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MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA PROFESSOR (A):COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 2 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 SUMÁRIO UNIDADE I - ORIENTAÇÃO DO TCC ............... ..............................................3 UNIDADE II - PROJETO DE PESQUISA .................................................... 11 UNIDADE III – COMO PESQUISAR NA INTERNET.............................23 UNIDADE IV - METODOLOGIA DO ARTIGO CIENTÍFICO ......................... 33 UNIDADE V - REGRAS PARA REDAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO...43 UNIDADE VI – DICAS PARA A LINGUAGEM DO ARTIGO...................63 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ....................................... 73 ANEXOS ...................................................................................................... 78 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 3 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 UNIDADE I - ORIENTAÇÃO DE TCC Por que fazer um trabalho acadêmico? O que ele representa? Para que ele me serve? Acreditamos que estes questionamentos tenham sido esclarecidos no módulo 1 referente a apostila de Metodologia Científica, mas vamos relembrar que, além de ser uma exigência em todos os cursos de graduação e de pós-graduação, o objetivo do Trabalho de Conclusão de Curso é levar o aluno a uma vivência, digamos, prática e também, uma maneira de avaliar se ele adquiriu as noções básicas que envolvem um trabalho científico. Assim, constitui-se finalidade deste material orientar os alunos na redação e formatação do seu trabalho de conclusão de curso. Procuramos estabelecer de forma sintética, os principais cuidados ao longo da redação do seu trabalho científico. Mas concordamos com Rizatto Nunes (2003) quando ressalta que a elaboração de um trabalho monográfico de estudo e pesquisa, antes de ser uma imposição legal, é uma opção didática. É uma das maneiras de ensinar e avaliar um aluno, levá-lo a aprofundar seu conhecimento de uma determinada matéria o que simultaneamente, permite-lhe, em uma tarefa isolada, aprofundar seu aprendizado no assunto tratado. Podemos dizer que é uma das formas mais modernas de avaliação, porque é o próprio aluno que aprende trabalhando, sendo útil para demonstrar que o dogma (professor ensina, aluno aprende) já não é mais aceitável. O professor orienta, media, auxilia o aluno, mas é este que realiza seu aprendizado. Na graduação existe a possibilidade, dependendo da área (Ciências Humanas, Biológicas, Saúde, Exatas, dentre outras) da escolha por um artigo científico, uma monografia ou mesmo um memorial. A partir da pós-graduação temos a dissertação de mestrado ou a tese de doutorado. Segundo a ABNT (2004, p. 32) a NBR 14.724 define: Dissertação como documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 4 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando a obtenção do titulo de mestre. Tese: Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialização em questão. É feito sob a orientação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do titulo de doutor, ou similar. Trabalhos acadêmicos ou similares (trabalho de conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI e outros): Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. De todo modo, o trabalho tem por objeto um único assunto ou tema e regras a serem seguidas quando de sua redação, regras estas que veremos a partir desse ponto. Optamos pela redação de um artigo científico acreditando que para este nível de especialização ele consegue abarcar todos os itens necessários desde desenvolver um método de pesquisa até aplicar as normas e regras e ser avaliado. O artigo científico apresenta de maneira clara e concisa os resultados de uma pesquisa e leva a vantagem de poder ser publicado em algum periódico científico. Cada periódico possui as suas regras, portanto, se optar por publicá- lo, é preciso observar atentamente essas regras, caso contrário ele não seria aprovado. Eis aqui mais uma vez a importância de seguir as regras. As normas existem para servirem de base ou medida para realização de alguma coisa. É uma regra, um padrão, uma lei. Há uma diferença básica entre norma e padrão: Norma – é uma orientação expressa que deve ser acatada. Padrão - é uma orientação expressa que pode ser acatada. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 5 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 O artigo científico é uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento (ABNT, NBR 6024, 2003). Ele é uma produção mais profunda do que um ensaio e mais superficial do que uma monografia. Normalmente é publicado em revistas ou periódicos especializados, com normas editorais próprias, às quais o autor se submete. Possibilita ao leitor uma rápida tomada sobre o assunto, abordando o resultado de uma pesquisa teórica ou de campo. Andrade e Lima (2007) colocam de maneira bem clara as razões para se publicar um artigo: Divulgação científica - A publicação de um artigo científico ou técnico é uma forma de transmitir à comunidade técnico-científica o conhecimento de novas descobertas, e o desenvolvimento de novos materiais, técnicas e métodos de análise nas diversas áreas da ciência. Aumentar o prestígio do autor - Pesquisadores com um grande volume de publicações desfrutam do reconhecimento técnico dentro da comunidade científica, alcançam melhores colocações no mercado de trabalho, e divulgam o nome da instituição a qual estão vinculados. Apresentação do seu trabalho - Muitas instituições de ensino e/ou pesquisa, e várias empresas comerciais frequentemente requerem que os seus profissionais apresentem o progresso de seu trabalho e/ou estudo através da publicação de artigos técnico-científicos. Aumentar o prestígio da sua instituição ou empresa - Instituições ou empresas que publicam constantemente usufruem do reconhecimento técnico de seu nome, o que ajuda a atrair maiores investimentos e ganhos para esta organização. Se posicionar no mercado de trabalho - O conhecido ditado em inglês “Publish or perish”, ou seja, “Publique ou pereça”, provavelmente nunca foi tão relevante como nos dias de hoje. Redigir um artigo técnico lhe trará uma boa experiência profissional, e contribuirá para enriquecer o INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 6 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 seu currículo, aumentando assim suas chances de obter uma melhor colocação no mercado de trabalho. O artigocientífico pode ser: Original ou de divulgação – apresenta temas ou abordagens originais, podendo ser relatos de caso, ou análise de dados colhidos em pesquisa de campo; Revisão – analisa e discute trabalhos já publicados, através de revisões bibliográficas ou de revisão de literatura (BRASILEIRO e SANTOS, 2007, p. 43). O trabalho acadêmico implica em análise, reflexão crítica, síntese e aprofundamento de ideias a partir da formulação de um problema. Sua apresentação deve ser feita de forma adequada e estruturada de acordo com as normas técnicas comuns. Nesse sentido, cada faculdade tem a liberdade de padronizar suas produções e por isso, existe a disciplina Orientação de TCC. A partir de uma compilação, ela facilita o acesso dos alunos às normas vigentes, oferecendo exemplos práticos das várias formas de registro bibliográfico. Lembre-se que este é um trabalho de conclusão de curso, portanto, será avaliado em relação às regras de formatação, redação (coesão, coerência e ortografia – já observando as novas regras ortográficas), se o assunto é pertinente a sua área de especialização e se o artigo é um trabalho seu! O que quer dizer o friso acima? Nem todas as pessoas conhecem uma expressão que tem sido muito comentada na atualidade: PLÁGIO! Segundo o dicionário Aurélio, plágio significa “Assinar ou apresentar como seu (obra artística ou científica de outrem)”. A origem etimológica da palavra ilustra o conceito que ela carrega: vem do grego (através do latim) plagios, que significa trapaceiro (...) (FERREIRA, 2004). Pois bem, plágio nada mais é do que pegar uma obra de outro autor e assiná-la como se fosse sua. Esta situação tem acontecido corriqueiramente. As pessoas copiam trechos de trabalhos de outras pessoas, não colocam o nome do autor e pronto, ai está um plágio. É uma situação que precisa de atenção, primeiro porque o artigo deve nascer de um questionamento pessoal INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 7 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 e então, pesquisa-se sobre o assunto em várias fontes e constrói o seu pensamento, segundo porque existe uma lei que protege os direitos autorais das pessoas: a lei 9.610/98 que pode ser facilmente encontrada no site: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L9610.htm. Pedimos que fiquem atentos, pois, esta lei é séria e pode trazer consequências negativas para uma pessoa que comete o plágio. Segundo Santos (2000), no processo de comunicação da escrita, os textos em geral são divididos em três grandes grupos produzidos por diferentes técnicas de redação: literários, oficiais e comerciais e, científicos. O texto científico deve ter a preocupação central com a correção, a exatidão e a autenticidade dos dados e dos raciocínios desenvolvidos no desenvolvimento do trabalho, projeto ou interpretação de uma obra. Os formatos e denominações variam de acordo com as suas intenções em exigências acadêmicas. De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 50) “uma dificuldade normalmente que alunos apresentam, seja, em nível de graduação ou de pós- graduação, é saber ou determinar para que servem ou quais as finalidades e estruturas organizacionais dos diferentes trabalhos acadêmicos e trabalhos que apresentam resultados parciais ou finais de pesquisa científica”. Segundo Bakhtin (2002, p. 279), os gêneros são padrões relativamente estáveis de texto, do ponto de vista temático, composicional e estilístico, que se constituem historicamente pelo trabalho linguístico dos sujeitos nas diferentes esferas da atividade humana, para cumprir determinadas finalidades em determinadas circunstâncias. A fase de redação do texto de um trabalho didático ou científico consiste na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho de pesquisa, guiando-se pelas exigências de uma construção lógica. Recomenda-se que a montagem do trabalho seja realizada por meio de uma redação preliminar de rascunho para que, posteriormente, através de uma revisão detalhada, seja elaborado o texto final (SEVERINO, 2002). Na redação do texto científico existem algumas regras que têm como propósito auxiliar no trabalho de registrar o processo de elaboração de INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 8 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 trabalhos didáticos, científicos e relatórios de pesquisa, não é garantia de uma boa redação, mas podem ajudar significativamente (VIEIRA, 2000). Assim sendo, planejar as etapas do processo de registro escrito do trabalho de pesquisa pode contribuir para a qualidade do texto final, dessa forma, recomenda-se observar neste processo de redação, as seguintes etapas: a) Elaborar um plano de trabalho Estruture o assunto em capítulos e seções. Faça uma lista do que deve ser abordado em cada seção e inicie o processo da escrita. b) Escrever de forma impessoal Ler a literatura científica de sua área e observar a impessoalidade dos textos. Recomenda-se a utilização de linguagem científica na terceira pessoa do singular, apesar de alguns autores considerarem a primeira pessoa do singular ou do plural. c) Evite exageros de linguagem Prefira, sempre que possível, uma linguagem objetiva e simples, sem exagerar em termos desnecessários e de difícil interpretação ou fora de uso corrente. d) Estruture a escrita basicamente com substantivos e verbos Evite adjetivações desnecessárias que possam provocar a falta de coerência do texto. Utilize os adjetivos apenas quando forem necessários. e) Utilize frases curtas Tente, na comunicação científica, escrever frases curtas, que sejam simples e diretas. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 9 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 f) Observe o tempo verbal Ao relatar fatos científicos ou descrever trabalhos publicados, utilize o presente do indicativo, como, por exemplo, “A adubação hidrogenada é essencial”. Quando o pesquisador explica o que fez ou o que obteve, use o passado, como, por exemplo, “os dados foram obtidos”. Como recomendação: Utilize o verbo no presente na Introdução e na Revisão da Literatura; Use o verbo no passado em Materiais e Métodos e nos Resultados; Na Discussão, podem ser usados os dois tempos verbais, quando couberem. Segundo Gil (1995), o estilo do texto científico deve ser impessoal, objetivo, claro, preciso, coerente, conciso e simples, facilitando a leitura e interpretação dos seus possíveis leitores. Embora haja controvérsias, quando da redação de um artigo científico, não devemos escrever na primeira pessoa do singular ou plural (eu acho isso, eu observei aquilo, nós acreditamos que), ou seja, ele deve ser escrito com impessoalidade (acredita-se que, observa-se que). Abaixo sugerimos uma lista de verbos para fazer menção aos autores: ...afirma que... ...enfatiza que... ...comenta que... ...salienta que... ...aponta que... ...ressalta que... ...identifica... ...considera que... ...sustenta que... ...assevera que... ...considera que... ...defende que... ...argumenta que... ...entende que... Dicas de expressão de articulação: INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 10 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Vale ressaltar que... / em função disso... / a partir dessa reflexão, pode-se dizer que... / é importante ressaltar que... / com base em (autor) podemos buscar caminhos.../ daí a necessidade de... / dessa perspectiva... / pode-se inferir, com base em (autor) que... / tais afirmações vêm de encontro ao que.... / os estudos desses autores vêm ao encontro dos anseios desse trabalho... Reescreva o texto, corrigindo eventuais discrepâncias da linguagem, além dos erros ortográficos e gramaticais e elabore, assim, a redação definitiva. Os aspectos gráficos da apresentação e organização da escrita e paginação serão abordados mais adiante. Toda linguagem apresenta uma sintática, uma semântica e uma pragmática. A sintaxe da linguagem científica são os dicionários e as gramáticas que são aceitas dentro dos meios acadêmicos. Certas palavras como “muitos”, “excepcional”, “maravilhoso” e outras hipérboles não são bem vistas. Souza, Fialho e Otani (2007) filosofam... “porque a escrita nos rodeia por todos os lados, sua verdadeira natureza nos escapa”. Eles comparam duas escolas mostrando que realmente não podemos dizer: a escrita é isso, a escrita veio disso, mas sim que a escrita é para repassar algo a alguém. Para a escola linguística de André Martinet, a escrita é fundamentalmente um sistema de sons articulados que se coloca em seguida, e somente em seguida, sobre um suporte: papel (ou fita magnética); Para a escola linguística de Jacques Derrida, a escrita é fundamentalmente um sistema de traços, que se pode em seguida, e somente em seguida, pronunciar oralmente se assim se desejar. A escrita é um encontro. É a superposição paradoxal de uma linguagem fonética (discurso), o verbo-sequencial que dispara neurônios do lado esquerdo do cérebro e de uma linguagem de traços (documento), um texto escrito, que ativa ainda o visual espacial, o lado direito do cérebro. A escrita não é nem totalmente uma linguagem de traços, nem totalmente uma anotação falsa. É um e outro (SOUZA, FIALHO e OTANI, 2007). INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 11 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 UNIDADE II - O PROJETO DE PESQUISA Embora não seja exigido, o projeto de pesquisa é importante e diríamos ser o eixo norteador de qualquer trabalho científico. A partir dele são planejadas as técnicas e procedimentos indispensáveis para a pesquisa propriamente dita que irá se materializar no artigo científico. Neste curso não há obrigatoriedade de elaborar um projeto de pesquisa, somente o artigo, mas sendo ele um eixo norteador, é importante conhecer em detalhes. A escolha do tema é o primeiro passo, e sinceramente, não é fácil, ao contrário, pela variedade de temas e questionamentos que nos surgem no pensamento, ele se torna difícil. Como dizem Cervo, Bervian e Silva (2007) para muitos pesquisadores, a decisão final é precedida por momentos de verdadeira angústia, mormente quando se trata de pesquisas decisivas para a carreira profissional. A primeira dificuldade com que o aluno se depara é a escolha do tema que irá pautar o desenvolvimento do seu projeto. “Afinal, de que devo falar? Será que tenho condições de abordar um tema assim tão complexo? Onde irei encontrar informações sobre esse assunto? Haverá tempo para abordar este tema? E a pesquisa, onde encontrar o material necessário para a sua realização?” Essas são somente algumas de suas dúvidas. A nossa tendência é quase sempre a de escolher, num momento inicial, um tema amplo e genérico, sem que tenhamos consciência disso. Porém é preciso encontrar, dentro desse tema genérico, ou relacionado a ele, um assunto mais específico e pontual. É, neste exato momento, que se faz necessário o auxílio do professor-orientador, pois nossa percepção parece, quase sempre, indicar que a delimitação já tenha atingido o limite. Para haver seleção, é preciso critério de seleção, os quais tem a função de servir de guia metodológico, orientando o estudante em direção ao assunto INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 12 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 prioritário. O tema de uma pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre ele. A primeira escolha deve ser feita com relação a um campo delimitado, dentro da respectiva ciência de que trata o trabalho científico. A questão da pesquisa pode ser do tipo intelectual, baseada no desejo de conhecer ou compreender algo ou prática, baseada no desejo de conhecer para realizar algo melhor ou de maneira mais eficiente. Historicamente observamos que a pesquisa científica tanto se interessou pelo conhecimento em si mesmo quanto pelo conhecimento aplicado aos interesses práticos. 2.1 - Escolha do Tema Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem ser levadas em consideração nesta escolha: 2.1.1 - Fatores internos - Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal: para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento. - Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa: na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa. - O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido: é preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 13 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área. 2.1.2 - Fatores Externos - A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais: na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral. - O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho: quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho. - Material de consulta e dados necessários ao pesquisador: um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado. Uma dica: evite escolher temas sobre os quais já existem estudos exaustivos, pois a quantidade de assuntos novos à espera de pesquisadores torna injustificável a duplicação de estudos. Além de escolher o tema é preciso delimitá-lo, ou seja, selecionar um tópico ou parte a ser focalizada e para tanto, é possível fixar circunstâncias de tempo e espaço. Além disso, o pesquisador pode usarde tratamentos psicológico, sociológico, histórico, filosófico, estatístico, dentre outros. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 14 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Na sequência dos passos para elaborar um projeto de pesquisa, encontramos autores que colocam a metodologia antecedendo a revisão de literatura (referencial teórico, levantamento bibliográfico ou fundamentação teórica) e vice-versa. Optamos pela revisão de literatura antes da explicação do tipo de metodologia utilizada, pois independente dela, uma revisão de literatura é de suma importância. 2.2 - Levantamento ou Revisão de Literatura A revisão de literatura busca identificar e localizar os textos escritos sobre o tema ou que tratem do assunto. A fundamentação teórica dá credibilidade ao trabalho de pesquisa. As fontes devem ser relevantes (livros, periódicos, revistas, artigos de eventos científicos e internet) e acessíveis. 2.2.1 - Sugestões para o Levantamento de Literatura 2.2.1.1 – Locais de coletas: determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados, ou endereços online na internet. 2.2.1.2 – Registro de documentos: esteja preparado para copiar os documentos, seja através de impressão, fotografias ou outro meio qualquer. 2.2.1.3 – Organização: separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa e monte pastas. O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis: a - Nível geral do tema a ser tratado: relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto. b - Nível específico a ser tratado: relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado. 2.3 – O Problema INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 15 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. É uma questão que envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica ou prática, para a qual se deve encontrar uma solução. A primeira etapa da pesquisa é a formulação do problema, que pode ser na forma de formulação de perguntas. Enquanto o tema permanecer apenas no nível do discurso, não se terá iniciado a investigação propriamente dita. O tema escolhido deve ser questionado, portanto, pela mente do pesquisador, que deve transformá-la em problema de pesquisa (CERVO, BERVIAN, SILVA, 2007). O problema deve expressar uma relação entre duas ou mais variáveis. Ele é fruto de uma revisão de literatura e da reflexão pessoal. Isso quer dizer que o sujeito deve ter um conhecimento prévio sobre o tema, e claro, uma imaginação criadora, a qual é a responsável pelo progresso das ciências. Exemplo: Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça. Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade? Tendo um problema é preciso supor algumas hipóteses. Hipótese consiste em supor conhecida a verdade ou explicação que se busca. Ela é uma resposta e explicação provisória, relaciona duas ou mais variáveis do problema levantado. Deve ser testável e responder ao problema. 2.4 – A Hipótese Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 16 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Exemplo: (em relação ao Problema definido acima) Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as mulheres dos processos decisórios. 2.5 - Justificativa A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. Portanto, é preciso convencer o leitor e o corretor de que o trabalho de pesquisa é importante e deve ser realizado. O tema escolhido pelo pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, portanto, deve ser comprovada. Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. Portanto, deve-se primar pela clareza e concisão, redigindo-a em texto sem tópicos. Atente-se para a: Delimitação: área específica do conhecimento; espaço geográfico de abrangência da pesquisa; período estabelecido para sua realização. Relevância: contribuição do projeto para subsidiar o conhecimento científico já existente e a sociedade de modo geral ou específico. Viabilidade: financeira, material (recursos) e temporal. 2.6 - Objetivos Delimitado o tema, precisamos definir os objetivos da pesquisa. Quanto a natureza os objetivos podem ser intrínsecos, quando se referem ao problema que se quer resolver, ou extrínsecos, como trabalho final de curso, resolução de problemas pessoais, produção de algo original. Ainda podem ser divididos em objetivos gerais e específicos. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 17 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim. Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos, mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores consideram desnecessário dividir os Objetivos em categorias. Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa etc. a) Objetivos gerais: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o propósito do estudante com a realização da pesquisa. Deve-se estar atento ao fato de que, em pesquisa bibliográfica em nível de graduação, os propósitos são essencialmente acadêmicos, como mapear, identificar, levantar, diagnosticar ou historiar determinado assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um tema. No âmbito de uma pesquisa bibliográfica, por exemplo, não queira o estudante se propor a resolver o problema em si, mas apenas levantar as informações necessárias para melhor compreendê-lo. b) Objetivos específicos: definir os objetivos específicos significa aprofundar as intenções expressas nos objetivos gerais. Com que propósito o estudante se propõe a mapear, identificar, levantar, diagnosticar ou historiar determinado assunto específico (ou traçar o perfil dele) dentro de um tema? Ele pode querer mostrar novas relações para o mesmo problema, identificar novos aspectos ou mesmoutilizar os conhecimentos adquiridos com a pesquisa para instrumentalizar sua prática profissional ou intervir em determinada realidade em que ocorre o problema. Na definição dos objetivos, deve-se utilizar uma linguagem clara e direta como: O objetivo desta pesquisa é ...”. 2.7 - Metodologia A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no caminho do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, das técnicas utilizadas (questionário, entrevista, etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 18 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. Ou seja, é o conjunto de métodos e técnicas usados na realização da pesquisa. Há duas abordagens de pesquisa, que podem ser feitas ao mesmo tempo ou separadamente: Qualitativa: aborda o objeto de pesquisa sem a preocupação de enumerar ou medir os dados coletados. Há a obtenção de dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação que é objeto de estudo. O pesquisador procura entender os fenômenos segundo a perspectiva dos participantes da situação estudada e a partir daí vai elaborando sua interpretação dos fenômenos estudados. Quantitativa: realizada para medir ou quantificar dados coletados. Faz uso de técnicas estatísticas. É a dimensão mensurável da realidade. Método: caminho a ser seguido na pesquisa. De acordo com Ruiz (1985, p.131) é “o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade”. Em uma pesquisa existem métodos de abordagem e métodos de procedimento. Abordagem: concepções teóricas usadas pelo pesquisador. Ex.: psicanálise, antropologia, fenomenologia, estruturalista. Procedimentos: relaciona-se à maneira específica pela qual o objeto será trabalhado durante o processo de pesquisa. São eles: histórico, estatístico, comparativo, observação, monográfico, econométrico e experimental. Os métodos de pesquisa e sua definição dependem do objeto e do tipo da pesquisa. Os tipos mais comuns de pesquisa são: de campo, bibliográfica (somente com leituras), descritiva, experimental. Caso o pesquisado faça opção por uma pesquisa de campo, precisará coletar dados. Consiste em juntar as informações necessárias ao desenvolvimento dos raciocínios previstos nos objetivos do projeto de INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 19 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 investigação científica. Na prática, a coleta de dados que é parte essencial da pesquisa trata de pôr em andamento os procedimentos planejados para os objetivos do trabalho de pesquisa, obedecendo ao cronograma estabelecido pelo pesquisador. Os instrumentos mais comuns usados nas pesquisas são questionários, formulários, entrevistas, levantamento documental, observacional (participante ou não participante), estatísticas. Também devem ser indicados na Metodologia as amostragens (população a ser pesquisada), o local, os elementos relevantes, o planejamento do experimento, os materiais a serem utilizados,a análise dos dados, enfim, tudo aquilo que detalhe o trabalho a ser percorrido para concretizar a pesquisa. Porém o Instituto IBE/FACEL sugere que se faça, somente, pesquisas revisionais. Sugerimos uma pré-leitura que chamamos de informativa para certificar- se que existem informações sobre o tema que procura. Essa leitura de reconhecimento dará uma visão global ao pesquisador. Examine sumários, referências bibliográficas, capítulos introdutórios e finais. Localizadas estas primeiras informações, selecione os textos que estão mais de acordo com os propósitos do seu trabalho, fixando o que realmente interessa. Selecionado o material faça agora leituras críticas ou reflexivas, buscando saber o que o autor afirma sobre o assunto. O pesquisador deve estar livre de preconceitos para refletir, deliberar conscientemente. Não pense que é fácil! Muitas vezes levam-se semanas de leitura para chegar a cinco minutos de síntese, mas essa síntese por si só é altamente gratificante! 2.8 - Cronograma Em um projeto de pesquisa, um cronograma é fundamental, pois orienta temporalmente as atividades a serem desenvolvidas. Ele estabelece as metas de realização do projeto, pois se trata de um instrumento que situa os INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 20 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 procedimentos e os objetivos no tempo, prevendo períodos de desenvolvimento para cada etapa (SOUZA, FIALHO E OTANI, 2007). Segundo Gil (1995) o cronograma pode ser apresentado em forma de ilustração, denominado gráfico de Gantt, em cujas linhas do quadro especificam-se as atividades ou etapas do estudo e nas colunas, o tempo estabelecido para a conclusão de cada uma das atividades ou etapas do trabalho, permite a interação imediata das partes com o todo, oferecendo o dimensionamento comparativo entre as etapas, conforme modelo abaixo. Exemplo: ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 Levantamento de literatura X 2 Montagem do Projeto X 3 Coleta de dados X X X 4 Tratamento dos dados X X X X 5 Elaboração do Relatório Final X X X 6 Revisão do texto X 7 Entrega do trabalho X 2.9 - Recursos Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de Pesquisa. 2.10 - Anexos Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao Projeto algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa e de acordo com a necessidade latente, portanto, sugere-se um cuidado na sua utilização ou não. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 21 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 2.11 - Referências È a indicação das obras e outras fontes (documentos, arquivos antigos, sites) usadas para a elaboração do projeto e necessárias à pesquisa. Devem ser indicadas em ordem alfabética e de acordo com as normas técnicas (as normas mais aceitas são as estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas). Há diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia. Referências: indica as obras que foram citadas no trabalho em questão. Pode indicar diferentes tipos de obras, como livros, periódicos ou documentos, sejam manuscritos, impressos ou em meio eletrônico (digitalizadas). Referências bibliográficas: quando o trabalho apresentar somente citações de obras publicadas em papel. Bibliografia: indica todas as leituras feitas pelo pesquisador durante o processo de pesquisa, em papel. As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto é um item obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e qualquer fonte de informação consultados no Levantamento de Literatura. Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para elaboração das Referências serão esclarecidase exemplificadas mais adiante. 2.12 - Glossário São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição. Também não é um item obrigatório. Sua inclusão fica a critério do autor da pesquisa, caso haja necessidade de explicar termos que possam gerar equívocos de interpretação por parte do leitor. 2.13 - Esquema do Trabalho INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 22 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um Esquema do Trabalho que é uma espécie de esboço daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório Final da pesquisa, ou seja, na escrita do Artigo. O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final. Por se tratar de um esboço este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho. Depois de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário do trabalho final. (Lembrando que no Artigo, não se inclui sumário). Exemplo: Título: Educação da Mulher: a perpetuação da injustiça 1 - INTRODUÇÃO 2 - HISTÓRICO DO PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE 3 - O PODER DA RELIGIÃO 3.1 - O mito de Lilith/Eva 3.2 - O mito da Virgem Maria 4 - O PROCESSO DE EDUCAÇÃO 5 - O PAPEL DA MULHER NA FAMÍLIA 5.1 - A questão da maternidade 5.2 - Direitos e deveres 5.3 - A moral da família 5.4 - Casamento: um bom negócio 5.5 - A violência 6 - UM CAPÍTULO MASCULINO 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 23 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 UNIDADE III - COMO PESQUISAR NA INTERNET Pesquisar na Internet não é tão fácil quanto parece. Não é por acaso que existem livros inteiros que se dedicam a explicar como fazer pesquisas avançadas nos sites de busca mais utilizados, como o google ou yahoo! Antes de tudo é preciso saber o que se procura. Portanto, você deve considerar, a principio, o seguinte: a informação que eu procuro está disponível gratuitamente? Será que não é melhor pesquisar tradicionalmente, em enciclopédias ou bibliotecas? Deve procurar em sites específicos do assunto que desejo, ou usar sites de busca? Quais são as palavras-chave que devo utilizar para descrever o tema que procuro? Nesse sentido, as palavras-chave devem ser muito bem escolhidas, porque a estratégia de pesquisa na Internet é a diferença entre encontrar o que procura e ficar buscando horas e, nada.... Para tanto, a primeira opção é utilizar os vários sites de busca, listados em seu Módulo de Metodologia Científica (reveja-o). Porém, sem dúvidas, o mais utilizado é o google. Neste caso, você deve optar pelo Google acadêmico. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 24 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Todavia, não é somente entrar no primeiro site da lista que o Google oferece. Também é necessário pesquisar entre os sites listados, passar uma olhadela rápida e, somente então, abrir e salvar o assunto e o endereço. Para tanto, opte pelos sites de Instituições de ensino, organizações e órgãos oficiais. 3.1-As dificuldades da pesquisa online Mas será que pesquisar, atualmente, é algo tão fácil e cômodo assim? Bem, não devemos pensar de maneira tão extrema e preconceituosa, pois, antes da popularização da Internet e dos computadores caseiros, os alunos, por exemplo, corriam para as enciclopédias, copiavam à mão ou à máquina de escrever os mesmos verbetes e ilustravam seus trabalhos com as mesmas figuras adesivas, adquiridas em papelarias. Os professores recebiam pilhas de trabalhos semelhantes, (muitas vezes diferenciadas pelos nomes dos alunos) e insistiam para que os alunos consultassem outras fontes e colocassem algum comentário, ou análise, mais pessoal no texto. Nada muito diferente do que vemos hoje, não? Com tanta oferta de informações e fontes na internet, é preciso saber distinguir o que pode ser mais adequado para nós. Não há sites ou fontes 100% perfeitos ou 100% ruins. Um site pode ser muito bom para estudantes de ensino médio, mas pode ser insuficiente para pós-graduandos. É preciso prestar atenção a diversos detalhes da fonte (credibilidade do site, informações atualizadas, etc.) e na necessidade e perfil do internauta. Pesquisar na Internet não é tão fácil como se imagina, pois, no meio de tantos resultados obtidos nos sites de busca, é preciso ter habilidades de pesquisa que podem ser aprendidas e treinadas a qualquer momento de nossas vidas. Não importa se somos jovens ou idosos, estudantes ou trabalhadores: nunca é cedo ou tarde demais para aprender a buscar as informações - de modo seguro, responsável e preciso. No blog do Acessa São Paulo, por exemplo, há muitas dicas para uma navegação segura. Algumas dicas, relacionamos abaixo. Então, vamos lá: Navegar é Preciso - Experiências anteriores com a Internet ajudam na hora de selecionar a melhor informação. Quanto mais você navega, INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 25 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 maior é a possibilidade de aprender a reconhecer os sites mais confiáveis e os caminhos mais seguros na Web. Tenha Foco - Perder tempo ao distrair-se na Internet é bem fácil. Afinal são tantas coisas interessantes que encontramos, mesmo sem querer... Por exemplo: se você precisar pesquisar sobre folclore brasileiro, não vá a páginas sobre cultura celta; Não só de Google vive o Homem - O Google realmente é o site de busca mais popular no mundo, mas existem outros que podem ser uma opção a ele. Além dos buscadores, existem outras formas de se obter informações na Internet: através de sites e portais especializados; de blogs sobre o assunto que procura; de fóruns e comunidades sobre o tema; através das diversas redes sociais existentes; etc. À Primeira Vista - Quando você visualiza a primeira página de resultados de um site de busca, é possível reconhecer de cara o que lhe pode ser útil ou não (sem ter que abrir os sites). Olhe para as primeiras palavras que acompanham cada resultado. Se as primeiras descrições lhe interessarem, vá direto a esses links. Preste atenção, também, nas extensões e domínios dos endereços dos sites, que podem dizer muito sobre o grau de credibilidade das fontes e sobre as características das informações apresentadas. o Por exemplo: sites ".com" são geralmente comerciais (não necessariamente de vendas, mas que representam sites de empresas ou instituições privadas); sites ".edu" são de instituições de ensino (muito utilizado nos EUA); sites ".org" referem-se a organizações sem fins lucrativos; e sites ".gov" referem-se a sites de órgãos governamentais. Há mais domínios específicos, mas os mais utilizados são estes que foram citados; Cerque seu Alvo - Evite ser muito genérico nas suas buscas. Ou seja: se procura por informações gerais sobre "medicina legal", não coloque apenas o termo "medicina" (você terá milhares de resultados com todo o tipo de medicina: medicina veterinária, medicina ortomolecular, etc.) e muito menos somente o "legal" (você corre o risco de encontrar, também, o site do programa televisivo Domingo Legal). Quanto mais INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 26 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 termos você colocar, menosresultados virão. Mas procure não colocar palavras desnecessárias, que não têm significado por si mesmas e só trarão resultados sem consistência (como advérbios e preposições); Ligue o Desconfiômetro - Não acredite piamente em tudo o que você vê na Internet. Habitue-se a ser crítico. Não se trata apenas dos famosos emails correntes alarmistas ou das lendas propagadas na Web. Muitas vezes você encontrará informações desencontradas e a comparação entre as fontes e o poder de análise sobre elas é essencial. Então, consulte no mínimo uns três sites para que se tenha uma base. Mas acima de tudo, tenha clara a ideia de que nada é totalmente imparcial neste mundo. Até mesmo livros, enciclopédias e sites de grandes instituições carregam os pontos de vista e a "filosofia" dos seus responsáveis; o Realmente, às vezes fica difícil avaliar a exatidão das informações apresentadas. Portanto, algumas perguntas podem ajudar nessa hora. Por exemplo: a informação tem base comprovada e consagrada ou é baseada em uma opinião particular? Ela é apresentada por pessoas, empresas ou instituições que têm sólida reputação em suas áreas de atuação? Já foi citada em outras fontes? Quais as intenções e objetivos das fontes? Em que contexto a informação é fornecida (se está ligada a algum tipo de publicidade, tem caráter educativo, etc.)? Está relacionada às questões ideológicas, morais, religiosas, éticas, comerciais ou pessoais de alguma forma? É atual (preste atenção à data de publicação)?; Imagem não é Tudo - Nem sempre um site bonito visualmente tem as melhores informações ou as organiza do melhor modo. Pode ser uma recomendação mais indicada para as crianças (que se impressionam com a aparência), mas muitos sites pretensamente voltados para adultos pecam por serem muito poluídos, confusos, com animações, imagens e banners que demoram para carregar e que são plenamente dispensáveis, e que, além disso, dificultam a localização dos conteúdos INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 27 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 para seus usuários e não possuem acessibilidade (onde as pessoas com deficiência física ou intelectual têm dificuldade para navegar); Dê Créditos para quem é de Direito - Se você pesquisou e citou, dados ou informações de uma determinada fonte, deixe claro que foi ela a autora do que você registrou. Verifique se há alguma menção a direitos autorais (copyright) e certifique-se se há alguma restrição de uso. Cuidado com o plágio. Lembre-se PLÁGIO É CRIME! 3.2-Melhorando a Busca Existem algumas ações que podem lhe ajudar na hora de realizar a pesquisa através dos sites de busca, como a utilização de determinados sinais e termos que, colocados junto às palavras desejadas no campo da busca, acabam refinando mais a pesquisa. São eles: ASPAS (" ") - Lembra-se do exemplo anterior da pesquisa sobre medicina legal? O que fazer para que o buscador não traga diversos conteúdos que não tenham a ver com este assunto? Coloque aspas entre os termos: "medicina legal". Isso indica que você quer pesquisar por determinada frase exata, ou seja, exatamente do modo colocado entre aspas; Operadores booleanos: Muitos sistemas suportam o uso de operadores booleanos AND, OR e NOT para melhor especificar a busca. São colocados entre os termos procurados. Funciona assim: o AND (pode ser E ou +) - Medicina AND Legal. Indica que você quer resultados que contenham as palavras "medicina" e "legal" na mesma página. Note que usar o operador é diferente de usar as aspas, pois se neste último os resultados aparecem com as palavras exatamente como estão escritas dentro das aspas (e juntas); usando o AND, você vê páginas que contém as palavras buscadas, mas não necessariamente juntas. Observação: no Google basta digitar todos os termos desejados, separados apenas por espaços, pois o operador AND já está incluído automaticamente em seu campo de busca. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 28 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 o NOT (pode ser NÃO ou -) - Medicina AND Legal NOT Revista. Significa que você quer páginas que contenham as palavras "medicina" e "legal", mas não quer nada que tenha a palavra "revista". Provavelmente, o buscador não mostrará nenhuma revista de medicina legal ou alguma referência à essa palavra. Observação: no Google utiliza-se o sinal de -. É preciso dar um espaço entre os primeiros termos e o sinal booleano. Ex.: Medicina -legal ("qualquer" medicina, com exceção da palavra "legal"). o OR (pode ser OU ou |) - Medicina OR Legal. Nesse caso, indica que você quer tanto páginas que contenham a somente a palavra "medicina", quanto àquelas que contenham a palavra "legal" e, ainda, todas as páginas que apresentarem as duas palavras juntas (assim como no caso do AND). Como você pode notar, há três sinais possíveis para cada um dos operadores. Os sistemas de busca acabam optando por um deles, por isso é bom sempre dar uma olhada nas orientações de pesquisa disponíveis nos sites de busca. INTITLE - Use esta palavra (vem do inglês, e quer dizer "dar título"), seguido do sinal de dois pontos (:), quando quiser que os resultados mostrem páginas com títulos determinados. Por exemplo: intitle:básico (sem espaços entre eles), vai recuperar somente os sites que apresentarem a palavra "básico" em seus títulos. FILETYPE - Além dos conteúdos encontrados nas páginas dos sites, há muita informação disponível em arquivos de texto e imagens. Caso queira pesquisar documentos sobre medicina no formato PDF, digite no campo de busca "medicina filetype:pdf". SITE - É possível especificar um site para que a busca seja feita. Digitando "medicina site:sp.gov.br", retornará páginas com o termo "medicina" que se encontram dentro de qualquer site com o endereço "sp.gov.br". DEFINE - Além de usar os dicionários, há uma outra maneira de encontrar conceitos e definições de nomes e palavras. Se você digitar "define" seguido do sinal de dois pontos(:), mais o termo pretendido, INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 29 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 aparecerão definições sobre ele e os respectivos links das fontes destes. Por exemplo: digitando "define: otorrinolaringologista", você terá como resultado: •A otorrinolaringologia (ORL) é considerada uma das mais completas especialidades médicas do mundo, com características clínicas e cirúrgicas. Seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do nariz e seios paranasais, faringe e laringe. Link: pt.wikipedia.org/wiki/Otorrinolaringologista. •Médico otorrinolaringologista; Profissional que se ocupa das doenças do ouvido, nariz e garganta. Link: pt.wiktionary.org/wiki/otorrinolaringologista. Como já dissemos, existem outros meios para realizar uma pesquisa além dos sites de busca, como bases de dados especializadas em diversas áreas, enciclopédias digitais e redes sociais temáticas. Há uma infinidade de recursos gratuitos na Web. A seguir, listamos alguns que foram utilizados para a montagem desse material. Visite-os: Links: As buscas via Internet (Revista Nova Escola) Como fazer uma boa busca na Internet Como funciona o Google Como funcionam os mecanismos de busca da Internet Dez dicas para poupar tempo ao fazer buscas na web Mini Curso para busca de informações na Internet (EAD do Centro de Computação da Unicamp) Outros buscadores além do Google Principais diferenças entre Google, Yahoo! Search eExalead Sistemas de Busca Baidu - Líder no mercado de buscadores na China Bing - Sistema de busca da Microsoft ChaCha - Busca via celular INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 30 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Cuil DogPile Duck Duck Go Face Search - Entre com um nome e busque imagens de rostos conhecidos IconLook - Busca por ícones e imagens pequenas Kartoo - Metabuscador com visual diferente Spezify - Busca em diferentes sites e redes sociais Lista de sistemas de busca 3.3-Algumas dicas para pesquisar na Internet Estas informações se aplicam ao Windows Internet Explorer 7 e ao Windows Internet Explorer 8. A Internet contém uma vasta coleção de informações, mas encontrar o que se procura pode ser um desafio. Veja aqui algumas dicas que ajudam a pesquisar na Web de maneira mais eficiente, de acordo com o site do Google e da Microsoft (2011). 3.3.1-Utilizar a caixa Pesquisa Na caixa de pesquisa do Internet Explorer, digite uma senha ou frase e pressione ENTER (ou pressione ALT+ENTER para exibir os resultados da pesquisa na nova guia). Caixa de pesquisa do Internet Explorer INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 31 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Dica: Pressione Ctrl+E para ir para a caixa de pesquisa sem usar o mouse. 3.3.2-Usar a Barra de endereços Na Barra de endereços do Internet Explorer, digite Localizar, Ir ou ? seguido por uma palavra-chave, nome de site ou frase e, em seguida, pressione ENTER. Se desejar exibir os resultados da pesquisa em uma nova guia, pressione ALT+ENTER após digitar a frase. 3.3.3-Usar mais de um provedor de pesquisa Se você não localizar o que está procurando com um provedor de pesquisa específico, tente usar outro provedor. Você pode usar a caixa de pesquisa do Internet Explorer para adicionar outros provedores de pesquisa e alternar entre eles para aprimorar os resultados da pesquisa. No Internet Explorer 8, você pode alterar rapidamente o provedor de pesquisa que usará, clicando no ícone do provedor abaixo da caixa de pesquisa. No Internet Explorer 7, clique na seta para baixo, próxima à caixa de pesquisa, e escolha um provedor. Para saber como usar os diferentes provedores de pesquisas, instalar novos ou alterar o provedor que o Internet Explorer utiliza como padrão, consulte Alterar ou escolher um provedor de pesquisa no Internet Explorer. 3.3.4-Pesquisar com mais eficiência A seguir, algumas sugestões para aprimorar os resultados das pesquisas. Ao pesquisar usando a barra de endereços, primeiro digite Localizar, Ir ou ?. : Usar palavras específicas em vez de categorias genéricas. Por exemplo, em vez de procurar cachorros, procure uma raça específica de cachorro. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 32 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Usar aspas para procurar frases específicas. Coloque os termos entre aspas para limitar os resultados da pesquisa às páginas da Web que contêm exatamente a frase especificada. Sem as aspas, os resultados incluirão qualquer página que contenha as palavras usadas, sem levar em consideração a ordem em que aparecem. Usar o sinal de subtração (-) antes de uma palavra-chave para que o provedor de pesquisa exclua as páginas que contém esse termo. Use um sinal de subtração para recuperar as páginas da Web que não incluam a palavra. É importante não incluir espaços entre os sinais e os termos pesquisados (por exemplo, -Bogart em vez de - Bogart). Elimine palavras comuns, como "um", "meu" ou "o", a menos que esteja procurando um título específico. Se a palavra for parte do que você está procurando (um título de música, por exemplo), inclua a palavra comum e coloque a frase entre aspas. Usar sinônimos ou termos de pesquisa alternativos. Seja criativo ou use um dicionário de sinônimos para ter idéias. Digite dicionário de sinônimos na caixa de pesquisa para localizar um dicionário de sinônimos online. Pesquisar somente um site ou domínio específico. Digite o termo de pesquisa procurado seguido de site: e o endereço do site que deseja pesquisar para reduzir a pesquisa ao site específico. Por exemplo, para pesquisar informações sobre vírus no Microsoft.com, digite virus site:www.microsoft.com (sem espaços entre site: e o domínio). Usar um mecanismo ou provedor de pesquisa, como a busca de imagens do MSN, para procurar imagens. Vários sites oferecem seus próprios mecanismos de pesquisa para qualquer finalidade, de compras a passatempos. O Internet Explorer pode detectar provedores de pesquisa especiais em alguns sites que podem ser adicionados à sua lista de provedores de pesquisa. 3.3.5-Localizar palavras ou frases em uma página INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 33 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Uma vez encontrada uma página de seu interesse, talvez seja necessário localizar uma palavra ou frase específica. Para localizar uma palavra ou frase na página, pressione CTRL+F para abrir a caixa Localizar. Quando começar a digitar a palavra na caixa Localizar, as correspondências realçadas aparecerão na página e ela rolará automaticamente para a primeira correspondência. Depois de realizada a pesquisa, chegou a hora de confeccionar o Artigo Científico dessa Revisão. Para tanto, siga as normas e orientações a seguir e bom trabalho! UNIDADE IV – METODOLOGIA DO ARTIGO CIENTÍFICO Com uma organização e normatização própria, o artigo é uma publicação pequena, que possui elementos pré, textuais e pós, com componentes e características específicas. O texto ou parte principal do trabalho inclui introdução, desenvolvimento e considerações finais, sendo redigido com regras específicas. O estilo e as propriedades da redação técnico- científica envolvem clareza, precisão, comunicabilidade e consistência, havendo uma melhor compreensão do leitor. O conteúdo do artigo é organizado de acordo com a ordem natural do tema e a organização das idéias INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 34 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 mais importantes, seguidas de outras secundárias. A utilização de normas textuais, redacionais e gráficas, não só padronizam o artigo científico, mas também disciplinam e direcionam o pensamento do autor coerentemente a um objetivo determinado. Atualmente esse formato de publicação científica é maciçamente utilizado pela maioria dos pesquisadores e grupos de pesquisa no mundo, para divulgação de novos conhecimentos e como meio para adquirir notoriedade e respeito dentro da comunidade científica. No entanto, observa-se um grau acentuado de dificuldade, por parte do pesquisador iniciante, na organização e redação dos primeiros artigos técnico- científicos, principalmente em relação a estrutura e organização do texto, colocação das idéias, utilização de certos termos, subdivisão dos assuntos, inserção de citações durante a elaboração do texto, entre outros. Se o texto em questão (com determinadas características para ser científico) for o relatório final de uma pesquisa de campo ou laboratório, terá uma estrutura mais centrada na metodologia, na apresentação e discussão dos resultados, utilizando inúmeros recursos estatísticos disponíveis, como tabelas e gráficos. Mas, muitosartigos acadêmicos são teóricos, e o autor preocupa-se mais com a sua fundamentação referencial, procurando ordená-lo conforme sua linha de raciocínio e acrescentando algumas considerações pessoais. Este é o modelo proposto pelo Instituto IBE/FACEL. As dificuldades para elaboração de um artigo científico podem ser minimizadas se o autor organizar-se e estiver convencido que o trabalho deve possuir rigor científico. Conforme afirma Ramos et al. (2003, p.15). Executar uma pesquisa com rigor científico pressupõe que você escolha um tema e defina um problema para ser investigado. A definição dependerá dos objetivos que se pretende alcançar. Nesta etapa você elabora um plano de trabalho e, após deverá explicitar se os objetivos foram alcançados, [...]. É importante apresentar a contribuição da pesquisa para o meio científico. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 35 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Portanto, elaborar um artigo científico é, num sentido genérico, contribuir para o avanço do conhecimento, para o progresso da ciência. No início, a produção científica tende a aproveitar em grande medida, os saberes e conhecimentos de outros autores, ficando o texto final com um percentual elevado de idéias extraídas de várias fontes (que devem ser obrigatoriamente citadas). Com o exercício contínuo da pesquisa e da investigação científica, consolida-se a autoria, a criatividade e a originalidade da produção de conhecimentos, bem como a síntese de novos saberes. Nesse sentido, Demo (2002) afirma que: A elaboração própria implica processo complexo e evolutivo de desenvolvimento da competência, que, como sempre, também começa do começo. Este começo é normalmente a cópia. No início da criatividade há treinamento, que depois se há de jogar fora. A maneira mais simples de aprender, é imitar. Todavia, este aprender que apenas imita, não é aprender a aprender. Por isso, pode-se também dizer que a maneira mais simples de aprender a aprender, é não imitar. (2002, p. 29). Portanto, é necessário darmos os primeiros passos nesse processo de construção da atitude científica, que é antes de tudo uma postura crítica, racional e intuitiva ao mesmo tempo, que provoca a seu termo, como diz Kuhn (apud MORIN, 2002), uma série de revoluções desracionalizantes, e por sua vez, cada uma, nova racionalização. Portanto, conhecer a natureza, a estrutura e os mecanismos básicos utilizados na elaboração de artigos, é apropriar-se de um elemento revolucionário, que transforma paradigmas científicos. 4.1- Conceito e finalidade INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 36 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Artigos científicos são trabalhos técnico-acadêmico-científicos, escritos com a finalidade de divulgar a síntese analítica de estudos e resultados de pesquisas. Consistem em publicações mais sintéticas, mesmo sendo assuntos bem específicos, com uma abordagem mais “enxuta” do tema em questão, apesar da relativa profundidade na sua análise. Possuem mais versatilidade que os livros, por exemplo, sendo facilmente publicáveis em periódicos ou similares, atingindo simultaneamente todo o meio científico. Como diz Tafner et al. (1999, p.18) “esses artigos são publicados, em geral, em revistas jornais ou outro periódico especializado que possua agilidade na divulgação”. Por esse motivo, o artigo científico não é extenso, totalizando normalmente entre 5 e 10 páginas, podendo alcançar, dependendo de vários fatores (área do conhecimento, tipo de publicação, natureza da pesquisa, normas do periódico, etc.), até 20 páginas, no máximo, garantindo-se em todos os casos, que a abordagem temática seja o mais completa possível, com a exposição dos procedimentos metodológicos e discussão dos resultados nas pesquisas de campo, caso seja necessário a repetição da mesma por outros pesquisadores (LAKATOS e MARCONI, 1991; MEDEIROS, 1997; SANTOS, 2000). Em sendo, para o TCC dos cursos de Pós-graduação do Instituto IBE/FACEL, exige-se um máximo de 15 páginas e não menos que 10. Além disso, recomenda-se uma determinada normatização para essas publicações, tanto na estrutura básica quanto na uniformização gráfica, como também na redação e organização do conteúdo, diferenciando-se em vários aspectos das monografias, dissertações e teses, que constituem os principais trabalhos acadêmicos. As normas serão definidas mais a frente. Em geral, os artigos científicos objetivam publicar e divulgar os resultados de estudos: “a) originais, quando apresentam abordagens ou assuntos inéditos; b) de revisão, quando abordam, analisam ou resumem informações já publicadas” (UFPR, 2000a, p.2). INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 37 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Observa-se muitas vezes a utilização de ambas as situações na elaboração dos artigos, onde incluem-se informações inéditas, tais como resultados de pesquisa, juntamente com uma fundamentação teórica baseada em conhecimentos publicados anteriormente por outros ou pelo mesmo autor. Na maioria dos casos, dependendo da área do conhecimento e da natureza do estudo, encontram-se artigos priorizando a divulgação de: Procedimentos e resultados de uma pesquisa científica (de campo) Abordagem bibliográfica e pessoal sobre um tema Relato de caso ou experiência (profissional, comunitária, educacional, etc.) pessoal e/ou grupal com fundamentação bibliográfica Revisão bibliográfica de um tema, que pode ser mais superficial ou bem aprofundada, também conhecida como review. É importante considerar que essas abordagens não se excluem, pelo contrário, são amplamente flexíveis, assim como a própria ciência, podendo na elaboração do artigo científico, serem utilizadas de forma conjugada, desde que resguardadas as preocupações relativas a cientificidade dos resultados, idéias, abordagens e teorias, acerca dos mais diferentes temas que caracterizam o pensamento científico. Independente do tipo ou objetivo Medeiros (1997) afirma que a elaboração de “um artigo científico exige o apoio das próprias idéias em fontes reconhecidamente aceitas” (p.44). Observa-se, por exemplo, que nas Ciências Naturais o artigo científico é quase que exclusivamente utilizado para apresentação e análise de resultados de pesquisas experimentais, e o review, em função do alto nível de aprofundamento do tema e compleitude na sua abordagem, normalmente é assinado por cientistas conhecidos tradicionalmente na área ou linha de pesquisa em questão. Já nas Ciências Humanas e Sociais, o artigo científico é utilizado para os mais diversos fins, inclusive, sendo comum outras abordagens não mencionadas anteriormente. 4.2-Organização e normatização INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 38 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Assim como em todo trabalho acadêmico, o artigo científico possui uma organização e normatização própria, que pode ser apresentada da seguinte forma: estrutura básica uniformização redacional uniformização gráfica Os estudos e publicações científicas, principalmente artigos e monografias, independentes do tamanho, são normalmente redigidos e apresentados com vários aspectos da organização gráfica e redacional semelhantes, podendo ser reconhecidos em todo o mundo científico. Muitos acadêmicos que iniciam na elaboração de trabalhos de pesquisa reclamam do excesso de normas e dos detalhesminuciosos com que devem ser redigidos, considerando um demasiado apego à forma externa, em detrimento do fundo (conteúdo e informações), que é essencial na produção científica. De certa maneira deve-se concordar que as dificuldades para o iniciante em trabalhos técnico-científicos, sejam artigos ou outros trabalhos, são acrescidas em função das regras e normas recomendadas pela academia, podendo no início haver um certo embaraço na atenção e na ordenação das idéias. Mas como sempre acontece com o potencial humano, o exercício e a prática continuada de determinada ação proporciona a destreza, que posteriormente é transformada em ato criativo. Neste trabalho, em função dos objetivos propostos inicialmente, serão apresentados apenas os assuntos referentes a estrutura básica e uniformização redacional do artigo científico. A uniformização gráfica, cujas normas variam conforme a instituição, possui ampla abordagem na literatura relacionada a metodologia científica, podendo ser facilmente encontrada. 4.2.1- Estrutura básica A estrutura básica do artigo científico é a forma como o autor organiza os componentes do texto, da primeira a última página. É a ordenação coerente dos itens e dos conteúdos ao longo da sua redação geral. É a maneira como INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 39 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 estruturam-se as partes objetivas/subjetivas, explícitas/implícitas, durante a elaboração do texto científico. Em função do tamanho reduzido recomendado para o artigo científico, a economia e a objetividade são fundamentais na exposição das informações, procurando manter a profundidade do tema, seja na abordagem de teorias ou idéias, seja na análise de resultados de pesquisa e sua discussão. Nesse ponto, a elaboração de artigos técnico-científicos é mais complexa que outros trabalhos acadêmicos, onde há maior liberdade na apresentação e exposição do tema. No artigo científico, o conhecimento e o domínio pelo autor da estrutura básica padrão, é muito importante para a elaboração do trabalho, sendo o mesmo composto de vários itens, e distribuídos em elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais, com seus componentes subdivididos de acordo com o Quadro 1. QUADRO 1: Distribuição dos itens que compõe o artigo científico em relação aos elementos da estrutura básica: Elementos Componentes Pré-textuais ou parte preliminar Título Autor Resumo Palavras-chave ou descritores Textuais ou corpo do artigo Introdução Desenvolvimento Conclusão Pós-textuais ou referencial Referências Cada um desses elementos, e seus respectivos componentes, é imprescindível na composição do artigo, apresentando informações e dados fundamentais para a compreensão do trabalho como um todo, sendo muito importante não omiti-los. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 40 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 No nosso caso, acrescentam-se a capa e a folha de rosto, posto ser, este, um Trabalho de Conclusão de Curso. 4.2.1.1. Elementos pré – textuais Os elementos pré-textuais, também chamados de parte preliminar ou ante-texto, compõe-se das informações iniciais necessárias para uma melhor caracterização e reconhecimento da origem e autoria do trabalho, descrevendo também, sucinta e objetivamente, algumas informações importantes para os interessados numa análise mais detalhada do tema (título, resumo, palavras- chave). O título do artigo científico deve ser redigido com exatidão, revelando objetivamente o que o restante do texto está trazendo. Apesar da especificidade que deve ter, não deve ser longo a ponto de tornar-se confuso, utilizando-se tanto quanto possível de termos simples, numa ordem em que a abordagem temática principal seja facilmente captada. O sub-título é opcional e deve complementar o título com informações relevantes, necessárias, somente quando for para melhorar a compreensão do tema. Título e sub-título são portas de entrada do artigo científico; é por onde a leitura começa, assim como o interesse pelo texto. Por isso deve ser estratégico, elaborado após o autor já ter avançado em boa parte da redação final, estando com bastante segurança sobre a abordagem e o direcionamento que deu ao tema. Deve ser uma composição de originalidade e coerência, que certamente provocará o interesse pela leitura. Após, o nome do autor vai imediatamente seguido do seu minicurriculo, em nota de rodapé. O resumo indica brevemente os principais assuntos abordados no artigo científico, iniciando com os objetivos do trabalho, metodologia e análise de resultados (nas pesquisas de campo) ou idéias principais, encerrando com breves considerações finais do pesquisador. Deve-se evitar qualquer tipo de citação bibliográfica. A Norma Brasileira Registrada (NBR) 6028, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (1987), possui uma normatização completa para a elaboração de resumos. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 41 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Em seguida, são relacionadas de 3 a 6 palavras-chave que expressem as idéias centrais do texto, podendo ser termos simples e compostos, ou expressões características. A preocupação do autor na escolha dos termos mais apropriados, deve-se ao fato dos leitores identificarem prontamente o tema principal do artigo lendo o resumo e palavras-chave. No levantamento bibliográfico feito através de softwares especializados ou pela internet, utilizam- se em grande escala esses dois elementos pré-textuais. 4.2.1.2. Elementos textuais Considerada a parte principal do artigo científico, compõe-se do texto propriamente dito, sendo a etapa onde o assunto é apresentado e desenvolvido e por esse motivo é chamado corpo do trabalho. Como em qualquer outro trabalho acadêmico, os elementos textuais subdividem-se em introdução, desenvolvimento e conclusão ou considerações finais, sendo redigidos de acordo com algumas regras gerais, que promovem maior clareza e melhor apresentação das informações contidas no texto. Na introdução o tema é apresentado de maneira genérica, como um todo, sem detalhes, numa abordagem que posicione bem o assunto em relação aos conhecimentos atuais, inclusive a recentes pesquisas, sendo abordadas com maior profundidade nas etapas seguintes do artigo. É nessa parte que o autor indica a finalidade do tema, destacando a relevância e a natureza do problema, apresentando os objetivos e os argumentos principais que justificam o trabalho. “Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor” (LOPES, 2011). A introdução deve criar uma expectativa positiva e o interesse do leitor para a continuação da análise de todo artigo. O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do artigo científico, caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada dos aspectos conceituais mais importantes do assunto. É onde são amplamente debatidas as idéias e teorias que sustentam o tema (fundamentação teórica), apresentados os procedimentos metodológicos e análise dos resultados em pesquisas de campo, relatos de casos, etc. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA 42 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Sendo a parte mais extensa do texto, o desenvolvimento ou corpo, como parte principal, visa expor as principais idéias. É a fundamentação lógica do trabalho. O autor deve ter amplo domínio sobre o tema abordado, pois quanto maior for
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