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171359032717 PROCEDIMENTOS PROCESSUAIS (1)

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CURSO DE 2ª FASE PENAL 
XXII EXAME DE ORDEM 
Aula 01 
 
PROCEDIMENTOS PROCESSUAIS PENAIS 
(Art. 394, §1º do Código de Processo Penal) 
 
RITOS PROCESSUAIS 
Rito Ordinário: Ocorrerá quando o crime apresentar sanção máxima cominada igual ou superior a 4 (quatro) anos 
de pena privativa de liberdade. 
Rito Sumário: Ocorrerá quando o crime apresentar sanção máxima cominada inferior a 4 (quatro) anos de pena 
privativa de liberdade e superior a 2 (dois) anos de pena privativa de liberdade. 
Rito Sumaríssimo: Ocorrerá quando tiver infrações penais de menor potencial ofensivo, ou seja, são as contraven-
ções penais e os crimes a que a lei comine sanção máxima não superior a 2 (dois) anos, cumuladas ou não. Impor-
tante observar o art. 61 da Lei nº 9.099/95. 
 
INÍCIO DA AÇÃO PENAL 
A ação penal tem início com o recebimento da peça inicial acusatória. 
 
REJEIÇÃO LIMINAR DA PEÇA ACUSATÓRIA (art. 395, CPP) 
Após o oferecimento da peça acusatória, haverá o despacho liminar de admissibilidade proferido pelo Magistrado. 
Esse despacho poderá ser positivo (recebimento da peça acusatória) ou negativo (presente uma das hipóteses de 
rejeição liminar da peça acusatória, nos termos do artigo 395 do Código de Processo Penal). 
Na rejeição liminar da peça acusatória, a ação penal não chega a existir. Destaca-se que o recebimento da peça 
acusatória não carece de fundamentação, mas a rejeição necessita. São as possibilidades de rejeição: 
 
Inépcia da inicial (art. 395, I do CPP): 
 
Ocorre quando a peça acusatória não se prestar ao fim a qual se destina. 
Uma peça acusatória tem um objetivo muito específico, ou seja, mostrar que o acusado cometeu o crime e conseguir 
a sua condenação. 
Inepta é toda denúncia ou queixa que apresenta uma deficiência de ordem subjetiva ou objetiva, oriunda do mo-
mento de sua gênese, decorrente da existência de lacunas, omissões, contradições ou quais outros fatores que 
possam dificultar, reduzir ou impedir a manifestação da garantia constitucional fundamental da ampla defesa. 
A inépcia da inicial poderá ser formal ou de conteúdo. 
Será formal quando a peça acusatória deixar de apresentar um dos requisitos listados no artigo 41 do Código de 
Processo Penal, são eles: 
1. Exposição do fato criminoso (com todas as circunstâncias); 
 
 
 
 
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2. Qualificação do acusado ou esclarecimento pelos quais se possa identifica-lo; 
3. Classificação do crime; e, 
4. Rol das testemunhas, quando necessário. 
E, a inépcia da inicial poderá ser em razão do conteúdo (também chamado de inépcia por impossibilidade de 
intelecção ou decorrente). 
Em síntese, são fatores que normalmente geram inépcia da peça inicial: descrição de fatos de maneira truncada, 
incoerente, lacunosa ou impossível de terem ocorrido; inserção de agentes em concurso, inexistentes no caso con-
creto; descrição confusa ou misturada dos fatos; descrição muito extensa dos fatos, impedindo a compreensão; falta 
de pedido claro de acusação; etc. 
 
Se houver, dentro da peça acusatória, falta de pressuposto ou condição para a ação penal (art. 395, II do 
CPP) 
 
a) CONDIÇÕES DA AÇÃO 
 
Possibilidade jurídica do pedido: No processo penal, a arguição da possibilidade jurídica do pedido é sempre 
objetiva (também chamada de direta ou positiva). Isto é, só pode pedir aquilo que explicitamente a lei autoriza. 
Na hora da prova, para saber se há possibilidade jurídica do pedido, basta tipificar o crime. Pergunta-se: o crime 
que o acusado está sendo imputado existe no ordenamento jurídico? Se a resposta for SIM haverá a possibilidade 
jurídica do pedido, se for NÃO, não haverá possibilidade jurídica do pedido. 
Exemplo: O agente foi denunciado pelo crime de sedução ou adultério (antigos artigos 217 e 240 do Código Penal, 
respectivamente). Nesses casos, ambas as condutas deixaram de ser típicas. 
 
Legitimidade da parte: Se a ação penal for pública, a parte legítima é o Ministério Público, se a ação penal for 
privada, a parte legítima é o ofendido, representante legal ou substituto processual. 
No caso de ação penal privada, se a vítima for menor a parte legítima será o seu representante legal, ainda que o 
menor seja emancipado, porque a emancipação só produz efeitos civis e não penais. Já se a vítima morrer ou for 
declarada ausente por decisão judicial, a parte legítima será o seu substituto processual, de acordo com a sequência 
do CADI (Cônjuge, Ascendente, Descendente e Irmão), nos termos do art. 24, § 1º em combinação com art. 31, 
ambos do CPP. 
 
CUIDADO: crimes contra honra de funcionários públicos a legitimidade é concorrente nos termos da Súmula 714 
do STF. 
 
Necessidade/interesse para agir: A análise desta condição da ação é casuística, pois em certos casos não há 
interesse ou necessidade de prosseguir no processo. 
A ação penal não promoveria a aplicação do direito em um caso concreto, o processo não teria um fim útil. Em 
respeito à economia processual, o juiz vai verificar a necessidade ou interesse para agir. 
 
 
 
 
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b) PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
Pressupostos são todas as falhas residuais do caso concreto que possam inviabilizar a existência da ação penal. 
Tudo que for impeditivo e não estiver nas condições, porque esta é um rol taxativo, serão pressupostos porque o 
rol é exemplificativo e residual. Por exemplo: 
 
Incompetência do Juízo: Em caso do juiz declarar-se incompetente, há rejeição liminar da inicial acusatória por 
ausência de pressuposto. 
Exemplo: Crime de latrocínio é de competência do juiz singular (Súmula 603 do STF) 
Exemplo 2: Homicídio Culposo de Trânsito (art. 302, CTB) não é de competência do Tribunal do Júri. 
Exemplo 3: Roubo praticado em agência do Banco do Brasil, suscita a competência da justiça Estadual (Súmula 42 
do STJ). 
 
Litispendência: É um litígio pendente. Ocorre quando há uma denúncia ou uma queixa por um fato gerador que já 
está sendo objeto de apreciação pela Justiça Criminal. Isso acontece muito quando não se tem certeza de onde foi 
praticado o crime. 
 
Possibilidade formal de tutela penal: quando estivermos diante de decadência, prescrição, dentre outros. Perceba 
que temos causas extintivas de punibilidade (art. 107, IV do CPP). 
 
Coisa Julgada: Já houve decisão irrecorrível. 
 
Exaurimento do processo administrativo: Mais frequente em relação aos crimes contra a ordem tributária (Lei 
8.137/90), isso porque, a súmula vinculante 24 estabelece que é necessário exaurir o procedimento administrativo 
para poder responsabilizar penalmente o agente. 
 
Ausência de justa causa: É imprescindível que a peça acusatória tenha apresentado de forma clara a prova da 
materialidade do crime E os indícios suficientes de autoria ou participação. 
Os indícios suficientes de autoria ou participação do crime configuram-se com indicativos de que o réu tenha efeti-
vamente participado da empreitada criminosa, seja como autor ou partícipe. 
Por sua vez, a prova da materialidade do fato caracteriza-se pela certeza de que o fato efetivamente existiu. 
Assim sendo, na ausência de um dos requisitos, haverá falta de justa causa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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