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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ORIENTADOR ESCOLAR

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PRÁTICAS 
PEDAGÓGICAS 
DO ORIENTADOR 
ESCOLAR 
PROFESSOR(A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
1 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ORIENTADIR ESCOLAR 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1. PANORAMA E FORMAÇÃO BÁSICA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL 01 
1.1. Aspectos Legais do Orientador Educacional no Contexto Educacional .... 01 
1.2. A Orientação Educacional nos dias atuais ................................................. 04 
 
2. ATIVIDADES DA FUNÇÃO .......................................................................... 06 
2.1. Existencial .................................................................................................. 07 
2.2. Terapêutica ................................................................................................ 09 
2.3. Recuperação ............................................................................................. 09 
 
3. PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL .............. 10 
 
4. FUNÇÒES E ATRIBUIÇÕES DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ............. 16 
4.1. Na Educação Infantil .................................................................................. 16 
4.2. No Ensino Fundamental ............................................................................ 17 
4.3. No Ensino Médio........................................................................................ 18 
4.4. Junto às famílias dos alunos ...................................................................... 19 
4.5. Junto aos alunos ........................................................................................ 20 
4.6. Junto aos professores ................................................................................ 21 
 
5. ÉTICA PROFISSIONAL ............................................................................... 23 
 
6. REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ...................................... 25 
 
7. ANEXOS ....................................................................................................... 28 
 
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INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ORIENTADIR ESCOLAR 
 
 
 
 
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1 PANORAMA E FORMAÇÃO BÁSICA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL 
 
No artigo 64 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB n. 
9394/96 encontramos que a formação de profissionais de educação para 
administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a 
educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de 
pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base 
comum nacional. 
Em linhas gerais, o orientador educacional, o profissional que discutiremos 
nessa apostila é aquele que se preocupa com a formação pessoal de cada 
estudante, atuando na maioria das vezes no Ensino Médio. 
 
1.1 Aspectos Legais do Orientador Educacional no Contexto Educacional 
Grinspun (2002) relata a origem da Orientação Educacional, a qual se iniciou 
com a Orientação Vocacional, nos Estados Unidos, em 1908, com um caráter de 
aconselhador que marca toda sua trajetória. Movimentos da época teriam feito 
eclodir tal prática no mundo todo, como os movimentos em prol da psicometria1, da 
revolução industrial, da saúde mental e das novas tendências pedagógicas. 
Já a preocupação com a organização escolar surgiu apenas em 1912, em 
Detroit, nos Estados Unidos, através de Jessé Davis, mas com a particularidade 
básica de acolher a problemática vocacional e social dos alunos de sua escola. 
No Brasil, segundo Grinspun (2002), a Orientação Educacional teve início em 
1924, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, também com a função de 
Orientação Vocacional. Já Nérici (1976) acredita que a primeira tentativa de 
Orientação Educacional no Brasil deve-se à Lourenço Filho, que quando diretor do 
 
1
 A Psicometria estuda os conceitos teóricos e os elementos práticos envolvidos na utilização e 
elaboração de instrumentos de medida utilizados nas ciências humanas. A quantificação nas ciências 
humanas se dá por meio de testes psicológicos, que se propõem a medir diferenças entre indivíduos 
ou entre as reações do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões. 
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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ORIENTADIR ESCOLAR 
 
 
 
 
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Departamento de Educação do Estado de São Paulo, criou o “Serviço de Orientação 
Profissional e Educacional”, em 1931, o qual tinha como maior objetivo, guiar o 
indivíduo na escolha de seu lugar social pela profissão. 
Começaram a surgir, também, experiências isoladas nas escolas, nos molde 
americanos e europeus, sendo a pioneira a de Aracy Muniz Freire e Maria Junqueira 
Schimit, no Colégio Amaro Cavalcanti, no Rio de Janeiro, em 1934 (GRINSPUN, 
2002, p. 18). 
Foi com as Leis Orgânicas de 1942, do ministro de Getúlio Vargas, Gustavo 
Capanema, que pela primeira vez se encontraram referências explicitas à 
Orientação Educacional. Sua função teria caráter corretivo e direcionado para o 
atendimento aos alunos problemas. Outra função seria a de velar para que os 
estudos e descanso do aluno ocorressem de acordo com as normas pedagógicas 
mais adequadas. Também teria o papel de esclarecer possíveis dúvidas dos alunos 
e orientar seus estudos para que sozinhos buscassem sua profissionalização. A 
profissão também seria regulamentada, tendo o Orientador Educacional que fazer 
um curso próprio de Orientação Educacional (GRINSPUN, 2002). 
Entretanto, nesta época, ainda o curso principal da Orientação Educacional 
seria o ensino técnico, em que ajudava na formação de uma mão-de-obra 
especializada e qualificada, assumindo caráter terapêutico, preventivo, 
psicometrista, identificando aptidões, dons e inclinações dos indivíduos. 
As origens da Orientação Educacional estão na Lei Orgânica do Ensino 
Industrial de 30 de janeiro de 1942 e no Decreto Lei nº 4244 de 04 de abril de 1942 
que estabelece as diretrizes para a profissão como função de encaminhar os alunos 
nos estudos e na escolha da profissão, sempre em entendimento com sua família. 
Porém, em seu artigo 50, a Orientação Educacional é concebida como um processo 
de adaptação do sujeito ao meio visando os problemas dos alunos, seus desvios 
que perturbam a vida da escola (KROTH, 2008). 
Com o passar dos anos, o Orientador Educacional continuou a dirigir sua 
atenção ao aluno “irregular”, tendo que, “corrigir, encaminhar, isto é, adaptar o aluno 
a rotina da escola, ao invés de dirigir a sua ação ao processo integral de 
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desenvolvimento da atividade educativa”. Desta forma, se efetivava as intenções do 
Decreto Lei nº 4073/42 que reduz as funções da Orientação Educacional às 
atividades isoladas do contexto da escola, reduzindo-a a um veículo escolar 
repudiado por alunos e professores. 
Em dezembro de 1968, em Brasília, foi aprovada a Lei nº 5564 que provê 
sobre o exercício da profissão do Orientador Educacional. A promulgação da Lei em 
21 de dezembro de 1968 significou um avanço na definição e profissionalização do 
Orientador Educacional. 
Até a década de 1970, em todo nosso país, a Orientação Educacional se 
apoiou num referencial basicamente psicológico reforçando a ideologia de aptidões. 
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 5692 de 1971, a Orientação 
Educacional assume um papel fundamental, sendo a área da OrientaçãoVocacional 
a mais privilegiada para atender aos objetivos de ensino da própria lei (GRINSPUN, 
2002). 
Orientação Educacional passa a ser obrigatória no Ensino de 1º e 2º graus, 
para atender o objetivo de “qualificação para o trabalho” e de “sondagem de 
aptidões”. O artigo 10 refere-se: “Será instituída obrigatoriedade a Orientação 
Educacional nas escolas, incluindo Aconselhamento Vocacional, em cooperação 
com os professores, a família e a comunidade” (KROTH, 2008). 
A partir das determinações desta lei, a Orientação Educacional desenvolve a 
sua prática nas escolas, baseada no autoconhecimento, nas relações pessoais, 
sondagem de aptidões e interesses, informações sobre as profissões e mercado de 
trabalho. As técnicas de aconselhamento, entrevistas, aplicação de testes, inventário 
de interesses, sociogramas, atendimentos a problemas disciplinares pautam a ação 
cotidiana do Orientador Educacional. 
Portanto, em 26 de setembro de 1973, é assinado o Decreto nº 72.846 
regulamentando a Lei nº 5.564/68 que provê sobre o exercício da profissão de 
Orientador Educacional (KROTH, 2008). 
Em 1973 é assinado o decreto n. 72.826 que define o objeto da orientação 
educacional ao educando. (Em anexo) 
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Na década de 1980, o orientador vai deixando as funções/denominações de 
atender alunos-problema, de psicólogo e facilitador de aprendizagem e vai com o 
tempo ostentando com mais autoridade técnica seu compromisso político com e na 
escola. A produção acadêmica na área da Orientação vai sendo ampliada numa 
dimensão mais crítica e questionadora; assim como os orientadores adotam uma 
função política comprometida com as causas sociais (GRINSPUN, 2002). 
Na verdade, na década de 1980, os orientadores pensam e discutem muito 
sobre sua profissão e seu papel na educação, mas acabam ficando só no teórico, 
pois na prática o que se vê é o mesmo das décadas anteriores. 
 
1.2 A Orientação Educacional nos dias atuais 
Para Grinspun (2002) atualmente, a orientação possui papel mediador junto 
aos demais educadores da escola, buscando assim o resgate de uma educação de 
qualidade nas escolas. 
Da ênfase ao individual de antes, passa-se, agora, a reforçar o aspecto 
coletivo, sem deixar de levar em conta que este é formado por pessoas com 
pensamentos e contextos sociais diferentes que as levam a pensar de maneira 
própria sobre as questões que lhes cercam, devendo elas chegarem a realizações 
bem sucedidas. 
Essas novas mudanças começam a surgir no início da década de 1990, 
quando muitos acontecimentos permitem tal processo, passando a educação e a 
orientação a andarem juntas, sendo “os orientadores (...) os coadjuvantes na prática 
docente” (GRINSPUN, 2002, p. 27). 
Hoje o Orientador Educacional não atua mais por ser uma profissão que deva 
existir pela “obrigação”, pois na Lei 9394/96 não há a obrigatoriedade da Orientação, 
“mas por efetiva consciência profissional, o orientador tem espaço próprio junto aos 
demais protagonistas da escola para um trabalho pedagógico integrado, 
compreendendo criticamente as relações que se estabelecem no processo 
educacional” (GRINSPUN, 2002, p.28). 
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A autora relata a importância da interdisciplinaridade dentro da escola, em 
que o trabalho de todos é realizado em conjunto, conectado, no qual todos buscam 
os melhores processos e resultados. A Orientação tem que servir para esse novo 
tempo, no qual a educação lida com o real e suas perspectivas. 
“O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na formação de uma 
cidadania crítica, e a escola, na organização e realização de seu projeto pedagógico. 
Isso significa ajudar o aluno „por inteiro‟: com utopias, desejos e paixões. (...) a 
Orientação trabalha na escola em favor da cidadania, não criando um serviço de 
orientação para atender aos excluídos (...), mas para entendê-lo, através das 
relações que ocorrem (...) na instituição Escola” (GRINSPUN, 2002, p. 29). 
Cazela (2007) refletindo sobre a posição de Grinspun acredita que a 
Orientação está nomeada como fazendo parte da educação e por esse motivo deve 
pensar, hoje, nas dimensões sociais, culturais, políticas e econômicas na qual ela 
acontece. Por esse motivo, devem-se definir as tarefas de um orientador engajado 
com as transformações sociais, com a o momento histórico em que está inserido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 ATIVIDADES DA FUNÇÃO 
 
A orientação educacional, assim como a supervisão escolar, tem recebido 
enfoques variados. 
Tradicionalmente, o orientador educacional tem sido visto e tem-se visto como 
um profissional, cujo papel principal é atuar com os educandos. Assim é que a 
orientação é definida como “um método pelo qual o orientador educacional ajuda o 
aluno na escola a tomar consciência de seus valores e dificuldades, concretizando 
principalmente através do estudo, sua realização em todas as suas estruturas e em 
todos os planos de vida”. Em vista disso, o mesmo faz levantamentos de dados 
(sondagem de aptidões), realiza sessões de orientação e de aconselhamento e 
desempenha uma série de funções de maior ou menor importância, relacionadas 
com a concepção do atendimento ao educando (CARVALHO, 2009). 
Dentre todas essas atuações o aconselhamento tem sido considerado como a 
principal e mais importante. No entanto, a fundamentação, habilidade e eficácia de 
tal papel na escola têm sido largamente questionadas recentemente, face a 
dificuldade de o orientador educacional demonstrar, objetivamente, que, dedicando 
grande parte do seu tempo contribui da melhor maneira possível para o atendimento 
da problemática do educando. Vejamos: 
Os modelos e técnicas de aconselhamento utilizado em orientação 
educacional desenvolveram-se originalmente no âmbito da psicoterapia, e 
implicitamente assumem a noção de que o indivíduo e não o ambiente em que faz 
parte é que deve modificar-se, pois é ele, indivíduo, e não o ambiente que está 
perturbado, doente ou com problemas. De fato, observa-se facilmente a 
transposição de tal concepção em posições assumidas pelo orientador educacional 
na escola, posições estas que correspondem a expectativas de pessoas que 
participam do processo educativo. Por exemplo, o aconselhamento é mais 
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comumente utilizado em casos relacionados com indisciplina (Lück, 1979) e a 
prática frequente é do aluno ser encaminhado à orientação educacional com a 
expectativa implícita de que o mesmo seja modificado, corrigido. A suposição 
implícita é de que no aluno está a causa do problema. Tal procedimento não 
reconhece que, muitas vezes, comportamento inadequado do educando são 
causados, dentre outros, por disfunções ambientais como, por exemplo, currículos e 
programas inadequados às suas necessidades e condições individuais, 
regulamentos inflexíveis, ou insensibilidade de professores e adultos em geral à 
individualidade do educando. 
Além da parcialidade com que vê a situação do aluno, tal posição assumida 
incorre em erro por chocar-se com os princípios do próprio aconselhamento quanto 
a aceitação e compreensão do educando. 
 Osmodelos e técnicas de aconselhamento desenvolveram-se principalmente 
mediante sua aplicação com clientes adultos e voluntários. A viabilidade de sua 
aplicação com outro tipo de população – na escola, a criança e o adolescente – 
geralmente não voluntários, necessita ser evidenciada empiricamente. 
 
2.1 Atividade existencial 
A Orientação Educacional deverá atender educandos que precisam e querem 
orientação pessoal não apenas na vida escolar, mas na vida particular auxiliando em 
situações problemas, dúvidas, inseguranças e incertezas (CARVALHO, 2009). 
O aconselhamento individual e mesmo em grupo, como forma principal de 
atuação em orientação educacional, obriga a uma proporção relativamente pequena 
de alunos por orientador educacional. Idealmente esta proporção é de 450 alunos 
por orientador educacional nas escolas de Ensino Fundamental. Tal proporção, já 
considerada impraticável em países desenvolvidos como norma sistêmica, mais 
ainda é o entre nós, ainda mais considerando-se a crescente necessidade de 
expansão das redes públicas do ensino (CARVALHO, 2009). 
Numa escola com números elevados de alunos em proporção a orientadores 
educacionais, em que se adotem as funções de aconselhamento como forma 
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principal de atuação, ocorre certamente o atendimento de uns poucos alunos, 
ficando a maioria deles sem receber os benefícios da orientação educacional. Mais 
ainda, pressionados pelo tempo limitado, dada a sobrecarga de alunos, tentará o 
orientador educacional a abreviar a duração e o número das sessões de 
aconselhamento com cada aluno e, inadvertidamente, o orientador poderá forçar um 
ajustamento prematuro e artificial. 
O atendimento individual ao educando, que vem caracterizando a orientação 
educacional, fundamenta-se no pressuposto de que os educandos têm 
necessidades especiais e que os professores não estão preparados ou não tem 
condições para atendê-las. Segundo esse enfoque o orientador educacional “presta 
serviços” na medida em que emergem as necessidades (LÜCK, 1978). 
Tal concepção de prestação de serviços e atendimento direto ao educando, 
de acordo com a emergência de necessidades psicoemocionais, parece ter gerado 
uma mudança na abrangência e sentido do papel do professor em relação ao aluno. 
Observa-se, por exemplo, que, quando o professor percebe que algum aluno seu 
tem dificuldades especiais, encaminha-o para o orientador educacional a quem 
transfere a responsabilidade de resolvê-las. Ora, o professor é figura central na 
formação do educando. É ele quem forma o aluno: o gosto ou desgosto da escola; a 
motivação ou não pelos estudos; o entendimento da significância ou insignificância 
das áreas e objetivos de estudo; a percepção de sua capacidade de aprender, de 
seu valor como pessoa, etc. Da qualidade do relacionamento interpessoal professor-
aluno, de responsabilidade do primeiro, depende, dentre outras coisas, o 
ajustamento emocional do aluno em sala de aula e na escola. Portanto, não se 
concebe a eficácia de uma ação para sanas dificuldades dos alunos em sala de aula 
sem a participação do professor. 
Em vista dos problemas expostos, preconiza-se que o orientador educacional 
assuma funções de assistência ao professor, aos pais, às pessoas da escola com as 
quais os educandos mantêm contatos significativos, no sentido de estes se tornarem 
mais preparados para entender e atender às necessidades dos educandos, tanto 
com relação aos aspectos cognitivos e psicomotores, como aos afetivos (GRISPUN, 
2006). 
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2.2 Atividade terapêutica 
Está voltada aos educandos com dificuldades de estudo ou de 
comportamento cujos casos precisam de uma assistência mais assídua e 
especializada antes de enviá-lo para serviços psicológicos especializados. 
(CARVALHO, 2009). 
 
2.3 Atividade de recuperação 
Refere-se aos educandos que apresentam um déficit definido de 
aprendizagem e que precisa de recuperação. Esta atividade deve ser exercida em 
parceria com a Supervisão Escolar. A recuperação não tem somente o objetivo de 
levar o educando a alcançar certas notas, mas pesquisar junto aos educandos as 
causas que os levaram a este estado de desinteresse, desorganização, conflito, 
desajuste e mau funcionamento na escola dentre outros (CARVALHO, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
 
A Orientação Educacional (OE) é um processo organizado e permanente que 
existe na escola. Ela busca a formação integral dos educandos (este processo é 
apreciado em todos seus aspectos, tido como capaz de aperfeiçoamento e 
realização), através de conhecimentos científicos e métodos técnicos. A OE é um 
sistema que se dá através da relação de ajuda entre Orientador, aluno e demais 
segmento da escola; resultado de uma relação entre pessoas, realizada de maneira 
organizada que acaba por despertar no educando oportunidades para amadurecer, 
fazer escolhas, autoconhecer e assumir responsabilidades (MARTINS, 1984). 
O objetivo da Orientação Educacional, segundo Fontoura (2008, p. 291) “[...] é 
exatamente o de ocupar-se com a personalidade do educando, ajudando-o a 
resolver seus próprios problemas psicológicos e morais, bem como a tomar uma 
posição ético-filosófica em face dos problemas no mundo e da sua comunidade”. 
Katz (1963 apud MARTINS, 1984) considera que é missão do Orientador 
Educacional levar o aluno a identificação dos valores intrínsecos e, a partir disto, ele 
estará apto a perceber e fazer suas escolhas. 
Uma das atribuições que o Orientador Educacional deveria assumir segundo 
Garcia (1994), é a identificação da filosofia educacional da escola, para poder 
esclarecer esta filosofia tanto para a equipe escolar, assim como para tentar 
associar forças para definir melhor o Projeto Pedagógico da Escola (PPE), buscar 
mudanças para melhor atender aos alunos e oferecer suporte para os educandos 
em seu desenvolvimento. 
O serviço de OE quando se volta para a investigação da situação-problema e 
a solução na prática, há um encontro entre o conhecimento científico e os resultados 
produzidos na sociedade, estes resultados irão constituir um novo conhecimento que 
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influenciará a aprendizagem do educando, por meio da ideologia que lhe é 
transmitida, pelos métodos e técnicas utilizados pelo Orientador Educacional 
(GARCIA, 1994). 
Garcia (1994, p. 47) faz uma ressalva sobre a prática transformadora da 
Orientação Educacional, onde diz: 
[...] a OE, enquanto prática transformadora busca o trabalho conjunto, em que 
todos os profissionais têm uma contribuição a oferecer em sua especificidade de 
ação [...]. Orientador Educacional é um especialista em relações e o Supervisor 
Educacional um especialista em metodologias, eles teriam uma ação comum na 
explicitação do currículo-oculto e na redefinição dos valores que a escola pretende 
passar, se esta se pretende participante do processo de democratização da 
sociedade. 
Ele deveria ver o educando em sua realidade biopsicosocial, com todo o 
respeito e consideração, a fim de que, a partirdessa realidade, se possa erigir uma 
personalidade ajustada, segura de si e compreensiva. 
Respeitar o educando em sua realidade, qualquer que seja ela, é princípio da 
Orientação Educacional, bem como: 
Realizar trabalho de orientação, sem criar dependências, mas orientar para 
a autoconfiança, independência, autonomia e cooperação. Em se querendo que o 
educando seja independente e respeitador, sensibilizá-lo para a necessidade de 
também respeitar os seus semelhantes. O trabalho de Orientação exige o maior 
número possível de informes a respeito do educando, o que deve ser diligenciado 
por todos os meios. 
Assistir todos os educandos, desde os mais aos menos carentes, bem como 
os que não revelarem carências. 
Dar ênfase aos aspectos preventivos do comportamento humano, uma vez 
que é muito mais fácil evitar um acidente do que se recuperar do mesmo. Este 
princípio guarda analogia com outro de natureza médica e que diz: “um grama de 
prevenção vale mais que uma tonelada de curas”. Assim, o ideal será a Orientação 
Educacional agir, preferencialmente, de maneira profilática do que curativa. 
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Estabelecer um clima de confiança e respeito mútuo, incentivando a procura 
espontânea do Serviço de Orientação Educacional, logo que a dificuldade ou uma 
dúvida surja na vida do educando, antes que a mesma tome vulto e desoriente. 
Procurar envolver todas as pessoas com o processo de educação, como 
diretor, professores, pais, serventes, etc., para que todos cooperem com a 
Orientação Educacional, no sentido de ajudá-la a melhor ajudar o educando. 
A Orientação Educacional deve ter muito cuidado em formular juízos a 
respeito do educando, não esquecendo que este é um ser em evolução, em marcha 
para a maturidade e que uma série de fatores pode estar influenciando-o para que 
ocorra o comportamento anormal que tem apresentado. 
A Orientação Educacional deve ser levada a efeito como um processo 
contínuo e não como ação esporádica dos momentos em que faltarem professores 
ou que surgirem dificuldades maiores. Deve ser trabalho planejado para todo o ano 
letivo, sem aquelas características de tapa-buraco. 
A Orientação Educacional tem de trabalhar em estreito entendimento com a 
direção. Jamais em sentido de subserviência ou petulância, mas em sentido de 
cooperação, compreensão e respeito mútuo (KROTH, 2008). 
A Orientação Educacional não deve se envolver em pequenas questões entre 
educandos e professores. Ocorrências conflitivas de pouca intensidade são, até 
certo ponto, naturais. Assim, problemas que não ultrapassem certos limites devem 
ser deixados para que os próprios professores os resolvam. 
A Orientação Educacional deve agir, também, como órgão de estudo e de 
pesquisa de medidas que levem à superação de dificuldades de natureza disciplinar, 
não devendo, porém nunca, funcionar como “órgão disciplinador”. Deve, sim, agir 
como órgão que leve todos a tomarem consciência do grave problema da disciplina, 
que está inutilizando o trabalho de muitas escolas. 
Ressaltar que a Orientação Educacional precisa dar muita atenção ao serviço de 
anotações, que deve ser o mais perfeito possível, a fim de que dados a respeito de 
um educando estejam sempre a mão e atualizados (KROTH, 2008). 
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A Orientação Educacional deve estar aberta para a realidade comunitária, a 
fim de que o seu trabalho esteja articulado com o meio, para melhor ajudar o 
educando a integrar-se no mesmo. 
A Orientação Educacional deve esforçar-se para criar na escola um clima de 
comunidade e sensibilizar a todos, quanto à necessidade de que cooperem em suas 
atividades, com entusiasmo, respeito e solidariedade (KROTH, 2008). 
A Orientação Educacional não deve esquecer-se de estimular ao máximo a 
iniciativa do educando, principalmente, através de atividades extraclasse, 
empenhando-o na realização com verdadeiro engajamento, que ajudará na 
explicitação de suas virtualidades, na conquista da autoconfiança e na revelação de 
suas capacidades de liderança. 
 
Objetivos da Orientação Educacional 
Orientar o educando em seus estudos, a fim de que os mesmos sejam mais 
proveitosos e como complemento: ensiná-lo a estudar, pois sabemos que muitos 
alunos, em todos os níveis não sabem estudar, desperdiçam tempo e energia de 
maneira errada. 
Este objetivo é dos mais importantes e cuja efetivação deveria ter início no 
Ensino Fundamental e continuar por todos os níveis de ensino. Ensinando o 
educando a estudar em função do nível de ensino que estivesse cursando, pois 
muitos fracassos escolares são devido ao fato do educando não saber estudar, com 
desperdício de tempo e esforço, conduzindo, o educando a abandonar os estudos. 
Assim, é importante, que desde o início da escolaridade intelectual, a Orientação 
Educacional ensine o educando a estudar, através de sessões destinadas a todos 
os educandos de uma classe. 
Discriminar aptidões e aspirações do educando, a fim de melhor orientá-lo 
para a sua plena realização. 
Auxiliar o educando quanto ao seu autoconhecimento, à sua vida intelectual 
e à sua vida emocional. 
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Orientar para o melhor ajustamento na escola, no lar e na vida social em 
geral. É fundamental a interação entre educando e professor, educando e seus 
colegas, bem como educando e sua família. É importante, também, que o educando 
saiba manter um comportamento adequado nas atividades fora da escola e do lar. 
Formar o cidadão que alimente dentro de si um sentimento de fraternidade 
universal, capaz de fazê-lo sentir-se irmão, companheiro e amigo de seu semelhante 
em todas as circunstâncias da vida. 
Trabalhar para a obtenção de um melhor cidadão, por parte do educando, 
para que este seja um membro integrado, dinâmico e renovador no seio da 
sociedade. Enfim, desenvolver ação para que se obtenha o cidadão consciente, 
eficiente e responsável. 
Levar a efeito melhor entrosamento entre escola e educando, com 
benefícios compensadores quanto à disciplina, formação do cidadão e rendimento 
escolar. 
Prestar assistência ao educando nas dificuldades em seus estudos ou 
relacionamento com professores, colegas, pais ou demais pessoas. 
Levar cada educando a explicar e desenvolver suas virtualidades. 
Prevenir o educando com relação a possíveis desajustes sociais, que 
sempre estão eclodindo na sociedade, como fruto de uma dinâmica negativa de 
desagregação social. 
Possibilitar aos professores melhor conhecimento dos educandos, 
oferecendo, assim, maiores probabilidades de entrosamento positivo entre ambos e 
mais adequada ação didática por parte dos professores, a fim de ser obtido maior 
rendimento escolar. 
Sensibilizar, de forma crescente, professores, administradores e demais 
pessoas que trabalham na escola, para que queiram melhorar suas perspectivas 
atuações, visando à melhor formação do educando. 
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Realizar trabalho de aproximação da escola com a comunidade, a fim de 
proporcionar ao educando maiores oportunidades de conhecimento do meio e 
desenvolvimento comportamental de cidadão participante. 
Favorecer a educação religiosa, com suas perspectivastranscendentais, 
mas desvinculada do compromisso sócio-ideológico. 
Trazer a família para cooperar de maneira mais esclarecida, eficiente e 
positivista na vida do educando. 
Proporcionar vivências que sensibilize o educando para os valores que se 
deseja incorporar no seu comportamento. 
Trabalhar para instaurar na escola um ambiente de alegria, satisfação e 
confiança para que se estabeleça um clima descontraído, evitando os temores, 
frustrações e humilhações. 
Incentivar práticas de higiene física e mental, procurando conscientizar o 
educando em relação à importância e valor da saúde, que pode ser cuidada e 
preservada individualmente, educando por educando. 
Desenvolver admiração e respeito pela natureza, evitando depredá-la em 
quaisquer de seus aspectos: paisagem, fauna e flora. 
Desenvolver atividades de lazer, podendo, algumas delas, em caso de 
necessidade, transformar-se em atividades profissionais. Neste particular, orientar o 
emprego adequado e higiênico de horas de folga. 
Trabalhar para uma adequada formação moral do educando, imbuindo-o de 
valores éticos necessários para uma vida digna, humana e coerente, em que o 
respeito ao próximo deve ser o motivo principal. 
Favorecer a educação social e cívica do educando, sensibilizando-o para a 
cooperação social e deveres comunitários. Neste particular, incentivá-lo para a 
melhoria da estrutura e funcionamento da vida social, sem a marca de destruição, 
alertando-o, pois em relação a certos movimentos de fundo comunitário que pregam, 
em nome do bem, o ódio, a morte, a violência e a destruição (KROTH, 2008). 
 
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4 FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DO ORIENTADOR EDUCACIONAL 
 
Segundo pesquisas realizadas pela Revista Nova Escola (2003) na instituição 
escolar, o orientador educacional é um dos profissionais da equipe de gestão. Ele 
trabalha diretamente com os alunos, ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal; 
em parceria com os professores, para compreender o comportamento dos 
estudantes e agir de maneira adequada em relação a eles; com a escola, na 
organização e realização da proposta pedagógica; e com a comunidade, orientando, 
ouvindo e dialogando com pais e responsáveis. 
Em relação ao aluno, contribui no seu desenvolvimento pessoal. Aos 
professores e escola de maneira geral, ajuda a organizar e realizar a sua proposta 
pedagógica e com o professor, trabalha em parceria para compreender o 
comportamento dos alunos e agir de maneira adequada em relação a eles. Ouve, 
dialoga e dá orientações (NOVA ESCOLA, 2003). 
A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico, 
contínuo e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre 
encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e 
equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, 
político, educacional e vocacional. 
 
4.1 Educação Infantil 
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A Orientação Educacional na Pré-Escola é muito importante no contexto 
escolar pelo papel que exerce junto à comunidade escolar. Oportuniza a visão 
criativa do profissional, na conscientização dos pais no dever de participar 
ativamente nas atividades escolares. Desperta nos educadores, pais e professores, 
a necessidade da observação em todos os momentos da vida da criança. Sugere 
programa de ação integrada entre pais, professores, orientadores educacionais que 
fortaleça a responsabilidade de todos na ação conjunta da educação 
(PROCAMPUS, 2010). 
 
4.2 Ensino Fundamental 
A Orientação Educacional no Ensino Fundamental tem duas tarefas distintas 
a executar. São elas: uma correspondente aos anos iniciais (1º ao 5º ano) e a outra, 
aos anos finais (6º ao 9º ano). 
As atribuições do Orientador Educacional no Ensino Fundamental são: 
 Desenvolver junto ao educando, crianças que são, um trabalho de adaptação 
dos mesmos no ambiente escolar; 
 Desenvolver nos educandos, atitudes de otimismo e admiração com o mundo 
que os cerca; 
 Propiciar atividades que favoreça a socialização, a confiança em si e nos 
outros, a iniciativa e a criatividade dos educandos; 
 Deve dirigir as vistas dos educandos para os horizontes do mundo, para que 
descubram, com encanto, o próximo, em movimento de distanciamento dos 
dois centros que são o lar e a escola; 
 Habituá-los a viver e a conviver no ambiente escolar para que no mesmo se 
ajustem e melhor revejam suas potencialidades, a fim de melhor serem 
atendidos e orientados; 
 Observar os educandos quanto às suas peculiaridades de comportamento e 
temperamento, com a cooperação dos professores; 
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 Nos últimos anos do Ensino Fundamental, o Orientador deve dedicar-se com 
mais afinco à exploração e desenvolvimento das aptidões e preferências do 
educando. Vê-se, então, a necessidade de se intensificar o funcionamento 
das atividades extraclasses, bem como as oportunidades de visitas, 
excursões e estágios, para que aptidões e preferências tenham mais 
oportunidades de se manifestarem e se desenvolverem; 
 Revelar profissionalmente, o mundo do trabalho, uma vez que o educando, 
deva fazer a opção de curso profissionalizante; 
 Cuidados que fazem necessários como a educação sexual e a formação 
moral, pois existe o advento da crise pubertária e o despertar do espírito 
crítico (PROCAMPUS, 2010). 
 
4.3 Ensino Médio 
O Ensino Médio tem por objetivo proporcionar ao educando a formação 
necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades com elementos de auto-
realização, preparação para o trabalho e o exercício consciente da cidadania. 
Preocupa-se em esclarecer quanto à formação profissional, além, da incumbência 
de melhor orientar o jovem numa formação profissional. Tem a preocupação de 
orientar quanto às aptidões, tipos de profissões para os níveis técnicos ou 
universitários. 
As atribuições do Orientador Educacional no Ensino Médio são: 
 Realizar serviço integrado com o Serviço de Supervisão Escolar, visando o 
acompanhamento do rendimento escolar do aluno; 
 Participar dos Conselhos de Classe dando aconselhamento psicopedagógico 
oferecendo e coletando informações; 
 Propor atividades que favoreçam as relações interpessoais, aluno x professor 
e aluno x aluno e demais elementos da escola; 
 Participar da elaboração do Plano do SOE e do Plano da Escola; 
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 Participar do critério para a constituição de turmas; 
 Selecionar atividades e desenvolvê-las atendendo as necessidades dos 
alunos para melhor conhecimento de si e do grupo; 
 Participar da compatibilização do Regimento Interno com a Legislação e 
Diretrizes propostas pelo currículo; 
 Participar das atividades de sondagem para a elaboração do diagnóstico da 
população escolar e da comunidade; 
 Participar da avaliação interna da Escola e do Serviço; 
 Manter atualizado o dossiê do aluno; 
 Assistir ao aluno individualmente ou em grupo em sessões programadas e 
sistemáticas; 
 Programar e coordenar atividades de informação profissional, envolvendo 
professores, família e comunidade; 
 Promover e/ou participar de reuniõese/ou sessões de estudo com 
professores; 
 Manter-se informado sobre as necessidades do mercado de trabalho; 
 Participar e acompanhar a execução de projetos e atividades especiais 
desenvolvidas na escola, oriundos de órgãos superiores; 
 Manter-se atualizado em assuntos educacionais (PROCAMPUS, 2010). 
 
4.4 Junto às famílias dos alunos 
 
Falamos várias vezes da importância do contato e manutenção de uma boa 
relação do orientador com as famílias. Pois bem, junto a elas o OE pode: 
 Entrevistar os pais para troca de dados e informações acerca do aluno; 
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 Propiciar aos pais o conhecimento de características do processo de 
desenvolvimento psicológico da criança, bem como de suas necessidades e 
condicionamentos sociais; 
 Refletir com os pais o desempenho dos seus filhos na escola e fornecer as 
observações sobre a integração social do aluno na escola, verificando 
variáveis externas que estejam interferindo no comportamento do aluno, para 
estudar diretrizes comuns a serem adotadas; 
 Orientar a família por meio de reuniões individuais com os pais, em pequenos 
grupos e nas reuniões bimestrais programadas constantes do Calendário 
Escolar. 
 
Alguns objetivos específicos relacionados aos pais seriam: 
 Oferecer às famílias subsídios que as orientem e as façam compreender os 
princípios subjacentes à tarefa de educar os filhos, para maior autorealização 
dos mesmos; 
 Garantir o nível de informações a respeito da vida escolar dos alunos; 
Interpretar e encaminhar dúvidas, questionamentos. 
 Promover entrevistas solicitadas pelas famílias e pela escola; 
 Promover palestras junto ao serviço de supervisão e Colegiado Escolar 
(denominado também de APM – Associação de Pais e Mestres) 
(PROCAMPUS, 2010). 
 
4.5 Junto aos alunos 
Nos objetivos voltados para os alunos podemos incluir: 
 Realização de sessões de orientação com cada turma/ano/série, previamente 
agendadas em calendário, onde o O.E estará propondo temas (textos, 
trabalhos em grupo, vídeo, informática, debates, atividades extraclasse, etc.) 
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que vão ao encontro dos objetivos propostos e às necessidades e interesses 
da faixa etária a ser trabalhada; 
 Realização de reuniões com representantes de classe e/ou comissões; 
 Participação dos eventos da escola (atividades extraclasse, jogos, festa 
junina, encontros, viagens, etc.); 
 Realização de atendimentos individuais e/ou pequenos grupos; 
 Atendimentos individuais, sempre que for necessário para análise e reflexão 
dos problemas encontrados em situações de classe, recreios, desempenho 
escolar, pontualidade, cuidado com material de uso comum, relacionamento 
com os colegas de classes e outros alunos do colégio, respeito aos 
professores e funcionários; 
 Atendimentos grupais sempre que for necessário para reflexão de problemas 
citados acima ocorridas em situações de grupo. 
 Esclarecer quanto a regras e sanar dúvidas no que diz respeito ao 
cumprimento das normas do colégio. 
 
4.6 Junto aos professores 
 
Objetivos específicos relacionados aos professores: 
 Assessorar o professor no acompanhamento e compreensão de sua turma; 
 Integrar-se às diversas disciplinas visando o desenvolvimento de um trabalho 
comum e a formulação das habilidades didático-pedagógicas a serem 
desenvolvidas com os alunos; 
 Garantir a continuidade do trabalho; 
 Avaliar e encaminhar as relações entre os alunos e a escola; 
 Assessorar o professor na classificação de problemas relacionados com os 
alunos,colegas etc.; 
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 Desenvolver uma ação integrada com a coordenação pedagógica e os 
professores visando a melhoria do rendimento escolar, por meio da aquisição 
de bons hábitos de estudo. 
 
Atividades junto aos professores: 
 Divulgação do perfil das classes; 
 Organização de arquivos e fichas cumulativas; 
 Proposição de estratégias comuns entre os professores, coordenação e 
orientação; 
 Análise junto a coordenação dos planejamentos das diversas disciplinas; 
 Realização de atendimentos individuais e/ou grupo nas reuniões de curso 
para receber ou fornecer informações necessárias dos alunos; 
 Realização de atendimentos individuais na O.E para fornecer ou receber 
informações necessárias dos alunos; 
 Análise e avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos dos alunos,das 
classes junto à coordenação para posterior encaminhamentos; 
 Participação nas reuniões de curso; 
 Participação na preparação e realização dos Conselhos de classe; 
 Participação nos eventos da escola; 
 Organização e participação junto à coordenação das atividades 
extracurriculares (PROCAMPUS, 2010). 
 
 
 
 
 
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4 ÉTICA PROFISSIONAL 
 
(Princípios Éticos na atuação do Orientador Educacional) 
O trabalho de um orientador educacional reveste-se de grande importância, 
complexidade e responsabilidade e, para que seja realizado a contento, exige-se 
muito desse profissional, não só em termos de formação, de atualização constante e 
de características de personalidade como também de comportamento ético 
(CARVALHO, 2009). 
Em 1979 o governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) um código de 
ética elaborado especificamente para o Orientador Educacional e como todo 
profissional, ele deve ter sua atuação pautada por princípios éticos. O 
comportamento ético em relação às informações sobre alunos, funcionários, e 
pessoas da comunidade, é um dos principais aspectos a serem considerados. 
Como a interação do Orientador Educacional com os orientados se 
caracteriza pelo seu caráter de relação de ajuda, tanto o aluno pode expor, 
espontaneamente, fatos ou situações de cunho pessoal ou familiar, como o 
Orientador pode necessitar fazer indagações sobre a problemática em questão. 
Esses dados, por serem de fato sigiloso ou confidencial, não devem ser alvo de 
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comentários com outras pessoas, quaisquer que sejam as circunstâncias. Esse 
cuidado é de vital importância porque a condição básica para o estabelecimento de 
uma relação de ajuda eficiente é a confiança (CARVALHO, 2009; BRASIL, 1979) 
O sigilo das informações constantes dos prontuários dos alunos deve ser 
igualmente preservado. Assim, questionários preenchidos com dados mais íntimos 
sobre o aluno e seus familiares; resultados de entrevistas e de testes e opiniões de 
professores sobre determinado aluno devem ser mantidos fora do alcance de 
pessoas que, propositada ou equidistante, possam procurar acirrar os ânimos, mas, 
sempre que possível, acalmar as partes, buscando o entendimento entre elas, 
negociando soluções que, ao contentar à todos, restabeleçam o necessário 
equilíbrio (CARVALHO, 2009). 
O mesmo comportamento ético deve ser observado quando alguns motivos, 
como busca de status, de poder ou de prestígio, acabem se manifestando e 
envolvendo os profissionais em disputas ou tramas pessoais.Nessas ocasiões, 
informações verdadeiras ou não podem ser usadas indevidamente para prestigiar ou 
prejudicar uns e promover ou favorecer outros. 
É importante, ainda, ressaltar, além do comportamento profissional, alguns 
aspectos éticos de sua conduta pessoal, pois, devido a multiplicidade de interações 
que estabelece com as pessoas, que queira, quer não, ela acaba por tornar uma 
figura muito exposta, conhecida e visada, na escola e na comunidade. 
Ressalte-se, também que, ao interagir com pessoas de diferentes faixas 
etárias, “status” e nível sócio-econômico-cultural, o comportamento do profissional 
estará sendo observado, podendo até vir a servir de “modelo” para alguns, o que 
vem aumentar uma conduta ética irrepreensível. 
Na instituição escolar, como um todo, dado a natureza do processo educativo, 
é importante que sejam observados princípios éticos e, em particular na área de 
Orientação Educacional, é imprescindível que tais preceitos sejam rigorosamente 
seguidos. 
Os grupos sobrevivem quando estabelecem trocas com a coletividade num 
intercâmbio que leva ao mútuo enriquecimento. Assim o grupo constitui e consolida 
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um código que lhe assegure a unidade. Todos os profissionais vivem esta dinâmica. 
Os direitos, os deveres, os privilégios os congregam, emprestam rigidez aos laços 
de união, reforçam os caracteres comuns. Pela formação de uma consciência 
profissional, pontos falhos poderão ser sanados e pouco a pouco teremos uma 
classe mais respeitada, conceituada e consolidada. 
 
 
 
 
 
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PROCAMPUS Orientação Educacional. Disponível em: 
<http://www.procampus.com.br/ensino_orientacao.asp> Acesso em: 09 mai. 
2010. 
 
PROSPECTIVA: Revista de Orientação Educacional. AOERGS, Porto Alegre, 
n. 25, dez. 1999. 
 
RODRIGUES, Elisangela dos Santos. A ação do orientador educacional no 
processo de aproximação família e escola. Disponível em: 
<http://www.webartigos.com/articles/13839/1/A-acao-do-orientador-
educacional-no-processo-de-aproximacao-familia-e-escolA/pagina1.html> 
Acesso em: 09 mai. 2010. 
 
SAVIANI, Demerval. Educação: do sendo comum à consciência filosófica. São 
Paulo : Cortez, 1980. 
 
THUMS, Jorge. Acesso à realidade: técnicas de pesquisas e construção do 
conhecimento. Porto Alegre: Sulina: Ulbra, 2000. 
 
WADSWORTH, Barry J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de 
Piaget. 5 ed. Revisada São Paulo : Pioneira, 1996. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
ANEXO I 
 
MODELO DE PROJETO A SER DESENVOLVIDO NO ENSINO MÉDIO PELO 
ORIENTADOR EDUCACIONAL 
AUTOR: Lidia Maria Kroth 
TEMA: Desenvolvendo uma identidade vocacional 
JUSTIFICATIVA: 
A realização deste projeto vem atender uma necessidade premente de 
esclarecimento e orientação de jovens adolescentes que se encontram em um 
momento difícil e crucial de suas vidas. Nesta fase de desenvolvimento em 
que ele está definindo sua identidade: quem ele quer ser e o que gosta ou não 
de fazer, coincide também com os seus confrontos entre as expectativas 
internas e externas aos projetos futuros. 
Momento de decisão que lhes apresenta como questão inadiável e que 
requer um maior autoconhecimento bem como autonomia e independência 
para que suas escolhas recaiam em uma atividade profissional que venha 
preencher suas necessidades de realização vocacional e pessoal. Por esta 
razão, um projeto de vida deve estar baseado no conhecimento e na 
informação: 
 Sobre o próprio sujeito, seus interesses., aptidões e recursos 
econômicos; 
 Sobre as possibilidades e expectativas do núcleo familiar de 
pertencimento; 
 Sobre a realidade social, econômica, cultural e política em que vive. 
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Mais do que um processo de orientação profissional este trabalho visa a 
que os jovens possam optar de forma consciente, sem deixar-se influenciar por 
pressões sociais ou familiares e que consigam inclusive, perceber quando da 
necessidade de alterar uma escolha feita substituindo-a por outra que lhe 
parecer mais adequada com o mínimo possível de angústia e ansiedade. 
A decisão da escolha é do adolescente. Portanto, sabendo do elevado 
número de alunos que desistem de seus cursos ou trocam solicitando 
transferência para outros cursos, cabe a nós orientarmos sua compreensão 
frente a esta tomada de decisão, desenvolvendo nos alunos a conscientização 
para a importância da escolha profissional com base em sua essência 
enquanto “SER HUMANO”, agente de transformação da sociedade. 
Orientar tem, em primeiro lugar, um sentido espacial, “buscar o oriente” o que 
significa: situar um horizonte partir do qual a coisas, os seres, têm um lugar e 
também um sentido. 
OBJETIVO GERAL 
Facilitar o momento da escolha ao educando, auxiliando-o a 
compreender sua situação específica de vida, na qual estão incluídos aspectos 
intervenientes pessoais, familiares e sociais, que afetam a tomada de decisão 
no que tange à escolha da profissão. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Introduzir a importância da formação do auto-conhecimento no processo 
de escolha vocacional. 
 Refletir sobre sua identidade, conhecendo-se mais profundamente. 
 Identificar seus reais interesses, quanto uma escolha profissional. 
 Identificar o que espera de sua visa e do seu futuro. 
 Conhecer as profissões que estariam vinculadas ao seu interesse. 
 Reconhecer a importância da escolha profissional. 
 Conhecer o campo de atuação das profissões em destaque. 
 Planejar metas a serem atingidas para a realização de seus objetivos. 
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 Propiciar o desenvolvimento do senso crítico na questão das escolhas e 
os pressupostos relativos às potencialidades e responsabilidades delas 
decorrentes. 
CONTEÚDOS 
 Adolescência como fase de estruturação para ser adulto. 
 A formação da identidade adulta. 
 A formação da identidade profissional. 
 A identidade e o papel profissional como agentes de mudança na 
sociedade. 
 O conhecimento das profissões. 
 Esclarecimento sobre cursos superiores. 
METODOLOGIA 
Cada encontro é sempre um momento rico de trocas, de reflexão e de 
conhecimento de si mesmo. Por esta razão, utilizaremos procedimentos que 
vão dede a leitura-crítica e textos, técnicas de dinâmica de grupo até 
improvisação e teatro. 
 Textos sobre o autoconhecimento, os interesses e as aptidões. 
 Leitura do livro: “O adolescente e a profissão”. 
 Questionário individual. 
 Autobiografia dirigida. 
 Técnica QUEM SOU EU. 
 Técnica: Aquecimento – Caminhar profissional. 
 Entrevista familiar. 
 Vídeo sobre profissões. 
 Visita ao Campus da PUC. 
 Discussão em pequenos grupos. 
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 Fichas para registro de observações e questionários realizados com os 
alunos. 
 
ANÁLISE DOS DADOS 
Qualitativa: Para saber como chega a conclusão da identidade 
vocacional. 
Quantitativa: Para saber qual a percentagem de alunos que atingiram 
esta identidade. 
RECURSOS 
 Textos 
 Livros 
 Filmes sobre as profissões. 
 Revistas, tesouras, cola, papel pardo. 
 Material de expediente. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A Orientação Educacional visa estabelecer uma relação do homem com 
a natureza e para que a mesma aconteça, é necessário que exista um trabalho 
coletivo, transformador onde o indivíduo se desenvolverá a partir de condições 
socioeconômicas. Também é importante salientar o individualismo, pois este se 
estruturaria como decorrência das relações estabelecidas entre o individual e o 
social. 
Segundo Gramsci, “se a individualidade é o conjunto das relações 
homem/natureza, conquistar uma personalidade significa adquirir consciência 
destas relações; modificar a própria personalidade significa modificar o 
conjunto destas relações.” 
A preocupação de situar o homem na sociedade global, em todos as 
níveis (social, econômico, político e cultural) julgamos necessários definir e 
refletir, na tentativa de dar uma abrangência maior e para que seja realizada 
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uma análise da realidade efetiva e enriquecedora temos que partir da 
compreensão do homem em sua relação com os demais componentes 
envolvidos. 
O homem, enquanto transformador da natureza, torna-se homem pelo 
trabalho e este é o princípio da produtividade e do lucro, que por sua vez aliena 
o homem. 
Apesar do trabalho ser considerado apenas como forma de 
sobrevivência, não valorizando a realização pessoal sendo considerado apenas 
como atividade produtiva. 
A Orientação e a Informação Profissional deveriam desenvolver na 
pessoa a percepção crítica do trabalho e da realidade, instrumentando o 
indivíduo para a compreensão da realidade social, econômica, política e 
cultural, de modo a poder fazer opções mais conscientes e críticas quanto ao 
desempenho de sua atividade produtiva. 
Na sociedade atual, o homem é cada vez mais sujeito de sua escolha 
profissional, pois está envolvido com situações coletivas que participam de sua 
escolha. Neste sentido, a Orientação Profissional visa atender a opção do 
homem a um trabalho produtivo. 
O homem é, pois, síntese e articulação de uma diversidade e 
complexidade de elementos, de um lado, puramente subjetivos e individuais e, 
de outro, elementos de massa, ou seja, objetivos e materiais. Nesse sentido, 
na medida em que o homem transforma o mundo (o coletivo) transforma a si 
mesmo (o individual). 
Daí a importância de a Orientação e a Informação Profissional virem a 
ser um instrumento de conhecimento crítico da realidade socioeconômica e de 
desenvolvimento das potencialidades individuais. 
Sem sombrade dúvida o mundo é de mudanças, tecnológico, onde o 
homem, a cada minuto que passa, está sendo substituído pela máquina. 
Máquina que ele criou e que acaba de escraviza-lo, retirando-lhe as fontes de 
trabalho, a fonte de sua própria subsistência, especialmente em sociedades 
que têm como objetivos maiores, a produção, o lucro e o capital. 
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AVALIAÇÃO 
É importante fazer uma avaliação do processo de Orientação 
Vocacional/Profissional. Para o adolescente, porque permite que ele perceba o 
seu crescimento pessoal e lhe viabiliza uma avaliação do grupo em relação a 
si. Para o coordenador, porque, além de ser um feed-back do seu trabalho, 
permite-lhe analisar e compreender todo o processo grupal e o desfecho de 
cada aluno. 
BIBLIOGRAFIA 
PIMENTA, Selma G. Orientação vocacional e decisão – estudo crítico da 
situação no Brasil. São Paulo. Loyola, 1990. 
SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São 
Paulo, 1980. 
Caderno do MEC. Orientador educacional: agente integrador na área escolar. 
MEC, Departamento de Ensino Médio, Escola Técnica Federal do Paraná, 
1978. 
LÜCK, Heloisa. Ação integrada, administração, supervisão e orientação 
educacional. 11ª ed. Rio de Janeiro, Vozes, 1981. 
MINICUCCI, Agostinho. Orientação educacional: sondagem de aptidões e 
iniciação profissional. São Paulo, Cortes & Moraes, 1976. 
PIMENTA, Selma G. , KAWASHITA, Nobuko. Orientação Profissional: um 
diagnóstico emancipador. Ed. Loyola. São Paulo, 1986. 2ª ed. 
MAIA, Eny M., GARCIA, Regina Leite. Uma orientação educacional nova para 
uma nova escola. Ed. Loyola. 5ª ed. São Paulo. 
FADEL, Beatriz M. e outros. Org., FOLBERG, Maria N. Orientação educacional 
em questão. Ed. Movimento. 2ª ed. POA, 1986. 
Fonte: 
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KROTH, Lidia Maria. Desenvolvendo uma identidade vocacional. Disponível 
em: <http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1066> 
Acesso em: 10 mai. 2010. 
 
 
ANEXO II 
DECRETO Nº 72.826 – DE 26 DE SETEMBRO DE 1973 
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o 
artigo 81, item III da Constituição, decreta: 
Art. 1º - Constitui o objeto da Orientação Educacional a assistência ao 
educando, individualmente ou em grupo, no âmbito do ensino de 1º e 2º graus, 
visando o desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade, 
ordenando e integrando os elementos que exercem influência em sua formação 
e preparando-o para o exercício das opções básicas. 
Art. 2º - O exercício da profissão de Orientador Educacional é 
privativo: 
I – Dos licenciados em Pedagogia, habilitados em Orientação 
Educacional, possuidores de diplomas expedidos por 
estabelecimentos de ensino superior oficiais ou reconhecidos. 
II – Dos portadores de diplomas ou certificados de Orientador 
Educacional obtidos em cursos de pós-graduação, ministrados por 
estabelecimentos oficiais ou reconhecidos, devidamente 
credenciados pelo Conselho Federal de Educação. 
III – Dos diplomados em Orientação Educacional por escolas 
estrangeiras, cujos títulos sejam revalidados na forma da lei em 
vigor. 
Art. 3º - É assegurado ainda o direito de exercer a profissão de 
Orientador Educacional: 
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I – Aos formandos que tenham ingressado no curso antes da 
vigência da Lei nº 5692/71, na forma do art. 63, da Lei nº 4024, de 
20 de setembro de 1961, até a 4ª série do ensino de 1º e 2º graus. 
II – Aos formandos que tenham ingressado no curso antes da 
vigência da Lei nº 5692/71, na forma do art. 64, da Lei 4024, de 20 
de setembro de 1961, até a 4ª série do ensino de 1º grau. 
Art. 4º - Os profissionais de que tratam os artigos anteriores, somente 
poderão exercer a profissão após satisfazer os seguintes requisitos: 
I – Registro dos diplomas ou certificados no Ministério da Educação 
e Cultura. 
II – Registro profissional no órgão competente do Ministério da 
Educação e Cultura. 
Art. 5º - A profissão de Orientador Educacional, observadas as 
condições previstas neste regulamento, se exerce, na órbita pública ou privada, 
por meio de planejamento, coordenação, supervisão, execução, 
aconselhamento e acompanhamento relativo às atividades de Orientação 
Educacional, bem como por meio de estudos, pesquisas, análises, pareceres 
compreendidos no seu campo profissional. 
Art. 6º - Os documentos referentes ao campo de ação profissional de 
que trata o artigo anterior só terão validade quando assinados por Orientador 
Educacional, devidamente registrado na forma desse regulamento. 
Art. 7º - É obrigatório à citação do número de registro de Orientação 
Educacional em todos os documentos que levam sua assinatura. 
Art. 8º - São atribuições privativas do Orientador Educacional: 
a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do 
Serviço de Orientação Educacional em nível de: 
- Escola 
- Comunidade 
b) Planejar e coordenar a implantação do Serviço de 
Orientação Educacional dos órgãos do Serviço Público 
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Federal, Estadual, Municipal e Autárquico; das Sociedades de 
Economia Mista, Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas. 
c) Coordenar a orientação vocacional do educando, 
incorporando-o ao processo educativo global. 
d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões 
e habilidades do educando. 
e) Coordenar o processo de informação profissional e 
educacional com vistas à orientação vocacional. 
f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações 
necessárias ao conhecimento global do educando. 
g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, 
encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem 
assistência especial. 
h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar. 
i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação 
Educacional, satisfeitas as exigências da legislação específica 
de ensino. 
j) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional. 
k) Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação 
Educacional. 
Art. 9º - Competem, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes 
atribuições: 
a) Participar no processo de identificação das características 
básicas da comunidade. 
b) Participar no processo de caracterização da clientela 
escolar; 
c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da 
escola; 
d) Participar na composição, caracterização e 
acompanhamento de turmas e grupos; 
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e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos 
alunos; 
f) Participar do processo de encaminhamento e 
acompanhamento dos alunos estagiários; 
g) Participar no processo de integração escola-família-
comunidade; 
h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação 
Educacional. 
Art. 10º - No preenchimento de cargos públicos, para os quais se faz 
mister qualificação de Orientador Educacional, requer-se, como condição 
essencial, que os candidatos hajam satisfeito, previamente, as exigências da 
Lei nº 5564, de 21 de dezembro de 1968 e deste regulamento. 
Art. 11º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário. 
(D.O.U. de 27-9-1973) 
A Lei 9394/96 mantém as propostas anteriores”

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