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Aula 2 conceitos e representantes da fenomenologia

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Prof Drº Flávio Lima 
flaviopsicopb@yahoo.com.br 
Fenomenologia: 
conceitos e representantes 
Fenomenologia 
 Considera a singularidade de cada fenômeno, 
deixando de lado as generalizações para 
compreensão do homem. 
 
 Analisar o fenômeno pelo próprio fenômeno é 
uma tarefa COMPLEXA na medida em que 
sempre temos um conceito apriorístico sobre os 
fenômenos. 
Base fenomenológica 
 Estudo do fenômeno enquanto único e isolado 
 
FENOMENOLOGIA 
Afirma a importância dos fenômenos da consciência os 
quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que 
podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, 
a esses objetos ideais que existem na mente, cada um 
designado por uma palavra que representa a sua 
essência, sua “significação”. 
A Fenomenologia é o estudo da consciência e dos 
objetos da consciência ou também chamados de 
EXPERIÊNCIAS DE CONSCIÊNCIA ou ainda 
chamados de VIVÊNCIAS. 
 Pode-se dizer que tudo o que envolve a Fenomenologia 
está relacionado ao chamado processo de 
intencionalidade. 
 
 Tudo parte de uma intenção, de uma vontade, de um 
desejo, onde é representado por um objeto real. 
 As experiências de consciência ou vivências podem 
ser assim caracterizados: 
Coisas; 
Imagens; 
Atos; 
Pensamentos; 
Eventos; 
Memórias; 
Sentimentos; 
 
Um pouco de Edmund Gustav Albrecht 
Husserl 
 
 Nasce em 8 de abril de 1859, na Checoslováquia. 
 
 Foi um filósofo alemão, matemático, lógico e professor. 
 
 Assiste às aulas de Brentano, em 1884, e interessa-se pela 
filosofia. 
 
 Vive o restante de sua vida como pensador dedicado à 
fundamentação científica da filosofia. 
 
 Falece em abril de 1938. 
A Fenomenologia de Husserl 
(final do século XIX) 
 Descrição dos fenômenos como eles são na intencionalidade 
da consciência. 
 
 Busca pelo fenômeno que se constitui na interação do objeto 
com a consciência: subjetividade versus objetividade. 
 
 O objeto só passa a se constituir como tal quando 
reconhecido e representado na consciência. 
 
 Husserl, assim como Brentano, considera a 
intencionalidade do ato. 
 
A Fenomenologia de Husserl 
 Vai além de Brentano sobre a intencionalidade. 
 
 Investiga a vivência da consciência como tal. 
 
 Ultrapassa os limites da Psicologia. 
 
 Apresenta a Fenomenologia como o único método 
para chegar a verdades apodícticas (aquilo que é 
demonstrável, evidente, irrefutável) 
A Fenomenologia de Husserl 
Temas fundamentais: 
 
1. O retorno às coisas mesmas e a intencionalidade 
 
2. A redução fenomenológica e a intuição das 
essências 
 
3. A reflexão fenomenológica, o mundo da vida e a 
intersubjetividade 
1. O retorno às coisas mesmas e a 
intencionalidade 
 Busca voltar às coisas mesmas por considerá-las como o ponto de 
partida do conhecimento. 
 
 
A “coisa mesma” = fenômeno (e não a realidade existindo em si) 
 
 
O fenômeno 
 É a única coisa que temos acesso imediato e intuição originária. 
 
Correlação essencial entre consciência e objeto (dá-se na intuição 
originária da vivência) 
 A consciência é sempre intencional (voltada para algum objeto). 
 O objeto é sempre objeto para uma consciência. 
INTENCIONALIDADE 
 É o ato de atribuir um sentido. 
 
 Unifica a consciência e o objeto, o sujeito e o 
mundo. 
 
 Há o reconhecimento de que o mundo não é pura 
exterioridade e o sujeito não é pura interioridade, 
mas a saída de si para um mundo que tem uma 
significação para ele. 
INTENCIONALIDADE 
 Permitiria investigar o retorno às coisas mesmas, isto 
é, ao fenômeno. 
 
 “O fenômeno é para Husserl simplesmente aquilo 
que se oferece ao olhar intelectual, à observação 
pura, e a fenomenologia se apresenta como um 
estudo puramente descritivo dos fatos vivenciais 
do pensamento e do conhecimento oriundo dessa 
observação.” (Giles, 1975, p. 132). 
O retorno às coisas mesmas e a 
intencionalidade 
 
 “Não é das Filosofias que deve partir o impulso da 
investigação, mas sim, das coisas mesmas e dos 
problemas... Aquele que é deveras independente de 
preconceitos não se importa com uma averiguação de 
origem em Kant ou Tomás de Aquino, em Darwin ou 
Aristóteles... Mas é precisamente próprio da Filosofia, o 
seu trabalho científico situar-se em esferas de intuição 
direta” (Husserl, 1965, pp72,73) 
2. A redução fenomenológica e a intuição 
das essências 
Redução fenomenológica 
 É o recurso da Fenomenologia para chegar ao fenômeno como tal 
(essência) 
 
 Colocar de fora de ação (suspensão) nossa fé na existência do 
mundo em si e todos os preconceitos e teorias das ciências da 
natureza dela decorrentes. 
 
 
 Não é uma abstração relativamente ao mundo e ao sujeito, mas 
uma mudança de atitude (da natural para a fenomenológica) que 
nos permite visualizá-los como fenômeno, ou como constituintes 
de uma totalidade, no seio da qual o mundo e o sujeito revelam-
se, reciprocamente, como significações. 
A INTUIÇÃO DAS ESSÊNCIAS 
 Só atingimos a plena evidência do fenômeno na concordância 
entre a intuição e a significação, pois conceitos sem intuição 
estão vazios. 
 
 A significação não é preenchida apenas na intuição sensível, 
mas na intuição eidética, ou categorial na qual a evidência da 
essência, ou “a coisa mesma”, tem acabamento. 
 
 
 relativo à essência das coisas e não à sua existência ou função 
A INTUIÇÃO DAS ESSÊNCIAS 
 Intuição eidética e intuição sensível são distintas, mas 
relacionadas 
 
 “A essência (Eidos) é um objeto de um novo tipo. Tal como na 
intuição do indivíduo ou intuição empírica, o dado é um objeto 
individual, assim o dado da intuição eidética é uma essência 
pura” (Husserl, 1986, p.21) 
 
 A intuição eidética não é uma atitude mística entendida como 
uma extrapolação da intuição sensível para um domínio supra-
sensível, pois é sempre fundada no sensível, sem se confundir 
com ele. 
 
 As distinções entre a intuição eidética e a sensível correspondem 
às relações essenciais entre existência (no sentido do que existe 
como indivíduo) e essência. 
A INTUIÇÃO DAS ESSÊNCIAS 
 O estudo da vivência pode levar à descoberta de 
essências, pois o conhecimento dos fatos implica 
uma visão da essência, mesmo que quem o pratique 
esteja preocupado apenas com os fatos. 
 
 As essências da vivência não são abstratas, mas 
concretas (Husserl, 1986, p.163) 
 
A Fenomenologia propõe-se a ser uma ciência 
descritiva das essências da vivência (relaciona-se 
com a Psicologia) 
3. A reflexão fenomenológica, o mundo da vida 
e a intersubjetividade 
 A fenomenologia atribui um novo sentido à 
reflexão 
3. A reflexão fenomenológica, o mundo da vida 
e a intersubjetividade 
 O eu vive no mundo, mas não se encontra 
delimitado àquilo que vivencia no momento 
atual, pois pode, também, dirigir seu 
pensamento para o que já vivenciou 
anteriormente, assim, como para as 
prospecções que faz em relação a coisas que 
tem a expectativa de vir a vivenciar. 
 (FORGHIERI, 2004, p. 17) 
3. A reflexão fenomenológica, o mundo da vida 
e a intersubjetividade 
 Explicação do psiquismo humano por 
psicólogo na atitude natural 
 
 
 Considera os acontecimentos como fatos e busca 
estabelecer relações entre eles e deles com os fatos. 
3. A reflexão fenomenológica, o mundo da vida 
e a intersubjetividade 
A reflexão fenomenológica 
 
 
• Todos os fatos e explicações são colocados entre parênteses 
ou fora de ação, permitindo a reflexão sobre a experiência 
variadada vivência, chegando ao que lhe é essencial, ou 
invariável nas suas transformações (reflexão sobre a vivência 
reflexiva) 
 
• As reflexões também são vivências e podem tornar-se 
substratos de novas reflexões. 
 
• Reflexão sobre a vivência pré-reflexiva, vivência cotidiana 
imediata, “agora vivo”(mundo da vida) 
 
A reflexão fenomenológica 
 Embora possa refletir sobre a vivência reflexiva, esta 
remonta à minha vivência imediata, pré-reflexiva. 
 
 A reflexão fenomenológica vai em direção ao mundo 
da vida, ao mundo da vivência cotidiana imediata, na 
qual todos nós vivemos, temos aspirações e agimos, 
sentindo-nos ora satisfeitos, ora contrariados. 
A vivência pré-reflexiva 
 Origina os pensamentos e as representações 
 
 É anterior a toda elaboração de conceitos e de juízos. 
 
 Até as mais abstratas e sofisticadas formulações 
científicas partem dela (a ciência tem origem na 
intenção do cientista de desejar esclarecer algo que 
surgiu na sua vivência cotidiana). 
A intersubjetividade 
 Em sua vivência cotidiana os seres humanos, embora tenham 
suas próprias peculiaridades, existem todos no mundo, 
constituindo-o e constituindo-se, simultaneamente. 
 
 Possuímos, de um certo modo, uma “comunalidade”, pois 
todos nós vivemos no mundo e existimos uns com os outros, 
com a capacidade de nos aproximarmos e de compreendermos 
mutuamente as nossas vivências. 
 
 “A partir da intersubjetividade constituída em mim, constitui-
se um mundo objetivo comum a todos” 
 (Extrato de Meditações Cartesianas de Husserl, em Kelkel e Scheres, 1982, 
p. 101, apud Forghieri, 2004, p. 19) 
A intersubjetividade dando sentido ao mundo 
 O mundo recebe o seu sentido, não apenas a 
partir das constituições de um sujeito 
solitário, mas do intercâmbio entre a 
pluralidade de constituições dos vários 
sujeitos existentes no mundo, realizado 
através do encontro que se estabelece entre 
eles. 
Resumindo a fenomenologia de Husserl 
 Fenomenologia como estudo puramente descritivo 
 
 
 Fenômenos = realidade da consciência = essências ideais 
 
 Intuição eidética: meio para alcançar a essência, o universal, 
em sua natureza absoluta - preenche a intenção. 
 
 Intenção: atenção para o simples significado do objeto 
 
 Redução: necessária para se chegar à evidência sem dúvidas 
(apodídica), pois a percepção nunca é uma manifestação 
adequada do objeto espacial. 
 
 A consciência é intencionalidade. 
Bibliografia 
 FORGHIERI, Y, C. A fenomenologia e suas relações com a Psicologia. 
In: FORGHIERI, Yolanda Cintrão. Psicologia fenomenológica: 
fundamentos, métodos e pesquisa. São Paulo: Pioneira Thompson 
Learning, 2004. (cap. 2, texto 2007) 
 
 ANGERAMI-CAMON, Waldemar Augusto. Fenomenologia: métodos e 
pressupostos.In: Psicoterapia existencial. 4ª ed. São Paulo: Thompson, 
2007 (cap 2) 
 
 ANGERAMI-CAMON, V. A. Existencialismo: um breve esboço. In: 
________. Psicoterapia Existencial. São Paulo: Pioneira Thompson 
Learning, 2002. 
 
 GIOVANNETTI, J. P. Impactos das idéias humanistas, 
fenomenológicas e existenciais na psicoterapia. Café de flores. s/d.

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