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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

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MÉTODOS E 
TÉCNICAS DE 
PESQUISA 
PROFESSOR (A):COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 
 
2 
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SUMÁRIO 
 
UNIDADE I - ORIENTAÇÃO DO TCC ............... ..............................................3 
 
UNIDADE II - PROJETO DE PESQUISA .................................................... 11 
 
UNIDADE III – COMO PESQUISAR NA INTERNET.............................23 
 
UNIDADE IV - METODOLOGIA DO ARTIGO CIENTÍFICO ......................... 33 
 
UNIDADE V - REGRAS PARA REDAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO...43 
 
UNIDADE VI – DICAS PARA A LINGUAGEM DO ARTIGO...................63 
 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ....................................... 73 
 
ANEXOS ...................................................................................................... 78 
 
 
 
 
 
 
 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 
 
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UNIDADE I - ORIENTAÇÃO DE TCC 
 
Por que fazer um trabalho acadêmico? O que ele representa? Para que 
ele me serve? Acreditamos que estes questionamentos tenham sido 
esclarecidos no módulo 1 referente a apostila de Metodologia Científica, mas 
vamos relembrar que, além de ser uma exigência em todos os cursos de 
graduação e de pós-graduação, o objetivo do Trabalho de Conclusão de Curso 
é levar o aluno a uma vivência, digamos, prática e também, uma maneira de 
avaliar se ele adquiriu as noções básicas que envolvem um trabalho científico. 
Assim, constitui-se finalidade deste material orientar os alunos na 
redação e formatação do seu trabalho de conclusão de curso. Procuramos 
estabelecer de forma sintética, os principais cuidados ao longo da redação do 
seu trabalho científico. 
Mas concordamos com Rizatto Nunes (2003) quando ressalta que a 
elaboração de um trabalho monográfico de estudo e pesquisa, antes de ser 
uma imposição legal, é uma opção didática. É uma das maneiras de ensinar e 
avaliar um aluno, levá-lo a aprofundar seu conhecimento de uma determinada 
matéria o que simultaneamente, permite-lhe, em uma tarefa isolada, aprofundar 
seu aprendizado no assunto tratado. 
Podemos dizer que é uma das formas mais modernas de avaliação, 
porque é o próprio aluno que aprende trabalhando, sendo útil para demonstrar 
que o dogma (professor ensina, aluno aprende) já não é mais aceitável. O 
professor orienta, media, auxilia o aluno, mas é este que realiza seu 
aprendizado. 
Na graduação existe a possibilidade, dependendo da área (Ciências 
Humanas, Biológicas, Saúde, Exatas, dentre outras) da escolha por um artigo 
científico, uma monografia ou mesmo um memorial. A partir da pós-graduação 
temos a dissertação de mestrado ou a tese de doutorado. 
Segundo a ABNT (2004, p. 32) a NBR 14.724 define: 
 Dissertação como documento que representa o resultado de um trabalho 
experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema 
único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, 
analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de 
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literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do 
candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a 
obtenção do titulo de mestre. 
 Tese: Documento que representa o resultado de um trabalho 
experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem 
delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, 
constituindo-se em real contribuição para a especialização em questão. É 
feito sob a orientação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do 
titulo de doutor, ou similar. 
 Trabalhos acadêmicos ou similares (trabalho de conclusão de curso – 
TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI e outros): Documento 
que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento 
do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da 
disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros 
ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. 
 
De todo modo, o trabalho tem por objeto um único assunto ou tema e 
regras a serem seguidas quando de sua redação, regras estas que veremos a 
partir desse ponto. 
Optamos pela redação de um artigo científico acreditando que para este 
nível de especialização ele consegue abarcar todos os itens necessários desde 
desenvolver um método de pesquisa até aplicar as normas e regras e ser 
avaliado. 
O artigo científico apresenta de maneira clara e concisa os resultados de 
uma pesquisa e leva a vantagem de poder ser publicado em algum periódico 
científico. Cada periódico possui as suas regras, portanto, se optar por publicá-
lo, é preciso observar atentamente essas regras, caso contrário ele não seria 
aprovado. Eis aqui mais uma vez a importância de seguir as regras. 
As normas existem para servirem de base ou medida para realização de 
alguma coisa. É uma regra, um padrão, uma lei. 
Há uma diferença básica entre norma e padrão: 
Norma – é uma orientação expressa que deve ser acatada. 
Padrão - é uma orientação expressa que pode ser acatada. 
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O artigo científico é uma publicação com autoria declarada, que 
apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas 
diversas áreas do conhecimento (ABNT, NBR 6024, 2003). Ele é uma 
produção mais profunda do que um ensaio e mais superficial do que uma 
monografia. 
Normalmente é publicado em revistas ou periódicos especializados, com 
normas editorais próprias, às quais o autor se submete. Possibilita ao leitor 
uma rápida tomada sobre o assunto, abordando o resultado de uma pesquisa 
teórica ou de campo. 
Andrade e Lima (2007) colocam de maneira bem clara as razões para se 
publicar um artigo: 
 Divulgação científica - A publicação de um artigo científico ou técnico é 
uma forma de transmitir à comunidade técnico-científica o conhecimento 
de novas descobertas, e o desenvolvimento de novos materiais, técnicas 
e métodos de análise nas diversas áreas da ciência. 
 Aumentar o prestígio do autor - Pesquisadores com um grande 
volume de publicações desfrutam do reconhecimento técnico dentro da 
comunidade científica, alcançam melhores colocações no mercado de 
trabalho, e divulgam o nome da instituição a qual estão vinculados. 
 Apresentação do seu trabalho - Muitas instituições de ensino e/ou 
pesquisa, e várias empresas comerciais frequentemente requerem que 
os seus profissionais apresentem o progresso de seu trabalho e/ou 
estudo através da publicação de artigos técnico-científicos. 
 Aumentar o prestígio da sua instituição ou empresa - Instituições ou 
empresas que publicam constantemente usufruem do reconhecimento 
técnico de seu nome, o que ajuda a atrair maiores investimentos e 
ganhos para esta organização. 
 Se posicionar no mercado de trabalho - O conhecido ditado em inglês 
“Publish or perish”, ou seja, “Publique ou pereça”, provavelmente nunca 
foi tão relevante como nos dias de hoje. Redigir um artigo técnico lhe 
trará uma boa experiência profissional, e contribuirá para enriquecer o 
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seu currículo, aumentando assim suas chances de obter uma melhor 
colocação no mercado de trabalho. 
 
O artigocientífico pode ser: 
 Original ou de divulgação – apresenta temas ou abordagens originais, 
podendo ser relatos de caso, ou análise de dados colhidos em pesquisa 
de campo; 
 Revisão – analisa e discute trabalhos já publicados, através de revisões 
bibliográficas ou de revisão de literatura (BRASILEIRO e SANTOS, 
2007, p. 43). 
 
O trabalho acadêmico implica em análise, reflexão crítica, síntese e 
aprofundamento de ideias a partir da formulação de um problema. Sua 
apresentação deve ser feita de forma adequada e estruturada de acordo com 
as normas técnicas comuns. Nesse sentido, cada faculdade tem a liberdade de 
padronizar suas produções e por isso, existe a disciplina Orientação de TCC. A 
partir de uma compilação, ela facilita o acesso dos alunos às normas vigentes, 
oferecendo exemplos práticos das várias formas de registro bibliográfico. 
Lembre-se que este é um trabalho de conclusão de curso, portanto, será 
avaliado em relação às regras de formatação, redação (coesão, coerência e 
ortografia – já observando as novas regras ortográficas), se o assunto é 
pertinente a sua área de especialização e se o artigo é um trabalho seu! 
O que quer dizer o friso acima? Nem todas as pessoas conhecem uma 
expressão que tem sido muito comentada na atualidade: PLÁGIO! 
Segundo o dicionário Aurélio, plágio significa “Assinar ou apresentar 
como seu (obra artística ou científica de outrem)”. A origem etimológica da 
palavra ilustra o conceito que ela carrega: vem do grego (através do latim) 
plagios, que significa trapaceiro (...) (FERREIRA, 2004). 
Pois bem, plágio nada mais é do que pegar uma obra de outro autor e 
assiná-la como se fosse sua. Esta situação tem acontecido corriqueiramente. 
As pessoas copiam trechos de trabalhos de outras pessoas, não colocam o 
nome do autor e pronto, ai está um plágio. É uma situação que precisa de 
atenção, primeiro porque o artigo deve nascer de um questionamento pessoal 
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e então, pesquisa-se sobre o assunto em várias fontes e constrói o seu 
pensamento, segundo porque existe uma lei que protege os direitos autorais 
das pessoas: a lei 9.610/98 que pode ser facilmente encontrada no site: 
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L9610.htm. 
 Pedimos que fiquem atentos, pois, esta lei é séria e pode trazer 
consequências negativas para uma pessoa que comete o plágio. 
Segundo Santos (2000), no processo de comunicação da escrita, os 
textos em geral são divididos em três grandes grupos produzidos por diferentes 
técnicas de redação: literários, oficiais e comerciais e, científicos. 
O texto científico deve ter a preocupação central com a correção, a 
exatidão e a autenticidade dos dados e dos raciocínios desenvolvidos no 
desenvolvimento do trabalho, projeto ou interpretação de uma obra. Os 
formatos e denominações variam de acordo com as suas intenções em 
exigências acadêmicas. 
De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 50) “uma dificuldade 
normalmente que alunos apresentam, seja, em nível de graduação ou de pós-
graduação, é saber ou determinar para que servem ou quais as finalidades e 
estruturas organizacionais dos diferentes trabalhos acadêmicos e trabalhos que 
apresentam resultados parciais ou finais de pesquisa científica”. 
Segundo Bakhtin (2002, p. 279), os gêneros são padrões relativamente 
estáveis de texto, do ponto de vista temático, composicional e estilístico, que se 
constituem historicamente pelo trabalho linguístico dos sujeitos nas diferentes 
esferas da atividade humana, para cumprir determinadas finalidades em 
determinadas circunstâncias. 
A fase de redação do texto de um trabalho didático ou científico consiste 
na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho de pesquisa, 
guiando-se pelas exigências de uma construção lógica. Recomenda-se que a 
montagem do trabalho seja realizada por meio de uma redação preliminar de 
rascunho para que, posteriormente, através de uma revisão detalhada, seja 
elaborado o texto final (SEVERINO, 2002). 
Na redação do texto científico existem algumas regras que têm como 
propósito auxiliar no trabalho de registrar o processo de elaboração de 
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trabalhos didáticos, científicos e relatórios de pesquisa, não é garantia de uma 
boa redação, mas podem ajudar significativamente (VIEIRA, 2000). 
Assim sendo, planejar as etapas do processo de registro escrito do 
trabalho de pesquisa pode contribuir para a qualidade do texto final, dessa 
forma, recomenda-se observar neste processo de redação, as seguintes 
etapas: 
 
 
a) Elaborar um plano de 
trabalho 
 
Estruture o assunto em capítulos e seções. 
Faça uma lista do que deve ser abordado em 
cada seção e inicie o processo da escrita. 
 
 
b) Escrever de forma 
impessoal 
 
Ler a literatura científica de sua área e 
observar a impessoalidade dos textos. 
Recomenda-se a utilização de linguagem 
científica na terceira pessoa do singular, 
apesar de alguns autores considerarem a 
primeira pessoa do singular ou do plural. 
 
 
c) Evite exageros de 
linguagem 
 
Prefira, sempre que possível, uma linguagem 
objetiva e simples, sem exagerar em termos 
desnecessários e de difícil interpretação ou 
fora de uso corrente. 
 
d) Estruture a escrita 
basicamente com 
substantivos e verbos 
Evite adjetivações desnecessárias que 
possam provocar a falta de coerência do texto. 
Utilize os adjetivos apenas quando forem 
necessários. 
 
e) Utilize frases curtas 
 
Tente, na comunicação científica, escrever 
frases curtas, que sejam simples e diretas. 
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f) Observe o tempo verbal 
 
Ao relatar fatos científicos ou descrever 
trabalhos publicados, utilize o presente do 
indicativo, como, por exemplo, “A adubação 
hidrogenada é essencial”. 
Quando o pesquisador explica o que fez ou o 
que obteve, use o passado, como, por 
exemplo, “os dados foram obtidos”. 
 
 
Como recomendação: 
 Utilize o verbo no presente na Introdução e na Revisão da Literatura; 
 Use o verbo no passado em Materiais e Métodos e nos Resultados; 
 Na Discussão, podem ser usados os dois tempos verbais, quando 
couberem. 
Segundo Gil (1995), o estilo do texto científico deve ser impessoal, 
objetivo, claro, preciso, coerente, conciso e simples, facilitando a leitura e 
interpretação dos seus possíveis leitores. 
Embora haja controvérsias, quando da redação de um artigo científico, 
não devemos escrever na primeira pessoa do singular ou plural (eu acho isso, 
eu observei aquilo, nós acreditamos que), ou seja, ele deve ser escrito com 
impessoalidade (acredita-se que, observa-se que). Abaixo sugerimos uma lista 
de verbos para fazer menção aos autores: 
 
...afirma que... ...enfatiza que... 
...comenta que... ...salienta que... 
...aponta que... ...ressalta que... 
...identifica... ...considera que... 
...sustenta que... ...assevera que... 
...considera que... ...defende que... 
...argumenta que... ...entende que... 
 Dicas de expressão de articulação: 
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Vale ressaltar que... / em função disso... / a partir dessa reflexão, pode-se dizer 
que... / é importante ressaltar que... / com base em (autor) podemos buscar 
caminhos.../ daí a necessidade de... / dessa perspectiva... / pode-se inferir, 
com base em (autor) que... / tais afirmações vêm de encontro ao que.... / os 
estudos desses autores vêm ao encontro dos anseios desse trabalho... 
 
Reescreva o texto, corrigindo eventuais discrepâncias da linguagem, 
além dos erros ortográficos e gramaticais e elabore, assim, a redação 
definitiva. 
Os aspectos gráficos da apresentação e organização da escrita e 
paginação serão abordados mais adiante. 
Toda linguagem apresenta uma sintática, uma semântica e uma 
pragmática. A sintaxe da linguagem científica são os dicionários e as 
gramáticas que são aceitas dentro dos meios acadêmicos. Certas palavras 
como “muitos”, “excepcional”, “maravilhoso” e outras hipérboles não são bem 
vistas. 
Souza, Fialho e Otani (2007) filosofam... “porque a escrita nos rodeia por 
todos os lados, sua verdadeira natureza nos escapa”. Eles comparam duas 
escolas mostrando que realmente não podemos dizer: a escrita é isso, a escrita 
veio disso, mas sim que a escrita é para repassar algo a alguém. 
Para a escola linguística de André Martinet, a escrita é 
fundamentalmente um sistema de sons articulados que se coloca em seguida, 
e somente em seguida, sobre um suporte: papel (ou fita magnética); 
Para a escola linguística de Jacques Derrida, a escrita é 
fundamentalmente um sistema de traços, que se pode em seguida, e somente 
em seguida, pronunciar oralmente se assim se desejar. 
A escrita é um encontro. É a superposição paradoxal de uma linguagem 
fonética (discurso), o verbo-sequencial que dispara neurônios do lado esquerdo 
do cérebro e de uma linguagem de traços (documento), um texto escrito, que 
ativa ainda o visual espacial, o lado direito do cérebro. A escrita não é nem 
totalmente uma linguagem de traços, nem totalmente uma anotação falsa. É 
um e outro (SOUZA, FIALHO e OTANI, 2007). 
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UNIDADE II - O PROJETO DE PESQUISA 
 
 Embora não seja exigido, o projeto de pesquisa é importante e diríamos 
ser o eixo norteador de qualquer trabalho científico. A partir dele são 
planejadas as técnicas e procedimentos indispensáveis para a pesquisa 
propriamente dita que irá se materializar no artigo científico. 
Neste curso não há obrigatoriedade de elaborar um projeto de pesquisa, 
somente o artigo, mas sendo ele um eixo norteador, é importante conhecer em 
detalhes. 
A escolha do tema é o primeiro passo, e sinceramente, não é fácil, ao 
contrário, pela variedade de temas e questionamentos que nos surgem no 
pensamento, ele se torna difícil. Como dizem Cervo, Bervian e Silva (2007) 
para muitos pesquisadores, a decisão final é precedida por momentos de 
verdadeira angústia, mormente quando se trata de pesquisas decisivas para a 
carreira profissional. 
A primeira dificuldade com que o aluno se depara é a escolha do tema 
que irá pautar o desenvolvimento do seu projeto. “Afinal, de que devo falar? 
Será que tenho condições de abordar um tema assim tão complexo? Onde irei 
encontrar informações sobre esse assunto? Haverá tempo para abordar este 
tema? E a pesquisa, onde encontrar o material necessário para a sua 
realização?” Essas são somente algumas de suas dúvidas. 
A nossa tendência é quase sempre a de escolher, num momento inicial, 
um tema amplo e genérico, sem que tenhamos consciência disso. Porém é 
preciso encontrar, dentro desse tema genérico, ou relacionado a ele, um 
assunto mais específico e pontual. É, neste exato momento, que se faz 
necessário o auxílio do professor-orientador, pois nossa percepção parece, 
quase sempre, indicar que a delimitação já tenha atingido o limite. 
Para haver seleção, é preciso critério de seleção, os quais tem a função 
de servir de guia metodológico, orientando o estudante em direção ao assunto 
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prioritário. O tema de uma pesquisa é qualquer assunto que necessite 
melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre ele. A 
primeira escolha deve ser feita com relação a um campo delimitado, dentro da 
respectiva ciência de que trata o trabalho científico. 
A questão da pesquisa pode ser do tipo intelectual, baseada no desejo 
de conhecer ou compreender algo ou prática, baseada no desejo de conhecer 
para realizar algo melhor ou de maneira mais eficiente. 
Historicamente observamos que a pesquisa científica tanto se interessou 
pelo conhecimento em si mesmo quanto pelo conhecimento aplicado aos 
interesses práticos. 
 
2.1 - Escolha do Tema 
 
 Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para 
o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que 
devem ser levadas em consideração nesta escolha: 
 
2.1.1 - Fatores internos 
 
- Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal: 
para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta 
atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a 
ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a 
pesquisa num exercício de tortura e sofrimento. 
- Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa: na escolha 
do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que 
teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos 
trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à 
pesquisa. 
- O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema 
pretendido: é preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação 
de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha 
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área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta 
área. 
 
 
 
 
2.1.2 - Fatores Externos 
 
- A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e 
seus valores acadêmicos e sociais: na escolha do tema devemos tomar 
cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se 
o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para 
pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral. 
- O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho: quando a 
instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, 
não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este 
prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a 
conclusão do trabalho. 
- Material de consulta e dados necessários ao pesquisador: um outro 
problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. 
Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não 
existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao 
pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a 
realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, 
mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja 
ultrapassado. 
Uma dica: evite escolher temas sobre os quais já existem estudos exaustivos, 
pois a quantidade de assuntos novos à espera de pesquisadores torna 
injustificável a duplicação de estudos. 
Além de escolher o tema é preciso delimitá-lo, ou seja, selecionar um 
tópico ou parte a ser focalizada e para tanto, é possível fixar circunstâncias de 
tempo e espaço. Além disso, o pesquisador pode usarde tratamentos 
psicológico, sociológico, histórico, filosófico, estatístico, dentre outros. 
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Na sequência dos passos para elaborar um projeto de pesquisa, 
encontramos autores que colocam a metodologia antecedendo a revisão de 
literatura (referencial teórico, levantamento bibliográfico ou fundamentação 
teórica) e vice-versa. Optamos pela revisão de literatura antes da explicação do 
tipo de metodologia utilizada, pois independente dela, uma revisão de literatura 
é de suma importância. 
 
2.2 - Levantamento ou Revisão de Literatura 
 
A revisão de literatura busca identificar e localizar os textos escritos 
sobre o tema ou que tratem do assunto. A fundamentação teórica dá 
credibilidade ao trabalho de pesquisa. As fontes devem ser relevantes (livros, 
periódicos, revistas, artigos de eventos científicos e internet) e acessíveis. 
 
2.2.1 - Sugestões para o Levantamento de Literatura 
 
2.2.1.1 – Locais de coletas: determine com antecedência que bibliotecas, 
agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos 
deverão ser procurados, ou endereços online na internet. 
2.2.1.2 – Registro de documentos: esteja preparado para copiar os 
documentos, seja através de impressão, fotografias ou outro meio qualquer. 
 
2.2.1.3 – Organização: separe os documentos recolhidos de acordo com os 
critérios de sua pesquisa e monte pastas. 
 
 O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis: 
a - Nível geral do tema a ser tratado: relação de todas as obras ou 
documentos sobre o assunto. 
b - Nível específico a ser tratado: relação somente das obras ou documentos 
que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado. 
 
2.3 – O Problema 
 
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 O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois 
de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de 
uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de 
pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema 
escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a 
abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas 
alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. 
É uma questão que envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou 
prática, para a qual se deve encontrar uma solução. A primeira etapa da 
pesquisa é a formulação do problema, que pode ser na forma de formulação de 
perguntas. Enquanto o tema permanecer apenas no nível do discurso, não se 
terá iniciado a investigação propriamente dita. O tema escolhido deve ser 
questionado, portanto, pela mente do pesquisador, que deve transformá-la em 
problema de pesquisa (CERVO, BERVIAN, SILVA, 2007). 
O problema deve expressar uma relação entre duas ou mais variáveis. 
Ele é fruto de uma revisão de literatura e da reflexão pessoal. Isso quer dizer 
que o sujeito deve ter um conhecimento prévio sobre o tema, e claro, uma 
imaginação criadora, a qual é a responsável pelo progresso das ciências. 
Exemplo: 
Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça. 
Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade? 
Tendo um problema é preciso supor algumas hipóteses. Hipótese 
consiste em supor conhecida a verdade ou explicação que se busca. Ela é uma 
resposta e explicação provisória, relaciona duas ou mais variáveis do problema 
levantado. Deve ser testável e responder ao problema. 
 
2.4 – A Hipótese 
 
 Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma 
afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema 
levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o 
Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a 
Hipótese (ou suposição) levantada. 
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Exemplo: (em relação ao Problema definido acima) 
Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as 
mulheres dos processos decisórios. 
 
2.5 - Justificativa 
 
 A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é 
o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser 
efetivado. Portanto, é preciso convencer o leitor e o corretor de que o trabalho 
de pesquisa é importante e deve ser realizado. O tema escolhido pelo 
pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância, para a 
sociedade ou para alguns indivíduos, portanto, deve ser comprovada. 
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se 
tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o 
que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. 
A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica 
a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. Portanto, 
deve-se primar pela clareza e concisão, redigindo-a em texto sem tópicos. 
Atente-se para a: 
 Delimitação: área específica do conhecimento; espaço geográfico de 
abrangência da pesquisa; período estabelecido para sua realização. 
 Relevância: contribuição do projeto para subsidiar o conhecimento 
científico já existente e a sociedade de modo geral ou específico. 
 Viabilidade: financeira, material (recursos) e temporal. 
 
2.6 - Objetivos 
 
Delimitado o tema, precisamos definir os objetivos da pesquisa. Quanto 
a natureza os objetivos podem ser intrínsecos, quando se referem ao problema 
que se quer resolver, ou extrínsecos, como trabalho final de curso, resolução 
de problemas pessoais, produção de algo original. Ainda podem ser divididos 
em objetivos gerais e específicos. 
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A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir 
com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim. 
 Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos 
Específicos, mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores 
consideram desnecessário dividir os Objetivos em categorias. 
 Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o 
verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; 
permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa etc. 
a) Objetivos gerais: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o 
propósito do estudante com a realização da pesquisa. Deve-se estar atento ao 
fato de que, em pesquisa bibliográfica em nível de graduação, os propósitos 
são essencialmente acadêmicos, como mapear, identificar, levantar, 
diagnosticar ou historiar determinado assunto específico (ou traçar o perfil dele) 
dentro de um tema. No âmbito de uma pesquisa bibliográfica, por exemplo, não 
queira o estudante se propor a resolver o problema em si, mas apenas levantar 
as informações necessárias para melhor compreendê-lo. 
b) Objetivos específicos: definir os objetivos específicos significa aprofundar 
as intenções expressas nos objetivos gerais. Com que propósito o estudante se 
propõe a mapear, identificar, levantar, diagnosticar ou historiar determinado 
assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um tema? Ele pode querer 
mostrar novas relações para o mesmo problema, identificar novos aspectos ou 
mesmoutilizar os conhecimentos adquiridos com a pesquisa para 
instrumentalizar sua prática profissional ou intervir em determinada realidade 
em que ocorre o problema. 
Na definição dos objetivos, deve-se utilizar uma linguagem clara e direta 
como: O objetivo desta pesquisa é ...”. 
 
2.7 - Metodologia 
 
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de 
toda ação desenvolvida no caminho do trabalho de pesquisa. É a explicação do 
tipo de pesquisa, das técnicas utilizadas (questionário, entrevista, etc.), do 
tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das 
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formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se 
utilizou no trabalho de pesquisa. 
Ou seja, é o conjunto de métodos e técnicas usados na realização da 
pesquisa. 
Há duas abordagens de pesquisa, que podem ser feitas ao mesmo tempo ou 
separadamente: 
 Qualitativa: aborda o objeto de pesquisa sem a preocupação de 
enumerar ou medir os dados coletados. Há a obtenção de dados 
descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a 
situação que é objeto de estudo. O pesquisador procura entender os 
fenômenos segundo a perspectiva dos participantes da situação 
estudada e a partir daí vai elaborando sua interpretação dos fenômenos 
estudados. 
 Quantitativa: realizada para medir ou quantificar dados coletados. Faz 
uso de técnicas estatísticas. É a dimensão mensurável da realidade. 
 
Método: caminho a ser seguido na pesquisa. De acordo com Ruiz (1985, 
p.131) é “o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente 
na investigação dos fatos ou na procura da verdade”. 
Em uma pesquisa existem métodos de abordagem e métodos de 
procedimento. 
 Abordagem: concepções teóricas usadas pelo pesquisador. Ex.: 
psicanálise, antropologia, fenomenologia, estruturalista. 
 Procedimentos: relaciona-se à maneira específica pela qual o objeto 
será trabalhado durante o processo de pesquisa. São eles: histórico, 
estatístico, comparativo, observação, monográfico, econométrico e 
experimental. 
Os métodos de pesquisa e sua definição dependem do objeto e do tipo 
da pesquisa. Os tipos mais comuns de pesquisa são: de campo, bibliográfica 
(somente com leituras), descritiva, experimental. 
 Caso o pesquisado faça opção por uma pesquisa de campo, precisará 
coletar dados. Consiste em juntar as informações necessárias ao 
desenvolvimento dos raciocínios previstos nos objetivos do projeto de 
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investigação científica. Na prática, a coleta de dados que é parte essencial da 
pesquisa trata de pôr em andamento os procedimentos planejados para os 
objetivos do trabalho de pesquisa, obedecendo ao cronograma estabelecido 
pelo pesquisador. 
Os instrumentos mais comuns usados nas pesquisas são 
questionários, formulários, entrevistas, levantamento documental, 
observacional (participante ou não participante), estatísticas. 
Também devem ser indicados na Metodologia as amostragens 
(população a ser pesquisada), o local, os elementos relevantes, o planejamento 
do experimento, os materiais a serem utilizados,a análise dos dados, enfim, 
tudo aquilo que detalhe o trabalho a ser percorrido para concretizar a pesquisa. 
Porém o Instituto IBE/FACEL sugere que se faça, somente, pesquisas 
revisionais. 
Sugerimos uma pré-leitura que chamamos de informativa para certificar-
se que existem informações sobre o tema que procura. Essa leitura de 
reconhecimento dará uma visão global ao pesquisador. Examine sumários, 
referências bibliográficas, capítulos introdutórios e finais. 
Localizadas estas primeiras informações, selecione os textos que estão 
mais de acordo com os propósitos do seu trabalho, fixando o que realmente 
interessa. 
Selecionado o material faça agora leituras críticas ou reflexivas, 
buscando saber o que o autor afirma sobre o assunto. O pesquisador deve 
estar livre de preconceitos para refletir, deliberar conscientemente. 
Não pense que é fácil! Muitas vezes levam-se semanas de leitura para 
chegar a cinco minutos de síntese, mas essa síntese por si só é altamente 
gratificante! 
 
2.8 - Cronograma 
 
Em um projeto de pesquisa, um cronograma é fundamental, pois orienta 
temporalmente as atividades a serem desenvolvidas. Ele estabelece as metas 
de realização do projeto, pois se trata de um instrumento que situa os 
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procedimentos e os objetivos no tempo, prevendo períodos de 
desenvolvimento para cada etapa (SOUZA, FIALHO E OTANI, 2007). 
Segundo Gil (1995) o cronograma pode ser apresentado em forma de 
ilustração, denominado gráfico de Gantt, em cujas linhas do quadro 
especificam-se as atividades ou etapas do estudo e nas colunas, o tempo 
estabelecido para a conclusão de cada uma das atividades ou etapas do 
trabalho, permite a interação imediata das partes com o todo, oferecendo o 
dimensionamento comparativo entre as etapas, conforme modelo abaixo. 
Exemplo: 
 ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
1 Levantamento de literatura X 
2 Montagem do Projeto X 
3 Coleta de dados X X X 
4 Tratamento dos dados X X X X 
5 Elaboração do Relatório Final X X X 
6 Revisão do texto X 
7 Entrega do trabalho X 
 
2.9 - Recursos 
 
 Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não 
necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão 
incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora 
de Projetos de Pesquisa. 
 
2.10 - Anexos 
 
 Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao 
Projeto algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao 
texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa e de acordo com a 
necessidade latente, portanto, sugere-se um cuidado na sua utilização ou não. 
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2.11 - Referências 
 
 È a indicação das obras e outras fontes (documentos, arquivos antigos, 
sites) usadas para a elaboração do projeto e necessárias à pesquisa. Devem 
ser indicadas em ordem alfabética e de acordo com as normas técnicas (as 
normas mais aceitas são as estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira 
de Normas Técnicas). 
Há diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia. 
Referências: indica as obras que foram citadas no trabalho em questão. Pode 
indicar diferentes tipos de obras, como livros, periódicos ou documentos, sejam 
manuscritos, impressos ou em meio eletrônico (digitalizadas). 
Referências bibliográficas: quando o trabalho apresentar somente citações 
de obras publicadas em papel. 
Bibliografia: indica todas as leituras feitas pelo pesquisador durante o 
processo de pesquisa, em papel. 
As referências dos documentos consultados para a elaboração do 
Projeto é um item obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e 
qualquer fonte de informação consultados no Levantamento de Literatura. 
 Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para elaboração das 
Referências serão esclarecidase exemplificadas mais adiante. 
 
2.12 - Glossário 
 
 São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco 
conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição. 
 Também não é um item obrigatório. Sua inclusão fica a critério do autor da 
pesquisa, caso haja necessidade de explicar termos que possam gerar 
equívocos de interpretação por parte do leitor. 
 
2.13 - Esquema do Trabalho 
 
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 Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um Esquema do Trabalho 
que é uma espécie de esboço daquilo que ele pretende inserir no seu 
Relatório Final da pesquisa, ou seja, na escrita do Artigo. O Esquema do 
Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final. Por se tratar de um 
esboço este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento 
do trabalho. 
 Depois de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário 
do trabalho final. (Lembrando que no Artigo, não se inclui sumário). Exemplo: 
Título: Educação da Mulher: a perpetuação da injustiça 
1 - INTRODUÇÃO 
2 - HISTÓRICO DO PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE 
3 - O PODER DA RELIGIÃO 
3.1 - O mito de Lilith/Eva 
3.2 - O mito da Virgem Maria 
4 - O PROCESSO DE EDUCAÇÃO 
5 - O PAPEL DA MULHER NA FAMÍLIA 
5.1 - A questão da maternidade 
5.2 - Direitos e deveres 
5.3 - A moral da família 
5.4 - Casamento: um bom negócio 
5.5 - A violência 
6 - UM CAPÍTULO MASCULINO 
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE III - COMO PESQUISAR NA INTERNET 
 
Pesquisar na Internet não é tão fácil quanto parece. Não é por acaso 
que existem livros inteiros que se dedicam a explicar como fazer pesquisas 
avançadas nos sites de busca mais utilizados, como o google ou yahoo! 
Antes de tudo é preciso saber o que se procura. Portanto, você deve 
considerar, a principio, o seguinte: a informação que eu procuro está disponível 
gratuitamente? Será que não é melhor pesquisar tradicionalmente, em 
enciclopédias ou bibliotecas? Deve procurar em sites específicos do assunto 
que desejo, ou usar sites de busca? Quais são as palavras-chave que devo 
utilizar para descrever o tema que procuro? 
Nesse sentido, as palavras-chave devem ser muito bem escolhidas, 
porque a estratégia de pesquisa na Internet é a diferença entre encontrar o que 
procura e ficar buscando horas e, nada.... 
Para tanto, a primeira opção é utilizar os vários sites de busca, listados 
em seu Módulo de Metodologia Científica (reveja-o). Porém, sem dúvidas, o 
mais utilizado é o google. Neste caso, você deve optar pelo Google acadêmico. 
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Todavia, não é somente entrar no primeiro site da lista que o Google 
oferece. Também é necessário pesquisar entre os sites listados, passar uma 
olhadela rápida e, somente então, abrir e salvar o assunto e o endereço. Para 
tanto, opte pelos sites de Instituições de ensino, organizações e órgãos oficiais. 
 
3.1-As dificuldades da pesquisa online 
 
Mas será que pesquisar, atualmente, é algo tão fácil e cômodo assim? 
Bem, não devemos pensar de maneira tão extrema e preconceituosa, pois, 
antes da popularização da Internet e dos computadores caseiros, os alunos, 
por exemplo, corriam para as enciclopédias, copiavam à mão ou à máquina de 
escrever os mesmos verbetes e ilustravam seus trabalhos com as mesmas 
figuras adesivas, adquiridas em papelarias. Os professores recebiam pilhas de 
trabalhos semelhantes, (muitas vezes diferenciadas pelos nomes dos alunos) e 
insistiam para que os alunos consultassem outras fontes e colocassem algum 
comentário, ou análise, mais pessoal no texto. Nada muito diferente do que 
vemos hoje, não? 
Com tanta oferta de informações e fontes na internet, é preciso saber 
distinguir o que pode ser mais adequado para nós. Não há sites ou fontes 
100% perfeitos ou 100% ruins. Um site pode ser muito bom para estudantes de 
ensino médio, mas pode ser insuficiente para pós-graduandos. É preciso 
prestar atenção a diversos detalhes da fonte (credibilidade do site, informações 
atualizadas, etc.) e na necessidade e perfil do internauta. Pesquisar na Internet 
não é tão fácil como se imagina, pois, no meio de tantos resultados obtidos nos 
sites de busca, é preciso ter habilidades de pesquisa que podem ser 
aprendidas e treinadas a qualquer momento de nossas vidas. Não importa se 
somos jovens ou idosos, estudantes ou trabalhadores: nunca é cedo ou tarde 
demais para aprender a buscar as informações - de modo seguro, responsável 
e preciso. 
No blog do Acessa São Paulo, por exemplo, há muitas dicas para uma 
navegação segura. Algumas dicas, relacionamos abaixo. Então, vamos lá: 
 Navegar é Preciso - Experiências anteriores com a Internet ajudam na 
hora de selecionar a melhor informação. Quanto mais você navega, 
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maior é a possibilidade de aprender a reconhecer os sites mais 
confiáveis e os caminhos mais seguros na Web. 
 Tenha Foco - Perder tempo ao distrair-se na Internet é bem fácil. Afinal 
são tantas coisas interessantes que encontramos, mesmo sem querer... 
Por exemplo: se você precisar pesquisar sobre folclore brasileiro, não vá 
a páginas sobre cultura celta; 
 Não só de Google vive o Homem - O Google realmente é o site de 
busca mais popular no mundo, mas existem outros que podem ser uma 
opção a ele. Além dos buscadores, existem outras formas de se obter 
informações na Internet: através de sites e portais especializados; de 
blogs sobre o assunto que procura; de fóruns e comunidades sobre o 
tema; através das diversas redes sociais existentes; etc. 
 À Primeira Vista - Quando você visualiza a primeira página de 
resultados de um site de busca, é possível reconhecer de cara o que lhe 
pode ser útil ou não (sem ter que abrir os sites). Olhe para as primeiras 
palavras que acompanham cada resultado. Se as primeiras descrições 
lhe interessarem, vá direto a esses links. Preste atenção, também, nas 
extensões e domínios dos endereços dos sites, que podem dizer muito 
sobre o grau de credibilidade das fontes e sobre as características das 
informações apresentadas. 
o Por exemplo: sites ".com" são geralmente comerciais (não 
necessariamente de vendas, mas que representam sites de 
empresas ou instituições privadas); sites ".edu" são de 
instituições de ensino (muito utilizado nos EUA); sites ".org" 
referem-se a organizações sem fins lucrativos; e sites ".gov" 
referem-se a sites de órgãos governamentais. Há mais domínios 
específicos, mas os mais utilizados são estes que foram citados; 
 Cerque seu Alvo - Evite ser muito genérico nas suas buscas. Ou seja: 
se procura por informações gerais sobre "medicina legal", não coloque 
apenas o termo "medicina" (você terá milhares de resultados com todo o 
tipo de medicina: medicina veterinária, medicina ortomolecular, etc.) e 
muito menos somente o "legal" (você corre o risco de encontrar, 
também, o site do programa televisivo Domingo Legal). Quanto mais 
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termos você colocar, menosresultados virão. Mas procure não colocar 
palavras desnecessárias, que não têm significado por si mesmas e só 
trarão resultados sem consistência (como advérbios e preposições); 
 Ligue o Desconfiômetro - Não acredite piamente em tudo o que você 
vê na Internet. Habitue-se a ser crítico. Não se trata apenas dos 
famosos emails correntes alarmistas ou das lendas propagadas na Web. 
Muitas vezes você encontrará informações desencontradas e a 
comparação entre as fontes e o poder de análise sobre elas é essencial. 
Então, consulte no mínimo uns três sites para que se tenha uma base. 
Mas acima de tudo, tenha clara a ideia de que nada é totalmente 
imparcial neste mundo. Até mesmo livros, enciclopédias e sites de 
grandes instituições carregam os pontos de vista e a "filosofia" dos seus 
responsáveis; 
o Realmente, às vezes fica difícil avaliar a exatidão das 
informações apresentadas. Portanto, algumas perguntas podem 
ajudar nessa hora. Por exemplo: a informação tem base 
comprovada e consagrada ou é baseada em uma opinião 
particular? Ela é apresentada por pessoas, empresas ou 
instituições que têm sólida reputação em suas áreas de atuação? 
Já foi citada em outras fontes? Quais as intenções e objetivos das 
fontes? Em que contexto a informação é fornecida (se está ligada 
a algum tipo de publicidade, tem caráter educativo, etc.)? Está 
relacionada às questões ideológicas, morais, religiosas, éticas, 
comerciais ou pessoais de alguma forma? É atual (preste atenção 
à data de publicação)?; 
 Imagem não é Tudo - Nem sempre um site bonito visualmente tem as 
melhores informações ou as organiza do melhor modo. Pode ser uma 
recomendação mais indicada para as crianças (que se impressionam 
com a aparência), mas muitos sites pretensamente voltados para 
adultos pecam por serem muito poluídos, confusos, com animações, 
imagens e banners que demoram para carregar e que são plenamente 
dispensáveis, e que, além disso, dificultam a localização dos conteúdos 
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para seus usuários e não possuem acessibilidade (onde as pessoas 
com deficiência física ou intelectual têm dificuldade para navegar); 
 Dê Créditos para quem é de Direito - Se você pesquisou e citou, 
dados ou informações de uma determinada fonte, deixe claro que foi ela 
a autora do que você registrou. Verifique se há alguma menção a 
direitos autorais (copyright) e certifique-se se há alguma restrição de 
uso. Cuidado com o plágio. Lembre-se PLÁGIO É CRIME! 
 
3.2-Melhorando a Busca 
 
Existem algumas ações que podem lhe ajudar na hora de realizar a 
pesquisa através dos sites de busca, como a utilização de determinados sinais 
e termos que, colocados junto às palavras desejadas no campo da busca, 
acabam refinando mais a pesquisa. São eles: 
 ASPAS (" ") - Lembra-se do exemplo anterior da pesquisa sobre 
medicina legal? O que fazer para que o buscador não traga diversos 
conteúdos que não tenham a ver com este assunto? Coloque aspas 
entre os termos: "medicina legal". Isso indica que você quer pesquisar 
por determinada frase exata, ou seja, exatamente do modo colocado 
entre aspas; 
 Operadores booleanos: Muitos sistemas suportam o uso de 
operadores booleanos AND, OR e NOT para melhor especificar a busca. 
São colocados entre os termos procurados. Funciona assim: 
o AND (pode ser E ou +) - Medicina AND Legal. Indica que você quer 
resultados que contenham as palavras "medicina" e "legal" na 
mesma página. Note que usar o operador é diferente de usar as 
aspas, pois se neste último os resultados aparecem com as palavras 
exatamente como estão escritas dentro das aspas (e juntas); usando 
o AND, você vê páginas que contém as palavras buscadas, mas não 
necessariamente juntas. Observação: no Google basta digitar todos 
os termos desejados, separados apenas por espaços, pois o 
operador AND já está incluído automaticamente em seu campo de 
busca. 
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o NOT (pode ser NÃO ou -) - Medicina AND Legal NOT Revista. 
Significa que você quer páginas que contenham as palavras 
"medicina" e "legal", mas não quer nada que tenha a palavra 
"revista". Provavelmente, o buscador não mostrará nenhuma revista 
de medicina legal ou alguma referência à essa palavra. Observação: 
no Google utiliza-se o sinal de -. É preciso dar um espaço entre os 
primeiros termos e o sinal booleano. Ex.: Medicina -legal ("qualquer" 
medicina, com exceção da palavra "legal"). 
o OR (pode ser OU ou |) - Medicina OR Legal. Nesse caso, indica que 
você quer tanto páginas que contenham a somente a palavra 
"medicina", quanto àquelas que contenham a palavra "legal" e, 
ainda, todas as páginas que apresentarem as duas palavras juntas 
(assim como no caso do AND). 
Como você pode notar, há três sinais possíveis para cada um dos 
operadores. Os sistemas de busca acabam optando por um deles, por isso é 
bom sempre dar uma olhada nas orientações de pesquisa disponíveis nos sites 
de busca. 
 INTITLE - Use esta palavra (vem do inglês, e quer dizer "dar título"), 
seguido do sinal de dois pontos (:), quando quiser que os resultados 
mostrem páginas com títulos determinados. Por exemplo: intitle:básico 
(sem espaços entre eles), vai recuperar somente os sites que 
apresentarem a palavra "básico" em seus títulos. 
 FILETYPE - Além dos conteúdos encontrados nas páginas dos sites, há 
muita informação disponível em arquivos de texto e imagens. Caso 
queira pesquisar documentos sobre medicina no formato PDF, digite no 
campo de busca "medicina filetype:pdf". 
 SITE - É possível especificar um site para que a busca seja feita. 
Digitando "medicina site:sp.gov.br", retornará páginas com o termo 
"medicina" que se encontram dentro de qualquer site com o endereço 
"sp.gov.br". 
 DEFINE - Além de usar os dicionários, há uma outra maneira de 
encontrar conceitos e definições de nomes e palavras. Se você digitar 
"define" seguido do sinal de dois pontos(:), mais o termo pretendido, 
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aparecerão definições sobre ele e os respectivos links das fontes destes. 
Por exemplo: digitando "define: otorrinolaringologista", você terá como 
resultado: 
•A otorrinolaringologia (ORL) é considerada uma das mais completas 
especialidades médicas do mundo, com características clínicas e 
cirúrgicas. Seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do 
nariz e seios paranasais, faringe e laringe. Link: 
pt.wikipedia.org/wiki/Otorrinolaringologista. 
•Médico otorrinolaringologista; Profissional que se ocupa das doenças 
do ouvido, nariz e garganta. Link: 
pt.wiktionary.org/wiki/otorrinolaringologista. 
 
Como já dissemos, existem outros meios para realizar uma pesquisa 
além dos sites de busca, como bases de dados especializadas em diversas 
áreas, enciclopédias digitais e redes sociais temáticas. Há uma infinidade de 
recursos gratuitos na Web. 
A seguir, listamos alguns que foram utilizados para a montagem desse 
material. Visite-os: 
Links: 
 As buscas via Internet (Revista Nova Escola) 
 Como fazer uma boa busca na Internet 
 Como funciona o Google 
 Como funcionam os mecanismos de busca da Internet 
 Dez dicas para poupar tempo ao fazer buscas na web 
 Mini Curso para busca de informações na Internet (EAD do Centro 
de Computação da Unicamp) 
 Outros buscadores além do Google 
 Principais diferenças entre Google, Yahoo! Search eExalead 
 
Sistemas de Busca 
 Baidu - Líder no mercado de buscadores na China 
 Bing - Sistema de busca da Microsoft 
 ChaCha - Busca via celular 
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 Cuil 
 DogPile 
 Duck Duck Go 
 Face Search - Entre com um nome e busque imagens de rostos 
conhecidos 
 IconLook - Busca por ícones e imagens pequenas 
 Kartoo - Metabuscador com visual diferente 
 Spezify - Busca em diferentes sites e redes sociais 
 Lista de sistemas de busca 
 
3.3-Algumas dicas para pesquisar na Internet 
 
Estas informações se aplicam ao Windows Internet Explorer 7 e ao 
Windows Internet Explorer 8. 
A Internet contém uma vasta coleção de informações, mas encontrar o 
que se procura pode ser um desafio. Veja aqui algumas dicas que ajudam a 
pesquisar na Web de maneira mais eficiente, de acordo com o site do Google e 
da Microsoft (2011). 
 
3.3.1-Utilizar a caixa Pesquisa 
 
Na caixa de pesquisa do Internet Explorer, digite uma senha ou frase e 
pressione ENTER (ou pressione ALT+ENTER para exibir os resultados da 
pesquisa na nova guia). 
Caixa de pesquisa do Internet 
Explorer 
 
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Dica: Pressione Ctrl+E para ir para a caixa de pesquisa sem usar o 
mouse. 
 
3.3.2-Usar a Barra de endereços 
 
Na Barra de endereços do Internet Explorer, digite Localizar, Ir ou ? 
seguido por uma palavra-chave, nome de site ou frase e, em seguida, 
pressione ENTER. Se desejar exibir os resultados da pesquisa em uma nova 
guia, pressione ALT+ENTER após digitar a frase. 
 
3.3.3-Usar mais de um provedor de pesquisa 
 
Se você não localizar o que está procurando com um provedor de 
pesquisa específico, tente usar outro provedor. Você pode usar a caixa de 
pesquisa do Internet Explorer para adicionar outros provedores de pesquisa e 
alternar entre eles para aprimorar os resultados da pesquisa. No Internet 
Explorer 8, você pode alterar rapidamente o provedor de pesquisa que usará, 
clicando no ícone do provedor abaixo da caixa de pesquisa. No Internet 
Explorer 7, clique na seta para baixo, próxima à caixa de pesquisa, e escolha 
um provedor. 
Para saber como usar os diferentes provedores de pesquisas, instalar 
novos ou alterar o provedor que o Internet Explorer utiliza como padrão, 
consulte Alterar ou escolher um provedor de pesquisa no Internet Explorer. 
 
3.3.4-Pesquisar com mais eficiência 
 
A seguir, algumas sugestões para aprimorar os resultados das 
pesquisas. Ao pesquisar usando a barra de endereços, primeiro digite 
Localizar, Ir ou ?. : 
 Usar palavras específicas em vez de categorias genéricas. Por exemplo, 
em vez de procurar cachorros, procure uma raça específica de cachorro. 
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 Usar aspas para procurar frases específicas. Coloque os termos entre 
aspas para limitar os resultados da pesquisa às páginas da Web que 
contêm exatamente a frase especificada. Sem as aspas, os resultados 
incluirão qualquer página que contenha as palavras usadas, sem levar 
em consideração a ordem em que aparecem. 
 Usar o sinal de subtração (-) antes de uma palavra-chave para que o 
provedor de pesquisa exclua as páginas que contém esse termo. Use 
um sinal de subtração para recuperar as páginas da Web que não 
incluam a palavra. É importante não incluir espaços entre os sinais e os 
termos pesquisados (por exemplo, -Bogart em vez de - Bogart). 
 Elimine palavras comuns, como "um", "meu" ou "o", a menos que esteja 
procurando um título específico. Se a palavra for parte do que você está 
procurando (um título de música, por exemplo), inclua a palavra comum 
e coloque a frase entre aspas. 
 Usar sinônimos ou termos de pesquisa alternativos. Seja criativo ou use 
um dicionário de sinônimos para ter idéias. Digite dicionário de 
sinônimos na caixa de pesquisa para localizar um dicionário de 
sinônimos online. 
 Pesquisar somente um site ou domínio específico. Digite o termo de 
pesquisa procurado seguido de site: e o endereço do site que deseja 
pesquisar para reduzir a pesquisa ao site específico. Por exemplo, para 
pesquisar informações sobre vírus no Microsoft.com, digite virus 
site:www.microsoft.com (sem espaços entre site: e o domínio). 
 Usar um mecanismo ou provedor de pesquisa, como a busca de 
imagens do MSN, para procurar imagens. Vários sites oferecem seus 
próprios mecanismos de pesquisa para qualquer finalidade, de compras 
a passatempos. O Internet Explorer pode detectar provedores de 
pesquisa especiais em alguns sites que podem ser adicionados à sua 
lista de provedores de pesquisa. 
 
3.3.5-Localizar palavras ou frases em uma página 
 
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Uma vez encontrada uma página de seu interesse, talvez seja 
necessário localizar uma palavra ou frase específica. Para localizar uma 
palavra ou frase na página, pressione CTRL+F para abrir a caixa Localizar. 
Quando começar a digitar a palavra na caixa Localizar, as correspondências 
realçadas aparecerão na página e ela rolará automaticamente para a primeira 
correspondência. 
Depois de realizada a pesquisa, chegou a hora de confeccionar o 
Artigo Científico dessa Revisão. Para tanto, siga as normas e orientações a 
seguir e bom trabalho! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE IV – METODOLOGIA DO ARTIGO CIENTÍFICO 
 
Com uma organização e normatização própria, o artigo é uma 
publicação pequena, que possui elementos pré, textuais e pós, com 
componentes e características específicas. O texto ou parte principal do 
trabalho inclui introdução, desenvolvimento e considerações finais, sendo 
redigido com regras específicas. O estilo e as propriedades da redação técnico-
científica envolvem clareza, precisão, comunicabilidade e consistência, 
havendo uma melhor compreensão do leitor. O conteúdo do artigo é 
organizado de acordo com a ordem natural do tema e a organização das idéias 
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mais importantes, seguidas de outras secundárias. A utilização de normas 
textuais, redacionais e gráficas, não só padronizam o artigo científico, mas 
também disciplinam e direcionam o pensamento do autor coerentemente a um 
objetivo determinado. 
Atualmente esse formato de publicação científica é maciçamente 
utilizado pela maioria dos pesquisadores e grupos de pesquisa no mundo, para 
divulgação de novos conhecimentos e como meio para adquirir notoriedade e 
respeito dentro da comunidade científica. 
No entanto, observa-se um grau acentuado de dificuldade, por parte do 
pesquisador iniciante, na organização e redação dos primeiros artigos técnico-
científicos, principalmente em relação a estrutura e organização do texto, 
colocação das idéias, utilização de certos termos, subdivisão dos assuntos, 
inserção de citações durante a elaboração do texto, entre outros. 
Se o texto em questão (com determinadas características para ser 
científico) for o relatório final de uma pesquisa de campo ou laboratório, terá 
uma estrutura mais centrada na metodologia, na apresentação e discussão dos 
resultados, utilizando inúmeros recursos estatísticos disponíveis, como tabelas 
e gráficos. Mas, muitosartigos acadêmicos são teóricos, e o autor 
preocupa-se mais com a sua fundamentação referencial, procurando ordená-lo 
conforme sua linha de raciocínio e acrescentando algumas considerações 
pessoais. Este é o modelo proposto pelo Instituto IBE/FACEL. 
As dificuldades para elaboração de um artigo científico podem ser 
minimizadas se o autor organizar-se e estiver convencido que o trabalho deve 
possuir rigor científico. Conforme afirma Ramos et al. (2003, p.15). 
 
Executar uma pesquisa com rigor científico pressupõe 
que você escolha um tema e defina um problema para ser 
investigado. A definição dependerá dos objetivos que se 
pretende alcançar. Nesta etapa você elabora um plano de 
trabalho e, após deverá explicitar se os objetivos foram 
alcançados, [...]. É importante apresentar a contribuição 
da pesquisa para o meio científico. 
 
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Portanto, elaborar um artigo científico é, num sentido genérico, 
contribuir para o avanço do conhecimento, para o progresso da ciência. No 
início, a produção científica tende a aproveitar em grande medida, os saberes e 
conhecimentos de outros autores, ficando o texto final com um percentual 
elevado de idéias extraídas de várias fontes (que devem ser obrigatoriamente 
citadas). Com o exercício contínuo da pesquisa e da investigação científica, 
consolida-se a autoria, a criatividade e a originalidade da produção de 
conhecimentos, bem como a síntese de novos saberes. 
 
Nesse sentido, Demo (2002) afirma que: 
 
A elaboração própria implica processo complexo e 
evolutivo de desenvolvimento da competência, que, como 
sempre, também começa do começo. Este começo é 
normalmente a cópia. No início da criatividade há 
treinamento, que depois se há de jogar fora. A maneira 
mais simples de aprender, é imitar. Todavia, este 
aprender que apenas imita, não é aprender a aprender. 
Por isso, pode-se também dizer que a maneira mais 
simples de aprender a aprender, é não imitar. (2002, p. 
29). 
 
 
 Portanto, é necessário darmos os primeiros passos nesse processo de 
construção da atitude científica, que é antes de tudo uma postura crítica, 
racional e intuitiva ao mesmo tempo, que provoca a seu termo, como diz Kuhn 
(apud MORIN, 2002), uma série de revoluções desracionalizantes, e por sua 
vez, cada uma, nova racionalização. 
Portanto, conhecer a natureza, a estrutura e os mecanismos básicos 
utilizados na elaboração de artigos, é apropriar-se de um elemento 
revolucionário, que transforma paradigmas científicos. 
 
4.1- Conceito e finalidade 
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Artigos científicos são trabalhos técnico-acadêmico-científicos, escritos 
com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de 
pesquisas. 
Consistem em publicações mais sintéticas, mesmo sendo assuntos bem 
específicos, com uma abordagem mais “enxuta” do tema em questão, apesar 
da relativa profundidade na sua análise. Possuem mais versatilidade que os 
livros, por exemplo, sendo facilmente publicáveis em periódicos ou similares, 
atingindo simultaneamente todo o meio científico. Como diz Tafner et al. (1999, 
p.18) “esses artigos são publicados, em geral, em revistas jornais ou outro 
periódico especializado que possua agilidade na divulgação”. 
Por esse motivo, o artigo científico não é extenso, totalizando 
normalmente entre 5 e 10 páginas, podendo alcançar, dependendo de vários 
fatores (área do conhecimento, tipo de publicação, natureza da pesquisa, 
normas do periódico, etc.), até 20 páginas, no máximo, garantindo-se em todos 
os casos, que a abordagem temática seja o mais completa possível, com a 
exposição dos procedimentos metodológicos e discussão dos resultados nas 
pesquisas de campo, caso seja necessário a repetição da mesma por outros 
pesquisadores (LAKATOS e MARCONI, 1991; MEDEIROS, 1997; SANTOS, 
2000). 
Em sendo, para o TCC dos cursos de Pós-graduação do Instituto 
IBE/FACEL, exige-se um máximo de 15 páginas e não menos que 10. 
Além disso, recomenda-se uma determinada normatização para essas 
publicações, tanto na estrutura básica quanto na uniformização gráfica, como 
também na redação e organização do conteúdo, diferenciando-se em vários 
aspectos das monografias, dissertações e teses, que constituem os principais 
trabalhos acadêmicos. As normas serão definidas mais a frente. 
Em geral, os artigos científicos objetivam publicar e divulgar os 
resultados de estudos: “a) originais, quando apresentam abordagens ou 
assuntos inéditos; 
b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem informações já 
publicadas” (UFPR, 2000a, p.2). 
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Observa-se muitas vezes a utilização de ambas as situações na 
elaboração dos artigos, onde incluem-se informações inéditas, tais como 
resultados de pesquisa, juntamente com uma fundamentação teórica baseada 
em conhecimentos publicados anteriormente por outros ou pelo mesmo autor. 
Na maioria dos casos, dependendo da área do conhecimento e da 
natureza do estudo, encontram-se artigos priorizando a divulgação de: 
 Procedimentos e resultados de uma pesquisa científica (de 
campo) 
 Abordagem bibliográfica e pessoal sobre um tema 
 Relato de caso ou experiência (profissional, comunitária, 
educacional, etc.) pessoal e/ou grupal com fundamentação 
bibliográfica 
 Revisão bibliográfica de um tema, que pode ser mais superficial 
ou bem aprofundada, também conhecida como review. 
É importante considerar que essas abordagens não se excluem, pelo 
contrário, são amplamente flexíveis, assim como a própria ciência, podendo na 
elaboração do artigo científico, serem utilizadas de forma conjugada, desde 
que resguardadas as preocupações relativas a cientificidade dos resultados, 
idéias, abordagens e teorias, acerca dos mais diferentes temas que 
caracterizam o pensamento científico. 
Independente do tipo ou objetivo Medeiros (1997) afirma que a 
elaboração de “um artigo científico exige o apoio das próprias idéias em fontes 
reconhecidamente aceitas” (p.44). 
Observa-se, por exemplo, que nas Ciências Naturais o artigo científico 
é quase que exclusivamente utilizado para apresentação e análise de 
resultados de pesquisas experimentais, e o review, em função do alto nível de 
aprofundamento do tema e compleitude na sua abordagem, normalmente é 
assinado por cientistas conhecidos tradicionalmente na área ou linha de 
pesquisa em questão. Já nas Ciências Humanas e Sociais, o artigo científico é 
utilizado para os mais diversos fins, inclusive, sendo comum outras abordagens 
não mencionadas anteriormente. 
 
4.2-Organização e normatização 
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Assim como em todo trabalho acadêmico, o artigo científico possui uma 
organização e normatização própria, que pode ser apresentada da seguinte 
forma: 
 estrutura básica 
 uniformização redacional 
 uniformização gráfica 
Os estudos e publicações científicas, principalmente artigos e 
monografias, independentes do tamanho, são normalmente redigidos e 
apresentados com vários aspectos da organização gráfica e redacional 
semelhantes, podendo ser reconhecidos em todo o mundo científico. Muitos 
acadêmicos que iniciam na elaboração de trabalhos de pesquisa reclamam do 
excesso de normas e dos detalhesminuciosos com que devem ser redigidos, 
considerando um demasiado apego à forma externa, em detrimento do fundo 
(conteúdo e informações), que é essencial na produção científica. 
De certa maneira deve-se concordar que as dificuldades para o 
iniciante em trabalhos técnico-científicos, sejam artigos ou outros trabalhos, 
são acrescidas em função das regras e normas recomendadas pela academia, 
podendo no início haver um certo embaraço na atenção e na ordenação das 
idéias. Mas como sempre acontece com o potencial humano, o exercício e a 
prática continuada de determinada ação proporciona a destreza, que 
posteriormente é transformada em ato criativo. 
Neste trabalho, em função dos objetivos propostos inicialmente, serão 
apresentados apenas os assuntos referentes a estrutura básica e 
uniformização redacional do artigo científico. A uniformização gráfica, cujas 
normas variam conforme a instituição, possui ampla abordagem na literatura 
relacionada a metodologia científica, podendo ser facilmente encontrada. 
 
4.2.1- Estrutura básica 
 
A estrutura básica do artigo científico é a forma como o autor organiza 
os componentes do texto, da primeira a última página. É a ordenação coerente 
dos itens e dos conteúdos ao longo da sua redação geral. É a maneira como 
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estruturam-se as partes objetivas/subjetivas, explícitas/implícitas, durante a 
elaboração do texto científico. 
Em função do tamanho reduzido recomendado para o artigo científico, 
a economia e a objetividade são fundamentais na exposição das informações, 
procurando manter a profundidade do tema, seja na abordagem de teorias ou 
idéias, seja na análise de resultados de pesquisa e sua discussão. Nesse 
ponto, a elaboração de artigos técnico-científicos é mais complexa que outros 
trabalhos acadêmicos, onde há maior liberdade na apresentação e exposição 
do tema. 
No artigo científico, o conhecimento e o domínio pelo autor da estrutura 
básica padrão, é muito importante para a elaboração do trabalho, sendo o 
mesmo composto de vários itens, e distribuídos em elementos pré-textuais, 
elementos textuais e elementos pós-textuais, com seus componentes 
subdivididos de acordo com o Quadro 1. 
 
QUADRO 1: Distribuição dos itens que compõe o artigo científico em 
relação aos elementos da estrutura básica: 
Elementos Componentes 
Pré-textuais ou parte 
preliminar 
Título 
Autor 
Resumo 
Palavras-chave ou descritores 
Textuais ou corpo do 
artigo 
Introdução 
Desenvolvimento 
Conclusão 
Pós-textuais ou 
referencial 
Referências 
Cada um desses elementos, e seus respectivos componentes, é 
imprescindível na composição do artigo, apresentando informações e dados 
fundamentais para a compreensão do trabalho como um todo, sendo muito 
importante não omiti-los. 
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No nosso caso, acrescentam-se a capa e a folha de rosto, posto ser, 
este, um Trabalho de Conclusão de Curso. 
 
4.2.1.1. Elementos pré – textuais 
 
Os elementos pré-textuais, também chamados de parte preliminar ou 
ante-texto, compõe-se das informações iniciais necessárias para uma melhor 
caracterização e reconhecimento da origem e autoria do trabalho, descrevendo 
também, sucinta e objetivamente, algumas informações importantes para os 
interessados numa análise mais detalhada do tema (título, resumo, palavras-
chave). 
O título do artigo científico deve ser redigido com exatidão, revelando 
objetivamente o que o restante do texto está trazendo. Apesar da 
especificidade que deve ter, não deve ser longo a ponto de tornar-se confuso, 
utilizando-se tanto quanto possível de termos simples, numa ordem em que a 
abordagem temática principal seja facilmente captada. O sub-título é opcional e 
deve complementar o título com informações relevantes, necessárias, somente 
quando for para melhorar a compreensão do tema. 
Título e sub-título são portas de entrada do artigo científico; é por onde a 
leitura começa, assim como o interesse pelo texto. Por isso deve ser 
estratégico, elaborado após o autor já ter avançado em boa parte da redação 
final, estando com bastante segurança sobre a abordagem e o direcionamento 
que deu ao tema. Deve ser uma composição de originalidade e coerência, que 
certamente provocará o interesse pela leitura. 
Após, o nome do autor vai imediatamente seguido do seu minicurriculo, 
em nota de rodapé. 
O resumo indica brevemente os principais assuntos abordados no artigo 
científico, iniciando com os objetivos do trabalho, metodologia e análise de 
resultados (nas pesquisas de campo) ou idéias principais, encerrando com 
breves considerações finais do pesquisador. Deve-se evitar qualquer tipo de 
citação bibliográfica. A Norma Brasileira Registrada (NBR) 6028, da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (1987), possui uma normatização 
completa para a elaboração de resumos. 
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Em seguida, são relacionadas de 3 a 6 palavras-chave que expressem 
as idéias centrais do texto, podendo ser termos simples e compostos, ou 
expressões características. A preocupação do autor na escolha dos termos 
mais apropriados, deve-se ao fato dos leitores identificarem prontamente o 
tema principal do artigo lendo o resumo e palavras-chave. No levantamento 
bibliográfico feito através de softwares especializados ou pela internet, utilizam-
se em grande escala esses dois elementos pré-textuais. 
 
4.2.1.2. Elementos textuais 
 
Considerada a parte principal do artigo científico, compõe-se do texto 
propriamente dito, sendo a etapa onde o assunto é apresentado e desenvolvido 
e por esse motivo é chamado corpo do trabalho. Como em qualquer outro 
trabalho acadêmico, os elementos textuais subdividem-se em introdução, 
desenvolvimento e conclusão ou considerações finais, sendo redigidos de 
acordo com algumas regras gerais, que promovem maior clareza e melhor 
apresentação das informações contidas no texto. 
Na introdução o tema é apresentado de maneira genérica, como um 
todo, sem detalhes, numa abordagem que posicione bem o assunto em relação 
aos conhecimentos atuais, inclusive a recentes pesquisas, sendo abordadas 
com maior profundidade nas etapas seguintes do artigo. É nessa parte que o 
autor indica a finalidade do tema, destacando a relevância e a natureza do 
problema, apresentando os objetivos e os argumentos principais que justificam 
o trabalho. “Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor” (LOPES, 
2011). A introdução deve criar uma expectativa positiva e o interesse do leitor 
para a continuação da análise de todo artigo. 
O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do 
artigo científico, caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada 
dos aspectos conceituais mais importantes do assunto. É onde são 
amplamente debatidas as idéias e teorias que sustentam o tema 
(fundamentação teórica), apresentados os procedimentos metodológicos e 
análise dos resultados em pesquisas de campo, relatos de casos, etc. 
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Sendo a parte mais extensa do texto, o desenvolvimento ou corpo, como 
parte principal, visa expor as principais idéias. É a fundamentação lógica do 
trabalho. 
O autor deve ter amplo domínio sobre o tema abordado, pois quanto 
maior for

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