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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 2 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 SUMÁRIO 1 SITUANDO E CONTEXTUALIZANDO A SUPERVISÃO ESCOLAR ............ 03 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO .................................................................. 12 2.1 Biológicos ..................................................................................................... 12 2.2 Filosóficos..................................................................................................... 14 23 Sociológicos .................................................................................................. 15 2.4 Psicológicos ................................................................................................. 16 2.5 Por uma educação libertadora ................................................................... 17 3 MÉTODOS E PRINCÍPIOS DA SUPERVISÃO ESCOLAR ............................ 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 27 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 3 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 1 SITUANDO A CONTEXTUALIZANDO A SUPERVISÃO ESCOLAR Grosso modo e em última instância, a supervisão escolar, supervisão educacional ou ainda coordenação pedagógica tem como objetivo levar professores e alunos a uma interação tal que reflita na otimização e aperfeiçoamento do processo ensino aprendizagem, isto é, mediar as relações interativas na escola para o sucesso do processo. O seu alvo ou propósito é orientar, encorajar, estimular e cooperar no sentido de prevenir consequências dos procedimentos e mudanças que ocorrem no âmbito da escola e da educação. A tendência atual, baseada no modelo de gestão educacional democrático e autônomo vem orientando os profissionais no que se refere à qualidade da aprendizagem dos alunos, de modo que conheçam a sua realidade, a si mesmos e as condições de enfrentamento dos desafios do dia- a-dia, tarefa esta que exige o envolvimento de todo grupo social no sentido de unir esforços para a efetivação dos objetivos apontados. Assim sendo, é possível depreender que “a supervisão já pressupõe, em si, a ideia de participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto” (LÜCK et al, 1999, p. 15). Mas para chegarmos a esse entendimento da Supervisão Escolar como é vista hoje, ou seja, um trabalho de parcerias, de associação, o caminho foi longo, cheio de percalços e construído vagarosamente como veremos através de uma breve retrospectiva histórica. Embora a supervisão educacional enquanto função tenha sido oficializada somente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, lei n. 5.692 de 1971, intrinsecamente podemos dizer que ela existe desde a colonização do Brasil, com a vinda dos jesuítas para nosso país e implantação ou organização do nosso primeiro sistema educacional. Os Jesuítas foram os primeiros educadores. A educação não era considerada um valor social importante para uma sociedade agrário- INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 4 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 exportadora dependente, na verdade era uma arma de controle social. A tarefa educacional baseava-se na catequese e na instrução para os indígenas, entretanto a educação dispensada aos filhos da elite colonial mostrava-se diferenciada. De acordo com Saviani (2008) e Veiga (2004) em uma sociedade desigual a educação é elitista. Em 1549, organizam-se as atividades educativas no Brasil. No Plano de Ensino aviado por Manuel da Nóbrega a ideia de Supervisão não se manifesta apesar da função supervisora estar presente. O Plano de instrução estava fundamentado na Ratio Studiorum, cujo “ideal era a formação do homem universal, humanista e cristão. A educação se preocupava com o ensino humanista de cultura geral, enciclopédico e alheio á realidade da vida de colônia” (VEIGA, 2004). Formas dogmáticas de pensamento contra o pensamento crítico maculavam a ação pedagógica dos Jesuítas que privilegiava a memorização e o raciocínio. Assim, tornava-se impossível um a prática pedagógica que buscasse uma perspectiva transformadora na educação. Explicita-se na Ratio Studiorum a ideia de supervisão educacional na figura do Prefeito de Estudos (SAVIANI, 2008). Com a expulsão dos Jesuítas e as Reformas Pombalinas o sistema de ensino foi extinto e junto com ele o cargo de Prefeito de Estudos. Então, em relação aos aspectos educacionais houve um retrocesso, pois alguns professores leigos começaram a ser admitidos para as aulas régias introduzidas pelas reformas de Pombal. A ideia de supervisão continuava presente, agora, englobada nos aspectos político-administrativos (inspeção e direção) da figura do Diretor geral; e também nos aspectos de direção, fiscalização, coordenação e orientação do ensino, na figura dos Diretores dos Estudos. Com a Independência do Brasil é formulada a primeira Lei para a instrução pública (15 de Outubro de 1827) que instituiu as Escolas de Primeiras Letras baseadas no “Ensino Mútuo”, método que concentra no professor as funções de docência e supervisão, ou seja, instruir os monitores e supervisionar as atividades de ensino e aprendizagem dos alunos. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 5 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 O regulamento educacional do Período Imperial estabelecia que a função supervisora devesse ser exercida por agentes específicos para uma supervisão permanente; essa missão foi atribuída ao Inspetor Geral que supervisionava todas as escolas, colégios, casas de educação, etc., públicos e privados. O Inspetor Geral ainda presidia exames dos professores e lhes conferia o diploma, autorizava abertura de escolas privadas e revisava livros (SAVIANI, 2008). O inspetor deveria ser um elemento de prestigio pessoal e conhecimento com pessoas importantes e com autoridades constituídas. Suas atribuições incluíam fiscalizar e padronizar as rotinas escolares às normas oficiais emanadas das autoridades centrais, por essa razão exercia essas funções como “autoridade do sistema”, através de visitas corretivas e de registros permanentes para confecção de relatórios a serem encaminhados aos órgãos centrais. Tinha como objetivo fiscalizar o grau maior ou menor de desvio da ação pedagógica em relaçãoaos padrões estabelecidos pela Lei (PINHEIRO, 2007). Com a discussão sobre a organização de um sistema nacional de educação, “a ideia de supervisão vai ganhando contornos mais nítidos ao mesmo tempo em que as condições objetivas começavam a abrir perspectiva para se conferir a essa ideia o estatuto de verdade prática. (SAVIANI, 2008) Pautava-se em dois requisitos: A organização administrativa e pedagógica do sistema e a organização das escolas na forma de grupos escolares. No início do Período Republicano, sob a influência do positivismo a reforma de Benjamim Constant é aprovada, suprimindo o ensino religioso nas escolas públicas e o Estado passa a assumir a laicidade1. A visão burguesa é disseminada pela escola, visando garantir a consolidação da burguesia industrial como classe dominante. Com a expansão cafeeira o modelo econômico passa de agrário-exportador para o modelo urbano-comercial- exportador. A Pedagogia Tradicional se articula no Brasil com os pareceres de Rui Barbosa e de Benjamim Constant. Nessa pedagogia a ênfase recai ao ensino humanista da cultura geral centrado no professor, a relação pedagógica 1 Exclui o elemento religioso. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 6 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 é hierarquizada e verticalizada, “o método de ensino é calcado nos cinco passos formais de Herbart2” (VEIGA, 2004). O Período conhecido como a Primeira República é marcado por um processo de descentralização do controle e de maior organização dos serviços, incluindo os educacionais. A função de supervisor era exercida pelo inspetor que deveria ser uma pessoa qualificada, experiente e sensível para com técnicos pedagógicos do processo de ensino-aprendizagem. Dentre suas principais atribuições podemos citar: orientar, controlar, supervisionar, f iscalizar e inspecionar todo processo educacional através de conferências, palestras e visitas, acompanhar o desenvolvimento do currículo nos estabelecimentos, com o objetivo de orientar pedagogicamente os professores mais jovens, buscando eficiência, introduzindo inovações, modernizando os métodos de ensino e promovendo um acompanhamento mais atento do currículo pleno nos estabelecimentos. Surgem, então na década de 1920, os profissionais da educação, também conhecidos com “técnicos em escolarização” e concomitantemente é criada a Associação Brasileira de Educação por iniciativa de Heitor Lira. A ABE foi um elemento propulsor e estimulante aos “técnicos em educação”. A reforma João Luís Alves em 1924 criou o Departamento Nacional de Ensino e o Conselho Nacional de Ensino separando, assim, a parte administrativa da parte técnica que antes estavam unidas num mesmo órgão, o Conselho Superior de Ensino. Esse foi um passo importante para a criação do Ministério da 2 Johann F. Herbart nasceu na Alemanha em 1776 e morreu em 1841. Filósofo alemão, foi considerado o fundador da Psicologia Científica e trouxe grandes contribuições para a pedagogia. Herbart propõe cinco passos formais que favorecem o desenvolvimento da aprendizagem do aluno: 1- Preparação: o mestre recorda o que a criança já sabe para que o aluno traga ao nível da consciência a massa de ideias necessárias para criar interesse pelos novos conteúdos; 2- Apresentação: a partir do concreto, o conhecimento novo é apresentado; 3- Assimilação: o aluno é capaz de comparar o novo com o velho, distinguindo semelhanças e diferenças; 4- Generalização: além das experiências concretas, o aluno é capaz de abstrair, chegando a conceitos gerais, sendo que esse passo deve predominar na adolescência; 5- Aplicação: através de exercícios, o aluno evidencia que sabe usar e aplicar aquilo que aprendeu em novos exemplos e exercícios. É deste modo, e somente deste modo, que a massa de ideias passa a ter um sentido vital, perdendo o aspecto de acumulação de informações inúteis para o indivíduo. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 7 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Educação e Saúde Pública e essa separação propiciou o surgimento da figura do supervisor distinta da figura do diretor e inspetor. A partir daí, ele é responsável pela parte técnica enquanto o diretor é responsável pela parte administrativa. Na década de 1930, a sociedade brasileira sofre profundas transformações sociais, econômicas e políticas que refletem no modelo educacional. A crise de 1929 desencadeia a decadência do café e a Revolução de 30. Vargas empossado, constitui o Ministério da Educação e Saúde Pública. Por influência do Liberalismo é lançado o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, preconizando a reconstrução social da escola na sociedade urbana industrial. Nesse contexto de mudança, a educação passa a ter um caráter mais técnico e a valorizar os meios de organização dos serviços educacionais, com o objetivo de racionalizar o trabalho educativo dando relevância aos técnicos, entre estes o supervisor. O surgimento do cargo de supervisor educacional está relacionado com as vinculações do Brasil com os Estados Unidos. O novo modelo econômico baseado no desenvolvimentismo e na injeção do capital estrangeiro no país trouxe consigo não só os padrões econômicos americanos, mas também o modelo educacional americano, onde o supervisor tinha lugar de destaque dentro da escola. Com a instalação da Ditadura Militar em 1964, a educação passa a ser oferecida nos moldes da Pedagogia Tecnicista, há um descaminho. O autoritarismo e a repressão são os alicerces dessa pedagogia, o trabalho é fragmentado e mecanicista, da mesma forma que numa fábrica, busca-se a burocratização, a eficácia e resultados imediatos. O governo aprovou as Reformas de 1° e 2° graus e Universitária, sendo que esta reformulou o Curso de Pedagogia que ganhou novas habilitações: administração, inspeção, supervisão e orientação, com isso a função de supervisor educacional é profissionalizada (PINHEIRO, 2007). O supervisor educacional é um especialista em educação, exercia sua função como controlador do processo de produção assumindo características de coordenação e direção do trabalho, ou seja, atuando como elemento mediador (como uma função técnica que está a “serviço de”). Exercia essa INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 8 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 função através de treinamento de professores para discutir e difundir os fundamentos de organização dos processos de trabalho e do controle sobre ele buscando a aplicação do conceito de racionalidade à administração e do processo com o objetivo de aumentar a produtividade da mão-de-obra e a melhoria de seu desempenho. A função do Supervisor Educacional reflete o contexto histórico do período marcado pelo desenvolvimento nacional e de estabilidade política, altamente mecanicista, utilitário, burocrático e pragmático (PINHEIRO, 2007). Na década de 1980, a crise socioeconômica e a Nova República dão início à uma nova fase. A luta operária ganha força e os professores lutam pela reconquista do direito de participar da definição da política educacional e da luta pela recuperação da escola pública. A 1ª Conferência Brasileira de Educação constitui um espaço para discussão e disseminação da concepção crítica da educação e a Pedagogia Crítica ganha espaço no cenário educacional. O fazer pedagógico não está centrado no professor ou no aluno, mas na questão central da formação do homem; está voltada para o serhumano e sua realização na sociedade e comprometida com os interesses dos menos favorecidos economicamente. A realidade é múltipla e diversa e a educação deve atendê-la. Nesses tempos, o mundo contemporâneo estava (e ainda está), marcado pela hegemonia do neoliberalismo, acentuando-se e ampliando-se as formas de exclusão social e cultural. A globalização reflete no âmbito educacional no que se refere à organização do trabalho pedagógico, delegando uma série de atribuições às escolas, aos professores e alunos. O papel da supervisão está enfocado para a formação do tecnólogo do ensino e no favorecimento e aprofundamento da perspectiva crítica, voltada para a formação do supervisor como agente social. Em Rocha et al (2010) a síntese da trajetória percorrida pelo supervisor escolar em se tratando de Brasil, nos leva a perceber como foi árduo o caminho e os des (caminhos) percorridos. Ela liga a origem da supervisão no Brasil aos acontecimentos históricos internacionais. Os Estados Unidos e a extinta União Soviética, em disputa pelo poder mundial, declaram a Guerra Fria INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 9 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 (pós segunda guerra mundial), onde o mundo passa por uma bipolarização: de um lado o Bloco Socialista e do outro, o Bloco Capitalista. Os Estados Unidos, temendo uma expansão dos países socialistas, traçam planos de ajuda aos países da América Latina. O Brasil, em 1957, tinha como presidente Juscelino Kubitschek, quando começou a funcionar oficialmente os acordos de ajuda firmados entre o MEC (Governo de Minas Gerais) e pelo diretor da United States Operation Mission to Brazil. Dentre estes acordos, surge em Belo Horizonte a Supervisão Escolar, através do Programa de Assistência Brasileira Americana ao Ensino Elementar (PABAEE). A capacitação dos professores brasileiros, para a implantação dos cursos de formação de supervisores, era realizada a partir de um intercâmbio entre o Brasil e os Estados Unidos, aonde iam para se especializarem. Faz-se necessário ressaltar que não ocorreu uma preparação adequada dos profissionais da educação na implantação da supervisão escolar no Brasil, visto que o material didático utilizado nesta preparação não era de acordo com a realidade do país (ROCHA, 2010). Cabe-nos questionar porque o sistema educacional brasileiro precisava de um especialista como este que garantisse a inserção das ideologias do Estado no mesmo. Este período da história brasileira é marcado pelo conflito entre burguesia e proletariado. Neste sentido, a educação é vista enquanto um perigo pela burguesia e um instrumento de libertação para o proletariado. Assim, a educação era vista como algo que deveria ser controlado, manipulado em prol da manutenção dos interesses da classe dominante, minimizando os conflitos sociais através de uma série de ideologias que buscavam a conformação das massas, concretizando a hegemonia liberal. A educação é um aspecto de uma totalidade social desse mesmo antagonismo que ocorre no setor de produção, dentro do sistema capitalista gerado pela bipolaridade: controle X não controle, propriedade X não propriedade dos meios de produção. Neste contexto, a educação passa a ser instrumento de dominação pela divisão entre os que sabem e os que fazem (NOGUEIRA, 1989). INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 10 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 É assim que a postura fiscalizadora dos supervisores passa a não ser aceita pelos professores, nas escolas, pois estes se sentiam vigiados em sua prática, e desvalorizados quando o supervisor lhes impunha qual o conteúdo que deveria ser ministrado e como este deveria ser. Mas é pertinente ressaltar que a figura do supervisor foi projetada ideologicamente para ter conotação de inovadora, modernizadora, introdutora de novos métodos e técnicas de ensino. A supervisão por si só já condiciona um modelo de relação autoritária, prejudicial aos objetivos educacionais, já que esta relação se dá num contexto organizacional, no qual o supervisor ocupa uma posição de mando em relação aos professores (FALCÃO FILHO, 1987, p. 31). Ainda hoje, encontram-se supervisores com a mesma postura fiscalizadora, controladora da época do seu surgimento aqui no Brasil, e por causa desta destorção entre as suas funções oficial e real, é que vários autores defendem a sua extinção, pois estariam as escolas gastando além do espaço físico, dinheiro com um profissional que deixa lacunas em seu trabalho desenvolvido. Além disso, qualquer outro profissional da educação estaria habilitado para realizar o trabalho do supervisor, com competência (PINHEIRO, 2007). A influência do PABAEE é tamanha que merece uma exposição mais detalhada, o que faremos na apostila de Legislação e Políticas Públicas. Fazendo uma síntese da história da Supervisão Escolar no Brasil, podemos dividi-la em seis momentos, destacando algumas datas e seus respectivos acontecimentos que tiveram grande marco no processo escolar: O primeiro momento (Gêneses): - 1835 – Inspetores Escolares (avaliaão da eficiência didática); - 1892 – Inspetor Ambulantes (Reforma Afonso Pena); - 1906 – Inspetor Técnico (Reforma João Pinheiro). O segundo momento (Consolidação): - 1920 – regulamentação do ensino primário e normal (Reforma Francisco Campos); - 1928 – Curso pós- normal – Escola de aperfeiçoamento (BH) – Tinha por objetivo formar assistentes técnicos de ensino; - 1948 – CAE – Instituto de Educação (BH); - 1956 – PABAEE – Objetivo: Formar liderança educacional – Introduz o termo INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 11 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Supervisão. PABAEE – órgão reprodutor de sistemas (houve marcantes mudanças na educação). O terceiro momento (institucionalização) – 1969 – Formação do Supervisor de nível superior (lei 5.540/68); - 1971 – Lei 5.692/71 – Estatuto do magistério; -1977 – Estatuto do magistério de Minas Gerais (10/1977) – ideologia do poder. Ordens: Surgiram linhas mestras do movimento 64 (Ditadura). Dicotomia entre teoria/prática bem marcantes. O quarto momento (críticas e necessidades de redefinições de funções) – 1978 a 1982 – Criação de associação para defender às classes dos supervisores e orientadores – Realiza ENSES (encontros nacionais dos supervisores). O quinto momento (interação supervisor e orientador) – 1988 – Ação integrada; - 1988 – FENASE (federação nacional de supervisores escolares) – situada em Brasília. Formação do pedagogo (pessoa que atendia o aluno, a comunidade e com o professor). Movimento do sindicato e associação. Realização de ENSES nos diversos estados brasileiros. O sexto momento (parceria) – 1996 – Lei 9.394/96 (LDB) Formação do supervisor está regulamentado no artigo 64. Supervisor: Parceiro político- pedagógico do professor na realização do PDE. Característica da função: Interacionista. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 12 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 2 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO Por definição, fundamento é base, razão, justificativa ou um motivo. É um conjunto de princípios básicos de um ramo de conhecimento. No nosso caso, o ramo de conhecimento é a educação e os princípios são biológicos, filosóficos, psicológicos e sociológicos, não necessariamente nesta ordem. Se lembrarmos de Piaget e seus estudos, nos reportaremos à educação como a adaptaçãoda criança ao meio social do adulto e para tanto, a educação leva em conta a natureza própria do indivíduo, se esteando nas leis da constituição psicológica e seu desenvolvimento. O desenvolvimento físico tem como base os fundamentos biológicos; o desenvolvimento mental, os fundamentos psicológicos; a socialização (já que todos somos seres que vivem em sociedade), toma como base os fundamentos sociológicos e por fim, enquanto seres pensantes, reflexivos que somos, também devido a natureza humana, é preciso pensar na educação de acordo com os fundamentos filosóficos. 2.1 Biológicos Os fundamentos biológicos da educação têm como objetivo atender as necessidades dos educadores, facilitando o entendimento da aprendizagem na sala de aula. Ela estuda o funcionamento do cérebro e nos mostra a evolução do sistema nervoso bem como a formação das estruturas complexas do homem. Cada vez fica mais claro a necessidade do cérebro pensante, decisivo, relacional e emocional e, neste contexto, o papel do educador é fundamental, pois na sala de aula que se deve iniciar a construção de solidariedade, INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 13 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 afetividade e autoestima entre os conteúdos curriculares e a praticidade da vida planetária (RELVAS, 2005). A biologia humana oferece conhecimentos sobre a fisiologia, citologia, anatomia do corpo humano, genética entre outras especialidades. Além disso, ela estuda as transformações sofridas pelo corpo e também suas relações com o meio ambiente. Essas relações são complexas e dentro os vários estudos das áreas biológicas, os pesquisadores concluíram que não existe um ser humano igual ao outro. Essas diferenças decorrem dentro outros motivos pela nossa evolução genética, pelas interações com o meio que convivemos. Mas uma vez nos perguntamos, qual a importância da biologia para o profissional que trabalha com a educação? A biologia voltada para a área educacional tem como objetivo, servir de base para o professor entender como se dá o desenvolvimento físico, motor e mental do educando, para fazer das diversas fases do desenvolvimento, aliadas para sua atuação (PACIEVITCH, 2007). Mas, não basta ao educador saber quais os fatores das diferenças individuais, cabe a ele procurar influir sobre tais fatores a fim de que, graças a essa providência, certos caracteres individuais desapareçam e outros se desenvolvam. Daí dizermos que a Biologia Educacional é o estudo dos fatores biológicos que determinam as diferenças e variações individuais na espécie humana, e dos meios com que o educador poderá atuar sobre eles (PACIEVITCH, 2007). Embora as diferenças individuais envolvam atributos do caráter e da personalidade, não se derivam diretamente de fatores orgânicos, eles têm raízes biológicas. A criança começa a vida como um ser orgânico. Torna-se depois um ser social. A altura, o peso, a conformação do corpo e a aparência geral contribuem para a personalidade de duas maneiras: 1º) elas impedem ou contribuem para o desenvolvimento de habilidades socialmente aprovadas; 2º) porque estes INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 14 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 atributos físicos, em conformidade com os valores sociais de uma cultura ou divergindo deles têm importantes efeitos sobre o comportamento. O físico de um indivíduo influencia as relações das outras pessoas em relação a ele, isto, por sua vez determina os conceitos que o indivíduo faz de si mesmo, o que tem efeitos decisivos no seu próprio comportamento. Os estudos têm demonstrado sistematicamente que os indivíduos que têm tipos físicos socialmente aprovados, têm mais atividades socialmente aprovadas, menos problemas pessoais e melhor ajustamento social do que aqueles que estão mais distantes da forma física ideal (DIMOCK, 1937 apud PACIEVITCH, 2007). 2.2 Filosóficos A filosofia investiga como se pode viver melhor (ética), que tipos de coisas realmente existem e quais são suas verdadeiras naturezas (metafísica), o que pode ser considerado conhecimento legítimo (epistemologia), e quais são os princípios corretos do raciocínio (lógica). Segundo Saviani (1980) a filosofia é uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta. De maneira bem simples, Lara (2001) explica o porquê de a educação assentar suas bases também na filosofia: “porque educação é, afinal de contas, o próprio “tornar-se homem” de cada homem num mundo em crise”. Não há como educar fora do mundo. Nenhum educador, nenhuma instituição educacional pode colocar-se à margem do mundo, encarapitando-se numa torre de marfim. A educação, de qualquer modo que a entendamos, sofrerá necessariamente o impacto dos problemas da realidade em que acontece, sob pena de não ser educação. Em função dos problemas existentes na realidade é que surgem os problemas educacionais, tanto mais complexos quanto mais incidem na educação todas as variáveis que determinam uma situação. Deste modo, a “Filosofia na educação” transforma-se em “Filosofia da Educação” enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais. De fato, os problemas educacionais envolvem sempre os problemas da própria realidade. A Filosofia da Educação apenas não os INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 15 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no contexto educativo (LARA, 2001). 2.3 Sociológicos A Sociologia da Educação é uma vertente da Sociologia que estuda a realidade socioeducacional e os processos educacionais de sociabilização. Tem como fundadores Émille Durkheim, Karl Marx e Max Weber. Durkheim é o primeiro a ter uma Sociologia da Educação sistematizada em obras como Educação e Sociologia, A Evolução Pedagógica na França e Educação Moral. A Sociologia da Educação oportuniza aos seus pesquisadores e estudiosos compreender que a educação se dá no contexto de uma sociedade que, por sua vez, é também resultante da educação. Também oportuniza compreender e caracterizar a inter-relação ser humano/sociedade/educação à luz de diferentes teorias sociológicas. Hoje, a Sociologia da Educação tem sido embasada em duas correntes. A primeira delas vem de estudos de Althusser (1970), Bowle e Gintis (1976), Bourdieu e Passeron (1970), citados por Demo (1987) que postulam que a produção e reprodução das classes reside na capacidade de manipulação e moldagem das consciências, na preparação de tipos diferenciados de subjetividade de acordo com as diferentes classes sociais. A escola participa na consolidação desta ordem social pela transmissão e incubação diferenciada de algumas ideias, valores, estilos de vida, enfim, os estudos centram-se nos mecanismos de reprodução social. A segunda corrente, mais moderna, chamada de Nova Sociologia da Educação envolve detalhes do funcionamento do currículo escolar e o papel da escola na estrutura das desigualdades sociais. Não há dúvidas como diz Demo (1987), que a escola faz parte, está no interior dos movimentos sociais, reproduz e tem a capacidade de modificá-los. Tanto por isso ela tem como papel preparar técnica e subjetivamente as diferentes classes sociais para ocuparem seus lugares na divisão social. Também não adiantar negar a existência dessa divisão, e não é questão de vivermos no modelo capitalista. A história nos mostrou que mesmo no sistema INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DEENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 16 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 socialista existe divisão de classes, mas essa não é questão de discussão no momento. A organização do currículo, de planejamentos de ensino ou de programas, podem ser alienantes ou transformadores, pois bem: o profissional da educação não só pode como deve refletir e promover as transformações necessárias para que o sujeito não seja alienado, nem se sinta aquém de suas potencialidades por pertencer a esta ou aquela classe social, ao contrário, entendendo a dinâmica da sociedade pode fazer emergir um ser humano integral e adaptado em qualquer tipo de sociedade no tempo e no espaço. 2.4 Psicológicos A Psicologia tem como objeto o comportamento humano e pode ser dividida em várias áreas: para entender como o indivíduo aprende, temos a Psicologia de Aprendizagem, ao indivíduo que se desenvolve corresponde a Psicologia do Desenvolvimento, ao indivíduo que se relaciona no grupo, a Psicologia Social, ao indivíduo que se constitui como individualidade, a Psicologia da Personalidade, e assim por diante. Dentre as subáreas de Psicologia, as que têm tido um papel destacado na Educação são: a Psicometria, a Psicologia da Aprendizagem e a Psicologia do Desenvolvimento. Qual a importância então de a Educação observar os fundamentos psicológicos? Como a aprendizagem é um processo pessoal, que ocorre no aluno, os profissionais precisam conhecer este aluno, no seu todo e nas partes e a maneira como este processo se desenvolve, pois não pode haver ensino eficiente se não houver dispêndio de tempo e esforço do educador e supervisor. Paín (1991) afirma que o sujeito só aprende quando alguém primeiro lhe olha, reconhece-o como sujeito desejante e depois se volta para o conhecimento. Assim, quando o professor dirigir o seu olhar para o conhecimento, o olhar de quem vai aprender também se volta para lá. Isso quer dizer que o primeiro passo para que alguém aprenda é que ele seja INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 17 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 reconhecido por um outro, do ponto de vista da identidade pessoal e da possibilidade de interação cognitiva. 2.5 Por uma educação libertadora Um dos assuntos mais polêmicos da atualidade e que vem sendo amplamente discutido é a educação, no seu sentido de formação humana. Educar é uma tarefa que exige comprometimento, perseverança, autenticidade e continuidade. As mudanças não se propagam em um tempo imediato, por isso, as transformações são decorrentes de ações. No entanto, as ações isoladas não surgem efeito. É preciso que o trabalho seja realizado em conjunto, onde a comunidade participe em prol de uma educação de qualidade baseada na igualdade de direitos (GIANCATERINO, 2010). Com base em tais considerações, o supervisor escolar representa um profissional importante para o bom desempenho da educação escolar, o grupo escolar, o qual deve opinar, expor seu modo de pensar e procurar direcionar o trabalho pedagógico para que se efetive a qualidade na educação. Na atualidade o supervisor se direciona para uma ação mais científica e mais humanística no processo educativo, reconhecendo, apoiando, assistindo, sugerindo, participando e inovando os paradigmas, pois tem sua “especialidade” nucleada na conjugação dos elementos do currículo: pessoas e processos. Desse modo, caracteriza-se pelo que congrega, reúne, articula, enfim soma e não divide. Neste contexto, compreender e caracterizar a função supervisora no contexto educacional brasileiro não ocorre de forma independente ou neutra. Essa função decorre do sistema social, econômico e político e está relacionada a todos dos determinantes que configuram a realidade brasileira ou por eles condicionada (GIANCATERINO, 2010). O desenvolvimento da sociedade moderna representa motivos de muita reflexão, principalmente pelo fato de que a área educacional possui muitos INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 18 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 problemas e que diretamente vinculam-se as demais atividades sociais visto que são tais profissionais que irão atuar junto ao mercado de trabalho. Existe uma preocupação com a formação humana e com a forma com que o educando vem obtendo o conhecimento científico. Acredita-se na viabilidade de fazer do ambiente escolar um espaço construtivo, que desperte o interesse do educando para aprender e fazer do professor um mediador do saber. Trata-se de ignorar as velhas práticas educacionais e acreditar na possibilidade de construir uma sociedade onde o homem tenha consciência do seu papel e da sua importância perante o grupo. Santos e Haerter (2004 p. 3) assinalam “a necessidade de empreendermos tentativas de rompimento com verdadeiros receituários que todos nós professores tínhamos no sentido de educar é assim, conhecimento é isso, é preciso cumprir o programa de conteúdos, o que não nos causa estranhamento, uma vez que somos frutos de uma maneira bastante específica de ser, pensar, sentir e agir no mundo, identificada com a concepção cartesiana de conhecimento, que orientou e ainda orienta os conceitos e práticas relacionados à gestão e ao ensino na educação”. Acredita-se que se existem falhas no sistema educacional a melhor maneira de redimensionar o trabalho é assumir o compromisso de fazer do trabalho educacional uma meta a ser atingida por todos. Nessa busca incessante por uma nova postura de trabalho, o professor possui um papel fundamental, por isso, deve recuperar o ânimo, a sede e a vontade de educar e fazer do ensino uma ação construtiva. Deve agir como um verdadeiro aprendiz na busca pelo conhecimento e fazer desta ferramenta um compromisso social. Diante das perspectivas de inovação o supervisor escolar representa uma figura de inovação. Aquele profissional que assume o papel fundamental de decodificar as necessidades, tanto da administração escolar, a fim de fazer com que sejam cumpridas as normas e como facilitador da atividade docente, garantindo o sucesso do aprendizado. Contudo, a ação supervisora tornar-se-á sem efeito se não for integrada com os demais especialistas em educação (GIANCATERINO, 2010). INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 19 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Medina (1997) argumenta que nesse processo, o professor e supervisor têm seu objeto próprio de trabalho: o primeiro, o que o aluno produz; e o segundo, o que o professor produz. O professor conhece e domina os conteúdos lógico-sistematizados do processo de ensinar e aprender; o supervisor possui um conhecimento abrangente a respeito das atividades de quem ensina e das formas de encaminhá-las, considerando as condições de existência dos que aprendem (alunos). O que de forma alguma é admissível é manter as velhas políticas de submissão, onde toda a estrutura escolar submetia-se aos interesses da classe dominante. De certa forma, tem-se a impressão de ser esta uma postura radical. No entanto, busca-se uma escola cidadã, onde haja comprometimento com o ensino, com a aprendizagem, onde o professor seja valorizado enquanto profissional e onde o supervisor consiga desenvolver com eficiência a sua função. A nova realidade denota que a função do supervisor educacional assume um parecer diferente do que era conceituada na escola tradicional. Conforme Freire (1998), a educação libertadora passou a inspirar novos conceitos que orientam uma nova sociedadebaseada nos princípios de liberdade, de participação e de busca pela autonomia. Passerino (1996, p. 39) estabelece alguns conceitos fundamentais da educação libertadora, sendo que estes se tornam suporte desta nova concepção do supervisor educacional: Práxis via análise do cotidiano: é preciso olhar a realidade presente em sala de aula e os conceitos trazidos pela criança para refletir os métodos e modo como devem ser trabalhos no espaço escolar; Diálogo inclui conflito: o diálogo representa uma possibilidade de desenvolvimento das relações interpessoais de modo a permitir a análise e o desocultamento da realidade. Ser dialógico é permitir que cada educando exponha seu modo de pensar mesmo que este não seja coerente com a sua visão. Todavia para administrar os conflitos que podem ser gerados o professor precisa desenvolver uma série de dinâmicas em grupo; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 20 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Conscientização a partir da dúvida e do questionamento: o supervisor deve atuar na dinamização de um clima de análise das rotinas da escola para que as mesmas possam ser confrontadas com as novas ideias que se almeja desenvolver. Convém destacar que o processo de desenvolvimento da consciência é lento e requer uma interpretação abrangente do todo; O método dialético supera a visão parcial: a aplicação do método dialético proporciona uma visão objetiva de toda a realidade permitindo a compreensão entre o velho e o novo. A partir destas o supervisor pode encaminhar estratégica concreta para a superação das dificuldades encontradas. Participação crítica para a transformação: a escola segundo a visão de educação libertadora, colabora para a emancipação humana à medida que garante o conhecimento às camadas menos favorecidas da sociedade. Assim sendo, o supervisor, deve ser aquela pessoa que orienta e estimula a concretização de um projeto transformador sob o qual são elaborados esforços coletivos para a obtenção dos êxitos; Pela democracia, chega-se à liberdade: todo e qualquer trabalho desenvolvido pelo supervisor deve partir dos conceitos de liberdade e democracia, conceitos esses que serão desenvolvidos lentamente para que possa se efetivar a condição de mudanças sociais. Para Passerino (1996, p. 40), “o trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepção libertadora de educação, exige um compromisso muito amplo, não somente com a comunidade na qual se está trabalhando, mas consigo mesmo”. Trata-se de um compromisso político que induz a competência profissional e acaba por refletir na ação do educador, em sala de aula, as mudanças almejadas. Todavia, a tarefa do supervisor é muito difícil de ser realizada, exige participação para a integração em sua complexidade. Assim, descreve Gandin (1983, p. 89), esta ação não é fácil, porque: 1. Exige compromisso pessoal de todos; 2. Exige abertura de espaços para a participação; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 21 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 3. Há necessidade de crer, de ter fé nas pessoas e nas suas capacidades; 4. Requer globalidade (não é participação em alguns momentos isolados, mas é constante); 5. Distribuição de autoridade; 6. Igualdade de oportunidades em tomada de decisões; 7. Democratização do saber. Acredita-se que o Supervisor Escolar tem a possibilidade de transformar a escola no exercício de uma função realmente comprometida com uma proposta política e não com o cumprimento de um papel alienado assumido. Deve antes de tudo, estar envolvido nos movimentos e lutas justas e necessárias aos educadores. Semear boas sementes, onde a educação se faz presente e acreditar veemente que estas surtirão bons frutos. A caracterização da Supervisão precisa ser definida e assumida pelo Educador e pelo Supervisor. É uma opção que lhe confere responsabilidade e a tranquilidade de poder. O Supervisor Educacional deverá ser capaz de desenvolver e criar métodos de análise para detectar a realidade e daí gerar estratégias para a ação; deverá ser capaz de desenvolver e adotar esquemas conceituais autônomos e não dependentes, diversos de muitos daqueles que vem sendo empregados como modelo, pois um modelo de Supervisão não serve a todas as realidades. O Supervisor possui uma função globalizadora do conhecimento através da integração dos diferentes componentes curriculares. Sem esta ação integradora, o aluno recebe informações soltas, sem relação uma das outras, muitas vezes inócua (GIANCATERINO, 2010). Assim, acredita-se que uma das funções específicas do Supervisor Escolar é a socialização do saber docente, na medida em que há ela cabe estimular a troca de experiências entre os professores, a discussão e a sistematização de práticas pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá para a construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira, mas também do educador coletivo. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 22 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Lembrando que não cabe ao supervisor impor critérios ou soluções, cabe-lhe sem dúvida, ajudar na construção da conscientização necessária da luta para uma educação libertadora. 3 MÉTODOS E PRINCÍPIOS DA SUPERVISÃO ESCOLAR Realizar Supervisão corresponde a todas as oportunidades de que se pode valer o Supervisor para conseguir o objetivo máximo - melhorar a situação ensino-aprendizagem, através do aperfeiçoamento do professor. Para falarmos da metodologia (decisão e ação) da supervisão, temos que nos referir às dimensões da supervisão, que caracterizam a especificidade da Supervisão: a pedagógica, a administrativa e a política. 1. É pedagógica, quando contribui para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem por meio de ações de planejamento, orientação, acompanhamento, execução e avaliação, desenvolvidos conjuntamente pelo supervisor e pelo docente. 2. É administrativa, quando contribui para a viabilização desse processo por meio de ações de coordenação e articulação de conteúdos e disciplinas que visam à integração entre professores, alunos e famílias, considerando-se o contexto político, social e econômico. 3. É política, quando elege e privilegia valores e objetos que fundamentam as ações de reflexão, orientação, coordenação, acompanhamento e articulação da comunidade escolar, para mudanças no processo de ensino e aprendizagem, na escola e na sociedade. Diante da tentativa de aprofundamento da natureza própria do trabalho educativo e seu entrecruzamento com a dinâmica específica do modo INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 23 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 capitalista de produção e reprodução da existência, muitos autores sugerem que o Pedagogo entre os quais, eles o especialista em Supervisão Escolar, abandone a tarefa de fiscalizador e atue como articulador da autonomia pedagógica. Com a contribuição dos sociólogos, filósofos e dos cientistas políticos e educacionais, verifica-se a necessidade de levar em consideração, além das técnicas e métodos, os aspectos de ordem social, política, econômica e técnico-administrativa que envolvem alunos e professores (AGUIAR, 1991). As Ciências Pedagógicas e Administrativas vêm demonstrando, nas últimas décadas, a importância da integração e da articulação entre Pedagogos, professores em sala de aula ealunos para o êxito do processo de ensino e aprendizagem numa escola cada vez mais complexa, diferente das pequenas escolas da década de 1950. Com base nesses princípios, um Supervisor que deseja realizar uma Supervisão democrática, compartilhada com os professores, precisa considerar que a maioria dos professores deseja contribuir efetiva e criativamente para a consecução dos objetivos da escola. E, se não o fazem, é em consequência de experiências negativas vividas anteriormente, na faculdade ou em escolas em que trabalharam. A maioria dos professores é capaz de ter mais iniciativa, responsabilidade e criatividade do que exigem ou permitem as atuais condições de trabalho nas escolas (AGUIAR, 1991). Essa capacidade dos professores representa recursos inesgotáveis quê, presentemente, estão sendo desperdiçados. A tarefa do supervisor é criar um ambiente no qual os professores possam contribuir, com toda a extensão de seu talento, para a consecução dos objetivos da escola; ele deve tentar descobrir e revelar os recursos criativos dos professores. Deve permitir e encorajar os professores a participarem, não apenas das decisões de rotina, mas também de assuntos importantes que dizem respeito às atividades pedagógicas da escola. Deve tentar expandir continuamente as áreas sobre as quais os professores exerçam autodireção e autocontrole. A qualidade das decisões e do desempenho do Supervisor melhora quando ele potencializa toda a gama de experiências, discernimento e capacidade criativa do corpo docente da escola. Os professores contribuem INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 24 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 mais para a consecução dos objetivos da escola, quando ajudam a estabelecê- los. A satisfação do professor aumenta à medida que o processo pedagógico da escola é sentido e articulado também como seu (AGUIAR, 1991). A ação do supervisor não se dá diretamente durante o desenrolar do processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, cuja organização, controle e execução deverão estar a cargo exclusivo do professor: acontecem durante todo o tempo na complementação da ação docente. O êxito do processo educativo, desenvolvido pela escola, vincula-se intrinsecamente à existência de uma atividade quê, através da integração e articulação de todos os profissionais, propicie a totalização do processo criando condições para que todos os profissionais da educação possam, cada um com sua contribuição específica, colaborar para o alcance dos objetivos educacionais com os quais todos estão comprometidos (AGUIAR, 1991). Viabilizar esse caráter totalizador do processo educativo, através da ação de integração-articulação, é tarefa de quem tem uma formação específica, ou seja, o Pedagogo/Supervisor. O processo de ensino e aprendizagem desenvolvido pelo professor, em sala de aula, não obterá o sucesso desejado se não contar com a participação de um Supervisor competente, sob o ponto de vista político, humano e técnico. A competência política identifica a capacidade do supervisor de ver a escola, a sociedade e o sistema educacional como um todo. Inclui o entendimento e a compreensão de que a escola e todos os que militam são interdependentes, não só entre si, mas também em relação à sociedade. Pressupõe o entendimento e a compreensão de que a escola com todos que dela fazem parte se insere num contexto maior, a sociedade, e implica o entendimento de que essa sociedade também é permeada e dependente de um sistema político, social e econômico. Enfim, a competência política pressupõe que o supervisor conheça e compreenda as causas e as consequências de toda essa interdependência em seu trabalho com os professores e alunos. A competência humana pressupõe a capacidade do supervisor de trabalhar eficaz e eficientemente com os professores e demais profissionais da INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 25 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Educação, em base individual e em situações de grupo. Essa competência exige considerável compreensão, aceitação, empatia e consideração pelos outros. Seu conhecimento básico inclui facilidade para motivar os professores e desenvolver atitudes favoráveis ao trabalho educativo; conhecimento e domínio da dinâmica de grupo, preocupação permanente com as necessidades humanas e o desenvolvimento das pessoas. A competência técnica supõe compreensão e proficiência em métodos, processos, procedimentos integradas em todas as ações da Supervisão. Desenvolvendo tais competências, a metodologia da Supervisão (decisão e ação) possibilitará a consecução dos objetivos formulados no planejamento do trabalho; a operacionalização, através de técnicas adequadas permitirá encontrar a solução para os problemas levantados durante o acompanhamento e norteará as correções na avaliação. Em princípio, destacam-se na metodologia a observação e a entrevista. A observação é o ponto de partida para adequar a teoria das pesquisas científicas da Supervisão à realidade do campo de atuação: deve ser sistemática, de forma direta ou indireta. A entrevista está incluída na observação, diagnosticando problemas de desempenho do professor. A metodologia como arte de dirigir o espírito da investigação da verdade, no campo da didática integra método e técnica considerando-se método como decisão da ação e técnica, a própria ação. Na atuação da Supervisão o método enfocará o padrão global do desejo e da implementação do programa e as técnicas, comportamentos específicos do supervisor. Não existe um único método que seja eficiente para todos professores e alunos, ao mesmo tempo e lugares. O método deve ser concebido, aplicado e julgado em termos do propósito a ser atingido. Embora um determinado método possa não ser satisfatório para alcançar um propósito específico ele pode, entretanto, ser um método excelente a ser utilizado em outra situação para alcançar um propósito diferente. Os métodos podem ser diretos e indiretos: INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 26 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Indiretos- quando o contato entre os elementos implicados no processo não é feito diretamente, mas sim através de dados subjetivos. Diretos- quando estabelecem um contato frontal, direto, entre os elementos implicados no processo de Orientação Pedagógica. Dentre os métodos indiretos temos: 1. Conhecer o processo através do professor: de acordo com seu curriculum vitae, outras atividades, fichas de controle de presença, seus planos de curso, a integração dos planos, pelos objetivos gerais da disciplina, pelo modo como divide a disciplina em unidades com lógica, pela dosagem das unidades, pela verificação do aproveitamento, pelo desenvolvimento de critérios de avaliação, por sua bibliografia básica. 2. Conhecer o processo através do aluno: análise da vida escolar anterior, assiduidade e pontualidade, levantamento - residência, família, atividade extra-escola, situação econômico-social, vocação, aptidões, interesses, idade cronológica, apreciada em relação à média da classe, horário da escola para o aluno e a distribuição das aulas. 3. Conhecer o processo de acordo com a organização Escolar: Currículos, Horários, Administração, Recursos e meios disponíveis — principalmente audiovisuais. Sobre os métodos diretos, os processos passam pela supervisão clínica e o microensino. O método do Supervisão Clínica desenvolve-se através de sequências de Supervisão (composta de cinco fases) constituído inicialmentede uma entrevista de sondagem e preparação para observar uma atividade de ensino que tenha objetivos comuns, pelo supervisor e professor. Segue-se uma observação da atividade prevista para coletar dados sobre o que foi combinado. Realiza-se, após a observação, uma análise dos dados obtidos, para levantamento dos padrões e para planejamento da estratégia a ser adotada, tendo em vista o aperfeiçoamento da instrução. Após a análise de dados organiza-se uma entrevista com propósito específico de supervisão, para iniciar o aperfeiçoamento profissional do professor. Ao final, o Supervisor INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR 27 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 avalia o trabalho clínico e auto analisa a atuação procurando elementos que orientam nas futuras sequências de Supervisão. Em síntese, o método da Supervisão Clínica envolve: Pré-observação (entrevista); Observação; Análise e estratégia; Entrevista (como agir) e Pós-entrevista. O Microensino constitui, atualmente, uma das mais promissoras inovações na área educacional. Grande número de especialistas e instituições tem voltado a sua atenção para o microensino na expectativa de encontrar nova e científica dimensão analítica para os problemas de ensino. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS AGUIAR, Márcia Angela. Supervisão escolar e política educacional. São Paulo: Cortez editora, 1991. CAFÉ, Maria Helena Barcelos. O espaço do supervisor. In: IV Encontro Nacional de Supervisores de Educação. Fortaleza: 1981. Anais. DEMO, Pedro. 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