus Porangatu/GO 
dandaracristiane@yahoo.com.br 
Jaqueline Abadia dos Santos 
UEG – Câmpus Porangatu/GO 
jaquesant.pgtu@gmail.com 
Wiliandra da Silva Mendonça 
UEG – Câmpus Porangatu/GO 
wiliandra.mendonça@gmail.com 
Co autora Lucimar Marques da Costa Garção 
UEG – Câmpus Porangatu/GO 
lucimargeo35@gmail.com 
Eixo 4: Os conhecimentos da Geografia Escolar, suas linguagens e as representações 
espaciais. 
 
Resumo 
 
A geografia escolar, em toda sua amplitude, possibilita o uso de diferentes linguagens 
para viabilizar o entendimento acerca do espaço geográfico. Para tanto, a formação 
docente é algo que merece atenção, sendo que reflete na atuação cotidiana do profissional. 
Nesse contexto, este trabalho fundamenta-se nas discussões realizadas em reuniões do 
PIBID (Programa Instituição de Bolsas de Iniciação à Docência) com reflexões 
específicas sobre o uso da linguagem cartográfica na aulas de geografia da Educação 
Básica. Para realizar essa pesquisa, os dados empíricos foram coletados na aplicação de 
aulas oficinas na Escola Municipal Maria das Graças – Porangatu/GO, para alunos do 6º 
ano. As situações que nos instigaram no desenvolvimento da proposta partem da 
necessidade de analisar a formação docente com vistas a qualificar para a atuação na 
geografia escolar, bem como perceber se as metodologias utilizadas no cotidiano das 
aulas de geografia. Assim, identificamos a necessidade de trabalhar a alfabetização 
cartográfica entremeada as discussões das reuniões do PIBID que é um espaço de 
formação docente e a aplicabilidade da linguagem cartográfica nos conteúdos de 
geografia da Educação Básica. A partir da realidade vista na escola, observou-se que é 
necessário que o professor ressignifique a forma de aplicação dos conteúdos para que o 
aluno tenha noção do espaço e desenvolva conceitos geográficos. 
 
Palavras-chave: Linguagem Cartográfica. Formação Continuada. Raciocínio 
Geográfico. 
 
2 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
Na sociedade na qual estamos vivendo, com os avanços tecnológicos que 
interferem no processo de ensino e aprendizagem, fica cada vez mais evidente a 
necessidade do professor buscar metodologias que despertem a curiosidade dos alunos a 
respeito da matéria ou conteúdo a ser trabalhado. 
Dentre as várias formas de se ensinar conteúdos da geografia para os alunos, a 
utilização da linguagem cartográfica é considerada para muitos de difícil entendimento e 
apropriação, principalmente no ensino básico. É comum ouvir que a aula de geografia é 
uma aula chata, não havendo, portanto, o interesse do aluno no assunto discutido. É por 
isso que o professor deve se inteirar a respeito das linguagens cartográficas a serem 
utilizadas no ensino de geografia, para assim prender a atenção de seus alunos. 
A partir de estudos propostos pela coordenadora do PIBID, que propôs a análise 
e discussão dos textos do livro Geografia e conhecimentos cartográficos – A cartografia 
no movimento de renovação da geografia brasileira e a importância do uso dos mapas, 
de José Gilberto de Souza e Ângela Massumi Katuta, além de outros referenciais como 
Almeida (2010), Passini (2012), os quais nos levaram a fazer os seguintes 
questionamentos: A formação docente que temos qualifica para a atuação na geografia 
escolar? Como a cartografia é ensinada na escola? As metodologias utilizadas são 
favoráveis à formação cidadã? Nesse percurso é que caminham os objetivos desse 
trabalho, ou seja, para mostrar um pouco da experiência que tivemos enquanto pibidianos 
no desenvolvimento de uma nova visão a respeito da utilização da linguagem cartográfica 
na escola de educação básica. 
Sabendo que um dos objetivos do pibidiano é estar na escola de educação básica 
e, junto ao professor supervisor, desenvolver atividades que venham sanar as principais 
dificuldades apresentadas pelos alunos, a pergunta inicial que fizemos foi: o quê e como 
fazer para chamar a atenção do aluno? 
 
3 
 
 
 
Logo, a proposta foi de trabalhar com a noção de espaço geográfico a partir da 
construção da maquete da sala de aula e da elaboração do mapa mental do caminho de 
casa para escola. Essas duas propostas partiram da tentativa de fazer com que o aluno 
aprenda a reconhecer os elementos que fazem parte da sala onde o mesmo estuda, bem 
como do trajeto que o mesmo percorre e a partir daí codificar e decodificar as informações 
por ele construídas. Conforme ressalta Le Sann (2010, p.103), “a percepção é o primeiro 
meio mobilizado pela criança para apreender o mundo. Inconsciente, no início, a 
percepção, com o pensamento lógico, constitui um instrumento de aproximação da 
realidade e lhe possibilita o entendimento do meio no qual vive”. 
A apropriação do sentido de perceber os elementos do espaço de referência e 
análise, juntamente com o uso do mapa mental, constitui-se de um meio viável para 
internalizar no aluno o conteúdo proposto, uma vez que possibilita ele se ver no cotidiano 
do espaço geográfico, o qual é o objeto de estudo da geografia. 
Salienta-se que o estudo pelo mapa é uma ferramenta que deve fazer parte do 
cotidiano das aulas de geografia, oportunizando que o professor crie condições de 
alfabetizar cartograficamente, alcançando a melhoria na leitura e compreensão do espaço 
geográfico. Nessa amplitude, a metodologia torna-se algo questionável, ou seja, a forma 
como o professor está usando o mapa está correta? Ela propicia entendimento? 
Esse tem sido o alvo das discussões nas reuniões do PIBID (Programa 
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) do Curso de Geografia, da Universidade 
Estadual de Goiás - Campus Porangatu. Analisa-se como a representação cartográfica 
influencia objetivamente em uma metodologia de ensino de geografia para que os alunos 
possam ter uma melhor interpretação do espaço geográfico. 
 
A construção do raciocínio geográfico e a formação docente 
 
Das várias possibilidades de verticalização do conhecimento na formação 
docente, o PIBID, Câmpus Porangatu, é um instrumento que traz contribuições relevantes 
para qualidade da formação do aluno do curso. O mesmo tem seu projeto estruturado com 
 
4 
 
 
 
foco na Cartografia Escolar, na qual tem-se discutido acerca da formação docente quanto 
à apropriação da linguagem cartográfica para o ensino dos conteúdos da Geografia. 
A partir das discussões sobre a correlação das propostas metodológicas nas 
diversas disciplinas estudadas no curso, o ponto de maior relevância que é abordado é 
quanto a utilização de linguagem cartográfica no cotidiano do desenvolvimento das aulas, 
ficando ainda restrito, com maior afinco, apenas às disciplinas de Cartografia Sistemática, 
Cartografia Temática, Cartografia Escolar. Esse contexto responde ao primeiro 
questionamento desse trabalho quanto à formação docente que temos para nos qualificar 
para atuação na geografia escolar, revelando, portanto, a necessidade de revisão das 
propostas metodológicas das aulas no curso de licenciatura de Geografia. Para Souza e 
Katuta (2001, p. 66) “o que ocorre via de regra, é que o professor não está preparado para 
desenvolver esse papel na sala de aula, devido à formação deficitária que recebeu, que 
nem lhe propiciou o acesso aos conhecimentos necessários aos domínio do componente 
curricular”. 
Implica ainda mencionar que a condução das aulas no curso de graduação em 
licenciatura deve ser de aplicação de conhecimentos tanto de conteúdo como de propostas 
metodológicas favoráveisà aquisição da linguagem cartográfica como meio elementar 
nas aulas de geografia. Daí a necessidade de correlacionar teoria e prática, na tentativa de 
consolidar o efetivo compromisso na formação do licenciando. Segundo Souza e Katuta 
(2001, p. 67): 
A necessária proximidade entre formação e locais de atuação deve ser pensada 
pelas universidades, responsáveis diretamente pela formação docente e ara que 
se possam resolver, com os professores, as questões relativas à crise de 
finalidade formativa que se instala no ensino superior e se reflete nos níveis 
anteriores de ensino e de metodologias para desenvolver essa formação. 
 
Essa dimensão abrange não só o cotidiano das aulas do curso de geografia, mas 
também reflete na educação básica e diz respeito às metodologias utilizadas como 
favoráveis à formação cidadã. 
 
5 
 
 
 
O outro ponto que trazemos na discussão é: Como a cartografia é ensinada na 
escola? Esse questionamento surgiu a partir das primeiras idas que fizemos na escola que 
o PIBID atua, a Escola Maria José Gonçalves, de Porangatu –GO. 
Quando se fala em apropriação da linguagem cartográfica nas aulas de geografia 
acredita-se que a primeira imagem que se possa encontrar na sala sejam mapas, já que o 
mapa é o elemento de destaque quando se fala em geografia. No entanto, essa não é a 
realidade encontrada em muitas salas de aula do ensino fundamental. Dessa forma, já se 
percebe que a espacialização dos fatos ou fenômenos estudados podem estar a desejar, 
impossibilitando a boa qualidade da formação cidadã do aluno. 
A partir desse contexto, buscou-se, junto ao professor regente e mediante o 
conteúdo referente ao bimestre, a realização de aulas oficinas para alunos do 6º ano com 
o uso da maquete da sala de aula. 
Dentre as várias linguagens cartográficas que oportunizam entendimento sobre o 
espaço geográfico, destacam-se as maquetes por favorecerem a dimensão do que Le Sann 
sublinha: ensinar a perceber o visível. O nível de detalhes e a dimensão mais próxima da 
realidade levam a um maior nível de abstração por parte dos alunos. 
A maquete sendo de uma escala menor ou maior, independente do conteúdo, faz 
o aluno perceber de outra forma o espaço vivido, facilitando a compreensão do mesmo. 
Entretanto, antes de fazer uso das maquetes é importante que o professor tenha domínio 
da semiologia gráfica e dos sistemas de cores. Para dinamização da aula com a maquete, 
o uso de mapas temáticos favorece o estabelecimento de comparativos acerca do uso de 
símbolos caracterizadores da informação. Por conseguinte, amparam a interpretação dos 
alunos na hora da visualização da maquete com comparação das informações nos mapas, 
ou seja, percebem a importância da decodificação dos elementos que compõem o 
conjunto de signos expostos no mapa, colaborando, assim, para o entendimento de noções 
básicas para formação e conceitos geocartográficos. Segundo Simielli (2007, p. 131) 
“possibilita uma visão tridimensional das informações que no papel aparecem de forma 
bidimensional”. 
 
6 
 
 
 
Ao professor de geografia cabe ter, além de diferentes materiais cartográficos, 
uma boa capacidade de argumentação, no sentido de explorar ao máximo as diferentes 
linguagens cartográficas disponíveis, gerando no aluno a reflexão sobre o espaço 
geográfico e levando o mesmo a se localizar no espaço onde vive. Nesse âmbito, propicia-
se a construção de conceitos, bem como o interesse pelas aulas de geografia. Passini 
(2012, p. 26) informa que “a criança observa o espaço de sua vida, que é uma realidade 
concreta, e age sobre ele vivendo as etapas do mapeador: seleção, classificação e 
codificação dos elementos que percebe nesse espaço. O que resulta dessa codificação é 
um mapa”. 
Quanto à capacidade de argumentação, ressalta-se a importância dos processos de 
formação continuada, leituras densas e consolidadas da geografia escolar. 
 
Construção do pensamento raciocínio espacial: relato de experiência 
 
No intuito de articular teoria e prática, propôs-se a aplicação de oficina com 
maquetes na Escola Municipal Maria José Gonçalves, com as turmas do 6º ano matutino. 
A proposta partiu da necessidade de organizar o pensamento do aluno para perceber 
alguns elementos básicos do seu cotidiano. Para Francischett (2006, p.05), 
[u]m dos principais objetivos de trabalhar com as representações cartográficas 
no ensino de Geografia é o de se estabelecer articulação entre conteúdo, forma 
e função, utilizando a linguagem cartográfica para que se construam 
conhecimentos, conceitos e valores básicos e específicos. 
Na ocasião, destaca-se, enquanto pibidianos, a oportunidade de aprender não só 
como lidar e conversar com os alunos, mas também a capacidade de argumentar o 
conteúdo que é proposto para os alunos. Levar o aluno a refletir não é uma tarefa simples, 
é complexo e remete à importância do processo de formação docente, principalmente 
quanto à metodologia a ser utilizada e o discurso a ser estabelecido durante as aulas. 
Logo, a alfabetização cartográfica é um caminho que propicia o desenvolvimento 
do raciocínio espacial. A partir da experiência com o primeiro contato entre graduando 
do curso de licenciatura em Geografia e a escola de alunos do Ensino Fundamental, em 
 
7 
 
 
 
específico 6º ano, detectou-se a necessidade de melhorar o fazer acadêmico no sentido de 
compreender as noções geocartográficas. 
O processo de construção da maquete levou-nos a aprimorar os conhecimentos 
básicos de linguagem cartográfica, principalmente quanto aos elementos necessários para 
que uma maquete possa contribuir com o conteúdo proposto. Assim, ao construir a 
maquete, por meio da utilização de elementos cartográficos o conteúdo de geografia 
apresenta-se como oportunidade de incorporar mais entendimento a respeito do espaço 
geográfico. A fotografia 01 mostra a maquete da sala do 6º ano. 
 
 
 
Fotografia 1: Atividade desenvolvida na escola – maquete da sala de aula 
Fonte: Dandara Cristine Batista 
 
A princípio, a representação da sala de aula com a maquete contendo todos os 
elementos (alunos, carteiras, quadro, parede, porta, material escolar) para os alunos do 6º 
ano provocou entusiasmo e curiosidade por se perceberem representados naquele espaço, 
ou seja, em uma realidade onde ele vive. Na ocasião, solicitou-se que cada aluno 
colocasse um papel identificando o seu lugar na sala. Ressalta-se que, no primeiro 
momento da visita à escola, percebeu-se que nas aulas de geografia a questão do Lugar, 
 
8 
 
 
 
não tinha sido trabalhada nem contextualizada, e foi percebida a relevância desta após 
algumas discussões durante as reuniões do PIBID. 
O entendimento dos conteúdos geográficos perpassam pela alfabetização 
cartográfica, a qual é de fundamental importância para os alunos saberem o elementos 
básicos de leitura do mapa: o título, a escala, a orientação, a legenda e as projeções 
cartográficas. Para que isso ocorra, cada um desses elementos tem de ser trabalhados um 
a um, para que os alunos tirem dúvidas e construam raciocínio próprio. Porém, para que 
isso ocorra, é necessário que o professor elabore questionamentos de acordo com a 
realidade do aluno. Intui-se que o desenvolvimento desta atividade ajuda ainda o aluno a 
ter noção de orientação (norte, sul, leste e oeste). 
Em seguida, foi proposto aos alunos que desenhassem o percurso de casa para a 
escola. Inicialmente vários mapas foram mostrados (Fot. 02) com os elementos básicos 
de leiturização de um mapa. O intuito foi de mostrar a importância de identificar os 
elementos que facilitam a decodificação das informações no mapa. 
 
Fotografia 2: Atividade desenvolvidana escola – elementos do mapa 
Fonte: Dandara Cristine Batista 
 
 
9 
 
 
 
Itens como legenda e título foram solicitados para serem colocados nesse desenho, 
sendo uma primeira tarefa para acostumá-los para uma leitura de melhor qualidade de um 
possível mapa. Após, foi trabalhada a questão da codificação e decodificação dos 
elementos desenhados no mapa. Segundo Francischett (2006, p.01), 
 
[c]ada vez mais a linguagem cartográfica reafirma sua importância no ensino 
de Geografia porque contribui não apenas para que os alunos compreendam os 
mapas, mas para que eles desenvolvam capacidades cognitivas relativas à 
representação e ainda, do espaço e do espaço na representação e ainda, oferece 
a compreensão necessária para que se construam conhecimentos fundamentais 
de leiturização na Geografia. 
O reprisar dessa atividade propiciou o aprimoramento acerca das possibilidades 
de exploração do material didático, da metodologia com linguagem cartográfica voltada 
ao entendimento do sujeito no espaço vivido. Sendo assim, quando o professor conduz o 
conteúdo para a realidade e o cotidiano do aluno, o entendimento do espaço onde vive é 
facilitado, pois os mapas mentais são representações construídas inicialmente tomando 
por base a percepção dos lugares vividos pelos alunos. 
No desenvolvimento dessas atividades foi possível perceber também a 
importância do domínio do material didático, a linguagem apropriada e o discurso 
geográfico. 
 
Considerações finais 
O uso de diferentes linguagens no ensino de geografia é fundamental para que o 
aluno possa apreender e formular conceitos básicos acerca dos conteúdos ministrados nas 
aulas. Para tanto, o processo de formação contínua do professor que lhe garanta 
apropriação do raciocínio geográfico é o aspecto que deve ser levado em consideração na 
qualidade do processo de ensino e aprendizagem. 
Nesse contexto, é importante que durante a formação do licenciando em geografia, 
este tenha o contato com seu objeto de estudo – a escola, o aluno e os conteúdos – para 
garantir uma compreensão e conseguirem estabelecer uma reflexão acerca do 
 
10 
 
 
 
ver/fazer/rever/refazer. Constata-se, a partir daí, a essência do professor: que conheça a 
teoria e saiba construir noções espaciais com seus alunos. 
Viu-se que o emprego da linguagem cartográfica ainda é um desafio para o 
professor, pois o mapa e a maquete poderiam ser melhor explorados durante a aplicação 
dos conteúdos. É certo que a experiência no ambiente escolar conduz os futuros 
profissionais numa dupla reflexão: a importância do período de formação acadêmica e a 
continuidade de estudos que viabilizem a dinamização das aulas de geografia para 
construção de sujeitos reflexivos acerca do espaço vivido. 
 
Referências 
 
 
DE ALMEIDA, Rosângela Doin (org). Cartografia escolar. 2.ed. São Paulo: Contexto, 
2010. 
ELSA, Yasuko Passini. O Espaço Geográfico: Ensino e representação. 12. ed. São 
Paulo: 2002. 
______. Alfabetização cartográfica e a aprendizagem de geografia. Colaboração: 
Romão Passini. São Paulo: Cortez, 2012. 
FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A Cartografia escolar crítica. Campus de Francisco 
Beltrão/PR: Unioeste, 2006 
 
SIMIELLI, Maria Elena. et al. Maquete de Relevo: Um recurso didático tridimensional. 
São Paulo: Xamã Editora, 2007. 
______. Maquete de Relevo: Um recurso didático tridimensional. 2007. 
SOUZA, José Gilberto de; KATUTA, Ângela Massumi. Geografia e conhecimentos 
cartográficos. A cartografia no movimento de renovação da geografia brasileira e a 
importância do uso de mapas. São Paulo: Editora UNESP, 2001.

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