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A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) traz no seu texto, especificamente, no artigo 71°, um intervalo para descanso e alimentação aos empregados em qualquer trabalho contínuo. Os trabalhadores que estão submetidos a um regime de quatro a seis horas terão o direito a concessão de um intervalo de até 15 minutos. Já os funcionários cujo regime ultrapasse as seis horas, é obrigatória a concessão de no mínimo uma hora de intervalo durante a jornada.
	O presente trabalho tem como fato gerador o intervalo entre jornadas de trabalho, que será explorado através do entendimento jurisprudencial em um acordão relatado pelo Ministro Caputo Bastos da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho. Esse tema tem como referência a disciplina Direito do trabalho, no que se refere aos descansos do trabalhador.
 Segundo a jurisprudência do TST, baseada na orientação jurisprudencial n° 307, a não concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo para repouso e alimentação implica pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Na ocasião, o reclamante interpôs um recurso de revista que pugna o acordão do Tribunal Regional do Trabalho da 2° Região que reconheceu parcialmente o recurso ordinário. O tribunal regional decidiu que o reclamante faz jus ás horas trabalhadas decorrentes da concessão irregular do intervalo mínimo, mas que somente os minutos suprimidos serão considerados horas extras.
O reclamante recorreu pedindo a reforma do acordão do TRT, alegando uma violação ao artigo 71° da CLT e à orientação jurisprudencial n° 307.
O relator deu razão ao reclamante, apontando como fundamento o § 4 do artigo 71° da CLT que obriga o empregador a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo de 50% sobre o valor da hora normal, caso o intervalo não seja concedido. Segundo o relator, a concessão fracionada do intervalo desvirtua o dispositivo legal, restando ao empregador o pagamento de todo o período assegurado e não somente os minutos suprimidos. Além disso, o relator aponta que o julgado do tribunal regional foi contrário do que diz a orientação jurisprudencial n° 307.
No seu voto, o Ministro Caputo Bastos deu conhecimento ao recurso, dando provimento para que seja pago o período total que corresponde ao intervalo intrajornadas. 
 Com todo o exposto, os ministros da Segunda Turma do TST acompanharam o voto do relator por unanimidade, dando ao reclamante o pagamento do período total do intervalo intrajornada que será hora extraordinária.
Entretanto, essa jurisprudência poderá ser alterada futuramente, já que existe uma reforma na lei trabalhista que propõe a redução do limite mínimo para repouso ou refeição de uma hora para trinta minutos, desde que o trabalhador não esteja submetido a regime de trabalho prorrogado e o estabelecimento empresarial atenda às exigências relacionadas à organização dos refeitórios e outras normas que regulamentem a segurança e a saúde no trabalho.
Além disso, esse intervalo dentro da jornada poderá ser negociado, desde que seja mantido o mínimo de trinta minutos para descanso. Caso ocorra o descumprimento desse mínimo, o empregador terá que pagar horas extras sobre o tempo não concedido e não mais sobre a integralidade do intervalo.
Portanto, Nesse item explorado, a reforma trabalhista parece ser prejudicial ao trabalhadores, retirando-lhes o direito ao descanso, uma vez que o direito ao intervalo entre jornadas é previsto pela CLT e tem como finalidade a recuperação física e mental do trabalhador, visando a redução dos riscos do trabalho, que poderão acontecer com o desgaste após horas de trabalho. Inclusive, de acordo com o entendimento jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, abordado anteriormente, o período para descanso é norma de ordem pública que garante a saúde e segurança do trabalho.

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