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G2 Aventura Sociologica

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1. O que são “solidariedade mecânica” e “solidariedade orgânica” e por que Durkheim afirma que existe uma “preponderância progressiva da solidariedade orgânica”? (2,5)
R: Solidariedade mecânica é uma forma de coesão que deriva da consciência comum, ela é responsável por criar semelhanças e atração entre os indivíduos dando a eles valores em comum, valores esses formulados pela sociedade em que vive o individuo, ou seja, eles são criados externamente a ele (fato social) e diminuindo a divisão do trabalho, tornando-os assim mais semelhantes entre si e diminuindo a individualidade. Já solidariedade orgânica se baseia em um sistema de funções que une os indivíduos por meio de uma cooperação mutua entre eles tendo em vista que por serem completamente diferentes precisam uns dos outros para exercer determinadas funções devido à grande divisão de trabalhos, tendo em vista que a individualidade de cada um gera uma grande dependência do individuo para com a sociedade. Durkheim também afirma que há uma preponderância progressiva na solidariedade orgânica devido a grande e exponencial evolução das sociedades, os indivíduos tendem a ficar cada vez mais específicos em suas áreas de atuação tornando-os assim cada vez mais individuais e gerando assim uma dependência muito maior da sociedade, pôs quando o individuo se torna muito especifico em sua área ele carece de outras áreas a qual outro individuo se especializou, tornando assim a sociedade em um organismo coletivo e coeso.
2. Durkheim afirma que a divisão do trabalho gera solidariedade. Entretanto, o próprio autor admite que ela também possa ser fonte de conflito. Por que e por quais motivos?(2,5)
R: No entanto, nem sempre a divisão do trabalho social é um fenômeno normal. A divisão do trabalho pode ser fonte não somente de solidariedade, mas também de desintegração social. O enfraquecimento da consciência coletiva é um fenômeno próprio e normal em sociedade de solidariedade orgânica. Nem por isso pode ser considerado patológico. Durkheim elucida três formas de divisão do trabalho anômica. Isso ocorre porque normalmente a divisão do trabalho produz a solidariedade social, mas há momentos em que tem resultados totalmente diferentes ou mesmo opostos. As anomias surgem quando a divisão do trabalho não produz contatos suficientemente eficazes entre os indivíduos nem regulações adequadas das relações sociais. Uma primeira forma patológica é a divisão do trabalho anômica. Num contexto de fortes mudanças sociais, novos contextos vão surgindo e que não são regrados. A segunda forma é a coação. Para Durkheim, a vida social se organiza com certa espontaneidade quando os indivíduos interiorizam a sociedade e aceitam os contratos. Quando essa espontaneidade é rompida, ocorre a coação, que necessita de um assentimento expresso por parte dos indivíduos. A terceira forma anormal se dá quando não há uma regularidade do trabalho. A solidariedade depende estreitamente da atividade funcional das partes especializadas. As funções tornam-se mais ativas quanto mais contínuas forem, dessa forma acarretando no aumento da solidariedade. Durkheim valoriza muito o trabalho em corporações (renovadas) [mediação entre Estado e sociedade]. Para ele as associações de profissionais de trabalho foram capazes de fornecer um código de ética e uma identidade corporativa aos artesãos e profissionais, desde a era romana até a Revolução.
3. Quais são as principais características da definição típico-ideal, que Weber apresenta do “espírito do capitalismo”? (2,5)
R: Como características do típico-ideal em torno do espírito do capitalismo nós temos a “profissão como dever” que implica em uma necessidade do individuo de se sentir com relação a sua profissão, de forma que se dedique arduamente a ela independente de qual ela seja. Temos também o “Ethos do utilitarismo” que visa um dever do individuo em aumentar seus lucros e suas posses com um fim em si mesmo, o individuo usa de suas virtudes para gerar cada vez mais lucro para si.
4. Anthony Giddens, um dos mais importantes sociólogos da atualidade, escreveu: “Estabeleceu-se, para muitos, uma concepção de que os escritos de Weber – particularmente A ética protestante e o espírito do capitalismo – se constituem em uma ‘refutação’ ao materialismo de Marx; outros assumiram uma visão contrária, considerando que grande parte da sociologia de Weber ‘se encaixa sem dificuldade no esquema marxiano”. Fale sobre esse ponto. (2,5)
R: O pensamento de Weber caracteriza-se pela crítica ao materialismo histórico, que dogmatiza e petrifica as relações entre as formas de produção e de trabalho (a chamada "estrutura") e as outras manifestações culturais da sociedade (a chamada "superestrutura"), quando na verdade se trata de uma relação que, a cada vez, deve ser esclarecida segundo a sua efetiva configuração. Weber entendia os fenômenos sociais como decorrentes de ações dotadas de alguma intencionalidade, ou seja, implicavam um dado sentido. A isso ele denominava de “Ação Social” e que enfatizava o papel do indivíduo no contexto social. Para Marx, os mesmos fenômenos decorriam da luta de classes pela apropriação da produção material das sociedades. Assim, era a partir das relações econômicas – para ele um elemento primordial para entender as relações sociais – , que toda sociedade organizava-se. Era a partir da produção material de bens (Materialismo Histórico) que as sociedades se estruturavam. A contradição básica entre explorador e explorado era o condutor das transformações sociais, e assim se aproximava de Weber, pelo resgate do papel ativo do sujeito histórico. E, para Weber, isso significa que o cientista social deve estar pronto para o reconhecimento da influência que as formas culturais, como a religião, por exemplo, podem ter sobre a própria estrutura econômica.
4 – QUESTÃO SOBRE O MANIFESTO COMUNISTA – MARX
Algo relacionado ao elogio à burguesia, sua importância.
Historicamente, a burguesia desempenhou um papel revolucionário. Ela substituiu a
exploração encoberta pelas ilusões religiosas e políticas, pela exploração aberta, única, direta e
brutal. Converteu o homem de ciência (médicos, advogados, padres) em trabalhadores
assalariados. (Burguês – dono de meio de produção / Proletário – vende sua mão de obra de
trabalho). O dono de produção, e só ele, pode ser considerado um burguês. Independe do seu
estilo de vida, se ganha muito ou pouco, e sim como se ganha. Se for trabalhador assalariado,
vendendo sua mão de obra, independente de quanto ganhe, é proletário.
A burguesia durante seu domínio criou forças produtivas mais poderosas e colossais do que
todas as gerações em conjunto. (Subordinação às forças da natureza ao homem, a maquinaria,
a navegação a vapor, as vias férreas)
Marx e Engels relatam a burguesia: “Ela suprimia cada vez mais a dispersão dos meios de
produção, da propriedade e da população. Aglomerou as populações, centralizou os meios de
produção e concentrou a propriedade em poucas mãos”.
“Com o desenvolvimento da burguesia, isto é, do capital, desenvolve-se também o
proletariado, a classe dos operários modernos, que só podem viver se encontrarem trabalho, e
que só encontram trabalho na medida em que aumenta o capital”.
QUESTÃO DO TEXTO “A IDEOLOGIA ALEMÔ – MARX
Algo relacionado ao surgimento da consciência, relações de produção, forças produtivas.
QUESTÃO EXTRA (não é obrigatória e pode somar até dois pontos na nota da prova):
5. Pode-se dizer que Marx, Durkheim e Weber possuem concepções definidas sobre o devir histórico? Em caso afirmativo, em que medida elas se assemelham ou diferem?
R: 
http://laboratoriodialetico.blogspot.com.br/2010/07/o-conceito-de-totalidade-nos-classicos.html
http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/2239370
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100414194416AA1HUTC

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